1. Spirit Fanfics >
  2. SAGA HP: Sob uma Nova Visão >
  3. Como uma Fênix

História SAGA HP: Sob uma Nova Visão - Como uma Fênix


Escrita por: LetsDuda

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece não é? Desculpe ter desaparecido assim antes de concluir O Cálice de Fogo.

Mas agora que a bendita Netflix colocou Ordem da Fênix, Enigma do Príncipe e os Dois Relíquias da Morte no catálogo irá facilitar e muito meu trabalho de escrever esta fanfic.

Boa leitura e fiquem com a primeira atualização do ano de 2020.

PS: Lamento ter sido um capítulo tão pequeno mas é que eu realmente não tinha mais nada para trabalhar em Cálice de Fogo.

Capítulo 20 - Como uma Fênix


-Isabelle? Vamos se anime- Crouch Jr tentava a todo custo me fazer levantar e seguir em frente mas eu apenas suspirava e continuava a olhar para o vazio pela janela.

-Vejo pelo lado bom querida- eu apenas arqueei uma sobrancelha pensando no que ele estava se referindo como lado bom – O Garoto era sua fraqueza e agora que ele se foi, você pode se tornar mais forte nas artes das trevas.

-Eu matei alguém- sussurrei com a voz pesarosa, me sentindo uma pessoa terrível.

-Você eliminou um verme asqueroso que foi responsável pela morte da sua mãe, não vejo problema nenhum nisso.

Peguei mais uma xícara de chocolate quente, levei até a minha boca quando ainda estava fumegante...Senti a dor da queimação na mesma hora e aguentei de boca fechada, me forçando a beber mais e queimar minhas própria garganta, estava tentando punir a mim mesma pelo que havia feito embora de uma forma tão ridícula.

-Isabelle! Não faça isso- ele revirou os olhos tirando a xícara da minha mão- Quero que me diga como foi se encontrar com o Lorde das trevas.

-O que? - minha voz saiu em um fiapo porque minha língua estava queimada – Você não me perguntaria isso a não ser que fosse...Você armou tudo não foi? Transformou a taça do torneio em uma chave de portal para o cemitério, enfeitiçou Krum mas por quê?

-Não é óbvio? Eu sou um comensal da morte, o mais leal entre todos- me respondeu entre dentes- Leal ao seu pai, o suficiente para cuidar da filhinha impertinente dele.

-Cedrico morreu nessa sua empreitada de tentar trazer Voldemort de volta – acusei me levantando em um pulo já com a varinha em mãos- Acho que está na hora de fazer uma nova vítima não acha?

-Você não me mataria Isabelle, ainda é compassiva demais para isso.

-Talvez- dei de ombros com um sorriso perverso- Mas sou perversa o suficiente para...Crucio.

O Observei se contorcendo de dor no chão com um sorriso, se ele tentara me fazer confiar nele durante esse ano, se ele contara com a minha gratidão e lealdade aos seus ensinamentos de arte das trevas...Oh! Estava tão enganado.

-Acha que poderia impedir? – disse entre os gritos de dor- Você e Harry Potter foram parar no cemitério porque era para ser assim....Agora o ato se realizou e o Lorde das Trevas está de volta, mais vivo do que nunca.

-O mesmo não poderá ser dito de você – respondi com puro desprezo – Crucio

Eu me sentei novamente no sofá com as pernas cruzadas apenas o assistindo se contorcendo de agonia no chão e escutando seus gritos de dor com uma expressão indiferente no rosto mas por dentro eu estava vibrando em um prazer doentio...Passei horas o torturando daquele jeito como eu nunca havia feito com ninguém antes, me senti tão poderosa em causar sofrimento a aquele farsante que pensou que poderia me enganar.

-Você me subestimou Crouch- disse com um sorriso antes de acerta-lo com mais uma carga de crucio – Assim como todos fazem.

-Pirulitos? - foi tudo o que ele disse e eu percebi que os olhos dele estavam desfocados e bem aéreos.

-Não está falando nada com nada- murmurei cessando a tortura- Enlouqueceu não foi?

***

Dei o meu jeito para que Dumbledore descobrissse que havia sido Bartô Coruch Jr o responsável por toda a desgraça que havia acontecido naquele ano, descobriu que ele havia usado poção polissuco para se passar pelo auror Alastor Moody e se infiltrou na escola como professor de Defesa contra Artes das Trevas.

Foi fácil demais, com uma cena armada e a dose certa de teatralidade, todos acreditaram que ele havia agido sozinho e enlouquecido por si só diante do retorno de Voldemort. E como eu havia cuidado dele, que não estava mais são o suficiente para me entregar, ninguém jamais soube que ele havia me ensinado Artes das Trevas e que eu mesma havia o cruciado até a loucura.

Consegui sair impune para todos os olhos, exceto o de Harry que havia me visto matar Pedro Pettigrew mas estava afeiçoado demais a mim para me entregar a alguém, além de odiar aquele rato miserável tanto quanto eu.

Naquele momento estávamos vasculhando a sala de Crouch buscando pelo verdadeiro Alastor Moody, confesso que nem havia pensado que para ele conseguir se passar pelo auror por tanto tempo precisaria mantê-lo cativo para sempre ter acesso a fios de cabelo para preparar poção polissuco, me senti pior ainda por ter acobertado aquilo por tanto tempo.

