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História Running With The Wolves - 21: Leave a Message


Escrita por: greedy4newtmas

Notas do Autor


OLÁ!! OLÁ!! OLÁ!! OLHA SÓ QUEM VOLTOU!!
Eu sei que eu sumi por um tempão, tipo... 4 meses. ME DESCULPEM! MESMO! A escola não foi tão fácil quanto eu pensei que esse ano seria, e ainda aconteceram algumas coisas no meio disso, por exemplo, um bloqueio f*dido, mas enfim. Estou aqui. E com um capítulo novo em folha.
Eu queria muuuuito agradecer a todo mundo que deu fav e comentou nesse tempo que eu tava dando uma pausa na carreira. VOCÊS são demais e eu amo vocês, não têm ideia de como são importantes♥♥
MUUITO OBRIGADO POR NÃO DESISTIREM DE MIM!!!!

Agora vamos ao capítulo... espero que gostem e perdoem qualquer erro, eu tava muito ansioso pra isso hehe.

Capítulo 23 - 21: Leave a Message


 Sinto uma pontada de culpa, eu sinto como se eu fosse o responsável daquilo. Even não estava lá.

 Ele não pôde ajudá-la, tudo por minha causa. Eu cedi a ele, deveria ter parado. Mas se é tão errado, por que me senti tão bem? 

 Even conversava atônito com seu pai, que era o homem no palco. A equipe de reportagem cercava todos os familiares de Carly, consequentemente Even. O garoto não sabia o que falar, seu pai estava espantado com toda aquela situação. E não era pra menos, sua irmã acabara de ser morta dentro de uma festa da família. Eu entraria emimaginar o que Mal consigo imaginar uma coisa dessas acontecendo com Eva.

•••

 Um carro escuro para no fim da rua, não consigo ver a placa, nem mesmo quem está dentro dele.

 Um homem de terno para e fica em pé na frente do capô, olhando todas as pessoas e os carros de polícia. Aperto mais um pouco os olhos e vejo que o homem é Andrew. Ele observava pessoa por pessoa, até seus olhos pararem em mim.

 Meu tio sorri quandos seus olhos me encontram. Por pouco eu havia esquecido que era hora de ir. Eva me encara e apenas mexo os lábios dizendo que voltava rápido.

— Aí está ele! — Andrew abre os braços ao me ver caminhando em sua direção. — Meu filho favorito!

— Eva pode ouvir, papai. — Respondo de modo sarcástico.

— Vamos, entre no carro. — Ele abre a porta como um cavalheiro. — No caminho você me conta que palhaçada é essa.

— Como?

— Os policiais e o resto. — Andrew revira os olhos e abana as mãos como se nada daquilo que estivesse acontecendo ali fosse importante. Não pra ele.

— Eu não falei… Vamos pra onde?

Ele ri, sua arcada dentária é tão perfeitamente alinhada que me causa inveja. 

— Isak, não esqueceu o propósito d’eu estar aqui hoje, esqueceu?

— Mas… Assim? Sem me despedir, ou pegar minhas roupas em casa?

— Ah! — Ele vai até o porta-malas. — Não precisa se preocupar com as roupas. 

Havia duas malas grandes, uma em cima da outra, no porta-malas do carro dele. Aposto que meu guarda-roupa inteiro estava ali, inclusive os sapatos.

— Você entrou na minha casa?

— Nossa casa. — Andrew aponta pra mim como se eu acabasse de falar preconceituoso. — Ainda somos uma família. 

— Você não mora lá.

— Isso não me dá o título de ex-pai. — Evan fecha o porta-malas e volta para o meu lado do carro. — Agora chega de palhaçadas, Isak, entra logo.

— Sem me despedir?

— Isak, eu te dei uma semana!

— Poderia ter me dado o resto da vida! 

— Eu estou fazendo o melhor pra você! 

— Me afastando de todo mundo que eu amo? Ah! Muito obrigado, titio, realmente está me ajudando demais. 

 — Vai se foder, seu moleque mimado! — Ele segura meu braço com tanta força que já posso sentir suas garras perfurarem minha pele. Meus olhos lacrimejam com a dor, mas tento reprimir as lágrimas. — Entra logo na porcaria desse carro ou eu mesmo vou ter que te arrastar pra lá.

 Alguns dos convidados nos observava, então, para não chamar mais atenção, fiz o que ele mandou.

