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História Save It! - Metamorfose


Escrita por: Dreams94

Capítulo 2 - Metamorfose


Durante a metamorfose,
Permiti que cravassem as minhas asas no casulo,
Consequentemente quando ouso voo alcançar,
O peso do casco faz-me ficar
E a borboleta tão bela, porém marcada nunca poderá voar! 

Narrador on:

De um lado do mundo, um jovem muito seguro de si beijava sua namorada sob o lindo luar de Stratford.
Do outro a garota autoconfiante bebia todas com os amigos na noite agitada e única de New York.
Depois de alguns anos que se passaram, a vida de ambos tomou rumos diferentes.
Um cursando medicina.
E o outro... o outro só se preocupava em qual seria a boa da noite.
Planos que não foram concretizados, sonhos de uma vida que ficou no passado e presente de jovens com futuros distintos.
Hoje, era noite de comemoração pros dois.
Justin, futuro médico comemorava mais um mês que estava junto a sua namorada.
E Adeline, festeira de carterinha comemorava a vida. Até porque para ela não precisava de um motivo para cair na gandaia e encher a cara.

P.O.V Adeline Les Watson Carter

New York
7 de março de 2015

Meus dias aqui estavam contados.
Estava voltando para Stratfod. Cidade pacata da qual vim.
Cinco anos se passaram. Anos que me fizeram muito bem, pois, aprendi a viver.
-Adel -Brad gritou mais alto que a música chamando minha atenção.
-Oi.
-Estão todos indo pro racha da rua de baixo. Vamos?
Brad era meu melhor amigo. Gay. Não aparentava. Mas ele é muito gay.
Olhei para Lauren e ela sorriu.
-Lógico.

Unicornios azuis andavam por um gramado branco feito neve, deslizando graciosamente.
Eram três deles.
E no alto de uma colina apontava um unicornio vermelho. Ele era grande e forte.
E vinha na nossa direção furioso.
-Ele vai nos pegar. -Um azulzinho disse.
-Eu sei. Vamos correr! -Dito isso começamos a correr muito rápido. Mas já era tarde demais e ele já nos alcançava. Minhas pernas doiam e minha velocidade havia diminuindo muito. Quando ele avançou pra cima de mim .
-Adeline.
Gritei alto sentando na cama.
Minha mãe arregalou os olhos devido ao grito estridente que eu dei.
-Quer me matar de susto?
-Desculpa. Estava tendo um pesadelo. -Cocei meus olhos e encarei minha mãe. -Porque ta vestida assim?
Ela bufou.
-Você não tem mais jeito! Vamos viajar hoje lembra? -Assenti. Mesmo sendo mentira. Até porque tinha me esquecido que era hoje. -Que horas chegou? Aposto que mal dormiu.
Levantei me espreguiçando.
-Vou tomar um banho e já vou.
-Vinte minutos Adeline.
A quatro anos atrás meu pai recebeu uma proposta de emprego aqui em Nova Iorque. Na época eu odiei. Deixei amigos, familiares e... Justin.
Mas devido a  instável saúde da minha avó, minha mãe achou melhor voltarmos pra Stratford.
Sai do banho e coloquei uma roupa leve mas pegando um casaquinho pra quando chegasse lá.
Ia levar meu urso e o porta retrato de Angel que ficava em cima do meu criado mudo.
                                 ...
Desembarcamos. O tempo estava nublado com uma temperatura gelada. O que me fez colocar o casaco com pressa.
Segui meus pais até um carro da empresa que nos aguardava. Liguei meu celular vendo inumeras mensagem de Brad,  Lauren, crush's e grupos. Respondi Brad e Lauren e logo bloqueei olhando a cidade pela janela do carro.
-Vamos almoçar na casa da vovó. A família toda esta lá.
Encarei minha mãe pelo retrovisor e assenti.
-Vamos ficar aonde?
-Na nossa antiga casa. A reforma começou a dois meses. Quer dar uma passada lá pra ver como estão indo as coisas?
Assenti.
Depois de alguns minutos meu pai estacionou em frente a casa que morávamos.
Desci parando em frente e cruzei meus braços. Lembranças de todos os momentos bom que passei ali me vieram a cabeça.
-Como está com essa mudança querida? -Meu pai parou do meu lado me abraçando.
-Vai ser difícil me acostumar com a cidade pequena outra vez. -Fiz uma pausa suspirando. -Mas nada que com o tempo não melhore.
Ele sorriu satisfeito com a minha resposta e voltamos pro carro junto da minha mãe que não desceu justificando estar frio.
Avistei a casa verde com um cartaz feito a mão "SEJAM BEM-VINDOS DE VOLTA!" Segurado pela vovó Cecília. Ri pelo nariz.
Assim que meu pai estacinou desci e corri até ela a abraçando.
-Lina que saudades minha menina. -Eu me senti em casa sendo recebida pelo caloroso abraço dela.
-Vovó senti tanto sua falta.
Depois de ter abraçado inúmeras pessoas, umas conhecidas e outras nunca vistas por mim me sentei em um sofá no canto da sala.
Vivemos em um mundo de mentiras, falsos sentimentos, atitudes forçadas, hipocrisia. Tenho a impressão de que o mundo é montado, tem roteiro, personagens... pura ficção. Observo ao meu redor com muita atenção, considerando os mínimos detalhes, e sabe o que eu vejo? Sorrisos fingidos, amores traídos, gente pisando em gente, um ar contaminado pela inveja. Mas o jeito é seguir assim mesmo, respirar fundo e ficar atento.
-Barbie!
Olhei pro lado e la estava Naomi parada me olhando sorrindo.
Não. Não tivemos contato durante esses anos. Foi aí que percebi que aquela amizade que eu pensei que fosse pra sempre, não era tão verdadeira assim.
E ela esta mais linda do que eu me lembrava.
Sorri fraco.
-Oi.
-Fiquei tão feliz quando soube que tu voltaria.
Ela me puxou fazendo-me levantar e me abraçou com força.
Fiquei sem reação. Afinal foram quatro anos sem contato com ela. Mas abracei de volta com menos força e logo a afastei.
-Amor eu...
Uma terceira voz se fez presente. Marcelly.
-Adeline, eu e a Marcelly estamos namorando. -Naomi disse sem graça olhando pra baixo.
-Oi. -Sorri pra Marcelly que retribuiu o sorriso -Fico feliz por vocês. Vou ali comer uma coisinha. -e sai.
Ok. Estou completamente chocada. Sai dali e fui pra um outro lugar onde pudesse pensar.
Aqui vão três fatos:
1) A Marcelly ta mais gostosa ainda agora que assumiu uma postura completamente mascula.
2) Elas formam um belo casal.
3) O sentinento de inveja começa possuir meu corpo.
                                ...

