História Sacrifício - O segredo Avassalador De Marco a Fênix

As águas cristalinas do Novo Mundo se moviam abruptamente, e as ondas se quebrando traçavam seu caminho em meio à tarde ensolarada, se chocando no navio dos chapéus de palha. Eles estavam focados nas palavras de Rayleigh, que estava contando sobre a irmã de Luffy, a qual apareceu repentinamente no mundo dos piratas, se tornando um sério problema para a marinha em si. O velho alisava a barba suavemente, deixando o chapéu de palha esperando como uma criança prestes a descobrir um segredo.

-Ossan, como você a conheceu? – Perguntava com certa empolgação.

-Ela apareceu até mim – Falou ele – Depois que você partiu. Faz 1 ano.

Flashback ON

   Em Sabaody, quando Luffy reencontrou seus nakamas e partiu para a ilha dos tritões, Rayleigh voltou para o bar, encontrando-se com Shakky. A mulher acaba acenando para uma cadeira, em que tem uma pessoa trajando uma capa preta sentada de forma desleixada.

- Ela quer vê-lo – Disse Shakky, que está fumando um cigarro.

   Ele estranha um pouco por ser “ela” que quer vê-lo. Sentando na cadeira ao lado desta certa pessoa, olha para o lado para vê-la. Ela estava tomando saquê, o que não era muito normal nesse bar em específico.

- Por que não me disse que tinha saquê? – Rayleigh fez cara feia – Só bebo Whisky e cerveja – Retrucou.

- Ora, você nunca disse que queria saquê – Sorriu Shakky, que começou a ficar séria – Essa moça veio te ver.

- Sim – Rayleigh não é tolo, percebeu a presença da garota, seu haki era ameaçador e muito agressivo – E então, a moça bonita quer falar comigo? – Falou em um tom brincalhão.

- Você treinou o mugiwara, não foi? – Perguntou olhando nos olhos de Raileygh.

    O olhar dela era selvagem, porém, via algo a mais nos olhos da moça, solidão. Isso foi tão visível que surpreendeu Rayleigh, como uma pessoa que possui um haki tão brutal poderia ter olhos assim? E tão jovem. Em toda a sua vida, apenas Shanks e Roger tinham esses olhares. Dando uma golada de sua bebida, ele começou a dar uma gargalhada, quebrando o clima do ambiente que tinha se tornado, fazendo a moça ficar nervosa.

- Responda minha pergunta! – Bradou a menina.

- Eu o treinei, mas agora ele está bem longe – Falou ele.

   A moça se levantou frustrada, não tinha mais o que fazer em Sabaody. Ela colocou o dinheiro no balcão, mas Shakky não aceitou, talvez por perceber que a menina tinha viajado por muito tempo, já que seu estado não era bom. Seu olhar estava cansado.

- Qual o seu nome? – Perguntou Raileygh.

- Monkey D. Saru – Disse ela se retirando, enquanto sua longa capa se movia com o vento.

Flashback OFF

- Eu ainda vou encontra-la – Disse Luffy sorridente, apertando os punhos.

- Mais cedo do que espera... – Sussurrou Raileygh.

- Por qual motivo ela estava procurando o Luffy? – Nami perguntou intrigada.

- Eu não sei, talvez tenha alguma razão – Disse Raileygh.

   Sanji que estava ouvindo atentamente enquanto fazia comida, falou:

- Ela é linda na foto, não posso acreditar que seja irmã do Luffy.

                                               ............

    10 dias depois,  “Sabo e Koala”

   O brilho do sol iluminava a ilha que fica perto de Marineford, mas totalmente oculta aos olhos dos marinheiros. Os revolucionários estavam em suas devidas bases, todos armados com armas feitas de oceanite. Os piratas do falecido Barba Branca ficavam no próprio navio, não gostavam de se misturar com essas pessoas, menos Sabo que ficava de vez em quando conversando com Marco e alguns outros.

   Os dias estavam passando rápido, e a hora da guerra estava para chegar, apenas mais vinte dias. Mesmo com todos os piratas poderosos e revolucionários reunidos, teremos alguma chance de derrotar o governo? – Isso ficava na mente de Marco, mesmo não temendo a nada, não vê a hora de acabar com aquele almirante de lava. As circunstancias estão a favor dos piratas, no entanto, muitos apenas estão fazendo isso por pensar que o último poneglyph esteja em Mariejoa, e de fato, para chegar até Raftel, precisa dele, por isso traições são mais do que esperadas. Doflamingo sabe sobre a localização deste último poneglyph, o que o torna uma grande ameaça.

- Está pensando? – Sabo apareceu, ajeitando a cartola na cabeça.

   Marco ficou calado, olhando para o horizonte com um olhar distante, não estava muito afim de conversar, mas não deixaria o rapaz ficar falando sozinho, por isso decide responde-lo:

- Hm... – Mexeu a cabeça confirmando – Quero apenas esperar o tempo passar.

- Muitos irão morrer – Disse Sabo olhando para baixo – Mas ganharemos, tenho certeza.

   Marco tentou mudar de assunto.

- Shanks sabia como chegar em Raftel, e o velho também. – Marco fez um sorriso – Iremos transformar Luffy no rei dos piratas. Conseguiremos aquele poneglyph e iremos guia-lo até Raftel. Cumprirei o ideal do velho.

