História Sad BeautifulTragic - 2 temporada - Capitulo 10

Tomada banho e vestindo uma calça e um blusão de Dulce, Isabella saiu do quarto encontrando os dois na sala, conversando preocupados sobre o que tinha acontecido.

Isabella: oi

Falou chegando a sala. E os dois a olharam e sorriram fraco.

Isabella: eu atrapalhei vocês não é mesmo? Peço desculpas por isso – tímida.
Dulce: não atrapalhou nada querida – puxando-a para sentar-se ao sofá– porque não nos conta o que aconteceu?
Isabella: eu briguei com a minha mãe. – suspirou
Christopher: brigar com ela não lhe faz poder sair no meio da chuva e a essa hora filha.

Christopher lhe entregou uma xicara de chocolate quente ao sentar-se ao seu lado.

Isabella: eu não queria mas ficar lá. – sentiu os olhos marejarem.
Dulce: porque brigaram?
Isabella: eu disse a ela que sairia contigo amanha, pedi dinheiro, ela disse que... – mordeu o lábio – que não queria que eu saísse com pessoas do seu nível. E começou a falar mal de você, que eu não deveria me apegar a você, que você só fingia gostar de mim por causa do meu pai e ai briguei com ela. – sentiu as lagrimas escorrem –eu disse a ela que você me tratava melhor do que ela, que eu queria que você fosse a minha mãe, então ela me deu um tapa na cara e me mandou sair de seu quarto, porque ela tinha que sair.

Christopher cerrou o punho com raiva de Belinda e puxou a filha para si sentindo suas lagrimas em seu ombro. Olhou para Dulce que tinha um olhar triste e raivoso. É, ele também queria que ela fosse a mãe de sua filha.

Isabella: eu tentei te ligar papai, como não atendia a esperei sair e peguei um taxi e vim para cá. – olhou para o pai – não me deixa voltar para lá, por favor, deixa eu morar com você papai.

Christopher sentiu um aperto no peito e apenas assentiu para filha.

Christopher: vou resolver isso. Prometo.

Quando o choro cessou, ela se afastou do pai limpando o rosto com as mãos e o olhou dele para Dulce.

Isabella: vocês estão juntos ou só tiveram uma recaída, ou sei la como vocês falam?

Dulce riu baixo e olhou para Christopher assentindo.

Christopher: estamos juntos querida.
Isabella: de verdade? – com os olhos brilhando – isso é fantástico. – abraçou Dulce.
Dulce: não pense que não percebemos que estava querendo nos juntar – brincou
Isabella: só queria que o meu pai fosse feliz – mordeu o lábio – e bom, ter você com agente sempre seria ainda melhor. – sorriu
Christopher: fico feliz que vocês se deem bem. – sorriu olhando-as – mas esta na hora de dormi. Principalmente a minha bebezinha aqui – apertou a bochecha da filha fazendo Dulce rir.
Isabella: para papai – empurrando as mãos dele – não sou mais bebê– fez bico
Dulce: deixa a menina em paz Chris

Dulce aninhou Isabella em seus braços, que tinha a cabeça deitada no ombro de Dulce.

Christopher: ah, agora vão fazer complô é? – rolou os olhos – bebe esse chocolate e vamos dormi.

Isabella bebeu o chocolate quente e acompanhou Dulce que a levou para o quarto de hospedes. Isabella se deitou e se cobriu e se surpreendeu ao ver Dulce sentando-se na cama ao seu lado para logo em seguida depositar um beijo em sua testa e lhe desejar boa noite. Sua mãe nunca a tinha posto para dormi antes, somente seu pai fazia isso quando ela era mais nova, ou as empregadas. Sorriu um pouco emocionada para a futura madrasta e fechou os olhos encolhendo-se em baixo do edredom, sentindo o cafune gostoso que ela lhe fazia e adormeceu.

Quando chegou ao quarto, Christopher já estava deitado em baixo da coberta. Dulce deitou-se ao lado dele e aninhou-se em seu peito, sentindo a caricia que o mesmo fazia em seu cabelo.

Dulce: não gosto de vê-la chorar. – suspirou
Christopher: imagine eu então. – apertou-a nos braços – só quero ver a minha menina bem, e vou fazer de tudo para trazê-la para morar comigo.
Dulce: tenho certeza que será o melhor para ela amor. Não sei como uma mãe pode tratar um filho desse jeito. Não me conformo com isso.
Christopher: calma amor, não pensa nisso. É melhor dormimos. Boa noite pequena.
Dulce: boa noite grandão.

Na manha seguinte ao acordar não encontrou Christopher na cama, e ouviu a zoada do chuveiro. Levantou da cama se espreguiçando e vestiu um robe de seda. Veria se Isabella estava bem e depois faria um café da manha para eles. Encaminhou-se para o quarto de hospedes e viu a menina encolhida e toda enrolada, sorriu se aproximando da mesma, e ao tocar seu rosto em uma leve caria seu sorriso sumiu. Ela estava quente, muito quente. Voltou ao quarto rapidamente e pegou um termômetro que tinha e voltou ao quarto de hospedes colocando delicadamente na axila de Isabella, fazendo o possível para que não acordasse. Dois minutos depois, o termômetro apitou e Dulce o pegou confirmando que a menina estava com febre. Na verdade, queimava em febre. Preocupada e sem saber o que fazer voltou para o quarto para procurar um antitérmico e encontrou Christopher com uma toalha enrolada na cintura.

