Já estava anoitecendo, o canhão, que contava as mortes, avisou que já estavam 27 tributos mortos, o que significava que eram apenas 21 tributos na luta pela vitória. E lá estavam os três. Willow do Distrito 1, Marta e Marlow do Distrito 2, caminhavam em direção ao que parecia, algumas árvores no meio do deserto de gelo. Willow havia dado a sua confiança para seus dois novos aliados, enquanto caminhavam rumo ao verde, Marta e Marlow contavam mais sobre o porque de a outra garota do seu Distrito não está com eles agora.
- Ela talvez iria querer te matar quando estivesse dormindo.
- Ela correu para o círculo da morte. - continuou Marlow - Ela era uma daqueles que treinam a vida inteira pra isso.
- Mas não se preocupe, nós não somos como ela. - afirmou Marta - Aquela garota era maluca, e eu não desejo isso para ninguém mas, espero que ela tenha morrido no círculo da morte.
- Que esquisito, - disse Marlow - um mini bosque no meio do nada.
Eles já estavam chegando e podiam ver um pouco daquele fenômeno. Até Willow resolver pensar direito. E se aquilo for uma armadilha?
- Espera aí gente. - ela disse - E se essa mini floresta no meio do nada for uma armadilha?
Eles pararam e olharam a coisa a frente.
- Como assim?
- Nós estamos caminhando em direção aquelas árvores como se fosse uma coisa normal, - ela explicou - como se não estivéssemos na arena. E se aquelas árvores forem uma armadilha para nos matar? Para fazer a gente lutar contra algo.
- É, - disse Marta -... O problema, é que precisamos de comida, e, qualquer coisa que nos ajude.
Os três ficaram um tempo parados pensando no que deveriam fazer. Ir para a mini plantação de árvores, que poderia ser uma espécie de armadilhas ou desviar dela e continuar andando à procura de qualquer outra coisa no meio desse nada onde estavam.
Marta deu uma opinião:
- Vamos chegar mais perto, qualquer sinal de armadilha nós damos o fora.
Willow e Marlow pareceram pensar sobre a opção.
- Talvez não pareça uma boa idéia mas, - disse Willow - podemos chegar mais perto e jogar bolas de neve nas árvores e ver se acontece algo.
- É.. - disse Marlow - acho que devemos fazer isso.
- Então vamos. - concluiu Marta e eles se poram a caminhar até aquela plantação.
Quando estavam a uma distância segura das árvores, de onde também poderiam acertá-las com a bolas de neve que já faziam com as mãos, Willow fez uma observação:
- Não parece ter nada de errado.
- Parece seguro. - disse Marlow - deve ter mais ou menos 30 á 40 árvores.
Eles observaram mais um instante.
- Vamos jogar essa neve. - disse marta e se preparou para lançar a primeira enquanto os outros dois pegavam neve do chão e faziam uma esfera quase perfeita com as mãos.
Marta fez um belo lance e a neve voou alto e caiu no meio da floresta, não fez nenhum barulho. Eles esperaram alguns segundos para ver se algo acontecia, mas nada se fez presente. Marlow e Willow jogaram suas bolas de neve, cada uma foi para um lado e mais uma vez nada foi ouvido nem visto.
- Tem alguns arbustos lá, - informou Marta - talvez tenha algumas frutinhas.
Marlow pegou mais neve no chão.
- Parece seguro, mas vamos atirar mais, só pra ter certeza.
Então eles jogaram mais esferas de neve nas árvores, porém nada aconteceu.
- Vamos lá.
- De vagar.
- Ai meu Deus, que medo.
- Se tiver algo lá, eu corro sem pensar em vocês.
- Acho que tem mesmo algumas frutinhas nos arbustos.
Eles enfim entraram um pouco na floresta de 40 árvores, um pouco desconfiados, olhando para todos os lados.
- Não tem nada. - disse Marlow - Vamos ver o que tem nesses arbustos. - falou indo em direção à um
No arbusto havia algum tipo de frutinha de cor amarla.
- Todos vimos como você é boa com coisas venenosas, - disse Marta - Então deve saber se essas são ou não.
Willow olhou mais de perto, parecia ser uma das mais saborosas frutinhas que ela conhecia.
