História S W E E T - Fillie - C. Dezessete : Beijo.

MEIA NOITE E MEIA 

- domingo -

— Okay amigão, tá na hora de ir pra casa! — falei enquanto apoiava Jack quase apagado nos meus ombros.

Noah me ajudou a colocá-lo no carro enquanto Millie se despedia de Tyler com um abraço.

Millie se aproximou do carro sorrindo.

— An… pode ir. — ela disse.

— Decidiu ficar? Eu fico aqui com… — Tyler passou o braço pelo ombro dela.

— Eu vou deixar ela em casa, capitão. — ele sorriu. — Eu já tô indo também.

— Millie, posso… — fiz um sinal para nos falarmos a sós em um canto e ela assentiu, caminhando ao meu lado até o outro lado do carro. — Tem certeza? — sussurrei.

— Absoluta, ele não pode fazer nada. Ele é muito legal. — ela sussurrou corada para mim.

— Millie… — suspirei. — Se precisar de mim pode me ligar, mas por favor não esconde se ele te fizer alguma coisa.

— Confia em mim, ok? Te vejo na segunda… — ela sorriu e voltou até Tyler. 

Logo ambos entraram em um táxi e sumiram na noite fria do Canadá.

Respirei fundo e entrei no carro, tomando cuidado para não acordar Jack.

O dia será longo para nós.

Dei a partida de volta para casa.

B R O W N

O caminho para casa foi calmo, Tyler não soltava minha mão por nada e quase adormeceu no meu ombro.

Quando chegamos na minha casa, ele pediu para que o motorista do táxi o esperasse e desceu comigo.

— Bom, obrigada. — disse quando estávamos na frente da minha porta.

— Obrigado você, por ter feito minha noite bem melhor… — ele sorriu.

Tyler me encarou por alguns segundos e começou a se aproximar.

— Ty… — o chamei.

— Oi? — ele transitava o olhar entre meus olhos e boca, de novo.

— Nada eu só… esquece. — eu o beijei.

Tyler puxou minha cintura me trazendo para mais perto dele sem tirar os lábios dos meus.

Ficamos alguns segundos assim, mas a falta de ar apareceu e uma luz se acendeu dentro da minha casa.

Ri baixo e o olhei.

— Boa noite… — corei.

— Boa noite, mills… — ele beijou minha testa e voltou para o táxi.

Entrei em casa sorrindo e vi Charlie parado na bancada, com uma caneca na mão.

— Olá, como foi? — ele sorriu.

Olhei para trás, a janela aberta bem onde eu estava com Tyler. 

Uma vergonha tomou conta do meu corpo e acabei corando.

— Legal. Ei, o que é isso? — disse para tentar mudar de assunto.

— Chá. — ele bebeu sem tirar os olhos de mim. — Se quiser, limpa a baba desse moleque antes de beber na minha caneca. — ele riu e me entregou a caneca.

— Idiota. — bebi um pouco e devolvi a caneca para ele. — Tô subindo, preciso de um banho e da minha cama. Boa noite.

— Boa noite… — ele riu e eu subi para meu quarto. 

Tomei cuidado para não acordar Archie quando entrei no quarto, abri minha bolsa e…

Puta merda. 

O celular do Finn ficou aqui.

Pensei em ligar para Noah e pedir para ele vir buscar, já estava muito tarde para pegar um táxi ou um Uber.

Charlie não iria me deixar na casa dele…

Iria?

Só há um jeito de saber.

Peguei o celular de Finn e desci correndo, meu irmão ainda estava na cozinha, lavando sua caneca de dinossauro.

— Preciso que me leve até a casa de um amigo.

— Não. Já são quase uma hora da manhã. — ele não me olhou.

— Tô com o celular dele e não tem como eu avisar isso. — ele me olhou com o cenho franzido.

— Nem vou perguntar como isso foi parar nas suas coisas. — revirei os olhos. — Vamo lá vai. — ele pegou as chaves e apagou a luz. — É melhor que seja rápido.

Saímos.

**

Não demorou quase nada para chegarmos na casa dele.

Não tinha trânsito e por algum motivo Charlie sabia um atalho perfeito para chegar lá rápido.

Toquei a campainha na esperança de alguém atender. 

Não sabia se ele já tinha chegado, não sabia se ele estava dormindo…

Até que ele abriu a porta.

Sem camisa.

Finn franziu o cenho e começou a rir.

— O que faz aqui?

Mostrei o celular a ele.

— Isso é seu. — comecei a rir.

— Bom, valeu… — ele sorriu e colocou o celular no bolso. — Você tá bem? O Tyler, ele… — ele colocou a mão na nuca. — ele fez alguma coisa?

Neguei.

— Tirando que nos beijamos… —  ele arregalou os olhos.

— Como é? — ele disse. — Vocês se beijaram?!

— É Finn, o que tem de mais?

Ele pigarrou.

— Nada. É, nada. Bom, boa noite, valeu pelo celular. — ele fechou a porta me fazendo franzir o cenho.

Isso foi esquisito.

Voltei para o carro e vi Charlie segurando uma risada boa.

— O que rolou lá? — ele perguntou.

— Eu queria saber também… — dei de ombros. — Vamos pra casa. Eu quero minha cama. — ele saiu.

Quebra 

De 

Tempo

W O L F H A R D

Acordei na minha cama com barulhos de risos vindos do primeiro andar.

Me levantei e andei até minha gaveta, tirando uma cartela de remédios para dor de cabeça dali.

Tomei uma pílula e peguei uma camiseta qualquer antes de descer.

Quando desci, vi Dalila, Brooklynn, Sadie e Jack na cozinha tomando café da manhã. Quando minha irmã me viu, correu para me abraçar e eu a coloquei no braço.

— Bom dia! — sorri. — Quando chegaram aqui?

— Cedo. — Sadie sorriu. — Jack abriu a porta pra gente.

— Eu não dormi bem… — ele me olhou. — Fiz café pra gente, você parece tá com dor de cabeça.

— E tô mesmo. — ele riu. — Mas então, eu tava pensando na gente passar o dia no parque talvez. Eu, Sadie, Dalila... 

— E eu? — Brooklynn me olhou.

— Você também! — eu ri. — E o Jack, o Noah. O que vocês acham?

— Eu topo! — Dalila sorriu. — Vou preparar uns lanches pra levarmos.

— Vou chamar o Caleb, posso? — assenti para Sadie.

— Vou ligar pro Noah, quem sabe ele não leva a irmã dele pra brincar com você? — Jack disse para Brooklynn e ela sorriu.

— Vou tomar um banho! — coloquei Brooklynn no chão e voltei para meu quarto.

continua...