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História Sasaeng da Sasaeng (Reescrevendo) - A Procura


Escrita por: SamWelly

Notas do Autor


Olá novamente Bolinhos :3

Tio Sammy resolveu postar mais um capítulo....

Espero que gostem
Boa Leitura

Capítulo 19 - A Procura


Fanfic / Fanfiction Sasaeng da Sasaeng (Reescrevendo) - A Procura

- Como assim não pode me ajudar? Pelo que me lembro o Sam disse que você, Lucas, o ajudou com umas coisas antes e depois da Coréia – eu sabia que o risco era grande, mas eu tinha que fazer algo, não podia ficar parado esperando que algo ruim acontecesse.

Lucas – Eu ainda não entendo como você conseguiu me encontrar, mas sim, eu ajudei o Sam Min com aquele negócio de mostrar para as fãs malucas os ídolos passam com elas... ainda não entendo o porquê disso. Porém eu não posso fazer nada por você, seja lá quem você for – sua expressão era séria e seu tom transmitia certa autoridade, o que não causava nenhuma reação em mim.

- Sam e eu passamos aqui em frente algumas semanas atrás e ele me contou sobre você. Já disse que sou o namorado dele e que preciso da sua ajuda para encontra-lo, ele desapareceu faz uma semana, isso não é motivo o suficiente para que você me ajude? Você não é amigo dele? Que consideração em... Me deixe entrar, sentamos e conversamos mais calmamente, ou se preferir podemos ficar aqui conversando na porta, você quem sabe.

Lucas – Está bem, entre, já vi que não vai ser fácil fazer com que você vá embora.

- Isso mesmo – concordei enquanto entrava em sua casa, acompanhando-o em seguida até a sala de estar.

Lucas – Bem, agora podemos conversar mais confortavelmente – disse ele com certo sarcasmo em seu tom, olhei-o com desdém – Agora é o momento em que você me conta o que aconteceu com o Lee e me diz como exatamente precisa que eu o ajude...

 

Contei a Lucas tudo que eu sabia até então, essa foi a parte fácil, agora conseguir acha respostas para suas perguntas é que foi difícil, minhas únicas respostas eram: ‘não sei’, ‘talvez’, ‘pode ser que sim, pode ser que não’.

Ficamos alguns minutos nos encarando, ele parecia pensar em algo e eu tentava lê-lo, no entanto não era nada fácil, suas expressões eram bem vagas, sequer notei micro expressões. Fazer a academia de polícia e trabalhar dois anos na delegacia foi um grande aprendizado – obrigado por isso pai, mesmo que eu não tenha gostado – mas não estava me ajudando naquele momento. Mais algum tempo se passou e então ele se levantou e pediu que eu esperasse, o que fiz enquanto ele se dirigia à uma porta sanfonada perto do balcão da cozinha, quando a abriu vi que aquela porta dava em um quarto cheio de computadores, como se fosse uma central de alguma empresa – agora comecei a entender o porquê de sua relutância em querer conversar comigo – ele demorou alguns minutos para voltar para a sala, quando voltou perguntou com o que ele deveria me ajudar, alguns segundos de silêncio se fizeram presentes novamente e então deixei que minhas emoções me conduzissem em cada palavra.

Lucas ficou parado em pé me encarando sem uma expressão definida, disse-lhe que o Sam era tudo para mim, que ele é o motivo de eu querer continuar vivo, que ele foi meu porto quando estava precisando, que ele é o amor da minha vida e que eu não suportaria que nada ruim lhe acontecesse. As palavras saiam de minha boca como se fossem grandes lâminas cortantes com o único objetivo de mostrar a dor que eu estava sentindo.

 

Lucas – Isso foi bem comovente – pronunciou quando terminei – Mas ainda não entendi o que quer que eu faça, se é que vou fazer algo – a última parte foi murmurada, quase não ouvi.

- Ou eu que não enfatizei o suficiente ou você que não presta muita atenção – me levantei antes de continuar – Vou dizer de outro modo... Geralmente quando alguém desaparece, tentam encontra-la, neste caso, o Sammy desapareceu e eu estou querendo encontrá-lo. Ficou mais claro agora?

