História Sakura em: Rush, no limite da velocidade - Vida de mãe

7 anos depois ----------------------

Sakura: Hanna! – ela gritava do pé da escada chamando a menina – Você vai se atrasar para a escola!

Ela espera impaciente pela filha que não respondia e demorava demais para aparecer, dessa forma ela se vê obrigada a subir as escadas atrás da caçula.

Sakura: Luna! – ela chamava a atenção da mais velha que agora estava com 13 anos – Onde está a sua irmã?

Luna: Ela estava se arrumando mãe! – ela ria ao lembrar da irmã – Tá toda apaixonadinha por um menino da escola

Sakura: E quem é esse menino, posso saber? – ela encarava séria a filha.

Luna: Eu não sei direito, acho que se chama Sayke ou algo assim... – ela falava pensativa enquanto colocava as coisas na mochila – Nós vamos quando para Konoha visitar a vovó Tsunade e a vovó Rin e o Arthur?

Sakura: As aulas de vocês acabam em 4 dias... – Sakura começava a pensar enquanto fazia cálculos de cabeça – Nós vamos semana que vem, já separou suas roupas? Precisa comprar alguma coisa?

Luna: Eu queria levar um presente pro Arthur, desde que ele se inscreveu na academia militar a gente mal tem se falado... – ela tentava esconder a expressão triste – Será que ele está bem?

Sakura: Está sim, se algo acontecesse a sua avó ligaria correndo e desesperada para mim! – Ela tentava se mostrar forte e confiante, mas aquele sempre tinha sido trabalho do Mikashi e ela sofria para se acostumar com aquilo – Vai indo para o carro que eu vou buscar a atrasada!

Sakura mal sai do quarto da filha mais velho quando da de cara com Hanna toda maquiada parecendo um palhaço, e a cena de ver a filha daquela forma arranca boas gargalhadas de Sakura que nem se importa da caçula ter usado suas maquiagens.

Hanna: Por...que todo mundo fica rindo de mim! – ela falava brava e chorosa.

Sakura: Ah meu anjinho... você não precisava ter se maquiado sozinha! – ela levava a filha no colo até o espelho de seu banheiro – Me deixa limpar seu rosto!

Com passadas suaves de um lenço umedecido, Sakura limpava o rosto de Hanna deixando a pele branca dela exposta ao mundo, ela sorria enquanto olhava a beleza da filha, por mais que seus coleguinhas chamassem ela de velha por conta dos cabelos brancos e da pele branca, Hanna continuava sendo linda aos olhos de Sakura e dos mais velhos da escola segundo Luna que dizia que toda sala que Hanna passa todos elogiavam ela.

Sakura: Prontinho! – ela jogava no lixo o lenço – Está linda como sempre foi!

Hanna: As meninas da minha sala ficam dizendo que sou feia... – ela olhava chorosa para a mãe – Só por que meu cabelo é branco...

Sakura: Elas tem inveja de você!

Hanna: Por que inveja? – Ela olhava curiosa enquanto era levada no colo para o carro.

Sakura: Por que você é linda, você herdou os cabelos e os olhos de seu pai, além do sorriso... – ela sorria para a filha que escutava tudo admirada -  Elas sentem inveja que você é linda, e é muito raro alguém nascer com cabelos brancos e ter lindos olhos azuis! – ela apertava o nariz da filha enquanto a colocava ao lado de Luna que mexia entretida no celular – Vamos indo?

Luna: Sim! Estamos atrasadas... – ela olhava para a mãe pelo espelho – Mãe, porque você não vende aqueles carros e motos que estão na garagem?

Sakura: Eu já disse Luna, eles eram do seu pai! – ela falava séria e de forma autoritária – E outra, nós não precisamos de dinheiro!

Luna: Mas eles só ocupam espaço, você nem deixa a gente andar neles!

Sakura: Você ainda tem 13 anos!

Luna: E o papai com a minha idade já sabia dirigir, pilotar avião e helicóptero além de saber atirar! – ela olhava irritada para a mãe – Por que você não me ensina a dirigir? Assim eu ia de carro para a escola com a Hanna e você não se preocupava!