- Não, essas não são venenosas, nós podemos comer. - ela disse e os dois já pegavam uma quando ela pensou mais - esperem! Talvez seja uma pegadinha, talvez tenham trocado, injetado algo, não sei..
- Calma, não são venenosas. - afirmou Marlow - eu lembrei de uma vez que comi.
- Sim, mas talvez... - Willow questionava mas Ele colocou a bolinha amarela na boca e pareceu estourá-la com os dentes.
- Agora é só esperar um minuto e ver se você não morre. - disse Willow e Marta concordou
Passou-se alguns segundos e nada do garoto passar mal.
- É, acho que eu já estou ficando maluca nessa arena. - concluiu Willow
Já havia anoitecido e eles já estavam satisfeitos com tantas frutinhas que eles haviam comido. Com a idéia de Marlow, eles tiraram o capuz das suas jaquetas e encheram com as frutas, para comerem depois.
- Logo eles vão mostrar o rosto de quem morreu. - disse Marta
- Eu só quero saber o que vamos fazer sem água. - disse Marlow se sentando de um lado da árvore onde eles iriam passar a noite.
Cada um ficou sentado encostado em uma árvore no meio das outras formando um triângulo entre eles. Haviam combinado de passar a noite ali.
- E eu acho burrice ficarmos aqui, onde com certeza algum tributo viria se visse árvores de longe, como a gente. - ele terminou
- Primeiro, - começou Willow - amanhã a primeira coisa que devemos fazer é sair e procurar água, olhe para o chão, o que você vê? Neve, e o que acontece se derretemos a neve? Isso mesmo, ela vira água... Então se estiver com cede, pegue neve e enfie na boca.
Marta riu e Marlow deve ter pensado se não era uma má idéia, pois pegou um pouquinho e colocou na boca.
- Não é uma má idéia, - ele concluiu - é só não pegar neve pisada.
- Já estou morrendo de frio. - disse Marta não ligando para Marlow
- Não sei o que vamos fazer, - respondeu Willow - acho que vamos congelar, pois não tem como a gente se aquecer.
- É, e ascender uma fogueira seria burrice, - disse Marta - e também não podermos juntar nossos corpos, se não, não terá como vigiar se outros tributos vierem.
... Eles ficaram quietos por um tempo, juntando as pernas junto à barriga e peito, buscando ficar mais aquecidos o possível. Foi quando, provavelmente a arena inteira, se assustou quando uma música tocou bem alto, para que todos ouvissem, e em uma parte do "céu" da arena apareceu uma imagem, o símbolo de Kanem, e depois começou a mostrar a imagem dos tributos mortos. Essa era uma das únicas vezes que o Distrito 1 eram os primeiros, Willow já torcia do fundo do seu coração para que seu irmão ainda estivesse vivo. Então o rosto da outra garota do Distrito 2 apareceu primeiro. Willow deixou escapar um suspiro de alívio, seu irmão e Dale estavam vivos.
- Obrigada senhor. - ela disse baixinho
- Como eu disse antes, eu não desejo isso à ninguém, mas ainda bem que ela morreu. - disse Marta se referindo a garota de seu Distrito
Rye agradecia a Deus por sua irmã estar viva. Ele ainda guardava a sua certeza de que eles e Dale saíriam vivos daquele lugar terrível, só não podia dizer isso para seu companheiro que estava ao seu lado, Luttias, que também olhava para o céu. Rye lembrou de Dale correndo para a cornucópia, ele estava vivo, mas será que estava bem?
O céu mostrou o rosto de todos os tributos dos Distritos 3 e 4, dois tributos do 5, todos dos 6,7 e 8, dois do 9, um do 10 - que era o Distrito de Luttias -, dois do 11, dois do 12, um do 13,e por fim, por incrível que pareça, um do 14, incrível pois era difícil um dos carreiristas (Distritos 16,15 e 14) morrerem no primeiro dia.
Luttias e Rye estavam dentro dos seus sacos de dormir que refletia o calor de seus corpos, sentados com as pernas esticadas, no meio do nada, um de costas para o outro, se apoiavam um nas costas do outro. Rye estava com a lanterna desligada em uma mão e os óculos escuros no rosto, eles haviam descoberto que eles na verdade eram feitos para ver no escuro. Luttias segurava a faca que pegara da garota que tentou o matar no círculo da morte. As mochilas que ele havia conseguido estavam guardadas dentro dos sacos de dormir, um com ele outra com Rye.