Lucas – Isso eu entendi, não sou burro – disse com tom irritado – Estou perguntando o que você quer que eu faça para ajudá-lo com isso, acho que é isso que está sendo difícil de se entender aqui.

- Ok, bem... Você é bom com computadores certo? – concordou com um balançar de cabeça – Não sei exatamente com o que você ajudou o Sammy naquele tempo, mas se tem a ver com computação, então talvez há algo que você posso fazer que eu já não tenha feito, algum outro modo de rastrear o celular dele, encontrar alguma pista por meio de rastreamento facial, depósitos em banco, cartões de crédito, qualquer coisa. Não tínhamos esses recursos na delegacia em que trabalhei e não faço ideia de como fazer alguma dessas coisas.

Lucas – Posso tentar algumas coisas, mas não dou certeza de que alguma funcionará... Dê-me alguns minutos – outra vez dirigiu-se ao quarto cheio de computadores, o segui, pedi se podia entrar, então entrei e fiquei o olhando enquanto digitava velozmente algo que eu não fazia ideia do que podia ser, diversas palavras verdes, azuis, brancas, rosas, vermelhas, sem nexo algum para mim. Ele olhava de uma tela para outra como se esperasse que alguma lhe mostrasse algo que lhe chamasse a atenção, algumas estavam desligadas, outras piscavam, outras apenas com um ponteiro piscando, eu realmente não estava entendendo nada ­­– Droga! ­– gritou batendo contra a mesa, o encarei sem entender – Eu tinha encontrado uma transação de dinheiro da conta do Lee, mas perdi, não sei o que aconteceu – explicou ao notar minha confusão e antes que eu pudesse perguntar, recebi a resposta – Não, não dá para acha-la novamente

 

Minutos e mais minutos se passaram, talvez horas, eu não tinha noção de tempo enquanto olhava para aquelas diversas telas. Lucas estava concentrado no que quer que estivesse fazendo, eu apenas esperava que ele pudesse me dar alguma pista, qualquer uma.

 

Lucas – Isso! – gritou encarando uma das telas que mostrava a imagem de uma câmera de uma loja, eu estava tão perdido em meus pensamentos que se quer notei as últimas coisas que tinha feito.

­- O que achou? Sabe onde ele está? Me diz de uma vez Lucas – dava para sentir a esperança em minhas palavras, qualquer pingo de esperança que eu tinha de encontrar o Sammy se multiplicou e tornou-se um oceano seja lá o que Lucas tivesse encontrado.

Lucas – Essa é a imagem de uma das câmeras de uma loja aqui de São Paulo, tive que hackear alguns servidores federais para conseguir isso, rastreamento facial, bem, vou poupar-lhe dos detalhes. Enfim, essa imagem que estamos vendo é em tempo real, mas a que nos interessa é a de alguns dias atrás, usei uma foto do Lee para que o programa de reconhecimento facial fizesse uma busca e ele encontrou alguém que bate com as feições dele nessa loja. Vou voltar a imagem para que você possa ver e se dermos sorte, reconhece-lo – poucos segundos se passaram até que Lucas achasse as imagens de nosso interesse – Ai está, esse homem de capuz aqui – disse apontando para o monitor a sua esquerda – De acordo com o reconhecimento facial é ele, não dá pra ver muito bem por conta do capuz, vou aproximar para ver se fica melhor...

- É ele! – falei em tom elevado – Nunca vou me esquecer dessa boca rosada e essas bochechas, e ele ainda está usando a aliança e o colar que eu lhe dei de presente no natal, ele nunca os tira.

Lucas – Você é muito observador, eu não conseguiria distinguir a aliança, o colar e muito menos a boca e as bochechas. Você gosta muito dele, agora eu entendo isso... Bem, essas imagens não irão ajudar muito, já que são de alguns dias atrás, mas já é um começo, vou tentar pegar o sinal das câmeras próximas dessa loja e ver se consigo montar o trajeto que ele fez.

- E o que ele fez nessa loja? Dá para saber o que ele comprou? – perguntei chegando mais perto dele.

