1. Spirit Fanfics >
  2. Sangue Maldito >
  3. Socorro

História Sangue Maldito - Socorro


Escrita por: Natia-sama

Notas do Autor


Eu consegui internet então está aí o capítulo... Espero que gostem! :P

Capítulo 13 - Socorro


Fanfic / Fanfiction Sangue Maldito - Socorro

Tora

Eu não queria morrer, é lógico que não... Mas o que eu poderia fazer? Já era tarde demais para mim.

Ayato abaixou a parte direita da tampa da Dama e os cravos de ferro perfuraram todo o lado esquerdo do meu corpo do ombro até o tornozelo, tanto na frente quanto atrás. Eu berrei como nunca antes na minha vida, usando toda a força das minhas cordas vocais. Aquilo era pior que milhares de mordidas do vampiro mais violento. Eu continuei gritando e chorando, tentando expulsar a dor que peecorria cada nervo meu enquanto sentia o meu sangue escorrer para todos os lados me deixando ensopada, ainda assim agradeci imensamente pelo fato de não haver cravos perfurando o meu rosto.

- AYATO, POR FAVOR, PARA... PARA, EU JÁ APRENDI A LIÇÃO! – comecei a implorar, ele devia estar adorando me ver daquela forma, mas eu não tinha como evitar a dor era excruciante demaus, cada célula do meu corpo ardia como eu estivesse sendo lentamente cozida viva e o sangue que jorrava de mim não ajudava em nada, tornava tudo ainda pior.

- Eu acho que não, Jujuba! – refutou em um tom extremamente sádico e ainda com uma nota de divertimento. Ele então deu a volta na Dama de Ferro e ergueu a outra tampa, eu quis gritar, quis clamar por misericórdia... Porém, se ele não me ouviu até agora de que adiantaria? A tampa estava quase pousando sobre mim, eu apenas fechei meus olhos e uma única lágrima de tristeza caiu em meio a tantas lágrimas de dor.

Eu ouvi um baque forte e apertei meus olhos esperando que a dor que eu sentia dobrasse de intensidade, mas nada aconteceu. Abri meus olhos e vi que Ayato havia soltado a tampa no chão, ele foi até o outro lado e puxou a outra parte da tampa, os cravos saíram da minha pele, uma nova onda de dor percorreu meu corpo me fazendo gritar e chorar desesperadamente e mais sangue começou a escorrer. Eu tinha tanto sangue assim?

Ele me tirou de dentro do instrumento de tortura e se ajoelhou comigo no chão enquanto me... abraçava? É isso mesmo? Uma fúria começou a percorrer todo o meu corpo, eu soquei o peito de Ayato, entretanto eu estava tão fraca e debilitada que pareceu somente um toque. Minha vista começou a ficar nublar e soube que se fechasse os olhos talvez não acordasse mais, eu já tinha perdido muito sangue, infelizmente desmaiar me pareceu uma oferta irrecusável. Por um tempo eu me livraria da dor, me livraria de tudo.

- Você... conseguiu... me... despe... daçar! – acusei com a voz entrecortada, fechando meus olhos e deixando minha mente vagar sem rumo na escuridão.

Ayato

Logo que a Jujuba disse isso ela desmaiou deixando um sentimento incômodo para me perturbar. Por que só agora ela ficou despedaçada? Ela devia estar despedaçada desde que pisou aqui! DROGA! Não importa, eu tenho que arranjar um jeito de parar esse sangramento antes que ela morra ou que alguém apareça.

Porra! Foi só eu pensar nisso que todo mundo se materializou no meu quarto, inclusive a Chichinashi que me olhava horrorizada.

- Ayato, o que significa isso? – Reiji perguntou ajeitando os óculos, parecia exasperado.

- É óbvio que ele trancou a Tora dentro dessa coisa! – Subaru redarguiu por mim apontando para a Dama de Ferro.

- Parece que eu não vou precisar acertar as coisas com ela... – Shuu pronunciou entediado. O que é que há? Eles estavam vendo a Jujuba toda ensanguentada e quase morrendo, entretanto ninguém parecia estar se importando muito.

- Eu nem perguntei qual a cor de olhos ela iria querer quando a transformasse em boneca. Que pena, não é, Teddy? – Kanato comentou olhando o corpo inerte da Jujuba.

