1. Spirit Fanfics >
  2. Sangue Negro >
  3. Pretendentes Indignos

História Sangue Negro - Pretendentes Indignos


Escrita por: Biiimiranda

Notas do Autor


Oi meus amores!

Decidi postar hoje para animar a sexta-feira de vocês. Vamos começar bem o final de semana, moçada! Hahaha

Vocês são lindos e eu preciso agradecer pelos comentários sensacionais e todos que favoritaram a fic.

Sem mais delongas... Preparados para mais uma aula de Oclumência?

- B

Capítulo 7 - Pretendentes Indignos


16 dias para o casamento

 

Passei o dia pensando em quem poderia ser o homem por quem Hermione estava apaixonada. Eu me recusava a sequer imaginar a hipótese de ser o Weasley. Ele era um peso morto, atrapalhado, desprovido de inteligência... Não, Hermione não podia gostar daquilo. Apesar de que o surto dele, que eu vi pelas lembranças dela, me pareceu muito com ciúme. Provavelmente ele gostava dela, mas ela nunca gostaria de alguém como ele.

Outra possibilidade de pretendente era o Potter... 

Era só o que me faltava. Outro Potter atacando alguém que eu estimava. Eram casos diferentes, claro. Eu não nutria o mesmo sentimento, que um dia senti por Lily, por Hermione, mas existia uma afeição. E eu não iria deixá-la com um Potter. Imagine as festas de família deles como seriam animada. O papai de Hermione adoraria o genro, tanto que tentaria matá-lo, de novo.

De qualquer forma, eu via o Potter arrastar mais olhares para a Srta. Weasley do que para Hermione. E ela não pareceu se importar quando o menino se enroscava com a corvina nipônica, Cho Chang. É, não deveria ser ele. 

Eu e Voldemort agradecemos.

Então quem poderia ser? Existia a possibilidade remota de Hermione continuar a ter contato com o búlgaro de mente fraca. Mas não poderia ser... Depois do baile de inverno durante o torneio, eles tiveram tempo para ter um relacionamento. Se não o fizeram era por escolha de Hermione, eu tinha certeza. Ela era boa demais para ele.

Isso não deixava nenhuma outra opção de pretendentes. O Potter e o Weasley eram os únicos garotos com os quais Hermione passava seu tempo e tinha uma intimidade, digamos assim. Krum era uma opção desesperada e fora de questão. 

Que outras possibilidades eu não estava pensando?

 Longbottom? Até eu precisei rir dessa. Não, jamais.

“...essa pessoa nunca vai ficar sabendo o que eu sinto, porque ele nunca me amaria de volta”.

Ela disse que essa pessoa nunca a amaria de volta. Um amor platônico. Interessante...

Com exceção dos três inúteis que eu descartei, os outros homens com os quais Hermione tinha contato pertenciam a Ordem. Seria isso?

Bem, metade da Ordem eram Weasleys. Arthur era muito bem casado com Molly, Gui e Carlinhos nunca tiveram muito contato com Hermione e os gêmeos não condiziam com o estilo dela. 

Se ela tivesse visto Dédalo Diggle, Elifas Doge e Estúrgio Podmore, uma vez na vida, seria muito. Mundungo Fletcher não prestava e, assim como todos, ela não simpatizava com ele. Kingsley Shacklebolt era um homem decente, mas nunca vi Hermione trocar sequer uma palavra com ele ou demonstrar interesse. Olho-tonto nem era para se cogitar.

Isso deixava opções inofensivas. Hagrid tinha um estranho envolvimento com Olímpia Maxime. Alvo era velho demais, ela nunca desenvolveria uma paixonite por ele. Black estava morto. E Lupin... Bem, Lupin...

Eu não tinha uma boa razão para Hermione não gostar de Lupin. Ela não se incomodava por ele ser um lobisomem, admirava sua inteligência e eles passavam um tempo considerável juntos nas férias e feriados.

Ah, que ótimo, outro lobisomem para me preocupar.

Batidas na porta me despertaram do meu devaneio. Estava na hora do treino de Oclumência de Hermione. Tentei tirar da cabeça a ideia de Lupin ser o amor platônico dela e pedi que ela entrasse.

