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História Sala VIP - Qual é, Liam, não confia na gente?


Escrita por: JaxTom

Notas do Autor


Oi. :D

Capítulo 9 - Qual é, Liam, não confia na gente?


Fanfic / Fanfiction Sala VIP - Qual é, Liam, não confia na gente?

FLASHBACK

Mônaco, verão de 2012.

    Zayn e Harry estavam numa festa a noite no iate de um rico empresário dentro do ramo de automobilismo. De longe, podiam se ver vários pilotos e muitas mulheres bonitas. Sebastian Vettel e Lewis Hamilton pareciam bastante entretidos com champanhe e algumas “angels” da Victoria Secret. Mas nada daquilo deslumbrava Harry e Zayn, que preferiam ficar aos beijos dentro da cabine, especialmente depois de terem tomado ácido junto com a bebida, apenas para experimentar como se sentiriam.

    Era comum para o casal ter algumas experiências juntos diferenciadas — incluindo o uso de substâncias ilegais. Eram legitimamente o tipo de casal que não conhecia limites muito bem, especialmente Malik. No que dependesse de Harry, talvez os dois teriam uma vida glamourosa, mas ao mesmo tempo segura. Sairiam menos e socializariam menos ainda. Mas Zayn gostava da atenção, gostava de todas as experiências hedonistas que pudesse tentar. Logicamente que a quantidade de dinheiro que ambos tinham ajudava bastante.

    — Amor, acho que devemos ir pro hotel. — Harry disse já sentindo-se sonolento pelo excesso de bebida. Sentiu que, depois de tanta euforia, seu corpo meio que precisava se “desligar”.

    — Não, vamos ficar! — Zayn insistiu voltando a cobrir Styles de beijos. Ambos estavam numa parte privada na cabine, onde mais parecia uma sala do que um barco. Os dois estavam quase deitados no sofá vermelho de veludo. — Está tão bom! — Ao contrário de Harry, Zayn parecia querer mais e mais ação.

    Não conseguindo evitar, Harry apenas cedeu aos beijos e, ao ver que o marido estava extremamente excitado, aquilo acabou por acendê-lo também. Os dois estavam parecendo dois adolescentes dando amassos fortes no sofá e não muito conscientes da realidade. Zayn praticamente queria engolir Harry por inteiro, os dois trocavam beijos intensos, daqueles que realmente não deveriam se dados em público. Styles direcionou sua mão para o zíper da calça social de Malik e, habilidosamente como quem já fazia aquilo com frequência, massageou o membro duro do outro por cima da cueca.

    Gostando da ideia, Zayn fez o mesmo com o marido. Os dois logo sentiram-se ainda mais confiantes naquilo, percebendo que estavam sozinhos no local, deixaram as inibições de lado, que já eram poucas, e Zayn tirou totalmente a calça e a boxer de Styles, deixando-o completamente exposto. Rapidamente, colocou sua boca quente e molhada no membro do outro, chupando-o como se dependesse daquilo pra viver.

    Harry apenas recostou a cabeça no encosto do sofá e fechou os olhos. Não sabia mais nem seu próprio nome. Ele apenas concentrava-se no que sentia Zayn fazer, brincando com seu pau duro e suas bolas, sem se dar conta de que, na entrada da cabine, um homem de mais ou menos quarenta anos, observava os dois sem dizer nada. Não queria interromper, parecia estar se deliciando com a visão.

    Malik trabalhava no membro duro de Harry enquanto se masturbava com uma das mãos. Harry gemia baixinho, sem forças para recusar mesmo sentindo um certo medo naquele momento. Ele passou uma das mãos pelos cabelos negros de Zayn, puxando-os devagar, como se quisesse controlar o ritmo das chupadas, por vezes até forçando a boca dele ainda mais, apenas para ouvi-lo engasgar de leve.

    Da porta, o homem abriu um pouco mais a fim de ver melhor a cena, mas acabou por distrair os dois, que finalmente notaram sua presença. Zayn imediatamente parou o que fazia e Harry assustou-se, puxando as calças de volta com a mesma velocidade com que elas desceram quando Zayn as tirou.

    Os dois ficaram estáticos olhando para o homem, parecendo dois adolescentes pegos no flagra — Zayn, porém, sorria sem se sentir muito culpado, enquanto limpava o excesso de saliva dos cantos da boca.

    — Não há motivos para pararem. — O homem disse entrando na cabine e trancando a porta após passar por ela. Ele segurava uma taça de champanhe e Zayn e Harry conheciam ele muito bem. Era o dono do iate e da festa.

