História Saint Moon Ares - O Dia Seguinte - Serena e Seiya

Fim da batalha dos Cavaleiros de Atena e das Sailors Scouts contra Ares, o deus da guerra.  Os heróis, após uma série de batalhas violentas e exaustivas, em meio a muita dor, esforço e penúria, finalmente conseguiram mandar o maléfico irmão de Atena de volta ao além-vida, de onde não deveria nem ter saído.  As belas Sailors, que deveriam ser sacrificadas para fortalecer o próprio Ares, foram todas salvas de um destino cruel pelos poderosos Cavaleiros.  Em meio a essa adrenalina toda, um profundo e terno clima de amor entre os protetores e suas protegidas surgiu.  Ao fim das batalhas, todos voltaram para suas casas.

 

Serena Tsukino, a Sailor Moon – que é também a Princesa da Lua – era levada de volta pra casa por seu amado guardião, o poderoso Seiya, Cavaleiro de Pegasus.  Sua família já estava mais que preocupada; desesperada, pois até o presente momento, não tivera mais notícias da jovem.  Eis que ambos finalmente param em frente à casa da Família Tsukino. 

 

SERENA:  Enfim, de volta pra casa, graças a Deus – diz, aliviada – imagino como todos estão aflitos comigo...

SEIYA:  Mantenha a calma, Serena.  Seus pais ficarão felizes em saber que você está salva.

 

Ela olha para seu amado e sorri.  Nisso, eis que sua mãe, Ikuko Tsukino, chega na frente da casa e vê que sua filha voltou.

 

IKUKO:  Serena...  mas não é possível...  querido, venha aqui! – grita, chamando o marido.

SERENA:  Mamãe...  finalmente voltei! – diz, emocionada.

 

Ambas se abraçam, profundamente emocionadas.  Nisso, o pai e o irmão mais novo de Serena chegam.

 

KENJI:  Serena...  mas onde você estava esse tempo todo?  Imagina o quão preocupados ficamos com você? – chega ralhando.

SERENA:  Desculpem...  eu tinha sido raptada...  mas, felizmente, conseguiram me salvar.

IKUKO:  Salvaram você?  E quem lhe salvou? – indaga, curiosa.

SEIYA:  Fui eu! – diz, dando uns passos à frente.

IKUKO:  Quem é você? – indaga ao jovem cavaleiro.

SEIYA:  Meu nome é Seiya, e sou da Fundação Graad. 

KENJI:  Fundação Graad?  Aquela que pertencia a Mitsumasa Kido? – indaga.

SEIYA:  Exatamente!  Nós, da Fundação Graad, mantemos diversos agentes secretos espalhados pelo mundo, sempre prontos para agir, em casos de grande perigo. 

 

Embora os pais de Serena achem aquele papo do Cavaleiro de Pegasus meio estranho, estavam felizes por ter sua filha de volta pra casa.  Seiya, então, resolve se despedir.

 

SEIYA:  Bem, Serena, vou indo.  Você precisa descansar, e sua família também, depois de tanta aflição.  Voltarei ao orfanato da Fundação Graad, onde cresci.  E preciso ver minha irmã mais velha também.  Boa noite.

SERENA:  Seiya...  mais uma vez, obrigada por tudo, meu querido... – o abraça, derramando umas lágrimas.

 

Os pais da jovem, ao ver aquela cena, acham meio estranho o que se passa, pois nunca viram antes sua filha tão feliz como agora. 

 

IKUKO:  Querido...  impressão minha...  ou a Serena está apaixonada por ele? – indaga.

KENJI:  Não pode ser...  ela mal o conheceu.  Isso não acontece da noite para o dia.  Ou será...? 

SHINGO:  Não sei não...  isso não me cheira bem... – retruca.

IKUKO:  Shingo, que isso!  É sua irmã mais velha, logo, ela tem um pouco mais de maturidade que você.

 

Após Seiya se retirar e Serena entrar para tomar um banho e comer, eis que seus pais a chamam para um papo franco.

