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História Sangue Maldito - A Carta


Escrita por: Natia-sama

Notas do Autor


Yo, minna, dessa vez eu fui rápida... Tá aí mais um capitulo especialmente para vocês!! :P

Capítulo 3 - A Carta


Fanfic / Fanfiction Sangue Maldito - A Carta

Laito prendia Yui contra a parede, ele segurava a perna dela com força e estava com a boca no pescoço de Yui, pelo filete de sangue que escorria parecia que ele estava bebendo o sangue dela. A roupa que ela estava usando estava puxada para baixo e ela parecia estar... em êxtase?

Aquela cena teria sido erótica a não ser pelo simples fato de haver uma cascata de sangue descendo pelo pescoço da Yui. Diante a cena não consegui me conter e gritei o mais alto que pude dando alguns passos para trás... Afinal, o que estava acontecendo?

Logo que minha voz foi ouvida Laito parou de fazer o que quer que estivesse fazendo com ela e olhou para mim como se quisesse entender a situação. Yui empurrou o Laito e andou até chegar perto de mim.

- Fique calma, Tora-chan. – disse com uma voz calmante. Eu olhei para ela e depois para o seu pescoço.

- Eu... eu... ele... – gaguejei ainda tentando processar o que estava vendo. Yui colocou as mãos nos meus ombros, fitou-me e foi como se uma onda de calma percorresse o meu corpo. – Ele é um...? – eu não consegui terminar a frase, parecia algo absurdo demais para dizer em voz alta.

- Vampiro? – Laito fez o favor de terminar para mim, eu olhei para ele e havia uma gota de sangue que escorreu pelo canto de sua boca. – Sim eu sou, ou melhor, nós somos. – respondeu a pergunta que martelava em minha mente.

- Ei, Jujuba, você não parece tão corajosa agora! – zombou Ayato com um sorrisinho sarcástico. Eu me virei e lá estavam todos os irmãos encarando-me, fiquei completamente apática.

- Tora-chan, não se preocupe eu vou estar ao seu lado. – Yui tranquilizou enquanto me abraçava.

- Yui-san, o que eu sou agora? – perguntei apreensiva e confusa, sem conseguir retribuir seu abraço.

- Você é nossa presa. O que mais seria? – Subaru disparou com desprezo como se aquela resposta fosse óbvia demais para eu não tê-la deduzido. Eu estremeci e Yui suspirou, olhou bem fundo nos meus olhos e respondeu.

- Você é uma noiva de sacrifício, assim como eu.

E o que isso queria dizer? Parecia que quanto mais eu procurava as respostas, menos eu as tinha.

- Chega! Depois vocês podem se entender, mas agora eu quero todos de volta a mesa de jantar sem mais discussões. – Reiji ordenou e todos obedeceram afinal quem seria corajoso o suficiente para contrariar as ordens de alguém como ele, principalmente agora, sabendo que era um vampiro. Entretanto, eu ainda estava paralisada, por isso Yui teve que me arrastar para a sala de jantar, ela sentou no final da mesa e me colocou ao seu lado, assim, nenhum dos seis irmãos teve como sentar perto de mim.

O mordomo – eu tinha que perguntar o nome dele quando nos falássemos de novo – serviu o jantar e logo se retirou. Eu fiquei olhando para a comida que realmente parecia deliciosa, mas eu não conseguia me mexer.

- Olha, Teddy, a humana está com tanto medo que nem consegue se mover. – Kanato dirigiu-se ao seu urso, ele parecia estar se divertindo com o meu estado e isso me irritou extremamente. Eu me recompus e me forcei a comer, não podia deixar que o fato deles serem vampiros me abalasse, eu precisava me tornar forte, não podia deixar que eles se aproveitassem de qualquer fraqueza minha ou acabaria morta. Infelizmente, agora era essa a situação na qual me encontrava, não era difícil entender que se eu não fosse esperta não duraria muito tempo ali.

- Reiji-san, - comecei a falar, pois havia me lembrado da carta destinada a Karl Heinz. – Karl Heinz é alguém dessa família? – logo que fiz essa pergunta todos na mesa começaram a me encarar.

- Sim, ele é nosso... pai. – respondeu, ele parecia se esforçar muito para dizer a palavra “pai”. – Por quê? – questionou autoritário.

- Bem, é que minha mãe deixou uma carta para ele antes de morrer. – expliquei calmamente. Todos na mesa pareceram espantados por um momento, não sei se pelo fato de minha mãe ter deixado uma carta para o pai deles ou pelo fato de minha mãe estar morta, considerando que eles eram vampiros, provavelmente era por causa da carta.

- Vá até a minha sala depois do jantar e falaremos sobre isso. – Reiji instruiu.

- Hai. – confirmei. Eu estava com um pouco de medo de ficar em uma sala sozinha com ele, mas dane-se... Se eu ia morar com eles, afinal não tinha mesmo para onde ir, precisava começar a encarar o fato de que eles eram criaturas sobrenaturais!

O jantar prosseguiu sem mais interrupções e logo todos se levantaram e saíram, exceto eu que acompanhei Reiji até a sala dele. Quando entramos eu fiquei admirada, ele possuía uma bancada com vários béqueres, balões volumétricos, erlenmeyers, tubos de ensaio, pipetas e um monte de outros equipamentos usados em laboratório.

