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História Russian Roulette - Adeus, França


Escrita por: Biazk

Notas do Autor


Espero que gostem! :D

Capítulo 1 - Adeus, França


Fanfic / Fanfiction Russian Roulette - Adeus, França

            Sempre tive uma grande paixão por aeroportos, sempre disse isso para muitas pessoas, e ninguém nunca realmente entendeu o porquê, creio que seja pelo fato de existirem tantas pessoas alí, no mesmo lugar, porém cada uma com um destino diferente do outro. Muitas das vezes que entrei no aeroporto, tive de ficar esperando pelo meu voo o que me fazia apenas observar as pessoas e imaginar para onde elas iriam, e qual o motivo, muitas pessoas corriam, executivos com suas maletas atrasados para o seu voo, familiares chorando enquanto seus parentes entram na área de embarque. Sempre paro para pensar em quantas historias diferentes podem existir neste lugar, um lugar tão grande e que ao mesmo tempo parece tão pequeno.

– Ananda! Você fica aí viajando, daqui a pouco vai ficar atrasada para o seu voo! – minha tia disse enquanto abanava as mãos na minha frente, certamente ela sabia que eu estava no mundo da lua.

– Calma tia ainda tem meia hora para eu viajar na minha mente antes de viajar definitivamente! – eu sorri vendo a frustração no rosto dela

– E você acha isso muito? Não creio que daqui meia hora você nos deixará! – disse cabisbaixa

– Você sabe que pode ir ao Brasil quando quiser dona Lucia! – sorri novamente

– Você vai fazer muita falta Ananda, acho que realmente teremos de ir ao Brasil, pois não aguentaremos de saudades de você – meu tio sorriu enquanto folheava uma revista.

Vivi muito tempo na França, para falar a verdade, sequer lembro-me de alguma coisa do Brasil, afinal, foram apenas cinco anos de minha vida por lá, e quatorze na França. Até mesmo o meu português aprendi com meus tios aqui na França, voltar para o Brasil depois de tanto tempo será uma mudança e tanto, porém não vejo a hora de chegar lá. Minha tia tinha razão, a meia hora que faltava passou em um piscar de olhos, e logo anunciavam a ultima chamada para o meu voo. Despedi-me dos meus tios, que choravam muito, e claro, eu também chorava, porque eles não eram apenas meus tios, eram as pessoas que tinham me criado todos esses anos, e me ensinado uma grande parte das coisas que eu sei.

– Até breve Ananda, nous vous aimons (nós amamos você) – Minha tia gritou enquanto eu entrava na área de embarque, eu sorri e dei um tchau com as mãos.

Tive de sair correndo até o meu portão de embarque, sorte que, apesar de ser a última chamada, a fila para entrar no avião ainda estava bem grandinha. Entrei no avião e me acomodei afinal a viagem seria longa. Como de costume, dormi boa parte da viagem, porém estava muito ansiosa para saber como seria no Brasil, como estariam meus parentes, os quais eu conversava apenas pela internet, nenhum deles nunca veio para a França, e eu também nunca fui para o Brasil, o que foi um erro, pois eu deveria ter ido para lá mais vezes, pelo menos agora estou indo para ficar, pelo menos é isso que eu espero. A parte do voo que não passei dormindo, fiquei ouvindo musica, quando o comandante anunciou que deveríamos desligar os aparelhos eletrônicos meu coração disparou, estava chegando a hora de pisar em solo brasileiro. Já estava escuro do lado de fora da janelinha, porém olhei para baixo e pude ver São Paulo toda iluminada com as luzes acesas de milhares de casas e prédios. Respirei fundo e sorri, o avião pousou e meu coração disparou mais uma vez. Saí do avião e já pude sentir o friozinho de São Paulo, o ônibus nos levou até a plataforma de desembarque e em seguida fui pegar minhas malas, três ao todo, consegui trazer uma grande quantidade de roupas, ainda bem. Fui andando com o carrinho e tudo foi muito tranquilo, logo vi uma placa com o meu nome.

‘’Ananda Burnier seja bem-vinda. ’’

Minha outra tia sorria segurando a placa, eu sorri de volta e fui na direção dela. Abraçou-me tanto que quase sufocou, mas até que eu gostei.

– Está uma moça linda Ananda, todos irão gostar muito de te receber – ela sorriu.

– Obrigada tia, e cadê a minha mãe? – sorri com a esperança de que ela respondesse ‘’ela está aqui, foi no banheiro e já volta’’, mas é claro que isso não aconteceria.

– É...ela teve alguns probleminhas e não pode vir, mas tenho certeza que ela estará na sua festa de boas vindas, não se preocupe – típico da minha mãe, de todos os anos que vivi na França, ela nunca foi para lá, apenas conversávamos por Skype e esse tipo de coisa.

– Ah, eu entendo, tudo bem – eu sorri.

Fomos para o carro, e depois seguimos para a casa dela para a festa de boas vindas. Quando chegamos percebi que a casa estava cheia, mas será que esse pessoal todo estaria lá para me receber? Estranho, pois eu havia dito que não queria nada muito grande na minha chegada.



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