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História Sangue Maldito - O Reverso da Medalha


Escrita por: Natia-sama

Notas do Autor


Yo, minna, mais um capítulo postado na madrugada...
E amanhã eu não vou poder adicionar nenhum capítulo, porque eu vou passar o dia todo fora, mas dependendo da hora que eu chegar em casa eu tento postar... ;)

Capítulo 5 - O Reverso da Medalha


Fanfic / Fanfiction Sangue Maldito - O Reverso da Medalha

Tora

Logo que essa lágrima caiu eu desabei em um choro barulhento. Agarrei o terno de Reiji e apoiei minha cabeça em seu peito soltando soluços ruidosos.

- O que foi, humana? – Reiji perguntou em um sussurro. – Está triste porque eu vou morrer? – ele sorriu ironicamente. Eu levantei minha cabeça e olhei para ele um pouco irritada.

- Na verdade só estou triste por ser eu a causa de sua morte. – respondi orgulhosa. Mas sabia que estava mentindo pra mim mesma e, embora eu nem conhecesse esses homens, não queria que eles morressem, pois logo quando os conheci notei que dentro de seus olhos frios havia uma enorme tristeza, isso me fez ter vontade de arrancar aquela tristeza dali a qualquer custo.

Só que agora eu estava matando um deles, sem nem mesmo ter a oportunidade de conhecê-lo direito. É claro que eu não ia defender o modo como eles tratavam os humanos, porque aí já seria abusar um pouco da minha bondade.

- Oe, Reiji, depois que você morrer quero só ver o que essa casa vai virar! – Ayato brincou provocativo.

- Tsc... – foi a única coisa que o Reiji conseguiu dizer em resposta, mas aposto que devia estar fervilhando de raiva por dentro.

- Reiji-san não vai morrer! – Yui proferiu completamente convicta de suas palavras.

- Você por acaso tem alguma cura para ele, Bitch-chan? – Laito indagou claramente caçoando da Yui, ela só o olhou com uma cara feia e se voltou para o Reiji. Sua expressão de repente ficou triste e eu me perguntei se ela o amava, era difícil acreditar que algo assim pudesse acontecer afinal como ela mesma disse era uma noiva de sacrifício e, mesmo que eu não entendesse muito sobre vampiros, pelas lendas criadas sobre eles através da história eram criaturas extremamente sádicas e cruéis e algumas até diziam que eles não possuíam sentimentos nem coisas do tipo.   

Porém, agora eu estava na presença de vampiros e talvez fosse sim possível amar um vampiro, de fato para a Yui talvez fosse fácil amá-los, contudo ter esse tipo de sentimento por alguém que me machuca não acho que seja algo que esteja ao meu alcance como pessoa.

Eu olhei para Yui e depois para Reiji, Ayato, Laito e Kanato voltando a olhar para Yui por último. Foi então que me ocorreu algo.

- Etoo, Yui-san, você está aqui porque o seu sangue é especial, não é? – perguntei nervosa.

- E-eu acho que sim... – concordou hesitante. Eu olhei para o relógio e faltavam apenas alguns poucos minutos para a morte de Reiji.

- O que você está planejando, Muchi-chan? – Laito questionou desconfiado.

- Ayato-kun, o sangue da Yui é muito especial? – interroguei ignorando o Laito.

- Sim, Jujuba. – respondeu rapidamente. – Mas pra que você quer saber? – perguntou curioso. Eu olhei novamente o relógio, faltava pouco tempo.

Reiji

Parece que eu vou mesmo morrer, isso é deplorável! Morrer dessa forma ridícula, o maldito do Shuu deve estar rindo da minha situação patética agora... Depois de tudo que eu passei vou acabar morto pelo sangue mais delicioso que já provei, ele facilmente se equiparava ao de Yui, exceto pelo fato do sangue dessa criatura desprezível ser amaldiçoado. Que bela presa você mandou para nós, Tougo.