    — Desculpe, Sam. — Harry disse, ainda fechando as calças e tentando parecer sóbrio. Sam Hastings era dono de uma das maiores montadoras de carros e motores do mundo. Responsável por grande parte das pesquisas que desenvolviam os carros de Fórmula 1, ele tinha sua vida boa garantida por tantos anos que, mesmo que se esforçasse muito, era possível que não gastaria todo o dinheiro antes de morrer.

    — Não precisa se desculpar, Harry. — Ele disse calmamente e agora olhava para Zayn, tomando o último gole de champanhe de sua taça. — Estão juntos há anos, acho realmente admirável que ainda mantenham essa… Chama. — Ele concluiu olhando para a calça de Zayn, seu membro marcava o tecido e era impossível não reparar.

    — Você pode parar de olhar para o pau do meu marido agora. — Harry disse um pouco irritado, simplesmente não conseguiu segurar. Zayn olhou surpreso com a reação, mas Sam apenas riu. — Digo…

    — Está tudo bem, Harry. — Sam disse sentando-se no sofá ao lado dele. — Você também é um homem extremamente atraente.

    — Como é? — Foi a vez de Zayn achar a colocação estranha.

    Harry se levantou, ajeitando-se da melhor forma que conseguia, achou que estava bêbado demais e imaginando coisas. Zayn, apesar de conhecer Sam relativamente bem, achava que ele deveria talvez ter bebido demais por estar tomando aquele tipo de liberdade, ainda mais com dois homens. Pelo que Malik se lembrava, Hastings vivia cercado das mais lindas mulheres e não parecia ser do tipo que gostava de homens.

    — Senhores. — Sam disse tentando amenizar o clima, mas não parecia muito preocupado com nada. Harry segurou Zayn pela mão quando esse levantou-se, e ambos assistiram o sorriso pretensioso de Sam enquanto ele falava. — Ouçam, acho que está na hora dos dois fazerem parte de algo grandioso. — Sam continuava e percebeu que conseguiu atrair ao menos a atenção de Malik. — Seria uma honra se pudessem se juntar à nós.

    — Se juntar ao quê? — Harry perguntou começando a achar a conversa um pouco suspeita.

    — Nós quem? — Zayn disse, mas ao contrário de Harry, parecia bem interessado.

    Sam levantou-se, colocou a taça vazia de qualquer jeito em cima do sofá e olhou para os dois homens à sua frente como se pudesse devorá-los. Ele sorriu e, apesar de não estarem exatamente em seus estados normais, ambos pareciam cativados por aquele par de olhos castanho-escuros de Sam Hastings. Ele chegou ainda mais perto do casal e passou a língua pelos lábios antes de falar.

    — Golden Dawn. — Sam disse devagar. — Já ouviram falar?

    E é claro que eles já tinham ouvido falar.

FIM DO FLASHBACK

x.x.x

    Liam praticamente não tinha tocado na comida do jantar com seus dois amigos. Não que estivesse ruim, pelo contrário. O restaurante do The Milestone Hotel não poderia ser mais perfeito e adequado para servir os hóspedes mais ricos que passavam pela capital britânica, como era o caso de Harry e Zayn. Os dois não estavam economizando no vinho depois de um belo curso de cinco pratos diferentes.

    — Então poderíamos pensar em fazer uma pequena turnê americana para divulgar o livro. — Harry dizia animado, fazendo planos para o tal livro que Liam queria lançar.

    — Eu acredito que vá ser muito bom pra sua imagem, Liam. — Zayn complementava a ideia do marido. — Seria mesmo interessante que pudesse ir para todos os continentes, mas entendo que trabalhando como trabalha, fique difícil conseguir conciliar tudo. — O moreno bonito concluiu e Liam apenas assentiu com a cabeça tentando parecer fixo no assunto, mas sua cabeça estava longe.

    Ainda estava pensando no beijo de Louis mais cedo no trabalho e no quanto aquilo poderia lhe render muitos, muitos problemas.

    Era estranho para ele ainda estar pensando naquilo. Não que devesse ser surpresa, já tinha percebido a índole devassa de Louis desde a noite em que ligou pra ele porque estava bêbado e drogado demais pra ir pra casa. Certo, ele tinha que admitir que o garoto era bonito, sexy e aparentemente sabia beijar como ninguém, mas nada daquilo era normal e não deveria estar ocupando tanto a mente de Payne. Ele não conseguia parar de pensar no que teria acontecido se ele tivesse se deixado levar por um garoto de 17 anos sentado em seu colo, rebolando a bunda em seu membro.

    — Liam! — Zayn chamou pelo amigo que claramente não parecia estar prestando atenção em absolutamente nada.

    — Desculpe, eu estava pensando sobre essa coisa de turnê. — Payne pigarreou e ajeitou-se na cadeira, suspirando alto. — Sério, me desculpe.