Sakura: O seu pai era da Anbu, e lá as coisas funcionam diferente... – ela respirava fundo para não gritar com a filha – Olha Luna, eu não vendo aqueles carros por que eles me lembram dos momentos que tive com o pai de vocês, e eu vou te ensinar a dirigir, é só ter paciência!

Luna: Ta bom mãe! – ela fala de forma indiferente e volta a encarar o celular.

Sakura suspira ao ver as filhas se despedirem e correrem em direção a escola, ela odiava quando Luna tocava no assunto de vender as coisas que eram do pai, no fundo ela sabia que era apenas coisas de adolescente e que ela entendia o motivo da mãe não vender o carro, ela olhava as duas andando tranquilamente enquanto Luna segurava a mão de Hanna para entrega-la a sua professora e depois ir para a sala mas infelizmente é obrigada a desviar sua atenção quando a chamam.

Karin: Sakura Haruno, você por aqui! – a mulher se aproximava com um olhar de nojo para Sakura.

Sakura: Sim, vim trazer minhas filhas para a escola! – ela ignorava a mulher que sempre tentava se aparecer para todos os pais – E se vai dizer meu nome completo não esqueça do “HATAKE”! – ela da uma boa ênfase ao sobrenome do marido e nota a raiva percorrer os olhos da ruiva.

Karin: Arrogante como sempre! – ela cospe no chão próximo ao pé de Sakura – Sinto pena das suas filhas!

Sakura: Não ouse falar uma única palavra dos meus filhos! – ela se virava de costas para a ruiva enquanto entrava no carro – Você não tem que correr atrás daquele babaca do Sasuke Uchiha? – ela sorria com desdém enquanto fechava a porta do carro.

Karin: Vagabunda! – ela odiava Sakura com todas as suas forças.

2 horas depois ----------------

Sakura estava no local que ia toda semana, ela sabia que Mikashi não podia escuta-la mas mesmo assim se sentia na obrigação de ir “contar” para ele como as coisas estavam indo, e já fazia um bom tempo que ela não ia visitar ele e colocar flores novas em sua lapide, o lugar sempre estava com poucas pessoas e ela gostava disso, gostava da sensação de poder dizer tudo o que sentia sem ninguém escutar e fazer alguma reportagem maldosa sobre a vida dela com o marido.

Sakura: Oi amor... eu sei que sumi por um tempinho, espero que não tenha ficado irritado ai no céu! – ela se sentava ao lado de sua lapide enquanto sentia algumas lagrimas escorrerem – Eu ainda sinto sua falta, todos os dias de manhã... Não sou apenas eu que sinto, a Luna, o Arthur e até mesmo Hanna que nem te conheceu sente a sua falta! – ela não conseguia mais segurar as lagrimas – A Luna está virando uma mulher linda... é muito inteligente e diz que quer se tornar médica tambem, o Arthur está na academia militar em Konoha a quase 1 ano e parece estar gostando de lá... Você sabe o quanto eu tentei faze-lo mudar de sonho mas ele puxou a minha teimosia... por favor proteja nosso menininho, e a Hanna se parece cada vez mais com você, ela é uma menina tão linda que as coleguinhas sentem inveja e a excluem de muitas coisas mas ela é forte e sempre enfrenta tudo de cabeça erguida... – respirava fundo tentando conter as lagrimas – Eu queria te ter ao meu lado... Sinto tanta falta de você amor...

Ela se levanta devagar enquanto posicionava delicadamente as flores nos lados da lapide do marido, ela sempre sentia um mix de emoções quando estava ali e se lamentava pelos filhos nunca terem vontade de acompanha-la uma única vez, principalmente Luna que estava tentando se livrar de tudo que a lembrava do pai e isso estava conseguindo tirar Sakura do sério, ela sabia que precisava conversar com a filha mas sabia que tinha que ter cuidado com as palavras para criar uma adolescente revoltada com tudo dentro de casa, ela torcia para essa viagem ah Konoha pudesse abrir os olhos da mais velha e faze-la entender que o pai dela a amava muito.