Lucas – Não, ele pagou em dinheiro e ao que as imagens seguintes mostram, ele pediu para que fosse entregue e pela qualidade da imagem não dá para ver o que está escrito no papel que ele entregou ao atendente – disse enquanto apontava para o papel que parecia mais uma mancha no monitor – Mas, tenho mais uma notícia boa, consegui entrar no sistema de uma loja em frente a essa e uma de suas câmeras mostra a rua, vou procurar pelas imagens de quinta passada, dia doze, que é o dia em que o Lee apareceu na loja, levará só alguns segundos – eu olhava atentamente o monitor com a imagem da outra câmera, que também estava em tempo real. Lucas começou a digitar algo em uma janela preta que havia aparecido no meio do monitor e então as imagens da câmera começaram a retroceder rapidamente, muitas pessoas passavam pela àquela rua – Aqui! – sua voz me tirou de meus pensamentos – Esse homem de casaco aqui ­– as imagens começaram a passar lentamente, a janela preta tinha sumido e ele apontou para o canto inferior esquerdo do monitor – O casaco dele é o mesmo que o Lee estava usando na loja.

- Dá para ver para onde ele está indo? Essa câmera é daquelas que se movem ou das que são fixas? – minhas esperanças estavam aumentando a cada segundo – Consegue as imagens de outras câmeras dessa rua?

Lucas – Posso tentar, mas não é provável que conseguirei – com um clique em alguma das teclas do teclado, Lucas fez com que a janela preta aparecesse novamente e então inúmeras palavras em cor verde começaram a aparecer, logo ele começou a digitar e o que digitava ficava em azul. Minutos se passaram até que as palavras mudassem de cor novamente, agora para vermelho – Droga!

- O que houve? – perguntei enquanto arrumava minha postura, ficar meio envergado com uma mão escorada na cadeira dele, não estava favorável para minhas costas.

Lucas – Firewall, vai demorar mais do que pensei... Consegui achar o sinal de uma câmera de trânsito que fica perto dessas lojas, ela pega boa parte da rua, pois fica em um poste, mas como é da policial, há muita segurança. Se eu for pego, estarei bem encrencado, por isso não serei – a última parte foi mais para si mesmo do que para mim. Fiquei observando enquanto ele digitava algo em rosa, então as palavras em vermelho apareceram e desapareceram rapidamente, seja lá o que estivesse fazendo, parecia estar dando certo ­– Consegui, bom, acho que isso é o máximo que eu poderei fazer por você... – fiquei encarnando o monitor que mostrava a rua, agora pouco movimentada, não havia lojas, só edifícios. Em uma parte da rua ficavam as lojas e na outra os edifícios, a imagem da câmera era bem ampla e de boa qualidade – De acordo com as imagens dessa câmera de trânsito, o Lee entra nesse beco logo após sair daquela loja e não sai – disse enquanto apontava para a entrada de um beco entre dois edifícios.

- Avance as imagens – disse já com minhas esperanças abaladas.

Lucas – Já fiz isso, avancei, voltei, avancei e voltei de novo, só aparece ele entrando. Deve a ver alguma porta nesse beco por onde ele possa ter saído em outro lugar – me encarava enquanto falava, agora eu podia certo clima estranho no ar, estava sentindo que havia algo que ele não estava me contando.

- Me mostra como eu faço para voltar e para avançar? - levou alguns segundos para que ele levantasse da cadeira e fizesse sinal para que eu sentasse, clicou em algumas teclas e então se dirigiu a mim.

