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História Sangue Negro - Epílogo


Escrita por: Biiimiranda

Notas do Autor


Oi meus amores!

Preparados para o último capítulo da temporada?

- B

Capítulo 47 - Epílogo


Severo Snape

Aquele bando de bruxos me deu mais trabalho do que eu esperava. Apressei-me para dentro da mansão, preocupado com o silêncio sepulcral que se fazia dentro do salão parcialmente destruído. Assim que atravessei o portal para a sala, vi que apenas os membros da Ordem estavam espalhados por ali, enquanto corpos os rondavam. Quando seus olhares se voltaram para mim, o choque e a confusão acompanharam o movimento de suas varinhas na minha direção.

– O que pensam que estão fazendo? – vociferei dando um tapa na varinha do Weasley inútil. – Onde está Hermio...?

Meus olhos a encontraram antes que eu pudesse terminar minha frase. Ela estava desacordada sobre o colo de Alvo e um pouco de sangue se espalhava pelo seu rosto. Corri a passos largos até eles e a tirei dos braços do velho, que parecia desolado. Ela não podia estar morta! Para o meu alívio, senti sua respiração calma e ritmada, assim como as batidas do seu coração. Em um movimento automático, passei a manga do suéter em seu rosto para tirar o sangue.

– O que houve? – indaguei com o olhar preso em Hermione.

Mais silêncio. O velho apenas apontou para o meu lado no chão. Virei o rosto para ver de quem era o corpo morto e arregalei os olhos ao ver a mim mesmo. Alvo engoliu em seco.

– Rebastan armou para Hermione – murmurou. – Para todos nós, na verdade. Ele a fez acreditar que você estava morto para desestabiliza-la emocionalmente e matá-la. Mas ocorreu o oposto. Hermione quase se matou ao conjurar magia suficiente para cruciar todos os bruxos que a atacavam. Como pode ver, ela já estava sangrando. Certamente estaria morta se Voldemort não tivesse intercedido antes dela finalizar a maldição da morte.

Assenti absorvendo as notícias. Rebastan deveria ter usado poção Polissuco. A questão era: como ele conseguiu um fio de cabelo meu?

– Eu cheguei antes de vocês. Mas fui cercado por vários bruxos do lado de fora da casa. Eles me isolaram propositadamente, para fazê-los acreditar que eu estava morto. – expliquei e voltei a olhar para a mulher em meus braços. – Hermione desmaiou pelo desgaste do uso do feitiço?

O velho suspirou e fechou os olhos antes de negar com a cabeça.

– Eu cumpri o que te prometi, Severo – sussurrou. – Apaguei você das memórias de Hermione.

 

Eu andava de um lado para o outro da sala de Alvo, tentando descarregar minha frustração. Ele pediu que eu aguardasse ali, enquanto levava Hermione para a Ala Hospitalar. Eu insisti em levá-la – não queria me afastar dela –, mas o velho foi irredutível. Só esperava que ele tivesse uma boa explicação para sua atitude. Por mais que Hermione não lembrasse de mim, Alvo poderia desfazer o feitiço. O que me intrigava era o seu pedido: “Não permita que ninguém o veja”.

O que ele estava tramando agora?

Quando a porta abriu e fechou às minhas costas, eu soube que estava a ponto de descobrir as respostas para as minhas questões. Olhei para Alvo e ele estava mais sério do que de costume. Um pressentimento ruim uniu-se à raiva dentro de mim, causando um turbilhão de outras emoções. O velho arrastou-se até sua mesa e se jogou em sua cadeira, exausto.

– Já posso ver Hermione?

Seus olhos azuis focalizaram os meus e ele sustentou o olhar por alguns segundos, antes de suspirar e coçar os olhos por baixo da armação de meias luas.

– Não.

A fúria que eu sentia sobrepujou todas as outras emoções. Eu estava transtornado pelo velho ter cumprido sua promessa sem nem esperar para confirmar a minha morte. E apesar de saber que fora um pedido meu, eu não conseguia evitar a raiva. Ainda mais com ele me impedindo de ver Hermione.

– Como não? – rugi. – Eu tenho todo o direito...

– Severo – interrompeu-me com a voz cansada –, eu não consegui reverter o feitiço.

Um calafrio cortou a minha espinha. Só podia ser uma piada.

– Você sabe tão bem quanto eu que esse feitiço é reversível! – grunhi. – Como pode me dizer que não conseguiu desfazê-lo?!