    — Liam, o que está acontecendo? — Harry perguntou, já havia notado que o amigo jornalista não parecia muito concentrado naquele jantar e muito menos na conversa daquela noite. Em compensação, já tinha tomado mais vinho que os outros dois juntos.

    — Nada, eu só me distraí por um segundo. — Liam sorriu forçado, tentando demonstrar que tinha tudo sob controle.

    — Não, não foi somente por um segundo. — Styles insitiu. — O que tem em mente? Está preocupado com alguma coisa?

    — Esses compromissos sobre o lançamento do livro... Eu fico pensando se tenho conteúdo o suficiente pra escrever… — Liam enrolou a resposta. Não era mentira, ele realmente tinha essa insegurança, mas não era nisso que estava pensando. — Eu não sei se sou um sujeito interessante o suficiente a ponto de fazer as pessoas comprarem uma história sobre a minha vida.

    — É claro que você é interessante, Payne. — Zayn disse tranquilo, recostando-se na cadeira confortável. — Você é jovem, bem-sucedido, bonito… — Malik continuava e Harry concordava com a cabeça. — Qualquer um compraria qualquer coisa sua. — Ele sorriu ao final da frase e Liam engoliu a seco, achou os elogios um tanto exagerados e inesperados.

    — Obrigado, eu acho… — Payne respondeu escondendo o riso desconcertante atrás de sua taça de vinho quando levou um gole à boca.

    — Mas não era nisso que estava pensando. — Harry disse imitando o marido e também recostando-se na cadeira. — O que está perturbando você, amigo?

    — Não é nada. — Liam disse novamente tentando desconversar. — É esse livro mesmo…

    — Não tem motivos pra se colocar pressão. — Harry continuou olhando nos olhos do outro. — Você é um jornalista talentoso, premiado, tem vários artigos e muito conteúdo… Fora que esse seu rosto na capa de um livro faria qualquer um te querer na estante… — Harry comentou com um leve tom malicioso e Payne quase cuspiu o vinho que bebia.

    Realmente sua mente pareceu concentrar-se na conversa naquele momento. Tanto Harry quanto Zayn pareciam ter algum pacto silencioso naquela hora, pois olhavam para Liam como se fossem dois predadores — talvez fosse apenas impressão, talvez fosse o vinho. Ou talvez Liam estivesse com um certo tesão acumulado por conta de Louis e agora estava sexualizando tudo. Porém, ele poderia jurar que o tom de ambos parecia convidativo, além de cara de pau, diga-se de passagem.

    — Certo. — Liam disse tirando os olhos dos dois e encarando sua taça vazia. — Obrigado por massagearem o meu ego. — Ele brincou forçando um sorriso novamente, mas Harry e Zayn não pareciam estar brincando.

    — Quer subir? — Harry convidou colocando uma das mãos na coxa de Zayn. — Eu e Zayn temos a melhor suíte do hotel… — Styles continuou e Zayn assentiu com a cabeça concordando.

    — Quer conhecer? — Malik perguntou, reforçando o convite, e Liam apenas olhou de um para outro tentando entender o que aquela situação de fato estava parecendo.

    Payne achou que era brincadeira, ou então estava interpretando errado, mas aquilo definitivamente parecia um convite incomum de se fazer em casal. Ele olhava de um para outro, esperando o momento que alguém começaria a rir, apenas apontando que aquilo era uma simples brincadeira para constrangê-lo. Mas o casal parecia realmente buscar uma resposta para a pergunta, até como se deixasse claro o que queriam fazer uma vez que subissem até a suíte.

    — Vocês estão dando em cima de mim? — Liam começou a rir e os outros dois fizeram o mesmo. Certo, aquela deveria ser a deixa para que eles dissessem que era uma brincadeira.

    — Estamos. — Zayn respondeu, ainda rindo e Liam arregalou os olhos.

    — Está funcionando? — Harry continuou.

    — O que? — Payne ainda ria, mas estava começando a ficar realmente desconcertado com aquilo. — Como assim?

    — Vamos subir, Liam… A gente explica tudo. — Zayn disse discretamente chamando o garçom e pedindo que colocasse o jantar todo na conta do quarto do casal.

    — Temos algumas coisas pra contar, acho que vai se interessar. — Harry disse levantando-se de onde estava e Malik fez o mesmo. — E se divertir, se quiser, é claro.

    — Vocês estão me assustando um pouco. — Liam dizia rindo, ainda com a esperança de que fosse algum tipo de pegadinha, mas também levantou-se. — Por que me querem no quarto de vocês?