   A tripulação de Marco sorriu com os braços cruzados, conheciam Luffy e a determinação dele. E por ter sido irmão do Ace, irão ajudá-lo, mesmo que isso custe suas vidas, estão determinados para o que der e vier.

- Primeiro iremos destruir o prédio de Mariejoa. O maior obstáculo serão os almirantes – Disse Sabo.

- Errado, o maior obstáculo será a arma Uranus – Disse Marco sério – As localizações dessas armas estão bem próximas do governo.

- Você parece saber muito sobre essas coisas – Comentou o jovem revolucionário.

- Marco sabe de quase tudo, ele era quem descobria os poneglyphs para o velho. Também é um dos únicos homens que sabem sobre o século perdido e... – Jozu não terminou de falar, já que Marco o interrompeu com um grito.

   Sabo ficou impressionado, não acredita que uma pessoa tão nova possa saber sobre o século perdido, desconfiando dele.

- Quem é você? – Perguntou Sabo, dando um passo para trás.

- Tsc... – Marco olhou feio para Jozu e se virou para o rapaz – Irei falar a verdade sobre os meus poderes – O loiro mais velho se sentou em cima de um barril.

- Eu sou o primeiro usuário da fruta da fênix – Falou ele.

- Então quer dizer que... – Sabo ficou impressionado.

- Exatamente. Eu morri dez vezes, mas sempre retornava, não importa como. Em poucas palavras, sou o primeiro comandante do Barba Branca – Falou como se fosse a coisa mais normal do mundo, enquanto os piratas riam da cara de surpresa de Sabo.

- Quantos anos você tem? – Perguntou o loiro meio confuso com toda essa revelação.

- 220 anos – Terminou.

   Isso foi tão repentino que Fez Sabo cair para trás. Marco finalmente revelou o porquê nunca envelheceu desde que entrou na tripulação de Barba Branca, enquanto os outros ficavam velhos.

- Mas como, é impossível a pessoa ter a vida eterna! – Sabo bradou, isso realmente é muito estranho.

- Minha Akuma No Mi consegue reverter o envelhecimento. Quando eu recebo muitas feridas, eu regenero meu corpo por muito tempo até eu manter ao estado inicial – Falou perspicaz — Quando o corpo deteriora a partir de uma certa idade, ele renasce.

- Entendo – Realmente, isto chocou Sabo, mas tentou manter a postura - Você é incrível! Que bom que é nosso aliado, não queria tê-lo como inimigo.

- Também não gostaria de ter você como inimigo – Marco sorriu carismático, uma coisa bem rara de sua parte.

                    Piratas Misteriosos

   O navio com o símbolo “D” estava a toda velocidade no mar do Novo Mundo. Saru estava na proa observando o mar com uma mão apoiada na bochecha. A calmaria era visível, não gostaria de sair nunca dali. A brisa fazia seus cabelos vermelhos se moverem como pétalas de rosas e seu olhar que outrora era de uma moça confiante, estava amargurado, mostrando que aquilo que ela demonstrava é apenas uma capa em meio a sua angustia. Sua vida nunca foi uma das melhores, e por isso culpa seu irmão, mas não apenas ele, sua família também. Por esse motivo, mesmo sendo uma meta simples, ainda assim é importante para ela, no entanto, quer acabar com a guerra por ela mesma, e para isso necessita de poder, e este poder será a catástrofe para a marinha.

- O que houve com aquele seu sorriso? – Shachi apareceu ao seu lado com uma xicara de chã nas mãos, oferecendo para ela.

- Como assim? – Ela se vira para ele, aceitando a xicara de chã.

- Não sei – Ele se encostou na proa, recebendo o vento nos seus lisos cabelos escuros – Mas quando eu vi você matando aquela fera naquela ilha, vi você sorrir. E agora está diferente.

- Isso não te interessa – Saru o reprovou.

- Ok, ok – Ele percebeu que Saru não quer conversar - Apenas para de enganar a si mesma – Shachi sorriu, se retirando, deixando ela refletindo.

   Saru ficava olhando o líquido em seu copo, vermelho como seu cabelo, com um cheiro de frutas maravilhoso. Era verdade, está enganando a si mesma, e isso era fato, mas admitir não. Eles não sabem o que ela passou, não sabem como sobreviveu.

   Saito, que até então estava na cozinha, consegue ver uma ilha a frente com seu binóculo. O velho dá um sorriso, indicando ser o seu ponto de destino. Ele dá um berro, tirando a atenção dos dois jovens, olhando para cima.

- Ilha a vista – Falou ele.

- Eu ainda me pergunto, o que quer nessa ilha? Se passaram dez dias e conseguimos escapar daquele almirante que não saia do nosso pé – Falava Saru, com certa irritação – Se pararmos nessa ilha, é capaz dele nos achar.

- Garota, preste bastante atenção, aquela fruta só pode ser encontrada nesta ilha. Como as coisas estão a nosso favor, mais poder é a melhor forma de destruir o governo – Deu um breve sorriso sagaz, passando a mão na barba – Um dos homens que irei trazer de volta a vida, temporariamente, irá ser usuário dessa fruta, não existe mais alguém qualificado que ele, o antigo detentor deste poder, Shirohige.

- Sério? – Shachi ficou de boca aberta – Gura Gura No MI? Mas, você não entende, ele irá voltar com poder total, ou seja, não estará enfermo. Ele poderá destruir o mundo desta maneira.

- E isso não é bom? Hahahahaahahahaha.

Continua...

Em breve, ainda esse mês.