- 27 mortos, 21 ainda vivos. - informou Luttias - Que estranho, um dos tributos carreiristas morreu.
- Bom pra nós. - Rye respondeu -.. O que vamos fazer? Quer dizer, como vamos dormir? Se um dormir fica difícil para o outro vigiar sozinho.
Luttias pareceu pensar sobre isso.
-... Você pode dormir um pouco agora. Eu durmo um pouco amanhã durante o dia, fica mais fácil de você vigiar.
- Sei não. - Rye disse pensando em como seria difícil para ele vigiar sozinho
- Não se preocupe, - ele respondeu - eu dou conta. Amanhã nós iremos procurar madeira ou outras coisas para fazer fogo.
- Tudo bem, - Rye concordou - eu acho.
Já fazia 5 minutos que Rye estava deitado dentro de seu saco sem conseguir dormir. E não era por causa do frio, pois o saco refletia muito bem o seu calor. Estava com os olhos abertos, não vigiando, mas pensando, pensando em tudo o que poderia dar errado no dia seguinte, no que aconteceria se os carreiristas os envontrassem naquele momento ou se um bastante aparecesse . Ele pensava demais, mas algo interrompeu seus pensamentos. Seus olhos perceberam uma névoa branca de aproximando, rápidamente se levantou.
- Que foi? - perguntou Luttias
- O que é aquilo? - ele disse olhando em direção da fumaça branca.
Imediatamente lembrou-se de seus pais e a névoa venenosa que enfrentaram nos seus primeiros Jogos.
Willow já tinha confiança o suficiente nos seus dois aliados, os três haviam concordado de que Marlow dormiria primeiro e Willow por último. Mas Marlow estava tremendo de frio, na verdade os três estavam, e isso não ajudava ele a dormir.
- Acho que teremos que dormir de dia. - disse Marta gemendo de frio
- Si si se é que, vamos so sobreviver a essa noite. - Marlow gaguejou de frio
O frio da noite gelava os seus corpos, não tinha como saber se sobreviveriam a esta noite no congelador.
- Infelizmente temos que fazer algo, - disse Willow - se não iremos morrer congelados.
Eles não precisaram pensar muito.
- O único jeito é fazer fogo e torcer para que ninguém nos veja de longe. - disse Marta
- Isso se a gente conseguir levantar. - disse Marlow - Tá muito frio, e, como é que vamos tirar madeira dessas árvores?
- Esse é o problema. - disse Marta - Acho que vamos morrer.
Os três respiraram fundo.
- Mesmo que juntarmos nossos corpos não iria adiantar. - Willow afirmou - bom, talvez funcione, prolongaria nossa vida um pouco mais, aí teríamos que orar para que o dia chegasse logo.
- hm, se a gente fizesse exercícios talvez ajudasse também, - respondeu Marta - mas quem conseguiria fazer isso nesse frio.
Willow soube o que fazer.
- Já deu para bolar um plano. - ela disse - Vamos tentar fazer qualquer tipo de exercícios para aquecer um pouco o nosso corpo, depois juntamos nossos corpos e ficamos encolhidos no chão e esperamos para ver se funciona.
Marlow se mexe um pouco e decidi:
- Não acho que isso.. - ele poderia ter terminado se não tivesse dado um pulo grande e ficando de pé
As duas levantaram juntas com ele por causa do susto.
- O que foi?- Willow falou assustada olhando para a árvore
- Você quer me matar de susto é - disse Marta e em um futuro não muito longe Willow e Marlow ririam disso
Marlow olhava assustado para onde estava encostado, rapidamente deu passos para trás e olhou mais acima na árvore. Seu rosto o demonstrava como aterrorizado, e quando olhou para as outras árvores:
- Corraãmm!! - e saiu correndo
As garotas foram juntamente sem pestanejar, quando olharam para trás viram várias e várias coisas parecidas com cobras descendo das árvores. Mas aquilo parecia ser pior do que cobras.
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