História Sálvame - Capítulo 17

Ludmila tentou mudar a opinião de Violetta ou fazer com que ela falasse mais sobre o assunto, mas sem sucesso, o nome Tomas e León não foram mais ditos pelo resto do dia ou da noite. Apenas conversaram normal, como era antigamente, sobre trabalho, fofocas, famosos, parecia uma festa do pijama e Ludmila estava se esforçando para que Violetta não tentasse pensar nas coisas que tinham acontecido e no que ela iria fazer depois que aquele dia acabasse. Mas no dia seguinte, ela decidiu fazer o mesmo, cozinharam juntas, depois foram fazer uma maratona de filmes enquanto comiam pipoca e alguns doces. Violetta parecia feliz e era isso que importava para Ludmila, mas alguma hora elas teriam que voltar para a realidade.

Quando o filme acabou, Ludmila se levantou para ir ao banheiro e Violetta ficou sozinha, observando a tela preta enquanto os créditos subiam...Ela tinha que dar um jeito em sua vida, não podia viver com medo de seu marido, muito menos deixar o que pode ser o amor da sua vida escapar. Milhares de pensamentos passavam por sua mente, diversas situações se criando, mas apenas duas soluções. Violetta só poderia viver em paz, se Tomás estivesse preso...ou morto, mas não gostava de pensar na segunda opção. Mas o que poderia fazer? Não tinha certeza se realmente teria coragem para testemunhar contra ele e aquilo não seria um processo rápido, precisava pensar em algo mais eficaz e rápido.

- Sabe, eu estava pensando, você deveria ir até a casa de León e pedir desculpas, explicar para ele o motivo que você falou aquilo, conversei poucas vezes com León, mas ele sempre pareceu preocupado com você e eu tenho certeza que ele ama você. - Violetta levou seu olhar para Ludmila que estava parada em pé. - Você não pode deixar o homem sofrendo. 

- Você está certa, sofrendo já basta eu. - Ludmila quis rir junto com Violetta mas se segurou. 

- Olha, rir é o melhor remédio, mas você precisa enfrentar os seus problemas, León já é adulto, ele pode se proteger sozinho e ainda pode proteger você.

Violetta respirou fundo e se colocou de pé.

- Você está certa, vou até a casa de León, se ele quiser me ouvir, tudo bem.

- E se ele não quiser te ouvir? - Ludmila perguntou enquanto pegava sua bolsa da poltrona.

- Eu volto para cá e você vai ter que me ouvir chorando a noite inteira e me emprestar mais roupas, fiquei linda nesse vestido seu. - Ela deu uma voltinha fazendo Ludmila rir.

- Vai logo. - Ludmila segurou ela pelos ombros e a foi levando para fora da casa.

Violetta chamou um taxi, mas o transito parecia não estar colaborando com ela, só porque ela queria chegar lá o mais rápido possível. Mas deu tempo o suficiente para ela pensar o que iria dizer, começando por como ela foi burra no dia anterior. Finalmente o taxi havia chegado no endereço de León e ela saiu como um foguete para fora, ansiosa e nervosa. Respirou fundo se preparando para bater na porta.

- Ah...oi? - Violetta levantou as sobrancelhas quando a porta se abriu antes de ela bater. - Estava prestes a sair?

León olhou para a chaves em suas mãos e depois para Violetta.

- Estava indo até a casa de Ludmila.

- Falar com ela ou...? - León sorriu de canto com a expressão tímida dela.

- Com você. - Violetta murmurou um "ah" surpresa. - Quer entrar? - Ele deu um passo para trás dando espaço para ela. 

Violetta entrou e foi direto se sentar no sofá, se sentia segura ali, talvez porque tinham passados bom momentos naquele sofá.

- Então...o que queria me falar? - Ela perguntou enquanto ele se sentava na poltrona.

Ela não gostou muito, queria chama-lo para se sentar perto dela.

- Não era nada demais, só queria ver como você estava.

- Mesmo depois do que eu disse? 

León desviou o olhar para suas mãos, ela sabia que ele não iria responder. Violetta se levantou para ficar na frente dele.

- Eu quero ficar com você. - Violetta se inclinou para pegar na mão de León. - E as ameaças do Tomás não me deixam em paz, eu penso nisso o tempo inteiro, fico preocupada por você, mas também não quero estar longe. - León levantou um pouco a cabeça para olha-la. - Eu tenho medo, porque sei do que Tomás é capaz, mas você já é adulto pode tomar suas decisões sozinho e pode se proteger, então, ainda quer estar comigo?

León abriu um sorriso sem mostrar os dentes.

- Minha opinião não mudou da noite para o dia, continua a mesma de ontem. - O sorriso de Violetta cresceu. - Mas parece que a sua mudou. - O sorriso se desmanchou na mesma hora.

- Não completamente. - Violetta se atreveu a sentar no colo de León. - Ontem eu queria que você se afastasse porque amo você e queria te proteger.

- E hoje? - León perguntou passando seus braços em volta da cintura dela.

- Continuo amando você, mas percebi que não preciso enfrentar tudo sozinha.

Foi inevitável para León não sorrir.

- Era o que eu estava tentado te dizer há um bom tempo atrás.

- Mas mesmo assim, ainda tem o Tomás, sempre vai ter ele para nós impedir de sermos felizes.

León fechou os olhos enquanto suspirava, depois olhou para Violetta. 

- Não, nós vamos dar um jeito nisso juntos. - Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás de sua orelha, os deixando perto um do outro. - Você pode ficar um tempo na casa de Ludmila se não quiser ficar aqui, tudo vai ficar bem, eu te prometo. 

- Acredito em você, mas não vou ficar em paz sabendo que Tomás está por aí, apenas planejando e esperando o momento certo. - Violetta disse enquanto virava seu rosto.

- Se você acredita em mim, agora só te resta confiar que tudo ficará bem. - León olhou para a mão direita de Violetta. - Você já está sem aliança, é ótimo primeiro passo. 

- Tirei na última vez que brigamos, no mesmo dia em que fui atrás de você. - Ela encostou sua cabeça no ombro dele.

- Apesar de tudo, fico feliz por você ter confiado em mim aquele dia. - León depositou um beijo sobre o topo da cabeça dela. - Minha admiração por você só cresceu, me mostrou que você é mais forte do que parece.

Violetta se ajeitou para poder olhar fundo nos olhos de León.

- E foi naquele dia, que eu percebi que quero passar o resto da minha vida com você tenente Vargas.

León sorriu, relembrando da primeira vez que ela o tinha chamado daquele jeito.

- Você sabe que eu amo você doutora Castillo? - Violetta balançou a cabeça negando mas tinha um sorriso no rosto. - Agora sabe, eu amo você.

- E eu amo você, como eu jamais imaginei amar outro alguém.