Mais um suspiro resignado fugiu de seus pulmões.

– Se eu tivesse alterado apenas as memórias de Hermione, ela inevitavelmente voltaria a lembrar de você em algum momento. Como ocorreu quando Rodolfo reprimiu suas memórias. Ela te ama demais para te esquecer com um simples feitiço – explicou. – Para te apagar definitivamente da mente dela, eu precisei modificar mais do que lembranças. Precisei manipular sentimentos e mexer em sua mente de maneira aprofundada. Algo tão complexo que não consigo desfazer. Sinto muito, Severo, mas quando Hermione acordar, ela não lembrará de você e nem dos sentimentos que um dia nutriu.

Meu olhar vagou pela sala e eu abri e fechei a boca algumas vezes, sem conseguir pronunciar uma resposta. Alvo era o único que poderia trazer as memórias de Hermione de volta. Se nem ele conseguiu, eu não teria a mínima chance.

Travei o maxilar tão logo a descrença se tornou raiva. Se ele tivesse esperado mais alguns minutos, nada disso teria acontecido. Saquei a varinha e a analisei na minha mão.

– Já que você cumpriu tão maravilhosamente bem, ainda que erroneamente, sua parte da promessa, sinto que deveria retribuir o favor – rugi. – O que acha de eu cumprir agora mesmo a promessa que fiz a você?

Alvo soltou um riso baixo, sem humor, e se recostou na cadeira de maneira mais confortável.

– Agradeço seu empenho em cumprir com sua palavra – murmurou. – Mas ainda não posso morrer.

Revirei os olhos e me deixei cair na cadeira a sua frente, apoiando os cotovelos nas coxas e escondendo o rosto entre os dedos. Reprimi um grito de impaciência e frustração. Jogando meu controle para o alto, eu tornei a me reerguer. Eu precisava ver Hermione. Mesmo que ela não se lembrasse de mim.

Antes que eu desse dois passos em direção à porta, a voz de Alvo me alcançou.

– Severo, você não pode ser visto por ninguém.

Franzi o cenho e girei nos calcanhares para olhar com descrença para o velho. Vendo seu rosto sério, soltei um suspiro e cruzei os braços sobre o peito.

– Posso saber o motivo?

Ele se ergueu de sua cadeira e começou a andar ao redor de sua mesa, com as mãos entrelaçadas nas costas.

– Voldemort acha que você está morto – concluiu.

– E...?

– Isso te tira do controle dele. Você estará livre enquanto apenas a Ordem souber que está vivo – explicou. – No entanto, se continuar a dar aulas ou alguém o vir e falar demais, você será obrigado a voltar a ser um comensal. Voldemort pode entender sua suposta morte como uma tentativa de fuga e matá-lo.

– O que você sugere? Que eu me esconda para sempre? – questionei incrédulo. – Preciso continuar a ser um comensal para cuidar de Hermione!

Dumbledore negou com a cabeça e estalou a língua.

– Com Hermione sem lembranças suas, você não terá mais prestígio algum como comensal, Severo – sussurrou. – Voldemort pode se livrar de você no instante que Hermione aparecer desmemoriada. Para ele é muito mais vantajoso que ela não tenha um ponto fraco. – Pestanejei enraivecido. – Há uma maneira de você circular sem que ninguém o reconheça e poderá ficar perto de Hermione, sem abrir mão da sua liberdade.

– E seria...?

– A estratégia de Rebastan – informou com um sorriso. – Use sua aparência de jovem e se infiltre como aluno. Irei colocá-lo na turma do sexto ano da Sonserina, assim terá aulas com Hermione e poderá se aproximar.

– Você não acha que um novo aluno “Severo Snape” chegar logo depois da morte do mestre “Severo Snape”, será no mínimo tendencioso? – indaguei irônico.

Ele continuou a sorrir. Eu odiava quando ele fazia isso.

– Vamos arranjar outro nome para você – sugeriu. – Certamente será um Prince. Um sangue-puro atrairá mais a atenção de Hermione...

– Ela nunca ligou para o meu sangue, Alvo – rebati.

– Até agora.

Senti meu sangue congelar nas veias. O que ele queria dizer?

– Quando disse que precisei alterar sentimentos para apagar suas memórias da mente de Hermione, eu não estava exagerando – esclareceu. – Ela é uma garota muito intensa e todos os sentimentos estavam de alguma forma ligados à você. Eu precisei... contê-los, digamos assim. Isso significa que ela está tão sensível quanto Voldemort.