Lucas – Agora ficará mais fácil... Use a seta de voltar, para voltar e a de avançar para avançar, mais básico, certo? – concordei com um balançar de cabeça, então me virei para o monitor e comecei a encara-lo, cada canto, cada pixel. Lucas estava logo ao meu lado, transmitia certa tensão. Voltei as imagens até o momento em que se via o homem de casaco, o Sammy, entrava no beco, a câmera pegava cento e oitenta graus. Pedi para Lucas como fazia para passar as imagens quadro a quadro e então ele disse que eu podia simplesmente clicar na barra ou no espaço, ambos faziam o mesmo, comecei a passar as imagens quadro a quadro, nada, minutos se passaram e nada, muito tempo se passou e nada – Não adianta, podemos ficar aqui horas e horas, ele não vai aparecer saindo desse beco – esperança é a última que morre Lucas e a minha morrerá junto comigo – Está bem, fique ai o tempo que quiser, daqui a pouco começa a aparecer as imagens em tempo real... Enquanto você fica aí, vou fazer algo para comer, quer algo? – neguei com a cabeça, então Lucas saiu do quarto e eu fiquei encarando o monitor, quase sem piscar.

[...]

Algumas horas pareciam ter passado, eu não tinha muita noção de que horas eram exatamente, mas sabia que não podia desistir de achar o Sammy, a menos que ele volte sã e salvo por conta própria. Mesmo vendo quadro por quadro, segundo por segundo, não tinha visto se quer uma sombra de alguém naquele beco.

 

Lucas – Você não desiste mesmo, já eu, desisto muito fácil. Se fosse eu quem ainda estivesse com ele, já teria parado de procura a dias – disse, cortando o silêncio que eu estabeleci, quando entrou no quarto novamente, com uma caneca em mãos.

- O que você disse? – eu estava tão concentrado em encontra-lo saindo daquele beco que mal prestei atenção no que ele tinha dito.

Lucas – Esquece, nada de importante... Bom, já achou algo? – perguntou ao se escorar na mesa com diversos monitores, ficando de frente a mim.

- Não, a propósito, que horas são? Meu celular descarregou.

Lucas – Meia noite e meia – respondeu apontando para algo atrás de mim, me virei e olhei para onde estava apontando, um relógio na parede, eu havia chegado em sua casa por volta das cinco da tarde, estava a muito tempo ali, mal percebi o tempo passar – Você tem certeza de que não quer algo? – esticou o braço aproximando a caneca de mim – Fiz chá, mas se preferir, tem café também.

- Tenho, obrigado.

Lucas – Seu nome é Jeon, certo? – confirmei com a cabeça, sem tirar os olhos do monitor – Por que não deixa isso? Já viu que não vai encontrar nada, já faz horas que está aí e ainda não viu ele saindo desse beco, por que não descansa?

- Eu vou, mas só depois de encontrar o Sam – o encarei sério – Quantas vezes vou ter que te dizer que ele é a coisa mais importante em minha vida?

Lucas – Está bem, eu entendi isso a umas seis horas atrás, mas você tem que descansar, seu corpo precisa de descanso – encostou uma das mãos em meu ombro e me fez encara-lo novamente – Seria um desperdício ver um corpo tão bonito assim todo cansado, um grande desperdício ­– o encarei confuso ­– Relaxa que que eu não estou dando em cima de você, é apenas uma observação. Que tal fazermos assim... Você vai para casa, descansa e eu continuo procurando por ele?

- Você faria isso?

Lucas – Se for fazer você ir embora da minha casa, faço com muito prazer – senti certo sarcasmo em sua voz, mas ele estava certo, eu estava a muito tempo em sua casa e precisava descansar.

- Ok, eu vou embora, mas se você achar algo, não hesite em me ligar – disse ao me levantar – Me dê seu celular – estendi a mão para poder pegá-lo, salvei meu número e entreguei o celular a ele – Qualquer coisa, seja o que for, me ligue.

Lucas – Está bem Senhor Desesperado, agora pode ir embora?! Obrigado – disse com um sorriso irônico no rosto, semicerrei os olhos e me dirigi em direção a porta, ele veio logo atrás, segui em direção a porta da sala, a abri e sai de sua casa – Obrigado pela visita e por favor, não volte sempre – disse acenando e sorrindo enquanto eu me dirigia ao meu carro, não fiz muita questão de responder, eu ainda estava com a sensação de que ele me escondia algo. Ouvi a porta se fechar poucos segundos depois que entrei em meu carro, dei a partida e segui em direção à minha casa.


Notas Finais


Beijo do Tio Sammy :3


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