    — Pra você ficar mais a vontade. — Harry tocou no ombro dele de maneira gentil. — Vamos conversar lá… Temos mais privacidade.

    Payne viu a mão de Harry em cima de si e automaticamente olhou para Zayn, esperando alguma reação real, pois o que antes eram apenas palavras e insinuações, estava começando a se tornar físico.

    — Qual é, Liam, não confia na gente? — Zayn perguntou mordendo o lábio inferior. Liam estava agora oficialmente desconfortável.

    O jornalista, que franziu o cenho sentindo um certo nervosismo correr seu corpo, pensou que aquilo estava começando a ficar perturbador. Seus amigos eram casados, os conhecia há uns bons anos e eles nunca haviam se comportado daquela forma tão estranha. Jantares entre os três houveram muitos e, apesar de toda classe e pompa que o casal tinha, Liam sabia de algumas aventuras informais que eles viviam, especialmente quando se tratava de festas com celebridades e envolvendo muito dinheiro ao redor do mundo.

    — Conhece Sam Hastings? — Harry perguntou tirando a mão do ombro de Liam e colocando no bolso de sua calça social preta.

    — É claro que sim. — Payne respondeu respirando fundo e um tanto contente por mudar ligeiramente de assunto.

    — Então, é sobre ele que queremos falar. — Harry continuou. — Ou melhor, sobre o clube do qual participamos com ele.

    — Que clube? — Liam disse querendo não saber, mas a curiosidade era maior. Talvez seu maior alicerce como jornalista era aquela característica: ele não sairia sem uma resposta.

    — Vamos subir… — Zayn continuou, obviamente não querendo conversar sobre o assunto ali. — Vamos ficar mais a vontade, e então contaremos a você sobre isso.

    — Vocês estão agindo estranho. — Liam disse em forma de desabafo, com um sorriso nervoso nos lábios. — Do que se trata esse clube?

    — Se não quiser subir, Liam, saiba que não vamos obrigá-lo. — Harry disse calmamente, com seu típico semblante plácido e os olhos bonitos. — Mas não vamos falar do assunto em pleno restaurante.

    Liam tinha todos os motivos para não aceitar aquela proposta. Primeiro porque era extremamente incomum o que estava acontecendo ali, ele não sabia o que pensar e, segundo, porque algo dentro dele dizia para não ir. Toda aquela aura de mistério que rondava aquela meia-luz do ambiente, o fazia pensar que era uma má ideia sair daquele restaurante e ir para o quarto de quem quer que fosse. Mas Harry e Zayn estavam ali, oferecendo o que parecia ser uma aventura, com seus dois pares de olhos cravados nele como se Liam fosse o único homem da terra.

    — Tudo bem, vamos subir. — Liam disse num tom tão baixo que quase não foi possível ouvi-lo. Malik abriu o sorriso e Harry respirou fundo, como se tivesse conseguido um grande trunfo.

x.x.x

    Louis obviamente achava difícil controlar certos hormônios naquela idade. Depois de sua atitude — pra ele totalmente previsível — inesperada em relação a Liam mais cedo, ele não viu alternativas que não fosse ligar para Trevor e chamar o garoto pra ir para sua casa naquela noite. Como sempre, desafiando a ordem de seus pais e não os avisando que estava trazendo alguém para passar a noite com ele.

    Johannah e Troy estavam ocupados demais arrumando malas pois viajariam naquela madrugada. Louis sabia que seus pais iriam passar um longo tempo fora e já estava habituado àquilo, mas sabia que por causa da ausência dos dois, eles não deixariam que o filho trouxesse ninguém em casa, portanto iria certamente poupar-se o trabalho de avisar. Trevor chegou por volta das oito horas da noite e escalou a janela de Louis, como Niall costumava fazer. Aquela mansão tinha seus segredos e Tomlinson sempre achava maneiras daqueles caminhos virem a calhar.

    Logo que o moreno bonito passou pela janela, Louis sorriu ao vê-lo. Estava na cama e o puxou para junto de si mal deixando o garoto dizer oi ou qualquer cumprimento que fosse. Tomlinson grudou seus lábios nos do colega e o jogou na cama imediatamente.

    — Louis, calma… — Trevor dizia entre os beijos que o outro dava eu seu pescoço.

    — Qual é, não quero conversar agora não… — Louis respondeu quase gemendo. — Eu sei que você nunca esteve com um garoto, mas não estou a fim de ter essa conversa agora… — Ele foi categórico, mas não grosseiro, fez até Trevor rir.