-Ali- apontei para o enorme baú que ele sempre mantivera trancado e nunca me deixara olhar o que tinha dentro- Às vezes essa coisa rangia como se tivesse uma fera dentro.

-Sim eu também ouvi- concordou Harry.

Severo Snape apenas tomou minha palavra como verdade e abriu o baú com a varinha revelando que lá dentro havia uma pessoa muito encolhida e assustada: Era mesmo o verdadeiro Alastor Moody.

***

-Hoje temos que admitir, uma perda realmente grande- Dumbledore discursava pelo palanque- Cedrico Diggory era como todos sabem: Excepcionalmente esforçado, infinitamente justo e o mais importante: Um amigo muito leal.

-Ele era muito mais do que isso- sussurrei para mim mesma lembrando de todas as boas lembranças que eu tinha com Cedrico e me segurando para não chorar.

-Por isso acho que vocês tem o direito de saber como ele morreu- Dumbledore não iria esconder a verdade- Sabem, Cedrico Diggory foi assassinado pelo Lorde Voldemort.

A Maioria ficou em choque por ouvir o nome daquele que não deveria ser mencionado, sendo mencionado pelo diretor.

-O Ministério da Magia não queria que eu lhes contasse mas não dizer isso seria um insulto a sua memória- ele suspirou olhando diretamente para mim- A dor que todos sentimos por essa perda, nos faz lembrar que embora venhamos de lugares diferentes e falemos línguas diferentes...

Parei de ouvir o que ele estava dizendo naquele momento, algo sobre luz e laços de amizade, mas nada daquilo iria trazer Cedrico de volta, aquele discurso não mudava o fato de que um garoto tão gentil e inocente que tinha a vida inteira pela frente, agora estava morto...E ele havia morrido sem escutar a minha resposta para o seu pedido, havia morrido sem saber que eu o amava de volta.

-Lembre-se disso e Cedrico Diggory não terá morrido em vão- discordo- E iremos honrar o rapaz que foi gentil, honesto, corajoso e leal até o último momento.

O Quão leal ele havia sido em entrar na minha frente para tentar me proteger de qualquer mal que Rabicho quisesse fazer para comigo, mas nada mudava o fato de que ele havia morrido por minha causa...É minha culpa.

***

-Izzy? - Harry, Rony e Hermione tentavam a todo custo falar comigo mas eu simplesmente dava as costas.

-Não pode sofrer sozinha! - Hermione protestou.

-Mas é exatamente isso que eu quero- retruquei irritada.

-Mas não é saudável- Rony apontou preocupado- Somos seus amigos, só queremos te ajudar a melhorar.

-Melhorar? Eu não estou doente Ronald Weasley.

-Péssima escolha de palavras- Harry disse dando um tapa no ombro do Rony que reclamou com um “Ai!’.

-Olha gente! - me virei para olha-lo nos olhos- Eu agradeço muito o que estão tentando fazer mas agora eu realmente preciso ficar sozinha...Esse ano só foi demais para mim e eu acho que eu preciso.

Eles olharam para mim com um misto de compreensão e preocupação que realmente me tocou.

-Então por favor não fiquem em cima- suspiro- Ano que vem nos falamos melhor.

-Está bem- Hermione disse me puxando para um abraço que eu retribui imediatamente – Saiba que estamos aqui.

-Para o que precisar- completou Harry.

-Adeus- disse aos dois antes de entrar no trem procurando meu próprio canto isolado para remoer tudo o que eu estava sentindo, todo aquele turbilhão dentro de mim.

***

Passei as férias agindo como um corpo vazio, sem vontade fazer coisa alguma apenas observando o tempo se arrastar tortuosamente lento, passando os dedos suavemente pela pedra do meu medalhão como um meio de acalmar a mim mesma.

Foi quando eu me lembrei que dentro desse medalhão, havia algo a mais, um objeto extremamente poderoso, nada mais e nada menos do que uma relíquia da morte.

-Peverell- murmurei em língua de cobra fazendo o medalhão abrir na mesma hora, e encontrei lá dentro a mesma coisa que havia visto no segundo ano: O Anel da Ressureição.

Tirei o anel de dentro do medalhão e o fechei novamente, pegando pela primeira vez aquele anel nas minhas próprias mãos. Senti uma carga enorme de energia negativa pesada, havia muito poder naquilo afinal.

O Coloquei no meu dedo anelar, admirando sua pedra negra tão lustrosa e fria contra a minha pele...Sorri involuntariamente, finalmente sentindo aquele sentimento de que nem tudo estava perdido, enchendo o meu peito de esperança, depois de longas semanas como um trapo.

E graças aquilo eu conseguiria renascer da minha própria miséria, ainda mais renovada, como a Fawkes, a fênix de Dumbledore.

-Padrinho- bati a porta da sala de poções da casa de Snape com certa cautela, a porta apenas abriu para mim como sempre fazia.

-O que você deseja Isabelle? -  ele perguntou direto ao ponto, afinal erámos ambos muito reservados e só nos falávamos durante a férias quando estritamente necessário, ou quando eu precisava pedir alguma coisa dele.

-Instrução- respondi com um sorriso ambicioso – Preciso aprender a aparatar.


Notas Finais


Então gostaram? Digamos que esse comportamento da Izzy vai durar até o fim de Ordem da Fênix.

Mas acho que irão gostar porque ela ficará mais ousada.

Sem mais spoilers e até o próximo capítulo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...