História Salvadoras - Livro Um - Invasão ao Submundo - "Teremos um Novo General"

   Kitty estava pensando em se levantar e jogar uma água no rosto, mas... estava tão longe!
   TOC-TOC
   Então Kitty se levantou num pulo e pegou o frasco e colocou embaixo do travesseiro.
   — Oi, Kitty! — Falou Michele entrando no quarto e se sentando no sofá rosa.
   — M-Michele, oi! Você não ia chegar mais tarde. — Kitty tentava sorrir mesmo com suas mãos sendo mordidas
   — Não. Quando a Valkyria saiu ela levou o Nico e eu fiquei com a Charlotte chorando.
   — Então ficou chato?
   — Sim... — Então Michele se aproximou e colocou a mão na testa de Kitty — Tudo bem, com você?
   — É claro, com certeza, sim. Hoje você vai trabalhar?
   Então Kitty se lembrou que Angélica já a tinha deixado tempo suficiente de folga, e além do mais perto dela Kitty ouviria sobre a 'fuga' de Besk.
   — Aí! Besk! — Michele a olhou interrogativa — Eu vou tomar banho!
   Ela soltou o pequeno Besk que a fitou da pia.
   — O que deu em você Besk? Porque você me mordeu? — Ela Sussurrou enquanto olhava para as marcas de mordidas pequenas em seus dedos
   — O que deu em você, porque me tirou das masmorras?! — Ele gritou o que foi muito mais baixo do que planejava
   — Seu...
   — Kitty, eu vou sair.
   — Ok.
   — Ok nada, — Falou Besk — Pergunta para onde ela vai!
   — Isso importa? — Sussurrou Kitty
   — Importa!
   — Michele para onde você vai?
   — Tomar café na cidade. Tchau!
   — Você é muito superprotetor. — Suspirou Kitty — Ela ainda é minha irmã, poxa!
   Kitty finalmente soltou o ar que ela não percebeu que havia prendido.
   — Besk, você matou Edgar?
   Besk por um segundo pareceu genuinamente confuso e depois um pequeno clarão amarelo passou por sua pupila, ele pareceu tanto envergonhada quanto arrependido, ele iria abrir a boca, mas, assim que ele vou o rosto que Kitty ele a fechou. Ele havia prometido para si mesmo que não mentiria para ela, ela já havia sofrido o suficiente não a faria sofrer com seu irmão fez, então ele disse a verdade, aquela que ele preferia ignorar por ser mais fácil, a simples ideia de que ele havia matado Edgar.
   — Eu... Não tenho certeza...
   — Como assim?
   —  Eu não sei, eu realmente me lembro de matar o Edgar, mas, nada nem antes ou depois disso.
   O rosto de Kitty se acendou de esperança.
   —  Isso é ótimo! Vamos descobrir o verdadeiro assassino do Edgar!
   — Espera eu tenho que ser preso, Kitty.
   — Claro que não, eu não vou deixar isso acontecer!
   — Mas...
   — Besk. Você me salvou de verdade, e não se importou se ia se prejudicar com isso. Eu só quero te ajudar também.
   — Kitty...
   — Ok! Eu vou tomar banho.
   Besk se sentou na beirada da pia, ele estava apreensivo. Ele achava que havia despertado seu Alves, naquela noite, onde um lobisomem alcança um poder maior e tem perde o controle. O que ele faria se tivesse realmente matado Edgar?
   — Você foi a pessoa que me salvou...
  
   Algum tempo depois Kitty estava entrando no salão de café do Palácio Central - a habitação interna da família real de Clear Sky, Celestia, que ficava dentro do palácio - onde haviam guardas em praticamente todos os cantos, mas, quando chegou os guardas haviam sido dispensados e estavam na porta. Quando viu Taylor na porta com seu onipresente sorriso alegre ela foi até ele.
   — Taylor, porque vocês estão aqui fora?
   — Angélica e Valk estão brigando.
   — Brigando?... Porque dessa vez?
   A princesa Angélica e Valkyria sempre brigavam normalmente por trivialidades, o que podia ser bem chato.
   — Na verdade é melhor você ouvir.
   Então Kitty entrou respirando fundo, e encontrando as duas princesas aos gritos na mesa de café da manhã.
   — Você não pode simplesmente sair do castelo agora! Estamos praticamente numa crise! — Angélica gritou ela estava do lado de Valkyria em pé do lado da longa mesa
   — Eu tenho problemas maiores do que as pessoas acharem que eu estou fugindo! — Gritou Valkyria, ela nunca gritava
   — Que problema pode ser maior que um general assassinado e um prisioneiro fugitivo? — Perguntou Angélica
   — Eu não vou falar disso com você Angélica... — Então ela se virou, para ver Kitty parada na porta com um sorriso nervoso no rosto — E agora olha só, você está com a principal suspeita de cumplicidade na fuga do Besk, como sua dama de companhia, isso é muito mais suspeito do que eu sair do castelo. — Ela disse enquanto passava por Kitty com um olhar impassível — Vamos Taylor!