    Louis precisava aliviar aquilo de alguma forma, nem que precisasse fechar os olhos e pensar em Liam. A verdade era que, aquela noite, ele quase pegou o carro e foi atrás de Payne em seu hotel, queria invadir aquele quarto simplesmente porque sabia que poderia tê-lo se quisesse — Louis tinha essa autoconfiança mesmo, e só fez aumentar o fato de que Liam correspondeu seu beijo e seus toques mais cedo. Era tudo que ele precisava saber: teria Liam mais cedo ou mais tarde.

    — Louis, espera… — Trevor insistiu e, por ser maior e mais forte que Louis, não teve problemas em segurá-lo em seu colo e colocá-lo ao seu lado na cama. — É sério, precisamos conversar…

    — Trev… A vantagem de não sair com garotas é justamente poupar essa parte do encontro… — Louis disse um tanto impaciente. — Deixa eu te chupar…

    — Eu… — Trevor tremeu só de ouvir aquilo de novo, dessa vez ambos estavam sóbrios. — Eu só não sei se devemos fazer isso… Eu sei que você namora o Niall.

    — O que? — Louis ajeitou-se na cama olhando o outro um pouco surpreso. — Quem disse isso?

    — Bem, é o comentário do pessoal… — Trevor não tinha tanta certeza assim na voz.

    — Não, eu não namoro o Niall. — Louis deitou na cama e suspirou. Era a primeira vez que de fato dizia aquilo, e tinha acabado de se dar conta do quanto se enganou todo aquele tempo, achando que realmente eram namorados. — Mas sim, a gente estava ficando… Há anos…

    — Então, eu não quero problemas quando ele voltar. — Trevor disse imitando a posição de Louis e ficando lado a lado com ele. — Dá pra ver que você gosta dele.

    — Não sei… — Louis disse pensativo. — Acho que estou querendo outras coisas… — Ele pensou em Liam. — Outras pessoas, experiências novas… Talvez eu devesse estar até satisfeito pelo rumo de tudo.

    — Tem certeza? Você não me parece muito feliz. — Trevor disse ao ver o olhar esperançoso, porém ainda triste de Louis.

    — Trev, eu não quero falar sobre isso, vamos transar. — Tomlinson foi direto, retomando sua escalada ao corpo bonito do amigo.

    — Eu sou virgem. — O garoto disse, um pouco desconcertado e Louis parou o que estava fazendo. Não era como se Trevor quisesse esconder, mas também não queria ter dito assim, com todas as letras.

    — Como assim? — Louis voltou a sua posição ao lado dele na cama.

    — Como assim o que? — Trevor sorriu nervoso. — Acho que a frase é auto-explicativa.

    — Como assim virgem? Você nunca transou com…? — Louis pensava que ele havia se referido a nunca ter estado com um garoto, mas aparentemente Trevor nunca tinha estado com ninguém de fato.

    — Com ninguém. — O moreno bonito completou a frase.

    — Com ninguém? — Tomlinson quis ter certeza.

    — Com ninguém. — O amigo reafirmou.

    — Ninguém mesmo? — Louis continuava um pouco incrédulo, mas Trevor riu. — Nada? Nem uma garota?

    — Não! — Trevor respondeu. — Por que é tão difícil acreditar?

    — Sei lá, cara, você está no time da escola, tem todas aquelas garotas ao redor… — Louis disse franzindo o cenho. — Qual foi o mais longe que chegou?

    — Talvez… — Trevor dizia inseguro, não queria mentir, mas sabia mais ou menos o nível de experiência de Louis e não queria ser colocado na parede daquela forma. — Eu já peguei em alguns peitos…

    — Só? — Louis disse arqueando as sobrancelhas e o garoto apenas confirmou. — E os garotos da escola?

    — Você sabe muito bem que foi o primeiro cara que eu tive coragem de beijar. — Trevor foi honesto e disse olhando nos olhos de Louis.

    — Ah é? Por que eu? — Tomlinson perguntou até curioso.

    — Bom… Sei lá, Lou… — Ele sorriu tímido, fazendo Louis ver um certo brilho nos olhos dele. — Você sempre foi legal comigo, de todos os seus amigos, você sempre foi o único que me tratou bem e não tão friamente… Sei que seus amigos são ricos e talvez todos queiram andar juntos por poderem fazer coisas que talvez eu não pudesse participar, mas isso nunca foi problema pra você. — Trevor continuava e Louis não o interrompeu. O que era raro, uma vez que Louis não era lá um bom ouvinte. — Por isso… Sei lá, achei que poderia te dar essa confiança…

    Louis não sabia exatamente o que dizer, não era como se nunca tivesse tido aquela demonstração de carinho antes. Mas, fora Niall, ele realmente não tinha experimentado ouvir de outras pessoas quais eram as suas reais opiniões sobre ele. Foi bom parar de falar por alguns segundos e ouvir o que aquele garoto tinha a dizer.