Hoje uma nova etapa da minha vida pois quero fazer um curso de teatro, desde pequena atuo bem, sempre que não queria ir a escola, fingia alguma dor, e conseguia convencer todo mundo. As vezes até eu mesma acreditava na minha mentira. Então vou investir no que sou boa e aperfeiçoar-me.
Essa foi uma decisão que tomei depois de uma conversa que tive com o meu pai. E pela primeira vez na vida, quero fazer tudo certinho pra que funcione esse lance de ter um bom futuro. 
-Bom dia família!
-Bom dia princesa. -Sorri para o meu pai.
-Bom dia. Preparada pro primeiro dia?
-Aham. Pai pode me dar uma carona?
Ele assentiu enquanto passava o indicador pelo tablet em uma velocidade absurda.
Depois de um tempo peguei minha bolsa com um caderno pra anotações e canetas e sai com meu pai.
Pedi pra ele passar no starbucks e depois seguimos para meu destino.
Paramos em frente a um grade prédio de aparência medieval. Algumas pessoas conversavam em grupos e outras simplesmente repousavam de baixo de árvores, provavelmente estudantes de filosofia.
-Quer que eu deça contigo? -Senhor David estava exalando preocupação. Ri pelo nariz e beijei a bochecha dele.
-A noite nos vemos. -Peguei minha bolsa e tirei o sinto segurando meu café.
-Te amo.
-Também te amo pai.
Desci e respirei fundo passando por todas aquelas pessoas que me olhavam disfarçadamente e outras nem tanto já que me secavam de cima a baixo.
Entrei no prédio despreocupadamente a caça da secretaria. Quando de repente esbarro em alguém fazendo meu café voar na pessoa.

P.O.V. Marcelly

-Marcelly!
Fechei meus olhos tentando me acalmar quando ouvi sua voz pela décima vez.
-Fala.
-Eu to falando com você!
Uma gostosinha do curso de teatro passou por mim e piscou pronunciano a palavra "banheiro" sem voz. Sorri.
-Amor precisamoa falar sobre isso.
-Naomi depois ok? -Ela bateu o pé no chão feito criança mimada.
-Marcelly você ta sempre adiando essa conversa.
-Depois! 

Sai rápido dali antes que ela pudesse falar outra coisa e esbarrei em alguém fazendo o café que tava na mão da pessoa ir parar na minha camiseta.




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