 

IKUKO:  Serena...  ficamos muito felizes por você ter voltado pra casa sã e salva, estávamos mais que preocupados.  Mas agora me diga uma coisa...  como você conheceu esse rapaz, o Seiya?

SERENA:  Bem... – tenta dar uma explicação plausível, que não ponha seu segredo como Sailor Moon em risco – ele é mais que um agente secreto da Fundação Graad, ele é também um guerreiro místico, muito poderoso...

KENJI:  Guerreiro místico...  quer dizer igual a essas moças que volte e meia aparecem para combater o mal, as Sailors? – indaga.

SERENA:  Isso mesmo!  Ele e seus amigos salvaram a mim, e também às minhas amigas, todas nós fomos raptadas naquela noite.

IKUKO:  Meu Deus!  Até suas amigas?  Mas com que finalidade?

 

Sente que terá que criar uma outra história, para não botar mais em risco sua identidade como Sailor Moon. 

 

SERENA:  Bem...  confesso que nem eu sei ao certo ainda por que fizeram isso.  Só sei que, se não fosse pelo Seiya e pelos amigos deles terem aparecido, talvez eu nem aqui estivesse – diz, de forma serena, procurando disfarçar o máximo possível. 

KENJI:  Bem, o que importa é que você está de volta, sã e salva.  Ficamos muito felizes com isso. 

 

Instantes depois, Seiya chegava ao orfanato onde crescera, até o dia em que foi enviado ao Parthenon treinar para ser um guerreiro.  Já era noite, e o sino do toque de recolher já tocara.  Procura tirar os tênis na entrada, para não acordar ninguém com o barulho de seus passos.  Andava com cuidado, como um ébrio que chega tarde do bar em casa.  Até que...

 

???:  Seiya?!  Chegando tarde, como sempre – diz uma voz feminina.

 

Ao virar pra trás, vê que era sua irmã mais velha, Seika.

 

SEIYA:  Seika...  ainda acordada? – indaga.

SEIKA:  Claro, bobo!  Acha que vou dormir tranquila, com você fora de casa?

SEIYA:  Ora, eu não sou mais criança, eu já cresci – retruca.

SEIKA:  Mas eu sou sua irmã mais velha, e cuidei de você após a morte de nossos pais, portanto, acho que me deve uma satisfação, sim.  E você quase nem para aqui, fica mais tempo lá no Parthenon...

SEIYA:  É verdade...  mas, dessa vez, tive que lutar contra um novo inimigo; Ares, o deus da guerra, além de salvar cinco jovens que seriam sacrificadas para ele. 

SEIKA:  Meu Deus!  Sacrificadas...?! – indaga, espantada.

SEIYA:  SSHHH  fale baixo, estão todos dormindo...  sim!  Ainda bem que meus amigos e eu conseguimos salvá-las.  Entretanto, me apaixonei por uma delas, e ela por mim.

SEIKA:  Sério?! – sorri – Nossa, que bom...  mas...  e a Miho?  Como ela vai reagir?

SEIYA:  Miho e eu somos amigos de infância, ela me consolou esse tempo todo que você esteve sumida.  Bem...  vou tomar um banho, que essa agitação toda me cansou.  Boa noite, Seika...

 

Seika estava surpresa em ver que seu irmão caçula já não era mais criança.  A necessidade de lutar para manter o mundo seguro fez Pegasus amadurecer.

 

Enquanto isso, na residência dos Tsukino, Serena já estava deitada em sua cama, com sua tutora, a gata Lua, dormindo a seu lado.  Ambas estavam felizes por tudo ter acabado bem.  Durante o sono, mais uma vez, nossa heroína tem um sonho, dessa vez, um sonho feliz ao lado de Seiya, onde ambos estavam no antigo Milênio de Prata, que fora destruído por Beryl e Ares no passado, mas, dessa vez, o mesmo estava restaurado, e o Cavaleiro de Pegasus, agora, era o Príncipe da Lua, ao lado da Princesa Serena, sua amada.  A história fora reescrita, dessa vez, com Seiya no lugar de Darien como o Príncipe Lunar.  Enquanto sonha, Serena balbucia umas palavras:

 

SERENA:  Seiya...  meu Príncipe...  meu amado Príncipe...  te amo...

