História S W E E T - Fillie - CAPÍTULO QUARENTA E UM : Estudos.

B R O W N

Noah finalmente estava fora de perigo, porém não podíamos vê-lo.

Sadie levou Jack e Cylia para casa, Finn se ofereceu para levar Zach, mas ele não quis sair dali enquanto não pudesse ver o namorado.

David ofereceu o dinheiro do táxi e disse que cuidaria dele, depois de algumas chantagens de Zach, me convenci a ir embora.

Finn me deixou em casa e me deu um beijo antes de voltar para sua casa, quando entrei, Archie correu para me abraçar, ele e Natália estavam lá em casa, contando uma notícia boa pelo sorriso da minha avó.

— Millie! — Natália sorriu. 

— O que rolou? Eu sumo por algumas horas e vocês já estão de segredinho? Que feio… — rimos. — O que faz aqui? Pensei que estava viajando.

— Ah… é que eu e seu irmão estamos resolvendo umas coisas… — ela mostrou a mão.

— VOCÊ NOIVOU?! — sorri.

 W O L F H A R D

Brooklynn estava dormindo quando cheguei, minha mãe estava no sofá, dormindo com um livro no peito, subi até meu quarto e peguei uma manta para cobri-la, guardei o livro e apaguei as luzes antes de subir e me jogar na cama.

Percebi que não dormiria mais, então resolvi estudar para o teste de amanhã, o feriado está perto, passarei uma semana inteira com meus amigos e minha namorada, eu só posso estar sonhando.

Me levantei da cama e peguei minhas anotações e meus livros, me sentei na cama e comecei a revisar tudo enquanto ouvia os carros passando na noite canadense.

Revisei geografia, álgebra, história, inglês, literatura, matemática, biologia, física, química, geometria… só percebi que estava cansado quando meu alarme tocou sinalizando que eram duas da manhã, o horário do remédio que eu dava para Brooklynn quando ela ficou com febre.

Guardei tudo na mochila e troquei de roupa, coloquei meu celular para carregar antes de cair na cama novamente e dormir como pedra.

M E N D E S

Noah acordou.

Eram duas da manhã quando ele abriu os olhos e o pai dele me ligou para avisar.

Quis sair correndo, entrar naquele quarto e o abraçá-lo, mas meu pai estava em casa e não pegaria bem sair escondido.

Não consegui mais dormir depois da notícia, me levantei e peguei meu caderninho junto com uma caneta, caminhei até a varanda e me sentei no chão, pronto para escrever.

A questão é…

O que?

Faziam dias que nada saía, nem uma música, nem um poema, nem mesmo um dístico, nada.

Voltei para dentro e peguei meu celular, abrindo pela milésima vez o mesmo vídeo no YouTube.

Clouds de Zach Sobiech. 

Provavelmente o garoto que me inspirou a fazer tudo que sei fazer hoje em dia, o garoto que me fez querer viver e não deixar o câncer vencer essa batalha que ele compete comigo.

Aquele música me dava uma calma que ninguém entendia, nem mesmo Millie.

Eu sentia que podia flutuar, podia fazer tudo o que eu quisesse, viajar para todos os lugares, viver tudo o que ainda quero viver.

Eu me esqueço de tudo com essa música, esqueço do câncer, do meu pai, da escola, até mesmo do nojento do Robinson, apenas eu importa, apenas eu.

E finalmente, alguma coisa foi colocada no papel.

continua...