1. Spirit Fanfics >
  2. Save me >
  3. Cap. 10

História Save me - Cap. 10


Escrita por: synystrona

Notas do Autor


Hey, hey, hey... cá estou eu, novamente!
Este cap. para mim está hilário, espero que se divirtam. bjsss!

Capítulo 10 - Cap. 10


Pov. Brian

O pai da Michelle ainda me encarava com o jornal acima do peito. Eu estava gelado, mas fiz a cara mais segura que tentei na vida. A mãe dela me olhava sem acreditar no que eu havia dito, é, acho que a merda estava realmente feita, esse cara vai me matar. O vi suspirar fundo e soltar seu jornal no sofá ao lado, voltou a me encarar, pois só havia parado para fazer o que mencionei anteriormente. É agora!

- Entre, garoto! – ele falou sem nenhuma expressão na voz. A mãe da Chelle ficou em pé nos observando. Era por volta de umas seis e meia da tarde. Ouvi passos quase inaudíveis vindos da escada, olhando curiosamente tentando não ser notada, era Valary. Ela arregalou os olhos assim que me viu, eu a vi de relance e busquei não parecer nervoso. Parecia que todos os meus sentidos estavam mais aguçados, achei que fosse cair duro ali mesmo, mas não o fiz. Vi alguém andando pelos arbustos! Era Matt. Pelo menos eu tinha cobertura dos meus cúmplices de loucura. Vi rapidamente que Valary se sentou encolhida em uma parte da escada que não dava para ser vista, não faço a mínima ideia de como ela fez isto, ela me indicou que ficasse em silêncio sobre sua presença, assim o fiz. Matt nos observava calado, e também tentava não ser pego. Fiquei em pé esperando o senhor DiBenedetto se pronunciar.

- Não vai sentar, moleque?! – ele me olhou arqueando uma das sobrancelhas. Apesar de ser uma pergunta, parecia mais uma ordem. Assim o fiz. Sentei-me em uma poltrona mais simples que a sua do seu lado. Ainda em silêncio, esfreguei as mãos de nervosismo.

- Então... – ele me apressou. Sai do meu devaneio, respirei fundo. Era o momento. Nunca fui muito religioso, mas estava pedindo a Deus para não gaguejar.

- Senhor, eu... – fui interrompido.

- Michelle, eu sei. – ele disse frio.

- Sim, ela mesma. – eu disse calmo, porém quase morto por dentro.  

- Diga logo o que você quer. – ele deu a entender que queria acabar essa conversa o mais rápido possível.

- Quero namorar sua filha em casa, senhor. – disse firme. Ele riu sem humor. Gelei.

- Não será possível. – disse decidido.

- Mas, querido... – a mãe dela quis intervir, ele a olhou feio, e a mesma calou-se.

- Senhor, eu poderia estar namorando com ela escondido, mas eu preferi vir aqui fazer o certo, por favor!- Eu tentei intervir.

- Olhe rapaz... Me diga uma coisa. – eu fiz afirmativa com a cabeça.

- Sim, diga. – o dei espaço para prosseguir.

- O que você tem para dar a minha filha? – ele me olhou cerrando os olhos. Pensei um pouco.

- Nada ainda, Senhor. – falei desanimado.

- O que você faz da vida? – ele continuou o massacre.

- Estudo música e toco guitarra em uma banda. – ele riu sarcástico.

- Eu quero que minha filha estude, rapaz! Não que viva uma vida boemia como os músicos vivem. – ele me alfinetou.

- Senhor, com todo respeito, não vivo nenhum tipo de boêmia. E concordo com o senhor em relação aos estudos da Michelle. – eu estava sendo sincero, ele me olhou assustado. Por um momento achei que não fosse mais falar nada.

- Michelle! – ele a chamou. Meu coração começou a palpitar, esse homem era imprevisível.

Pov. Michelle

Estava deitada em minha cama, ainda péssima pelo o que havia acontecido ontem, não sei como iria contar para o Brian. Eu não conseguia levantar. Mas, algo me deu um estalo. Fora o grito de papai, vindo lá de baixo. Levantei-me num pulo e desci o mais rápido de pude. Assim que desci as escadas vi Valary encolhida na mesma, a olhei sem entender. Quando reparei bem, Brian estava sentado ao lado do meu pai, meu Deus, quase desmaiei, meu Deus, senti o chão fora dos meus pés. Desci e acho que estava mais pálida que sou, pois mamãe me olhou preocupada. Tentei me manter firme, estava de frente para os dois, e de costas para mamãe.