 

Lua, por seu turno, chega a acordar com aquilo, e fica surpresa em ver sua protegida sonhar.

 

LUA (pensando):  Serena...  ela está sonhando com o Seiya...  será que ela o vê em sonho como um príncipe?  Será que ele...  pode ser o futuro Príncipe do Milênio de Prata, em vez do Darien?

 

Parece que tudo pode acontecer.

 

Alguns dias depois, no colégio, Serena, no momento do intervalo, conversava com Molly, sua melhor amiga, a respeito de seu novo amor.

 

MOLLY:  O que...  você está com outro namorado?  Não está mais com o Darien? – indaga, perplexa.

SERENA:  Não!  Foi bom o que vivi com o Darien, foi bom enquanto durou, mas o meu coração estava destinado a ser de outro.  É um rapaz belíssimo e forte, embora um tanto brincalhão, não é tão sério como o Darien...

MOLLY:  HAHAHAHAHAHA  Será que é ainda mais brincalhão que você, amiga? – graceja – Ou será que ele é também cabeça-de-vento igual a ti?

SERENA:  O que você está insinuando com isso? – grita.

MOLLY:  Calma, foi só uma brincadeira.  É que você, às vezes, comete umas mancadas, e quando falou que seu novo namorado é brincalhão, daí...

SERENA:  Pois pensou errado!  Ele é brincalhão, mas é inteligente...

MOLLY:  Tomara que seja mesmo, pois de avoada aqui, já basta você...

 

*gotas de vergonha*

 

Enquanto isso, no orfanato da Fundação Graad, Seiya se exercitava com as crianças.  Era hora da aula de educação física, e quando não está em missão pelo mundo, é ele o professor dessa disciplina. 

 

SEIYA:  Muito bem crianças, hora dos exercícios de aquecimento.  Vamos começar com 30 polichinelos... – e toca um apito. 

 

E a garotada faz uma sequência de 30 polichinelos.

 

SEIYA:  E agora vamos dar dez voltas ao redor da quadra – toca o apito.

 

As crianças atendem ao comando e correm ao redor da quadra dez vezes.  Ao fundo, Miho e Seika observavam o trabalho de Seiya como personal trainer.

 

MIHO:  O Seiya está se saindo muito bem como professor de educação física, as crianças estão se exercitando em perfeita sincronia com ele – elogia.

SEIKA:  Sim!  Meu maninho realmente cresceu e amadureceu durante minha ausência, isso me deixa muito feliz...

 

Horas depois, logo após o fim da aula de educação física, Seiya tomava uma ducha e se arrumava para sair.  Decide aparecer no colégio onde Serena estuda, afim de encontra-la na hora da saída.  Eis que sua irmã o vê terminar de se arrumar.

 

SEIKA:  Seiya...  vai sair? – indaga.

SEIYA:  Sim, mana.  Vou lá no colégio onde Serena estuda, encontrar com ela, já é hora da saída. 

 

Miho, por seu turno, não consegue evitar ouvir o que Seiya diz à sua irmã maior.  Assim que ele sai, ela chama por Seika.

 

MIHO:  Seika...  por favor...  o Seiya...  isso que ele disse... – fala de forma reticente – ele...  está...  NAMORANDO?!

 

Eis que Seika, que sempre foi muito boa amiga para Miho, sente que deve ser franca.

 

SEIKA:  Miho...  bem...  ele conheceu uma jovem colegial, enquanto esteve ausente...  e desde então, estão se relacionando...

MIHO:  Não pode ser...  esse tempo todo eu o esperei, torci para que ele não morresse em nenhuma batalha, disposta a dar todo meu amor a ele...  e agora...  ele me faz isso... – diz, com vontade de chorar.