De qualquer forma acho que ele nem sabe que essa menina é amaldiçoada, provavelmente por isso a mãe dela deve ter deixado a carta para ele.

 Olhei para o relógio de relance e parecia que o meu tempo estava acabando, meus olhos foram ficando pesados e eu já não tinha força para mantê-los abertos.

Eu só queria ter a chance de provar novamente o sangue de Yui antes de ir para o inferno.

Tora

- Droga, Reiji-san! – exclamei logo que percebi que ele estava fechando os olhos. – Kanato-kun, você pode pegar aquele bisturi, por favor? – pedi com urgência, Kanato o pegou e trouxe para mim rapidamente.

- Aqui está, Tora-chan. – disse me entregando e voltando para o seu lugar. Eu não tinha tempo para pedir permissão, aquela era minha única chance, peguei o braço de Yui trazendo-a mais para perto.

- Me desculpe por isso, Yui-san! – desculpei-me afobadamente e cortei o pulso dela, logo que o sangue começou a escorrer eu abri a boca de Reiji e fiz com que ele bebesse o sangue, quando achei que já era suficiente larguei o braço de Yui e comecei um mantra. – Por favor, funciona... por favor, funciona... por favor, funciona...

Algum tempo depois Reiji lambeu os lábios e começou a abrir os olhos ele ainda parecia enfraquecido então eu me levantei dando espaço para Yui e disse com um sorriso.

- Agora é com você, Yui-san.

Yui olhou para mim e depois colocou o lugar do corte na boca do Reiji, que rapidamente deu uma mordida e começou a sugar o sangue dela, completamente sedento.

- Como você sabia que isso iria funcionar, Jujuba? – Ayato indagou intrigado. Eu olhei para ele e sorri.

- Eu não sabia, apenas tinha esperanças que o sangue da Yui-san fosse forte o suficiente para neutralizar o veneno. – esclareci aliviada. – Foi um completo tiro no escuro!

- Ainda bem que funcionou, Muchi-chan, porque essa casa ia ficar uma completa desordem sem nosso Onii-sama. – Laito comentou frisando o pronome de tratamento com escárnio. Pelo menos um não estava torcendo pela morte do Reiji, bem, pelo menos que eu saiba.

- Tora-chan, você é estranha. – Kanato falou abraçando seu ursinho.

- Ahñ... Por quê? – perguntei confusa. Eu era estranha? Eu era estranha?! Ele que era estranho! Afinal não sou eu o vampiro que conversa com um ursinho macabro, mas que saber... Deixa para lá! Ele é só um PMP, Pobre Menino Psicopata.

- Porque você nem se importou em cortar o pulso da Yui-san. – explicou fazendo uma carinha de medo muito fofa, eu tinha que admitir que mesmo que ele fosse muito desequilibrado ainda era adorável com esse rostinho.

- Você é sádica, Jujuba? – Ayato provocou com um sorriso zombeteiro.

- O quê? Não! – neguei, todos os três me olharam em acusação. – Certo, talvez um pouquinho... – revelei corando. Fazer o quê? Desde pequena eu me divertia com algumas situações que pareciam tristes para as pessoas, mas eu não gostava muito dessa parte minha.

- Reiji-san... Eu vou desmaiar! – Yui reclamou, meio que implorando. Reiji a soltou e se levantou.

- Parece que eu não vou morrer hoje! – disse ele satisfeito.

- É mesmo uma pena! – Shuu lamentou com raiva, aparecendo de repente. Como é que eles faziam isso?

- Bem... – comecei a falar demonstrando meu alívio por ele estar vivo, mas também certa tristeza pelo que viria a seguir. – Acho que eu vou arrumar minhas malas.  


Notas Finais


Autora: Então você é sádica, né, sua sacaninha?
Tora: Sou... E se você não quiser sofrer é melhor calar a boca!
Autora: Ta bom, parei!


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