Ela parecia um pouco melhor. Estava longe de ser a menina sorridente de antes, mas não estava apavorada ou chorando, o que era um ponto positivo.

Hermione sentou no mesmo lugar do dia anterior, tirou o colar do pescoço e esperou que eu dissesse algo. Como não havia nada a ser dito, eu levantei da cadeira e dei a volta na mesa para ficar de frente para ela. Saquei minha varinha do bolso interno das vestes e apontei para a sua testa.

– Esvazie sua mente. Está pronta, Granger? – Ela assentiu depois de alguns segundos de concentração. – Legilimens.

 

Como da outra vez, as lembranças demoraram para aparecer nitidamente. Era um sinal de que havia uma resistência à minha invasão, mas ela ainda não tinha pratica suficiente para me bloquear por muito tempo. Logo eu conseguia ver o Potter e o Weasley conversando com ela no café da manhã.

– Como foi com Dumbledore? – Potter perguntou animado.

Ah, sim. Ela mentira para eles para não revelar que eu a ensinaria. Sabia que os amigos se rebelariam se soubessem a verdade, mesmo assim, eu ficava irritado por Alvo ser considerado digno de lhe ensinar e eu não.

– Foi bom – respondeu rapidamente e voltou a se esconder atrás do seu exemplar do Profeta Diário.

– Conseguiu aprender? – o Weasley indagou com a boca cheia. – Aposto que Dumbledore é um professor melhor que Snape.

As bochechas da menina coraram levemente.

– Oclumência exige muito esforço e dedicação, não se domina em um dia, Rony – explicou. – Mas a aula foi boa, terei outra hoje.

– O diretor está mesmo querendo que você aprenda rápido – Potter murmurou surpreso. – Terá aulas todos os dias até aprender? Se bem que se tratando de você, Mione, aprendera logo. E então, o Rony iniciará as aulas também.

Hermione ficou ainda mais vermelha. Como ela diria para o peso morto, depois de dominar a Oclumência, que ele nunca aprenderia? Primeiro que eu jamais o ensinaria e segundo, quem iria querer invadir a mente daquele cabeça-oca? Não tem nada de útil ali.

Por sorte, o ruivo estava tão empenhado em comer tudo o que via pela mesa, que não prestou atenção no que Potter dissera. Ele não parecia interessado em Oclumência. Na verdade, eu tinha certeza que ele seria um inútil como o Potter e nunca conseguiria dominar a arte de ocultar a mente.

Eu não vi mais nada de útil que Hermione pudesse ter vivido naquele dia e procurei em sua mente algo que eu estava curioso para saber. Após uns instantes de busca, encontrei o dia em que Potter arrastou os amigos para o Ministério da Magia.

Eles estavam em uma sala em formato de poço. Com degraus de pedra que formavam uma arquibancada ao redor do espaço. No centro da sala, havia um estrado onde se erguia um arco de pedra. Potter estava com uma bola de cristal nas mãos enquanto era cercado por alguns comensais. Lúcio era o mais próximo dele, exigindo a profecia. Bellatrix cruciava Longbottom prazerosamente esperando que funcionasse como chantagem para o outro garoto entregar a esfera.

Enquanto Potter tentava barganhar com Lúcio, vi Bellatrix se distrair de sua tortura e lançar um olhar mortal para o lado oposto da sala. Acompanhei seu olhar e vi que um comensal segurava Hermione, ferida e semiconsciente, pelos cabelos. O homem usou a mão livre para agarrar o colar da menina e puxá-lo, em uma tentativa de enforcá-la. Hermione se debatia com o que lhe restava de força para se desvencilhar do comensal, mas ele era mais forte.

Mesmo mascarados, nós comensais nos reconhecíamos. No entanto, eu não conseguia identificar aquele comensal em questão. Quem era ele?

Bellatrix ergueu a varinha em sua direção, mas antes que pudesse pronunciar algum feitiço, o comensal soltou a garota e a jogou para longe. Ele olhou para a mão que tocara o cordão com desespero. Era como se o colar o tivesse rechaçado.