 Andrew fecha a porta e meu coração se contorce. É como se houvesse uma espaço em branco no meu peito. E eu ainda não sei como ele pode ser preenchido, mas tenho certeza que longe de Even e dos outros… Esse espaço vai aumentar cada dia mais.

— Quase me esqueci. — Andrew coloca seu cinto e pega algo no banco de trás. É uma caixinha branca amarrada com uma fita vermelha em um laço não tão perfeito assim. — Feliz aniversário, filho!

 Me assusta o jeito que ele fala, é como se há segundos atrás não tivesse apertado meu braço, ou mandando eu ir me foder.

— Meu aniversário é daqui a um mês.

— Eu sei, idiota, só não tenho nenhuma data comemorativa para isso.

 Reviro os olhos e desfaço aquele projeto de laço. Embrulhado em um monte de papel picado estava meu celular, estava intacto sem nenhum arranhão. Aquele foi o momento que mais me senti aliviado naquela noite. 

 — Me agradeça depois, deu trabalho ter que trocá-lo toda vez que você o quebrava. — Ele dá partida no carro e volto a sentir meu coração pular pela boca.

— Vai se foder, Evan.

— De nada.

 E lá estava eu. Rumo ao completamente desconhecido. Minha mãe não teria notícias, minha irmã também não e meus amigos muito menos. Exceto por Jonas. E eu espero que ele transmita minhas notícias.

 Andrew estava dirigindo por horas e isso me preocupava, pois ele não desgrudou os olhos da estrada nenhum segundo. Isso pode ser um sinal do sono.

Ele havia me emprestado uma blusa de frio, já que, a minutos atrás, eu estava com meus dentes rangendo, e só assim ele acreditou que eu realmente passava frio.

 Meu celular toca, a foto de Noora se destaca na tela principal e, pela primeira vez, percebo meu tio olhar para outro lugar.

— Desligue. — Ele fala num tom rígido voltando sua atenção para a grande passarela de asfalto.

— Eles devem estar preocupados. — Noora me liga mais uma vez.

— Agora não, Isak!

 Deslizo meu dedo no ícone de “interromper a chamada”. E parece que ela desiste, mas não por muito tempo.

— Isak!

— Evan, a culpa não é minha, saímos sem avisar!

— Tudo bem, atende essa merda! 

 Finalmente meu coração se acalma e eu também ao ouvir a voz de Noora. 

“Isak?” 

 — Noora… 

“Por que sumiu da festa?”

— Longa história, logo logo eu explico. 

“Por favor, só me diga que Even está com você.” 

 E mais uma vez me sinto em pânico. Even não estava comigo, e provavelmente também não estava em nenhum lugar que ela não tenha procurado.

— Noora, o que houve?

“Ele está ou não com você?”

— Não, pode me explicar, por favor?

"Ele saiu com o carro do nosso pai, dizendo que precisava te encontrar e acabar com isso de uma vez.”

As palavras não saem e Noora desliga sem dizer mais nada. 

 — O que houve? — Andrew pergunta com olhos vidrados na estrada.

— Even sumiu.

— O filho dos Næsheim? — Há um certo tom de entusiasmo em sua voz.

— O próprio.

 Ele ri e eu não consigo entender o motivo daquilo tudo. Ele ria como se eu acabasse de contar uma piada muito engraçada.

— Agora a coisa vai começar a esquentar.

— O quê?

— Quem você acha que eles vão culpar pelo sumiço do prodígio deles?

— Você.

 Andrew apenas sorri. Sorri como John, um garoto da quarta série, sorriu ao ganhar a nota mais alta de matemática na sala. Meu tio é um garoto da quarta série com um 10 em matemática.

 Pego meu celular novamente e digito o número de Even. O celular começa a chamar. 

“Oi, aqui é o Even. Eu não posso falar agora, então deixa uma mensagem, quem sabe dia em escute.”

 Tentei mais uma vez.

 A mesma voz.

 Tento mais uma vez.

 A mesma mensagem.

 Meus pés tremiam tão rápido que eu não sabia se aquilo era humanamente possível.

— Desse jeito vai acabar cavando um buraco no meu carro. — Andrew segura minhas pernas tentando me parar.

 O que acontece em seguida é muito rápido. Quando percebo, estamos do outro lado da pista. Andrew tem um pequeno ferimento na cabeça e eu sinto uma dor no pescoço.

— Eu odeio vacas! — Ele soca o volante. — Você está bem?