   — Então... — Disse Kitty enquanto virava os olhos para Angélica e se aproximava nervosa
   — Ela é tão teimosa! Chata e insistente! —  Ela murmurava se jogando na cadeira
   — O que aconteceu, Angel?
   —  Aquela minha chata 'irmãzinha' disse que ela vai viajar para o Distrito de Florestal, eu disse para ela que ela deveria estar no castelo nesse momento para transmitir confiança, ela disse que eu sou a primeira princesa, e eu disse que ela era a primeira na linha sussessoria e...
   — Eu não preciso saber de exatamente tudo, Angel.
   — Quando ela vai partir?
   — Hoje a tarde depois da Reunião do Conselho Real. Ela não espera um segundo.
   — Temos coisa para fazer, então sem choramingar sobre a Valkyria.
   — Mas...
   — Uma das coisas que você mais gosta é resmungar sobre as suas brigas com Valkyria. E nós temos que adiantar o trabalho até o final do ano.
   — Sua chata.
   — Preguiçosa.
   No caminho para o escritório de Angélica ela não parava de reclamar sobre Valkyria e que ela deveria lhe dar ouvidos, e de vez em quando Kitty dia das diferenças que Angélica mostrava para as pessoas para a maioria ela é calma, quieta e educada, mas, pra os mais próximos ela é reclamona, preguiçosa e relaxada.
   —  Chegamos, hora de começar a trabalhar!
   O 'Escritorio' de Angélica estava mais para uma área de lazer ou de descanso.
   — Angélica, você vai na inauguração do museu, depois de amanhã?
   — É claro, a animação da Blake é contagiante. — Ela sorriu animada
   — Que bom.
   Kitty gostava de observar Angélica trabalhando ela fazia algumas caretas inconscientemente, Kitty precisava de um ânimo esses dias ela tentou interrogar algumas pessoas, mas, Primeiro ela não tinha a autoridade para as pessoas serem obrigadas a falar com ela o que não ajuda e praticamente ninguém havia visto realmente acontecer.
   Mas, a alguns dias ela está fazendo amizade com a única pessoa que estava mais perto a garota que encontrou Besk e Edgar, Hanna Hosterman, e amanhã ela iria recebê-la.
   — Angélica, está na hora do Conselho.
   — Oh, sério? Então vamos.

   O Conselho Real é formado por dois generais, a comandante da polícia da área, as duas princesas do reino, a conselheira do rei, a dama de companhia da primeira princesa e o rei e a rainha. Naquele dia o clima estava meio pesado pela recente briga das duas princesas reais e isso não era muito comum as duas normalmente faziam as pazes antes das reunião do conselho, pelo profissionalismo de Valkyria e Angélica sempre aceitava e pedia desculpas as lágrimas.
   — Então vamos começar a reunião? — Perguntou o rei David Celestia desconfortável
   O rei David tem cabelos pretos espalhados pelo rosto com alguns fios, seus olhos eram azul cobalto, uma camisa social branca frouxa, usava uma blusa formal branca com pulseiras nas mangas, um colete preto, uma gravata preta, uma calça branca e botas marrom.
   — Blake, pode cuidar do trabalho de Valky enquanto ela estiver fora?
   — É claro, Wiver disse que vai me ajudar no trabalho de escritório.
   — Que bom. — Respondeu o rei aliviado
   — Anya, como está a investigação sobre a morte de Edgar? — Perguntou a rainha Elena
   — Eu queria conversar com a Kitty logo depois disso. — Falou a garota
   Anya Flacher tinha olhos amendoados, tinha cabelos cacheados e volumosos castanhos, era negra, batom vermelho, longas asas brancas, usava uma blusa longa azul sem mangas, uma aquecedor de barriga verde com um X vermelho, usava um grande lenço de camadas lilás, uma calça cor areia,  sapatilhas azul cobalto e uma braçadeira verde água com um losangolo branco.
   — Nos podemos conversar depois. — Disse Angélica se virando para seu tio
   — Com todo respeito Vossa Alteza, eu gostaria de conversar a sós com a Kitty.
   Angélica não havia gostado nada disso, mas, não teve tempo de expressar seu descontentamento, porque Ace levantou a mão com um sorriso divertido e ela sem querer suspirou e mexeu em sua franja.
   — O que foi Ace?
   — Vossa Majestade, eu acho que se não deixar a minha irmã falar logo, sobre sua realização ela vai explodir.
   O rei riu de leve e olhou para a pessoa ao lado de sua esposa com um sorriso enorme e quase pulando na cadeira.
   — Blake, quer dizer algo?
   — Sim! Vossa Majestade...
   Blake Von Estolne era negra, tinha olhos verdes, usava uma gargantilha preta, longos cabelos pretos com dois coques e com algumas estrelas brancas, uma blusa listrada amarela sem mangas, sapatilhas pretas, meias brancas e asas verdes com as pontas vermelhas.