- Conhece esse rapaz? – me pai perguntou sério.

- Ss-sim...- eu disse num fio de voz. Eu temia por mim e temia por Brian. Que apenas me fitava sério.

- Ele veio aqui pedir para namorar com você. – papai disse aparentemente calmo.

- Sim, Chelle. – Brian disse docemente, e eu quis mandar ele fugir o mais rápido que pudesse.

- Você gosta dele, filha? – papai suspirou pesadamente e me fitou.

- Eu o amo. – eu disse baixo, olhando para o chão. – vi que papai esfregou o rosto com uma mão, e suspirou mais uma vez pesadamente. Brian sorria.

- Eu também a amo, Senhor! – Brian disse, por fim.

- Eu já entendi. – meu pai falou, como se não houvesse o que fazer.

- Senhor... – Brian começou a falar, meu pai o olhou esperando.

- Eu sei que eu não tenho nada, não tenho bens e nem um emprego fixo, mas eu prometo crescer para dar tudo que sua filha merece. – ele estendeu a mão para o meu pai, que hesitou por um tempo, mas que no final, apertou sua mão, parecia preocupado.

- Bem, haverá regras. – ele disse.  E eu sabia, tava tudo muito bom.

- Sim, senhor. – Brian disse esperando ele as dizer.

- Nada de dormir juntos, nada de atrapalhar os estudos da Michelle e ... – ele hesitou e eu já temia.

- Nada de machucá-la! – ele finalizou suas regras, ufa, achei que seria pior.

- Com toda certeza, senhor! – Brian falou para indicar que havia entendido.

- Caso você a machuque, e ela prefira estar com você, a responsabilidade será dela. – papai falou me olhando, engoli seco. Brian balançou a cabeça em afirmativa. Até que, ouvimos um barulho do lado de fora, não sei o que houve, mas alguém levou um tombo feio. Brian riu baixo, e eu não entendi. Fui até a janela olhar e pensei alto:

- Matt! – exclamei, vi papai bater sua mão na testa.

- O que esse troglodita ta fazendo aqui? – papai falou meio bravo.

- Ele não é troglodita, pai! – Valary gritou da escada se levantando.

- Achei que não podia ficar pior! – papai esbravejou, Brian permanecia mudo, parecia uma estátua na poltrona.

- O senhor deixa a Michelle namorar, mas quando se trata de mim, nem meu namorado quer conhecer, né pai? – papai suspirou fundo.

- Mande ele entrar, Valary Reneé DiBenedetto. – papai falou sério. Gelei, o nome completo! Já Valy, nunca tinha medo. Mamãe abriu a porta, e Matt entrou, tirando umas folhas do cabelo, que provavelmente entraram lá quando ele tomou esse tombo. Brian olhou pro Matt e queria rir, levou a mão à boca e segurou o riso, eu o olhei repreendendo e ele parou. Matt estava totalmente sem graça.

- Então... – meu pai começou a falar.

- Boa noite, senhor! – Matt falou totalmente vermelho.

- Sim, moleque, prossiga. – meu pai o fitava.

- Eu gostaria de namorar sua filha... – papai o interrompeu.

- E você já não namora? – falou óbvio.

- Sim, senhor. – Matt estava absurdamente nervoso e sem graça.

- Desde a sexta série. – mamãe falou com risinhos.

- E eu gostaria de matar os dois por isso. – papai falou se mexendo agoniado em sua cadeira.

- Pai, que bobagem! – Valary disse revirando os olhos.

- Tudo pra você é bobagem. – papai disse a olhando.

- Eles se gostam muito, querido – mamãe interviu.

- Sei, sei...  por mais que fiz pra separar, né? Nunca adiantou. – papai bufou.

- Por que o senhor me detesta tanto, senhor? – Matt falou o observando.

- Quer que eu comece por onde? – papai disse segurando o queixo, Matt engoliu seco.