— Eu acho que sim. 

 — Ótimo! Vamos continuar a viagem, faltam apenas alguns minutos.

— Não vai tirar ela de lá?

— Não é responsabilidade minha.

— Nós dois quase morremos.

— Olha só! — Ele muda de assunto. — Já posso ver as luzes da cidade. 

— Vai… Se… Foder.

•••

Todos estavam dormindo quando chegamos.

 A casa de Andrew era duas vezes maior que a minha. Por fora era revestida de pedras muito bem encaixadas umas nas outras. Havia seis janelas, uma delas estava com a luz acesa.

— Aquele ali é seu quarto. — Ele aponta para a janela.

— Legal.

— Pode entrar, vou pegar suas malas no quarto. — Ele me dá um empurrãozinho.

 Sua varanda era tão escura quanto sua alma. Há pisos de madeira maciça, os ferros do corrimão estão bem polidos e brilham com o reflexo da lua, há uma cadeira de balanço. É como uma casa de velho oeste, nos dias de hoje.

— A casa não é minha. — Me sento no pé da escada.

— Agora é. — Andrew carrega as duas malas pelo pedregulho como se as rodinhas fossem de aço.

 Ele abre a porta principal. Revelando uma sala tão grande quanto meu quarto. Há uma TV que mais parece um telão. Um sofá em “L” e uma mesa de centro com uma plantinha em cima. Um único lustre no teto deixa a sala mal iluminada, dando um ar vintage ao ambiente.

— Acolhedor, não? — Ele observa sua casa como se fosse a primeira vez lá. Às vezes eu queria ter essa autoestima.

— Só a casa, você não.

— Já chega, Isak! — Meu tio sobe as escadas e eu o sigo.

— Hora de ir dormir, não estou com paciência para suas patadas infantis e birrentas.

•••

 Meu quarto era do tamanho da minha sala, na casa da minha mãe. Uma cama de casal só pra mim, um closet com algumas roupas que não acho que tenham saído do bolso de Andrew. Uma penteadeira e uma cortina com flores, meio velha, por sinal. É como se este quarto fosse uma reciclagem de todos os outros hóspedes que já passaram por aqui.

 Deixo minhas malas no chão e coloco meu celular no criado. Fecho a porta, tiro a roupa e me deito. O clima não está tão frio quanto eu pensava.

 E mais uma vez me pego pensando em Even. Isso de certa me acalmou e eu consegui dormir. Espero que achem ele. Ele me deu uma das melhores noites. O baile, a parte em que fomos para aquela casa, sua família acolhedora, a dança e tudo mais. Vou sentir tanta falta.

•••

 O dia já estava claro quando acordei irritado com meu celular tocando incessantemente. Não me lembro de ter colocado para despertar.

 Uso meus dedos para chegar até o pequeno aparelho que vibrava na madeira, emitindo um som insuportável. Mas não era nenhum despertador.

 Era Noora. Meu sono sumiu, como se um balde de água gelada tivesse sido jogado sobre mim.

— Alô?

“Isak?”

— Isso.

“Ele…”

Noora começa a chorar e de certa forma consigo imaginar o que tenha acontecido. Isso faz minha mão tremer e um nó se forma na minha garganta. Meus olhos também se enchem de lágrimas. Não sei se é pela emoção ou pela luz do sol.

— O que houve? — Tento disfarçar ao máximo a voz carregada.

“Achamos ele numa estrada. O carro estava num estado péssimo, mas ele ainda estava vivo. Foi retirado dos destroços e levado para o hospital, mas a situação é grave. Ele está em coma.”

— Noora, o que houve! — Eu estava gritando sem nem perceber.


“Parece que ele atropelou um animal, estava de noite, ele estava em alta velocidade. Meu pai não nos deu mais notícias.” 

 Ouvir aquilo corta meu coração e eu não consigo falar mais nada sem começar a chorar. É como se eu ainda estivesse sentado por causa do colchão, mas sinto que, quando colocar meus pés no chão, tudo vai desmoronar e eu vou flutuar para sempre em um vácuo.

“Eu tenho medo que ele não consiga mais voltar. Isak. Precisamos de você. Não temos mais o Even aqui.”  


Notas Finais


PESSOAL!!! Me digam o que vocês acharam do capítulo.
E mais uma vez obrigadinho por estarem aqui♥
Eu prometo que não vou mais sumir por tanto tempo!

- XOXO


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