– Qual o seu problema, seu velho louco? – vociferei. – Pretendia transformar Hermione em um monstro depois da minha morte? Ou ela seria sua nova espiã entre os comensais?

– Fiz o que foi preciso, Severo.

Por um momento, eu senti o ímpeto de quebrar tudo o que via pela frente em pura frustração e ódio. Mas me controlei. Discutir com Alvo era inútil! Da mesma forma que era em vão discordar do seu plano. Eu precisava ficar perto de Hermione. Sem memórias, aquela era minha melhor chance de me aproximar e, quem sabe, conquistá-la novamente.

Ignorando os protestos do velho, caminhei até a porta e sai de sua sala. Seus passos apressados atrás de mim denunciaram que ele me seguia.

– Severo, podem vê-lo – sussurrou levemente ofegante.

Dei de ombros.

– Os alunos estão de férias e é meio da madrugada – observei. – Não vamos cruzar com ninguém além de Pomfrey. E ela pode manter segredos.

Alvo revirou os olhos, mas me seguiu até a Ala Hospitalar. Abrimos as portas para o salão e apenas a cama com o corpo feminino de costas para nós, estava ocupada. Os membros da Ordem que se machucaram durante os duelos, estavam no St. Mungus. Apenas Hermione foi trazida para Hogwarts para que Alvo pudesse reestabelecer suas memórias.

Aproximei-me do leito e assim que toquei seu ombro, fiquei estático. Virei o corpo para olhá-lo de frente e vi que Papoula estava petrificada e deitada no lugar de Hermione. Desfiz o feitiço rapidamente e a medibruxa piscou algumas vezes antes de sentar na cama, claramente aturdida.

– O que houve, Papoula? – Alvo indagou.

Ela respirava com dificuldade e rapidez, aflita.

– Depois que o senhor saiu, eu me aproximei para dar uma poção para a Srta. Granger, achei que estivesse dormindo, e... – ela pausou a história por alguns segundos para recuperar o fôlego – ela foi muito rápida. Eu nem tive tempo de desviar do feitiço.

Hermione atacou Papoula? E onde ela tinha se metido agora?

– Ela fugiu de novo! – murmurei frustrado.

– Mais cedo ou mais tarde, ela voltará – o velho sussurrou, mas eu vi um brilho estranho em seus olhos azuis. – Não se preocupe.

O que ele estava me escondendo?

 

Hermione Granger

Atravessei os portões de ferro da Mansão dos Malfoy e com poucas passadas rápidas, cheguei à porta da casa. Um elfo me recebeu com uma reverência e eu ignorei a criatura, apressando-me até a sala de jantar. Abri as portas duplas da sala, sem me dar ao trabalho de bater. Bellatrix estava de braços cruzados e conversava com Voldemort aos sussurros. Quase não havia espaço entre os dois e eu senti meu estômago revirar ao imaginar as obscenidades que trocavam.

Bellatrix foi a primeira a me notar e se afastou abruptamente do homem de feições ofídicas. Ele logo acompanhou seu olhar e franziu o cenho ao me ver.

– Hermione? – ela indagou com preocupação, se aproximando de mim. – Você está bem?

Desviei da sua tentativa de abraço, estranhando aquele afeto e cuidado repentino. Eu me sentia melhor do que nunca. Caminhei os passos que me separavam de Voldemort e fiz uma reverência. Assim que me reergui, encarei seus olhos vermelhos e curiosos.

– Às suas ordens, Milorde.

Ele sorriu vitorioso.

– Bem-vinda de volta, Hermione.


Notas Finais


Sim, o Snape está vivo! Podem respirar... Foi tudo uma armação do Rebastan.

Lado negativo: Dumbledore apagou tão bem a memória da Hermione, que não consegue desfazer o feitiço... Ou será que ele não quer? Muahahaha

Quem estava sonhando com uma Hermione maligna? A próxima temporada é toda de vocês!


Agora, quero agradecer a todos que acompanharam a fic! Cada visualização, favorito e comentário foi maravilhoso e eu só tenho a agradecer. Vocês fizeram de Sangue Negro a fic que é hoje. Vocês são lindos e espero que nos vejamos na próxima temporada!

Amo vocês, lindezas da minha vida!

Até breve!

- B


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