   — Então a construções do museu de história de Clear Sky estão terminadas, só precisamos da sua permissão para começar. Ah, e eu estava pensando se podemos levar algumas turmas das escolas locais para a primeira visita, e eu vou pessoalmente como instrutora.
   Então o rei e Ace se indireitaram na cadeira porque não havia nada que Blake gostasse mais do que engenharia e história, e esse museu juntou as duas coisas.
   O resto das duas horas da reunião Blake só falou sobre a engenharia prática e história do país.
   — Isso é desconfortável... - Sussurrou Besk ele estava dentro do capuz de Kitty e sussurrou em seu ouvido e a fez arrepiar.
   — Fica quieto. — Ela sussurrou de volta
   — Eu fico olhando para a cadeira vazia e não sei o que pensar. — Sussurrou de volta Besk
   — Blake querida, um minuto. — Disse a rainha e fazendo um carinho no ombro de Blake — Acho que todos temos um assunto importante para resolver, o Consenço Sentenal será daqui a um mês.
   - Sempre odeio quando ela acontece, e esse ano será no nosso país. — Falou Anya
   — E você será obrigado a ir não é? — Falou Ace sorridente e Anya respondeu com um olhar irritado
   — Eu escolhi Ace e Anya como meus guarda-costas.
   — Sabe, Vossa Majestade, o Ace anda treinando muito e eu acho que daria conta disso sozinho. Dê a ele um voto de confiança.
   — Nossa Anya é a primeira vez que você me dá um voto de confiança. — Falou Ave sorrindo largamente — Não vai se livrar dessa.
   — Droga. — Resmungou Anya
   — David, querido — Falou Elena se levantando e pegando nos ombros de David
   — Eu acho que temos algo que estamos evitando falar, não, não eu estou evitando falar. Aquela cadeira vazia que pertenceu ao Edgar, não pode ficar vazia por muito tempo.
   — Está falando para elegermos um novo general, Tio Dav? — Perguntou Valkyria, ela havia mesmo pensado que deveriam fazer isso, mas, não tão rápido, e nem que seria David que diria ele não reagiu bem a morte de seu amigo de infância.
   — Exatamente, não podemos deixar a cadeira vazia por muito tempo.
   — Quem poderia ser? — Perguntou Anya escorando o cotovelo na mesa e a mão em sua bochecha
   — Eu e Elena estavamos pensando num plebeu.
   — Um plebeu Vossa Majestade? — Perguntou Angel — Em toda a história nunca teve um plebeu no conselho, com excessão da recente adição da rainha Elena. Mas ela é um membro especial.
   — Exatamente — Falou Angélica — Nunca ouve um plebeu no conselho desde sua fundação.
   — Acho que isso não é exatamente verdade. — Interrompeu Blake — Antes da unificação de Clear Sky o pequeno conselho improvisado de Angélica Celestia 1° tinha dois generais e seu conselheiro os três plebeus.
   — Isso, os plebeus podem parecer alienados e caipiras, mas, muitos como eu já estudaram em universidades.
   — Além do mais são nosso povo, devem interferir nas decisões, para escolher seus próprios destinos. — Então ele suspirou e comprimiu as sombrancelhas numa pequena carranca o que não lhe era típico, olhou para Elena e ela se sentou — Vamos fazer uma votação, quem é a favor de um plebeu fazer parte do conselho, levante a mão. E pensem bem.
   Então a Comandante Anya e Princesa Angélica votaram contra, ocorrendo um 2 contra 5, então haveria um plebeu no conselho, tirando Kitty e Elena que eram membros especiais, porque sua permanência depende de outro membro Angélica e David respectivamente.
   — A mesma pergunta ainda perpétua. Quem será o plebeu a entrar no Conselho Real? — Falou Valkyria
   — Nós não conhecemos muitos plebeus, e nesse tempo de paz, não houveram muitos se destacando. — Falou Blake
   — Nós como nobres só nos destacamos por ser de grandes família e recebemos a melhor educação que o reino tem a oferecer. — Divagou Ace
   — Não tem ninguém de confiança na PRR?
   — Eu criei meus pequenos para ser fiéis, eles vão concordar com tudo que eu disser. E não precisamos de um membro do conselho que concorde totalmente com o que o outro disser.
   — É o mesmo problema com Taylor. — Valkyria falou já conhecendo seu tio.
   Então uma ideia deliciosa pintou em David e ele abriu um sorriso divertido pensando nas diversas possibilidades do dia de amanhã, e em quanto tempo tinha passado desde que ele passou um dia com sua amada Elena e seu filho Nicolas, então Elena o beliscou para ele sair de seus devaneios e ele decidiu começar a pôr seu plano em prática.
   — Eu sei quem é a pessoa certa.
   — Você sabe?
   — Sei. E Na próxima reunião semanal teremos um novo general!