Longbottom que estava zonzo no chão após receber a maldição de Bellatrix, segurava a varinha de Hermione. Ou seja, ela estava indefesa e o comensal que a agarrara, erguia a sua varinha para lhe enfeitiçar.

O que nunca chegou a acontecer. 

A Ordem invadiu a sala e começou a duelar com os comensais. Um dos feitiços estuporou o comensal antes que ele ferisse Hermione. No entanto, o golpe foi tão rápido que eu não conseguiria dizer se sua origem foi Bellatrix ou Lupin.

 

Quando dei por mim, estava de volta à minha sala. Hermione me expulsara de sua mente. Estava ofegante e incomodada com a recordação.

– Você sabe quem era o comensal? – perguntei sem lhe dar a oportunidade de fugir do assunto.

– Não. Ele não estava com os outros na sala das profecias. Ele chegou depois e veio direto atrás de mim – explicou.  – Achei que o senhor poderia dizer quem ele é.

– Não o reconheci – murmurei.

Que o interesse daquele comensal era unicamente Hermione, era claro. Mas ele fizera questão de provocar Bellatrix. E não era Greyback. Aquele lobo sarnento não tinha uma varinha, contrário ao comensal. De qualquer forma, o feitiço de proteção do colar o repeliu e salvou Hermione.

– Enfim, vamos tentar novamente – sugeri e ela assentiu. – Legilimens.

 

O riso de Hermione ecoava pelas paredes de pedra enquanto ela e Viktor Krum caminhavam por um corredor vazio do castelo. Estavam usando os trajes do baile de inverno, então deviam ter escapado da festa no Salão Principal.

O búlgaro parou de caminhar inesperadamente e se virou na direção de Hermione, esperando que ela se chocasse contra seu corpo. Quando isso aconteceu, ele aproveitou a chance para segurar firmemente em sua cintura e puxar sua nuca na sua direção, para beijá-la. Hermione não resistiu e se deixou levar.

O beijo que parecia casto no início se tornou mais urgente e logo o búlgaro a prensou contra a parede. Eu vi as mãos daquele moleque correrem para os seios de Hermione e ela pareceu se encolher com o toque atrevido. A garota tirou as mãos do búlgaro dali e as recolocou em sua cintura. Ele deu uma risadinha e as deslizou para o seu quadril, onde tentava friccionar sua pélvis na da menina. Quando apalpou a bunda de Hermione, ela colocou as mãos no peito do rapaz e tentou afastá-lo.

– Viktor, calma – pediu.

– Relaxe, Hermi-o-nini.

Eu queria arrancar as mãos daquele infeliz por tocar Hermione daquela forma. Quem ele pensava que era para encostar nela com tanta propriedade, com tanta intimidade? Ah, como eu queria um vira-tempo só para voltar até aquele dia e cruciá-lo até a morte.

O garoto insistiu em continuar a beijar Hermione e tentar acessar todo o seu corpo. Mas ela logo se desvencilhou e o afastou.

– É melhor eu ir. Eu preciso ir – murmurou ofegante.

– Fique só mais um pouco.

Suas palavras pareciam gentis, porém, eu percebi a forma possessiva com que ele apertava o pulso dela, forçando-a a continuar no lugar.

– Não, Viktor. Eu realmente tenho que ir.

Ela estava assustada com as investidas daquele búlgaro inconveniente. Por Salazar, ele não percebia que ela era inexperiente? Não via que ela não era uma mulher qualquer que aceitaria ir para a cama com ele, só porque ele era um jogador famoso?

– Podemos ir para um lugar mais reservado, o que acha? – murmurou no ouvido de Hermione depositando mais força em seu pulso.

– Não. Eu quero voltar para o salão – esclareceu.

– Por que Hermi-o-nini? Eu prometo que você vai gostar – insistiu o garoto, pressionando mais seu corpo contra o dela. – Vamos lá.