Eu só sabia o nome dessas coisas porque minha mãe era alquimista e precisava de tudo isso para fazer suas experiências, várias vezes eu pedi que ela me tornasse sua aprendiza, mas ela sempre dizia que não queria me envolver com aquele tipo de coisa então eu parei de insistir.

- Sente-se. – mandou no mesmo tom autoritário e eu conatatei que ele era rígido demais, por isso imediatamente sentei-me na poltrona a sua frente. – Por favor, me dê a carta, eu me encarregarei de entregá-la ao seu destinatário.

- Aqui está. – puxei a carta do bolso do vestido e entreguei a ele. – Posso me retirar agora? – perguntei educadamente, mas no fundo eu estava rezando para que ele dissesse sim. Não me parecia mesmo uma boa ideia ficar sozinha em uma sala com um vampiro.

- Eu não terminei de falar com você, ainda quero esclarecer algumas coisas. – rebateu friamente. Eu quase me encolhi, mas consegui me controlar. Expressar meu medo com certeza não seria muito favorável pra mim. – Agora que você já está ciente do que somos é melhor que não tente fugir ou nos encarregaremos de dar um fim a sua vida. – informou-me tão naturalmente que era como se não tivesse acabado de me ameaçar. Ele já está tão acostumado a essa situação que passou a desprezar a vida dos outros, fervilhei de raiva por isso.

- E para onde eu iria? – interroguei irônica. – Eu nunca tive pai e minha mãe morreu ontem, não tenho ninguém a quem recorrer. Mas você não pode falar como se minha vida fosse descartável! – revoltei-me de forma agressiva.

- Não me responda, criatura miserável! – Reiji alterou-se levantando bruscamente e puxando o meu braço para me pôr de pé. – Quem você pensa que é, humana presunçosa? – indagou enfurecido, encarando-me com desprezo.

- Quer beber o meu sangue? Então vá em frente! Eu não pretendo fugir. – desafiei-o. O que diabos aconteceu com o “viverei pela mamãe”? Eu estava era pedindo pra morrer! No entanto, não podia deixá-lo me tratar como lixo!

Reiji deu um sorriso completamente sádico como se estivesse dizendo: “Agora eu vou te fazer sofrer!”. Encolhi-me tentando inutilmente afastá-lo quando ele rasgou a manga do meu vestido levando uma parte da frente junto e cravou os dentes em sem dó nem piedade, foi como se meu pescoço estivesse sendo arrancado e quanto mais eu gritava mais forte ele mordia só para me ouvir gritar ainda mais.

Tentei empurrá-lo, porém isso só fazia a dor ficar mais intensa, nunca antes eu havia sentido algo assim então decidi manter-me quieta concentrando-me em minha própria respiração e rezando para aquilo acabar logo. Alguns minutos depois ele me soltou como se eu fosse um saco de lixo e caí no chão sem forças para me manter em pé.

- Você pode ser muito insolente, mas eu tenho que admitir que seu sangue é um dos melhores que já provei. – revelou lambendo os lábios em completa satisfação. – Retire-se, agora. – ordenou indiferente.

Eu respirei fundo e me levantei com o pouco de força que me restava, não daria a ele o gostinho de precisar me carregar – na verdade, era mais provável que ele me chutasse para fora desse lugar. Coloquei uma mão sobre a mordida tentando conter o sangue que ainda escorria por ali e usei a outra para me apoiar nos móveis e paredes ao longo do caminho até o meu quarto. Ao chegar ao chegar onde desejava peguei uma camisola preta de seda, que era minha favorita, uma toalha e fui tomar banho no banheiro que havia no meu corredor. Por sorte não havia nenhum vampiro sedento zanzando por ali, então eu tomei um banho rápido e vesti-me. Procurei alguma caixa de primeiros socorros nos armários do locar e agradeci imensamente por encontrar pelo menos alguns curativos em uma gaveta, cobri o ferimento com um deles e levei os outros comigo para o quarto, eu bem sabia que os usaria muito de agora em diante.

Deitei-me na cama e peguei a carta de minha mãe para ler.

"Querida tigresa,

Eu vou começar essa carta te explicando o motivo de você estar agora morando entre vampiros, há muito tempo, quando eu ainda estava grávida de você, um homem me encontrou e me obrigou a fazer um acordo com ele. Ele dizia que eu deveria te dar para ele assim que você completasse 16 anos, por isso no dia do seu aniversário eu fiz algo a você para que ele não pudesse te ter plenamente. 

Eu joguei uma maldição sobre você, seu sangue continuaria sendo de fato um dos melhores, mas haveria um tipo de veneno misturado ao seu sangue e o vampiro que bebesse dele seria envenenado e morreria dentro de algumas horas sem chance de cura. Eu não queria ter feito isso com você, mas era um meio de te proteger.

Por favor, me perdoe por te deixar sozinha, porém eu tive que morrer para proteger o segredo de como anular a maldição. Segredo que através de um enigma coloquei em seu colar e somente você será capaz de descobrir.

Saiba que eu te amo, e jamais perca sua vontade de ser feliz. Lute por ela da forma mais feroz que conseguir.

Adeus, minha pequena tigresa."

Eu gravei cada palavra daquela carta em minha mente, minha mãe conseguiu me dar forças através de suas poucas palavras. Porém, uma coisa martelava em minha mente.


Notas Finais


Tora: Como é que a Yui consegue sentir prazer com aquilo??
Autora: É porque ela não sai por aí desafiando o vampiro mais sádico da casa, Baka!!


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