História Sad BeautifulTragic - 2 Temporada - Capitulo 20

"Não construa muros em teu coração
O que você fizer sempre faça por amor
Ponha suas asas contra o vento
Não há nada o que perder.
Não fique com teu nome escrito na parede"
Dulce Maria – No Pares

Christopher: eu gostei do Mattheus – comentou enquanto sentava-se ao lado dela no sofá, que lhe sorriu. – e você? O que achou das meninas que brincavam?
Dulce: sinceramente? – ele assentiu – eu não sei, só fiquei lá brincando e brincando, não conversamos muito – ele riu – mais uma garotinha me chamou atenção, era tão linda e fofa, mas tinham tantas crianças, se pudesse traria todas, tenho amor suficiente para isso. – ele voltou a rir.
Christopher: infelizmente não podemos meu amor – cheirou o pescoço dela – mas estava pensando, podíamos adotar duas crianças, um casalzinho, o que acha.
Dulce: acho que seria ótimo, mas você ouviu o que ela falou, não somos casados é muito complicado concluímos a adoção antes do casamento.
Christopher: isso não é problema, nos casamos amanhã e pronto. – ela riu. – estranho a Isa não ter chegado ainda do colégio.
Dulce: ah, ela me disse que iria ao cinema com uns amigos depois. – deu de ombros
Christopher: ah... Sabe, pode ser que não possamos adotar a todos, mas podemos ajudar, acho que a aquele casarão precisa de uma reforma, e acho que podemos ajudar, o que acha?
Dulce: acho que agora que não tenho nada a fazer vou muito lá. – riu baixo – quero conhecer todas as crianças e tudo mais.
Christopher: te acompanharei sempre que possível. – sorriu.

Uma semana já havia se passado desde a primeira vez em que visitaram o orfanato. Dulce não mentiu quando disse que iria muitas vezes lá, ela tinha ido todos os dias, todos a recebiam bem. Brincava de boneca com as meninas, jogava jogos de tabuleiro com os meninos, desenhavam, e até mesmo ficava no berçário, onde tinham bebês lindos. Por mas que tivesse tantas crianças, Dulce sempre procurava pela menininha que tinha lhe chamado a atenção no primeiro dia, mas nunca mas a vira, até a aquela tarde, onde a viu sentada em uma mesa enquanto desenhava. Sorriu e foi para lá, sentando-se ao lado dela.

Dulce: posso desenhar com você? – a menina assentiu timidamente. – o que está desenhando?

A menina lhe estendeu a folha, onde tinham dois bonecos mal desenhados.

Dulce: que desenho bonito – sorriu para a mesma. – qual o seu nome?
Liz: Liz. – disse sem olha-la enquanto pegava outra folha.
Dulce: que nome lindo Liz – sorriu olhando-a – vou desenhar contigo.

Dulce puxou uma folha em branco para ti e começou a desenhar uma boneca e quando ela estava pronta deu a menina.

Liz: linda – apontou ao desenho
Dulce: sim, igual a você – sorriu.

Passou a tarde ali desenhando com a menina, muito dos desenhos que fazia a mesma coloria, estava se divertindo muito, com ergueu o olhar viu Mattheus lhe observar e sorriu. Ele era lindo, tinha sete anos, cabelo castanho, pele clara e toda vez que olhava para seus olhos se lembrava do Christopher, o chamou com a mão e ele se aproximou timidamente.

Dulce: oi Mattheus, tudo bom? – o menino assentiu com a mão na boca – quer desenhar com agente?

Mattheus sentou-se na mesa e começou a desenhar com elas, Dulce sorria sentindo-se bem ali.

Mattheus: tia – ela o olhou – o tio não vai vim mais aqui? – ela sorriu
Dulce: é que ele trabalha muito, mas logo ele vai vim, porque?
Mattheus: ele é muito legal – olhando para o desenho – ele disse que ia voltar e me trazer uma bola de futebol de presente e que iriamos jogar muito.
Dulce: se ele disse, ele vem. – passou a mão no cabelo dele de leve – não se preocupe, vou lembra-lo da bola.
Liz: olha – entregando a folha para ela.