- Eu ainda nem me diverti direito com a Muchi-chan. – dessa vez foi o Laito.

- CHEGA! – a Chichinashi gritou enfurecida, ela nunca havia ficado assim antes. – VOCÊS VÃO FICAR AÍ PARADOS ENQUANTO ELA MORRE? SERÁ QUE VOCÊS JÁ NÃO FORAM CRUÉIS DEMAIS? – continuou gritando, então ela chegou perto de mim e tirou a Jujuba dos meus braços com uma força saída sei lá de onde. Claro que ela era uma quase vampira, mas às vezes era difícil lembrar desse detalhe com toda a doçura da loira.

Logo, ela se retirou do meu quarto ignorando a todos nós.

- O que foi isso? – Reiji indagou surpreso.

- Não sei, mas é melhor irmos atrás dela. – Subaru respondeu saindo do quarto e seguindo a Chichinashi, os outros foram atrás dela e o único que ficou foi Reiji, apenas para dizer.

- Nós vamos ter uma conversa mais tarde, Ayato. – ele se virou para sair, mas parou e acrescentou. – Não pense que vai sair impune dessa.

Ótimo! Agora eu estava totalmente ferrado! Quando Reiji contasse isso para aquele homem não haveria piedade.

Yui

Eu carregava Tora com uma força que nem eu sabia que tinha, o sangue dela pingava por toda parte e o cheiro parecia ótimo. NÃO! Não era hora para sentir sede, ela estava morrendo, as batidas do seu coração ficavam cada vez mais fracas.

Entrei no meu quarto e a coloquei na cama, me virando para procurar o Reiji, porém todos já estavam no meu quarto, menos o Ayato. Agradeci silenciosamente por isso, não queria olhar para a cara dele tão cedo.

- O que você vai fazer, Yui? – Subaru questionou curioso.

- Vou encher a banheira para limpar o sangue dela. – respondi irritada, embora o Subaru parecesse preocupado ele também não tinha feito muito esforço para ajudar a Tora.

- Deixa que eu vou encher. – ofereceu-se e desapareceu indo para o banheiro.

- Certo, agora onde estão os curativos? – perguntei para mim mesma tentando lembrar onde naquela casa eu já havia visto uma caixa de primeiros socorros.

- Eu pego, Bitch-chan! – Laito se dispôs a pegá-los e eu sorri em agradecimento. Olhei para o Reiji e falei.

- Reiji-san, será que você não teria algum remédio para ajudar a acelerar a cura dela, ou pelo menos um remédio que evitasse cicatrizes? – questionei com expectativa.

- Eu tenho os dois. Vou prepará-los. – avisou dando um leve sorriso e se retirando para sua sala.

- Kanato-kun, será que você pode me ajudar com as roupas dela? – pedi apontando para a Tora. Ele já ia responder, mas o Shuu foi mais rápido.

- Eu ajudo.

Olhei meio desconfiada para ele, mas resolvi aceitar a sua ajuda, afinal quanto mais rápido fizéssemos tudo melhor seria para ela. Eu acenei com a cabeça e nós fomos em direção à Tora. Eu a levantei percebendo como minha cama estava encharcada de sangue, prendi a respiração, eu não poderia pensar nisso agora. Shuu puxou o moletom dela jogando em algum canto, paralisei aterrorizada com o estado em que ela se encontrava, havia enormes furos por todo o seu corpo, eles pareciam ser um pouco profundos. Eu não era nem um pouco capaz de imaginar a dor que aquilo causou.

Ele tirou os sapatos dela e depois as meias com delicadeza, tirou o short com cuidado para não machucá-la e em seguida se dirigiu ao sutiã.

- Tudo bem, Shuu-san, pode deixar o sutiã dela no lugar. – adverti com um tom de repreensão na voz. Ele deu de ombros e se jogou na poltrona do meu quarto.

Deitei a Tora novamente e a observei por um momento, percebendo algo intrigante.


Notas Finais


Não tenho obrigações, compromissos ou interesses. Mas se ainda sim, insiste em se meter comigo, coloque sua vida em risco. Vou drenar você de suas demandas juntamente com este seu doce sangue. Assuma a responsabilidade, por ter sido a única a me despertar.
Shuu Sakamaki


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...