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História Save ME - Memórias de uma fotografia


Escrita por: whoisnelle

Notas do Autor


Olá genteeeeeeeeeeeeeeee, tdo bem???

Já faz décadas que eu não posto e hoje trago à vocês mais um capítulo ~finalmente kkkkkkkkk

Capítulo 28 - Memórias de uma fotografia


Fanfic / Fanfiction Save ME - Memórias de uma fotografia

A essa altura eu já tinha o coração acelerado e as mãos tremulas. "Isso não era possível!" era a única frase com qual eu conseguia pensar naquele momento.

- Eu te conheço, garota. - repetia a mãe de Jimin pela quinta vez. Estava ficando apreensiva à medida que o tempo passava.

- Me conhece? Como assim? - perguntei finalmente.

- Eu tenho uma foto sua, vou buscar. Espere aqui garota. Jimin! - gritou ela. Jimin arregalou os olhos.

- Sim, mãe.

- Não deixe ela fugir, olha para a cara dela. - ela levou a mão perto do meu rosto e todos os músculos do meu corpo se contraíram - Parece que viu um fantasma. Irei ir lá dentro buscar a foto e quando voltar quero ver os dois no mesmo lugar.

Quando a senhora sumiu na porta entrando na casa eu olhei para o Jimin com uma expressão meio desesperada. "Será que a mãe dele era louca?", eu olhei para ele perguntando isso com o olhar e Jimin franziu a sobrancelha, ele também não estava entendendo nada. Eu teria medo, se o Jimin não estivesse no meu lado, e também se não fosse a mãe dele.

Entretanto, quando a senhora de óculos retornou a primeira coisa que eu fiz foi olhar para o objeto que ela tinha nas mãos, mas ela levantou o objeto e colocou ele no lado do meu rosto. Era uma fotografia. Eu não podia ver por que não estava no meu campo de visão, mas podia reconhecer o que era.

- Você mudou muito. - disse ela. Jimin atrás dela tinha os olhos arregalados, o que me fazia ter uma crise de ansiedade por não saber o que a foto tinha. Segundos depois a mãe de Jimin virou a foto e estendeu-a para mim, fazendo meu coração ter um rompante de aceleração novamente.

Senti minha garganta arder e meus olhos ficarem marejados quando eu vi o que a fotografia continha. Era uma foto dos anos 90, mas tinha uma aparência bem velha, desgastada. Tinha duas crianças coreanas bem pequenas usando óculos e camisas listradas na foto. Era uma menina e um menino. O garoto era o Jimin, eu não poderia deixar de reconhece-lo, ele tinha as mesmas bochechas cheinhas, até que ultimamente não mais, mas mantinha olhar e os óculos redondos. E o cabelo preto também era irreconhecível, apesar de curto. Mas a garota...

Aquela pequena menina coreana de cabelo preso preto...

Aquela menina era eu.

Sim, era eu. Aquela foto havia sido tirada há anos e eu nem havia mais lembrado dela. A verdade é que Jimin e eu éramos grandes amigos quando crianças. E eu não tinha reconhecido ele. Senti lágrimas descerem pelo meu rosto e levei minha mão à minha mochila. Abri e peguei minha carteira, de dentro tirou uma pequena fotografia e a estendi para a mãe de Jimin, que antes de pega-la me olhou em dúvida. Mas como percebeu que eu não tinha condições para responder qualquer coisa, ela pegou a foto da minha mão e deu uma última olhada antes de expressar um "Oh!" de surpresa ao perceber o que se tratava.

A pequena fotografia continha eu e o meu melhor amigo abraçados juntos. Eu, ainda pequena e fofa e ele um menino arteiro, tinha no rosto um sorriso largo, que dizia que como das outras vezes, também havia aprontado antes de tirar a foto. Seu cabelo preto era o que me chamava mais a atenção, apesar de muitos jurarem ser castanhos escuros, eu sempre teimava em dizer que eram pretos.