Dulce pegou a folha em mãos e um coração, torto, mal pintado, mas sorriu, era lindo.

Dulce: muito lindo – sorriu
Liz: pra você. – deu de ombros voltando a desenhar.
Dulce: obrigado linda.
Mattheus: esse aqui é para você e o tio – lhe entregando a folha. – vou jogar bola tia.

Mattheus lhe deu um beijo estalado na bochecha e correu para jogar bola com as outras crianças, Dulce olhou para a folha que o mesmo lhe entregou e viu o desenho de um campo de futebol onde dois bonecos jogavam bola, uma seta apontada para o boneco pequeno tinha escrito o nome dele, enquanto o grande tinha o nome de Christopher. Sorriu para o desenho e o guardou na bolsa junto com o que Liz havia lhe dado.

Lurdes: Dona Dulce que prazer em vê-la. – sorriu simpática.
Dulce: por favor Lurdes, me chame apenas de Dulce – sorriu
Lurdes: me disseram que queria falar comigo? – ela assentiu – bom, vamos até minha sala.
Dulce: claro. – olhou para a menina que ainda desenhava – eu volto já meu bem.
Liz: ta tia. – sorriu

Dulce seguiu Lurdes para a sala da mesma e sentou-se a mesa.

Dulce: na verdade eu vim lhe propor algo, eu e o Christopher queremos ajudar, estávamos pensando em ajudar em uma reforma. - Lurdes a olhou surpresa – se pudéssemos adotaríamos todas essas crianças, mas não podemos, então queremos de um jeito, ajudar a todas.
Lurdes: nossa, a gente recebe ajuda de alguns casais que adotam crianças aqui, mas não ajudas tão grandes. Vocês tem certeza? – receosa.
Dulce: claro que sim. – sorriu – eu sou arquiteta e designer e o Chris é engenheiro, podemos fazer uma reforma aqui sem nem precisar tirar as crianças. Pensamos em uma boa pintura tanto na parte externa quanto interna, uma reforma simples nos quartos e banheiros. Podemos ajudar?
Lurdes: claro, toda ajuda é bem-vinda. – animada. – e as crianças? A senhora tem vindo todos os dias, conversando e brincando com todas as crianças, está gostando de alguma em especial?
Dulce: de todas. – riram – se eu pudesse as levaria comigo, todas, mas infelizmente não podemos. Mas me diz uma coisa, eu vi a Liz no primeiro dia em que estive aqui e só voltei a vê-la hoje, aconteceu alguma coisa? Ela estava doente?
Lurdes: a Liz é uma criança encantadora não é mesmo? – Dulce assentiu – um casal passou a vim muito aqui e a adotou, a levaram logo depois que a senhora e seu marido foram embora, mas ela não se adaptou.
Dulce: como não se adaptou?
Lurdes: o casal que a adotou eram brancos Dulce.
Dulce: e o que isso tem haver? Se eles adotaram ela é porque não tem preconceito.
Lurdes: sim, não tinham, a adoraram assim como você a adorou, mas quando a adotaram sentiram o peso do preconceito das pessoas, que os olhavam torto quando passeavam com a menina. Essa foi a terceira adoção dela, e todos a devolveram a nós.
Dulce: que coisa horrível, como podem deixar a opinião dos outros intervi em suas vidas, ainda mais se tratando de uma situação dessas. - irritada
Lurdes: quero que a senhora pense direito sobre isso, não acho que essa menina precise passar por isso novamente, não agora. – Dulce a olhou sem entender. – sei que a senhora pensa em adota-la.
Dulce: eu sinceramente ainda não sei, apenas sei que estou encantada com ela, assim como o Christopher está com o Mattheus.
Lurdes: o Mattheus é um menino de ouro, nunca foi adotado mais tem ânsia por uma família, já foi iludido algumas vezes, mas sempre acabavam optando por bebês.
Dulce: isso me parte o coração – suspirou – bom, eu preciso ir, amanhã virei com o Christopher.