Ele a puxou pelos pulsos, praticamente a arrastando pelo corredor. O desespero de Hermione era explícito e ela procurava uma forma de escapar do aperto do búlgaro. Krum abriu uma porta aleatória e a empurrou para dentro. Usou um feitiço silenciador e voltou a agarrar a garota, que agora suplicava para que ele parasse. Algumas lágrimas saltavam de seus olhos enquanto ela se debatia.

Ela estava sem a varinha e sem o colar, completamente indefesa. 

Eu queria matar aquele búlgaro. Como ele ousava tentar forçar Hermione?

A situação não melhorava e eu estava agoniado de ver aquela cena. Ele não tinha conseguido machucá-la, não é? Ela daria um jeito, certo? Para o bem daquele idiota, era melhor que sim.

Krum tentou tirar o vestido de Hermione e ela gritou para que ele parasse. Nesse instante, as roupas do búlgaro começaram a pegar fogo. Ele se afastou desesperado. Mesmo sem entender o que acontecera, ela aproveitou a oportunidade e fugiu para o Salão Principal. Ela chorava compulsivamente e quando se aproximou do Weasley para pedir ajuda, ouviu um comentário repulsivo sobre o que ela e o búlgaro estavam fazendo.

 

Novamente, eu fui forçado a sair da mente de Hermione. Os olhos da garota estavam marejados e algumas lágrimas já escorriam pelo seu rosto, por reviver a lembrança.

– Desculpe por não conseguir impedir que o senhor visse isso – o murmúrio dela era tão pesaroso que eu me senti mal.

Eu estava furioso com aquele moleque. Mas ao invés de ir até a Bulgária matá-lo, preferi acalmar Hermione. Eu a forçara a presenciar mais uma vez aquele momento traumático, então era minha responsabilidade consertar a situação.

Agachei na frente da sua cadeira, como fizera na noite anterior, e esperei que ela me encarasse.

– Por que não contou isso para ninguém? – indaguei. – Ele tentou te estuprar, Granger! Isso é muito sério!

– E o senhor acha que acreditariam em quem? – ela sussurrou com a voz embargada. – Ele é Viktor Krum! Todas as garotas caem de amores por ele, todas querem dividir a cama com ele. Certamente achariam que eu só estava tentando chamar a atenção!

– Eu acreditaria em você – rebati.

Ela me olhou surpresa, porém logo voltou a murchar.

– Por favor, não conte para ninguém – pediu desconfortável. – Eu não gosto de reviver essas lembranças.

– Se é o que a senhorita deseja, eu guardarei seu segredo. – Ela suspirou aliviada. – Com a condição de que se isso voltar a ocorrer com Krum ou qualquer outro homem, você irá me contar.

Ela refletiu sobre a minha exigência e por fim concordou.

– Acho que o senhor não terá que se preocupar com isso no futuro. Daqui a poucos dias eu terei que casar com Greyback e não acho que ele faça o tipo carinhoso – ela tentou fazer uma piada com a sua situação, mas não tinha nada de engraçado naquilo.

– A senhorita não irá se casar com Greyback – afirmei. – Nós encontraremos um jeito de anular o voto. Agora, vá descansar. Já está tarde. Volte amanhã no mesmo horário, sim?

Ela assentiu e se levantou da cadeira no mesmo instante que eu me reergui. Entreguei a ela o colar e lhe dei as costas para voltar ao meu lugar atrás na mesa. Porém, fui impedido de continuar meu trajeto pelos braços de Hermione, que contornavam meu corpo em um abraço.

– Obrigada – murmurou.

Antes que eu pudesse dizer algo, ela me soltou e correu para a porta, fugindo do meu alcance.


Notas Finais


Snape pensou em todas as possibilidades possíveis de pretendentes, só esqueceu dele mesmo. E o que será que ele fará com a desconfiança de Lupin ser a paixão platônica da Hermione?

E essa Bellatrix? Ameaçou o comensal que estava atacando a Hermione... Mas depois de entregá-la ao Greyback? E mais importante, ela a reconheceu depois de anos? Coincidência? Acho que não.

Deu para perceber que eu não gosto do Krum? Hahahaha

Até a próxima, senhores e senhoritas.

- B


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...