    — Você é legal, e essa parada de grana não tem nada a ver. — Louis disse dando de ombros, sincero, mas entendendo bem o que Trevor queria dizer. — Que bom que não me acha babaca. Um monte de gente acha.

    — Eu sei… — Trevor disse rindo. — Mas seu beijo é tão bom que, mesmo que você fosse babaca, acho que compensaria… — Trevor disse sem tirar o sorriso do rosto e voltando a se aproximar de Louis, colocando-se gentilmente por cima dele, novamente beijando seus lábios devagar, mais calmo dessa vez, como se quisesse aproveitar aquilo melhor.

    Apesar de estar gostando daquilo, Louis sentiu-se estranho pela primeira vez: aquilo era profundo demais pra ele e passou do ponto de ser apenas mais uma trepada. Claramente Trevor o via como alguém especial e ele não conseguiu evitar de sentir uma certa responsabilidade sobre si e sobre aquele momento após ouvir o que o garoto disse. Por mais que mergulhar naquele corpo fosse uma de suas fantasias secretas, não queria magoar o amigo e não sentia-se preparado para começar uma espécie de romance com alguém, tendo seus problemas sentimentais tão mais resolvidos com Niall.

— Ei… — Louis disse interrompendo o amasso, que estava começando a ficar mais real do que no começo. — Não precisamos fazer isso se você não quiser.

— Você estava morrendo de tesão há cinco minutos, Louis! — Trevor disse sem entender, mas mantendo a expressão calma. — O que foi? Foi alguma coisa que eu fiz ou falei?

— Não… — Óbvio que tinha sido, mas Louis não iria comentar. — Mas não quero que faça isso por impulso, eu me importo com você e talvez eu não seja o cara certo para ser seu “primeiro”. — Louis disse um pouco sem graça e Trevor baixou os olhos.

— Por que não? — Ele perguntou tentando encontrar uma resposta nos bonitos olhos azuis de Tomlinson.

— Porque… Bem, vamos com calma, certo? — Louis disse acariciando o rosto do outro. — Acabamos de começar isso… Sei lá, não quero que fique estranho…

— Certo. — Trevor disse respirando fundo, entendendo o ponto de vista do outro e até achando legal que Louis parecia se importar com ele. Gostou de sentir aquilo.

— Mas… Podemos… Fazer outras coisas… — Louis comentou não resistindo e apertando o membro do outro por cima do jeans que ele vestia. Ouviu um gemido baixo seguido de uma risada abafada e pensou que, ao menos aquela diversão, ele teria por alguns minutos.

A única coisa que ele precisava fazer era se controlar pra não gemer o nome de Liam no processo.

x.x.x

Uma coisa Liam tinha que reconhecer: aquela era de fato a melhor suíte do hotel. Só poderia ser. Era quase que um mini apartamento, com um bar ostentando marcas de bebidas caríssimas e uma televisão enorme numa pequena ante-sala que dividia o quarto. Ele procurou focar no ambiente para que não visem em seus olhos o quanto ele estava desconfortável — e ligeiramente arrependido — por estar ali.

Ele tinha ambas as mãos nos bolsos da calça e tentava dar um ar irreverente à situação, olhando para a decoração, pensando em fazer comentários, mas saberia que não soariam naturais. Zayn tirou o paletó que vestia e Harry fez o mesmo, indo até o bar e pegando mais bebida para os três.

— Harry, eu não quero mais beber. — Liam disse sorrindo de canto. Não queria porque precisava dirigir mas também porque estava com medo do que aconteceria naquele quarto caso ele ficasse vulnerável.

— Uma dose de uísque você não pode recusar, Payne. — Harry insistiu e Liam percebeu, ao ver que ele abria os dois primeiros botões da camisa branca, deixando seu peito à mostra, que sim, ele iria precisar beber.

— Sente-se, Liam. — Zayn disse ao voltar à ante-sala sem camisa, deixando Liam completamente atônito. — Espero que não se importe… — Malik sorriu referindo-se ao fato de estar com o torso desnudo, mas Liam não conseguiu nem contestar, apenas baixou os olhos.

Ele viu Harry cochichar algo no ouvido de Zayn assim que ele se aproximou e, mesmo não querendo olhar, viu Styles dar um gole de uísque diretamente da garrafa na boca de Zayn, que riu ao engolir a bebida. Pareciam entrar num momento descontraído e íntimo, não se importando de ter uma terceira pessoa no quarto. Sem perceber bem o que fazia, Liam acompanhou a gota de bebida que escorreu no queixo de Zayn e viu Styles, sem nenhuma pressa ou pudor, passar a língua no queixo do outro e, em seguida, deixar que fosse sugada gostosamente pelo próprio Zayn.