Christopher: bom dia pequena – sorriu – fiz de tudo para não te acordar...
Dulce: Chris, a Isa esta queimando em febre. – falou preocupada
Christopher: tem certeza?
Dulce: coloquei o termômetro nela, ela esta com quase quarenta de febre, vou procurar um remédio para ela. 

Preocupado, Christopher começou a se vestir rapidamente enquanto Dulce procurava o remédio numa caixinha em seu guarda-roupa. Quando achou o remédio percebeu que Christopher não estava, mas no quarto, o encontrou junto a Isabella, que estava acordada.

Christopher: a Dulce esta procurando um remédio para você querida – acariciando o rosto dela
Dulce: e já encontrei

Dulce se aproximou deles e entregou a Isabella um comprimido e um copo de agua. Ela tomou o remédio, entregou o copo a Dulce e voltou a se deitar.

Dulce: esta sentindo mais alguma coisa querida? – sentando-se ao lado dela
Isabella: um pouco de dor no corpo e dor de cabeça.
Christopher: acho melhor leva-la ao medico. – preocupado.
Isabella: não quero pai – resmungou.
Dulce: não precisa querido, pelo menos não por enquanto. Isso deve ser um resfriado por causa da chuva de ontem. Se a febre não baixar levaremos.  – ele concordou
Christopher: eu tenho uma reunião agora de manha, você cuida dela para mim? – Dulce assentiu sorrindo – prometo voltar o mais rápido possível.
Dulce: não se preocupe, irei cuidar bem dela.
Christopher: volto logo mesmo assim. Qualquer coisa me ligue.

Christopher depositou um beijo na testa da filha e selou os lábios de Dulce rapidamente antes de sair.  Dulce sorriu para a menina que lhe olhava timidamente.

Isabella: estou atrapalhando outra vez.
Dulce: não fale besteiras – repreendeu-a – eu gosto muito de você Isa, é um prazer cuidar de você.
Isabella: também gosto muito de você Dul. – sorriu timidamente.
Dulce: agora vem, vamos para o meu quarto que iremos assistir filmes a tarde toda.

As duas sorriram e Dulce a ajudou a chegar ao seu quarto, e logo depois foi para a cozinha onde fez sanduíches e suco de laranja para as duas tomarem café da manha. Colocou tudo arrumado em cima de uma bandeja e levou para o quarto onde Isabella estava assistindo televisão. As duas comeram e ficaram ali assistindo a uma maratona do seriado friends.

Christopher estava na reunião mas tinha a cabeça em outro lugar. Estava preocupado com a filha e com toda aquela situação. Assim que acabasse ali falaria com o advogado para ver o que podia fazer para ter a guarda de sua filha. Sentiu o telefone tocar e ficou preocupado

Christopher: perdão, minha filha esta doente, e preciso atender. Tomem um café enquanto isso.

Ele se retirou da sala e foi para a dele, quando pegou o telefone viu que quem lhe ligava era Belinda e respirou fundo, agora era iria ouvir.

Christopher: o que você quer?
Belinda: nossa filha sumiu Christopher, não a encontro em canto algum.
Christopher: e porque ela sumiria assim?  O que aconteceu? – fingiu
Belinda: ela queria sair com aquela puta que você estava pegando e eu não permiti, então ela sumiu, tenho certeza que esta com aquela mulherzinha e...
Christopher: cale-se Belinda. – quase gritou – primeiro, eu não quero ouvir nunca mais você falando da Dulce desse jeito. E segundo, eu sei que falou um monte de coisas para Isabella e que lhe deu um tapa no rosto. Como pode fazer isso com minha filha? – irritado
Belinda: nossa filha. – corrigiu-o – ela me provocou e...
Christopher: isso não lhe dar o direito de bater em minha filha Belinda. – suspirou – ela estava na rua debaixo de chuva e de madrugada, e apenas agora deu por falta dela.  – acusou
Belinda: então ela esta com você? E quando pensou em me avisar? Irei buscá-la agora mesmo.
Christopher: não vai não. Ela esta queimando de febre e a Dulce esta cuidando dela enquanto eu estou no trabalho. Ela ira ficar comigo por um tempo.
Belinda: não pode fazer isso Christopher – gritou – ela não pode fazer o que quer. A guarda dela é minha.
Christopher: dane-se Belinda, não vai pega-la agora. – gritou – ela vai ficar comigo até estar melhor. Se quiser que chame a policia, que eu dou uma queixa dizendo que a deixou na rua pela madrugada e que lhe agrediu.

Desligou o telefone irritado e respirou fundo algumas vezes antes de voltar para reunião.