- Oh meu Deus! Você é a pequena Taeyeon mesmo! Eu não posso acreditar que eu te reconheci mesmo depois de tantos anos. Você era tão pequena quando saiu daqui, estou sem palavras. - a senhora se virou para o filho - Jimin! Onde foi que você a encontrou?

- Eu não encontrei ela. - Jimin tinha a voz tremula, estava em choque assim como eu - E-eu nem sabia que ela... que ela a menina do parque. E-eu não sei o que dizer...

- Que falta de educação minha, vamos entrar crianças. Está frio aqui fora, vocês podem acabar pegando um resfriado. Entre logo, vamos!

A mãe de Jimin colocou a mão nas minhas costas me guiando e eu quase desabei. Eu não sabia mais o que sentir, tudo aquilo era uma bagunça e eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Eu não podia acreditar.

- Eu vou chamar o meu marido e já volto. Esperem aqui hein, não vão fugir. Jimin! - chamou ela novamente.

- Sim! - quase pude ver Jimin batendo continência.

- Não a deixe fugir, okay?

- Sim, mãe. - ele fez reverência e a senhora de óculos saiu da sala sumindo em um corredor.

Jimin sentou no canto da sala, bem distante e me sentei nas almofadas no chão, percebendo que a família do Jimin ainda mantinha os seus costumes antigos. Costumes ainda enraizados em muitas famílias coreanas. Eu mantive o silêncio o máximo que eu podia até ver um objeto na parede que me chamou a atenção, eu levantei institivamente e andei até o local que se encontrava o objeto. Era um quadro emoldurado, e tinha uma rosa murcha empalhada no centro, envolta em um papel parecendo uma pintura. Aquela rosa, eu a conhecia. Levantei a minha mão e toquei delicadamente o vidro do quadro.

- Você ainda guarda isso. - disse abrindo um sorriso e me virando para Jimin, ele ainda se encontrava imóvel sentado no chão da sala.

É então que ele abre um pequeno sorriso me fazendo ficar vermelha, rapidamente virei meu rosto mudando meu foco para o quadro novamente.

- Eu quase morri quando tive que ir embora. -  começou ele me fazendo olhar para o chão - Eu pensei que nunca mais seria feliz na vida quando tive que ir e te deixar para trás. Os dias eram angustiantes e as noites fúnebres. Eu não vivi por uns meses, eu acho. Eu tinha apenas um corpo, mas minha alma ainda se mantinha ao pequeno vilarejo que a gente morava. Eu juro que eu voltei, uns anos mais tarde, mas eu voltei. Infelizmente, você também tinha se mudado, e os vizinhos não sabiam de nada. Eu pensei que nunca mais iria te encontrar e olha onde estamos. Olha o que aconteceu. Você, simplesmente, apareceu na minha vida de uma forma esquisita e olha no que deu, olha tudo isso. Eu nunca pensei que iria te encontrar de novo. Sinceramente, nunca pensei.

Senti Jimin levantar do chão e andar até mim. Eu segurava as lágrimas bravamente. Foi então que senti um toque macio e as mãos do Jimin nas minhas, olhei para aquilo e fiquei encarando por um tempo.

- Eu lembro de tudo. - recomeçou ele - Eu lembro que nós brincávamos em um parquinho. - ele levantou o rosto junto comigo e olhou bem nos fundos dos meus olhos - Sim, havia um parquinho e nós brincávamos muito nele. Eu não lembro qual idade era a nossa, mas éramos pequenos. Muito pequenos - ele fez outra pausa - Eu lembro que eu ficava... Brincando com você... E nós brincávamos em volta da Senhora Lee. Ela dizia um monte de coisa feia para nós, mas éramos apenas crianças. Nós não se importávamos com ela ou com a forma como ela falava. Nós queríamos apenas brincar e brincávamos. Brincávamos muito.

Fixei meu olhar em um ponto ao longe, mas não pude conter esboçar um sorriso de canto de boca. Um sorriso satisfeito, eu também lembrava de tudo.

- E Taeyeon... - ele sacudiu as minhas mãos - Nós brincávamos todos os dias e eu nunca perguntei o seu nome.