Liam chegou a ficar tonto de ver a cena.

— Então… — Ele disse baixando os olhos para os próprios sapatos. — Do que isso exatamente se trata?

Harry suspirou dando a garrafa para Zayn segurar e andou na direção de Liam no meio da sala. Ele parou de frente para o jornalista e, por terem quase a mesma altura, pode encará-lo nos olhos sem precisar mover-se praticamente. Para Liam, apesar da situação ser ligeiramente complexa, ele não desviou o olhar.

— Já ouviu falar sobre Thelema, Liam? — Harry disse e Liam tensionou os músculos.

— Aleister Crowley. — Payne comentou, sabendo bem de grande parte da história do autor britânico, fundador da religião que abraçava os ritos do prazer terreno e da satisfação pessoal. — Não me diga que vocês…? — Ele nem precisou completar a frase.

— Sim. — Zayn disse aproximando-se do marido e de Liam. — Entramos na sociedade há alguns anos, em Mônaco. — Ele esclareceu. — Sam Hastings está presidindo.

— O que vocês estão fazendo? — Liam perguntou com um certo medo da resposta. — Vocês realmente acreditam nos preceitos? — Era conhecida a prática de uma espécie de “magia negra” dentro do culto, que era chamado de “sociedade secreta” e ainda haviam poucos seguidores no mundo. A maioria se concentrava na Inglaterra.

— É claro que sim. — Harry disse rindo. — Na realidade, o clube não é sobre religião, Liam.

— É um clube de sexo. — Zayn esclareceu logo, como quem tira um curativo de uma vez porque dói menos.

— Sexo? — Liam disse pausadamente tentando entender aquilo o mais rápido possível, assim não precisaria de tantas informações.

— É um clube de homens, nos reunimos para… Reuniões íntimas. — Harry complementou a ideia do marido. — Aqui não existe infidelidade, não existem regras mundanas e você faz o que quiser. O que acontece no quarto, fica no quarto. Quando a gente sai, nossas vidas voltam ao normal. — Styles procurou palavras para explicar aquilo da maneira mais suave que conseguiu.

Antes que Payne pudesse processar aquela informação, ouviu seu celular vibrar em seu bolso. A verdade era que ele mal podia acreditar no que estava ouvindo: claramente um clube de orgia e troca de casais, Harry apenas enfeitou a explicação. O problema era que Liam estava sentindo-se ligeiramente estranho por estar sendo convidado pra aquilo, ao mesmo tempo que tudo parecia tão secreto e bem feito, que ele realmente não deixou de pensar que era de certa forma privilegiado por estar sendo convidado pra aquilo.

Depois de perceber que o aparelho não pararia de tocar, ele tirou-o do bolso e viu na tela o nome do namorado, Baptiste.

— Eu realmente preciso atender. — Ele disse aos dois, que apenas assentiram, não pareceram oferecer resistência àquilo. Ele não precisava atender, mas era ma boa maneira de fugir um pouco daquela conversa e, quem sabe, sair daquele quarto que, por maior que fosse, estava começando a ficar ligeiramente sufocante.

— Fique a vontade, Liam. — Zayn disse enquanto Liam afastava-se minimamente para atender a ligação.

Payne encarou a janela com a vista incrível de onde estava e pigarreou antes de atender.

— Oi, Bap. — Ele disse tentando ser descontraído.

— Oi, meu amor. — O modelo disse claramente sorrindo do outro lado da linha. — Desculpe a hora, eu estou trabalhando tanto e, bom… Você sabe esse fuso.

— Não há problemas. — Liam disse até agradecido do outro ter ligado. — Sabe que pode ligar quando quiser… Como está Nova York?

— Frio. — Baptiste respondeu rindo, pois sabia que Londres também estava. — Mas prefiro isso a derreter de calor.

— É, acho que sou assim também. — Liam sorriu olhando para os próprios pés e, distraído e mais calmo, voltou a virar-se para os casal de amigos.

Liam não sabia exatamente o que pensar quando viu os dois aos beijos no sofá. Não estavam apenas juntos, curtindo um momento romântico… Não, eles estavam quase se engolindo. Harry, agora também já estava sem camisa, apertava uma das coxas de Zayn, quase o trazendo para seu colo, enquanto o beijava voraz, com sede. Liam estava boquiaberto.

— Então havia cerca de cinco fotógrafos. — Baptiste contava do outro lado da linha, mas Payne definitivamente nem estava ouvindo. Tinha seus olhos colados no casal e não sabia porque não conseguia desviar. — E eu tive que acordar antes das seis da manhã. Sabe que eu até estou acostumado com isso, mas acordar cedo no inverno é crueldade… — O modelo continuava rindo, mas Payne estava concentrado em outra coisa.