SEIKA:  Miho...  infelizmente ninguém manda no coração.  Aconteceu.  O Seiya sempre foi muito bom para com você, para com todos os amigos, ele é leal a todos aqueles que preza.  Por favor, não fique com raiva dele, mas, por favor, procure entender os sentimentos dele. 

 

Não conseguindo mais entender nada, Miho se agarra em Seika e chora.  Não consegue entender que Seiya estava destinado a amar outra moça.

 

Instantes depois, Serena e suas amigas deixavam o colégio, as aulas do dia já tinham terminado. 

 

MOLLY:  Bem, Serena, como amanhã é fim de semana, só próxima semana agora nos veremos.

SERENA:  Verdade...

SEIYA:  Serena! – diz, chamando-a do outro lado.

SERENA:  Seiya...  você veio! – sorri ao vê-lo.

 

O jovem guerreiro trazia um belíssimo bouquet de rosas para sua amada.  Do outro lado, Molly e outras meninas ficaram surpresas em ver Serena receber seu novo namorado na frente do colégio, na hora da saída. 

 

MOLLY:  Mas aquele ali...  não é possível!  É o Seiya, aquele guerreiro que lutou na Guerra Galáctica, anos atrás...  e está namorando a Serena?!  Nossa, que sortuda ela...

SERENA:  Seiya...  você veio me ver na saída do colégio.  Que bom! – e o abraça.

SEIYA:  Claro, meu amor.  Onde você estiver, irei te buscar – ambos se beijam ali.

 

Os demais colegas de colégio de Serena observam perplexos e admirados àquela cena.  Nunca imaginaram vê-la de namoro com um dos guerreiros mais poderosos do mundo. 

 

Numa outra calçada, Lua, a tutora de Serena, e Artemis, tutor de Mina, estavam juntos, observando àquela cena.

 

ARTEMIS:  Que bom que tudo terminou bem!  Embora Serena não esteja mais com o Darien, ela está feliz.  Tenho certeza que o Seiya é a pessoa mais indicada para fazê-la realmente feliz. 

LUA:  Mas ainda fico meio encucada com algo – diz – E a Rini?  Afinal, ela deveria ser a filha da Serena com o Darien, mais alguns anos no futuro.  Isso significa que ela não irá mais nascer...

ARTEMIS:  Ledo engano!  Ela vai nascer, sim.  Pode até não nascer com a aparência que nós conhecemos, mas, ainda assim, será a filha da Princesa da Lua, e a futura Princesa do próximo Milênio de Prata.

LUA:  Isso quer dizer, então, que o Seiya pode ser o novo Príncipe, sim?

ARTEMIS:  Verdade!  E ele provou ser um guerreiro de valor, em quem podemos confiar e com quem podemos contar sempre.

 

Naquela mesma noite, enquanto Serena já estava recolhida em seu quarto, completamente feliz com seu novo amor, mal sabia a heroína a surpresa inesperada que teria.  Um pequeno portal se abre, e por ele sai uma criança do sexo feminino, com uma bola em forma de cabeça de gato.  Mas espere...  SIM!  Era Rini!  Mas estava de cabelo mudado.  Embora o penteado fosse o mesmo de Serena, estava de outra cor, dessa vez, castanho claro, semelhante ao cabelo de Seiya.  Será que é a futura filha de Sailor Moon e Pegasus?

 

RINI (pensando):  Serena...  quer dizer...  mamãe...  vim lhe deixar essa foto de nossa família.  Como eu sinto sua falta... – e se retira, em seguida, após deixar um retrato na mesinha de cabeceira.

 

Lua, que costuma ter sono leve, vê tudo com os olhos semicerrados, mas preferiu não fazer alarde, para não acordar Serena.

 

LUA (pensando):  Como o Artemis disse...  a Rini nasceu, mas com o cabelo da mesma cor do Seiya.  Sim!  É o Seiya quem será o futuro Príncipe do Milênio de Prata, ao lado de Serena.

 

Parece que o que Artemis disse concretizou-se mesmo!