- E nem eu o seu - completei fixando meu olhar em Jimin.

Ele tinha os olhos marejados e, pela primeira vez, não era por tristeza ou dor, mas sim de felicidade, de uma lembrança boa de infância que ele nunca havia esquecido na vida. Eu podia confessar que tinha orgulho, não só da lembrança boa compartilhada entre nós, mas sim do Jimin. Visitar os pais até agora estava sendo bom para ele. E quando eu menos esperava eu senti as mãos de Jimin nas minhas costas me puxando para si, ele estava me envolvendo em um abraço apertado. Por um breve momento eu quis recuar, eu quis fazer ele parar com aquilo. Mas não pude. Não pude fazer nada e deixei-o me guiar.

Ele me envolveu com seus braços e me abraçou. Seus braços estavam quentes, ele estava quente. Eu me sentia como um filhote quando recebe um abraço da mãe, mas Jimin não era a mãe. Entretanto, nos seus braços eu encontrava um lar que eu não tinha. Apesar do amor que eu recebi de meus pais, por mais incrível que pareça, o abraço do Jimin era o mais aconchegante. Logo afastei esses pensamentos alojados no cérebro e me foquei. Jimin era apenas um amigo, e qualquer sentimentos além disso podia machucar. Não à mim totalmente, mas principalmente à ele. Jimin se apegava demais às pessoas e nós nunca poderíamos ficar juntos por diversos critérios. E antes que se criasse um sentimento, eu não podia permitir que ele sofresse ainda mais.

- Park Jimin eu-

Era a mãe do Jimin. Ela vinha do corredor e a essa altura já estávamos longe um do outro. Eu virei meu rosto para o quadro e Jimin correu para sentar nas almofadas no chão. Nunca nos dispersamos tão rápido. Eu me sentia uma adolescente namorando escondido na casa dos pais e isso era errado. Até porque eu não era uma adolescente, não estava namorando, e muito menos na casa dos pais. O que estava mais errado ainda eram meus pensamentos, cada dia mais atormentadores.

- Oh filho! - um senhor de meia idade deu uma pequena corrida, indo abraçar o filho e Jimin estava em pé quando foi recebido pelo pai.

Era uma cena emocionante, tanto que a mãe de Jimin tinha os olhos marejados e um lencinho nas mãos, vez por outra ela levava até os olhos. Foi então que meu celular tocou, atrapalhando todo o clima familiar que já estava instalado. Pedi diversas desculpas e fiz dezenas de reverências antes de sair pela porta da casa e levar o celular ao ouvido sem nem ver quem estava ligando.

- PARK TAEYEON! - gritou a pessoa do outro lado da linha me fazendo ficar com baixa audição.

- Meu Deus! Quem é? - perguntei em tom de pedido de desculpas.

- Sou eu, Kim Sejin, manager do BTS e do Jimin. Eu gostaria que vocês voltassem imediatamente para Seoul.


Notas Finais


Então gente, primeiramente fora temer, segundamente venho aqui pedir desculpas pela demora de quase um ano sem postar nenhum capitulo sequer.

Tive uns conflitos de horário por causa da faculdade e também uns bloqueios criativos do cão, simplesmente eu não conseguia pensar em nada para escrever na fic. Entretanto, eu tenho uns capítulos reservas já escritos e, este mesmo que vocês acabaram de ler é um deles, eu vou começar a escrever novamente a história nesse mês e espero não deixar vocês esperando por tanto tempo. Sorry babys :/

***

Espero que vocês tenham gostado do capítulo e eu leio todos os comentários, hein! Então comentem bastante, falem as suas opiniões, o que acharam, o que acharam que era e não é na verdade, só falem kkkkkk

Para quem quiser me add, eu tenho twitter @TaeGirlOfficial (pessoal), e um outro também onde eu posto as traduções dos posts do fancafe do BTS @btsfcbr.

Até uma próxima, eu amo todos vocês, muito mesmo 💙


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