Ele não sabia o que fazer. Harry agora descia uma das mãos até o membro de Zayn e massageava por cima da calça, arrancando gemidos não muito discretos do outro. O quarto estava completamente silencioso, não fosse pelos estalos do beijo dos dois.

— Liam? — Baptiste chamou do outro lado da linha, devido ao silêncio do outro.

— Oi, estou aqui. — Payne disse um pouco atordoado e não sabendo porque não conseguia parar de olhar a cena, quando claramente deveria sair dali.

— Onde você está? — O modelo perguntou curioso.

— Com… Uns amigos… — Liam disse inseguro, agarrando-se ao encosto do sofá no momento em que Harry abriu as calças de Zayn e puxou seu membro completamente duro pra fora.

— Onde? — Baptiste aparentemente estava se mostrando um comum namorado ciumento. — Estou atrapalhando algo?

— Não, não… — Liam dizia alheio, sem perceber muito bem o que estava ouvindo. Harry agora saía do sofá e ficava de joelhos em frente a Zayn, que apenas sorria mordendo o lábio. Styles então começou a chupá-lo e Liam sentiu suas pernas tremerem. Que diabos estava acontecendo?

— Liam, eu ligo pra você amanhã, certo? — Baptiste já estava irritado com a falta de atenção, mas Payne simplesmente não conseguia não olhar pra aquilo.

O pau de Zayn entrava completamente na boca de Harry, que subia e descia devagar, sugando com vontade aquela parte específica do corpo do marido. Liam não controlou o pensamento na hora de se imaginar puxando aqueles cabelos longos de Styles, pensando que ele poderia estar fazendo o mesmo nele.

— Não, espere… — Liam tentou, mas o namorado já tinha desligado. Sabia que estava com problemas agora.

Ele tirou o celular do ouvido e, ao colocar no bolso da calça, percebeu que seu membro também estava duro. Ele olhava o casal naquele momento tão íntimo, conseguindo fazer aquilo sem nenhum constrangimento, como se aquilo não fosse totalmente anormal e absurdo. O que causou um arrepio correr pelo corpo de Liam, foi o momento em que Zayn simplesmente olhou pra ele e sorriu com um lado da boca, passando a língua pelos lábios em seguida, parecia deliciar-se com a ideia de que Liam estava completamente desconcertado.

— Vem cá… — Zayn chamou, mas Liam sentia as pernas petrificadas. — Também quero te fazer sentir o que estou sentindo. — Zayn disse e só então agarrou os cabelos de Harry, descobrindo melhor seu rosto, como se quisesse mostrar a Liam o que o outro estava fazendo.

— Eu acho que devo ir embora. — Liam disse mais como uma nota mental, falando mais consigo mesmo do que com os outros.

— Liam, deixa a sua Vontade Real dominar. — Zayn disse citando uma das regras da religião Thelema, de Aleister Crowley. — Ou acha que seu pau duro não está marcando sua calça? — Zayn sorriu mais aberto e Payne respirou fundo. — Harry tem uma boca deliciosa… — Ele continuava falando e o jornalista já estava começando a se sentir sufocado por aquela gravata verde que usava. — Você não faz ideia do quanto isso está gostoso… — Ele continuava e só então Liam olhou para os movimentos de Harry, que aumentavam a intensidade, ele já conseguia ver o pau de Malik coberto pela saliva do outro e a boca de Harry completamente vermelha.

Na mesma proporção que achou aquilo extremamente excitante, achou errado. Sem saber exatamente de onde tinha criado juízo e bom senso, Liam apenas deu as costas àquilo e saiu do quarto com pressa, com medo de mudar de ideia. De longe, ouviu a voz de Zayn chamar por ele novamente, mas ele sequer pegou o elevador. Simplesmente desceu as escadas limpando a testa úmida pelo suor. Aquilo era loucura e, ao mesmo tempo, a única coisa que foi capaz de desanuviar seus pensamentos, que cercavam apenas Louis. Depois de descer alguns andares, resolveu ceder e pegar o elevador, mas demorou mais em sua concepção de fuga sair dali do que o normal. Ele simplesmente não conseguia tirar a cena de sua cabeça e nem as palavras dos dois sobre aquele tal clube do qual faziam parte.

Payne entrou no carro e dirigiu para seu hotel, tentou não pensar mais naquilo, mas sabia bem que só iria fazer aquela ereção sumir se masturbando.


Notas Finais


Hhahaahahhaah...
Mamãe ama vocês!


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