- Como assim, você tem uma lista? – Valary falou incrédula e brava.

- Natal de 89... – olhamos para papai sem entender.

- Quem foi que quebrou as luzes de natal de frente da minha casa? – papai o encarou e ele abaixou a cabeça sem graça.

- Fui eu, senhor. – Matt disse de cabeça baixa.

- Pai, você odeia o Matt por causa de luzinhas de natal?! Pai, fala sério!- Valary esbravejou. Ela estava em pé ao lado do Matt.

- Não, não, não, não, não! – papai a interrompeu.

- Verão de 90... Alguém arrancou minha caixa de correios, que ficava CHUMBADA NO CHÃO! – papai disse dando ênfase ao fim da frase. Brian deu uma risada abafada pelo nariz, todos o olhamos.

- Desculpa. – ele falou levantando as mãos em rendimento.

- Papai, por favor! – Valary revirou os olhos sem graça, o pobre do Matt parecia petrificado.

- Ainda não acabou. Ainda no verão de 90. Alguém chutou uma bola de futebol americano na minha lixeira, fazendo um amassado na mesma, deixando lá a marca da bola. – Valary queria interromper, mas papai não deixou.

- Verão de 91, quebraram minha vidraça com esta mesma bola de futebol americano, eu reclamei tanto com os seus pais, vivia tanto na sua porta, achavam que eu iria me mudar para lá. Aí o que a vida faz? Você resolve namorar minha filha, a mais problemática. – papai concluiu.

- Eu não sou problemática! – Valary esbravejou.

- Você Matthew, com todo este lindo histórico PELO BAIRRO, queria mesmo que eu não me preocupasse de você estar se juntando com a minha bela filha que xingava e chutava as outras crianças nas festinhas infantis com cinco anos de idade? Você dois juntos pra mim, são como uma bomba atômica. – papai disse como se fosse óbvio. Agora eu e Brian rimos.

- Nem ria, senhor Haner. Eu sei que você aprontava horrores com esse destruidor de tudo que vê pela frente, na escola. Sei que vocês estão na mesma banda, e que irônico que o destino é não é mesmo? – agora eu e Brian que engolimos seco.

- Senhor, eu mudei bastante. Me desculpe pelos estragos. – Matt disse o mais sincero que pôde.

- Como posso te desculpar, se você vem aqui em 99, e me quebra umas plantas do jardim! – papai o olhava cínico. Brian deu uma gargalhada, papai o olhou repreendendo, ele parou, Matt o olhava com raiva.

- Desculpe, senhor. – Matt disse novamente.

- Enfim, se minhas filhas fazem péssimas escolhas, eu não posso nada. Já são maior de idade que tomem conta de si. As regras são as mesmas.

- Que regras? – Valary perguntou.

- Vocês ouviram. – papai disse pegando seu jornal para voltar a se entreter.

- Obrigada, papai! – Valary o esmagou, amassando seu jornal.

- Sumam da minha frente. – ele esbravejou.

- E Matthew... Nada de quebrar mais nada. E Haner, estou de olhou. – papai disse dando fim a conversa. Saímos os quatro de lá. Apenas ficaram lá ele e mamãe.

Pov. Sra. DiBenedetto

- Querido! – eu disse o olhando ainda em pé. Ele abaixou o jornal e me encarou.

- Hum... – fez sinal para eu prosseguir.

- O Haner... me lembrou você. Meu marido suspirou.

- Sim. – disse frio.

- Lembrei de quando você não tinha nada e enfrentou meu pai. – afirmei sorridente lembrando.

- Por isso deu crédito a ele. – falou voltando a encarar seu jornal.

- Estou orgulhosa de você, querido. Nossas filhas estão crescendo. – eu olhei.

- Sim. – continuava frio.

- Eu sei que é difícil vê-las crescer. Pra mim, também é. – suspirei.

- É demais! – ele demonstrou tristeza, mas sem me fitar.

- Eles são bons meninos! – eu disse positiva.

- Logos esses dois... – ele disse e me olhou com um sorriso torto.

- A gente não escolhe por quem se apaixona querido.

- Eu sei. – eu o abracei, ele deitou sua cabeça em meu ombro e suspirou.

Nossas meninas haviam literalmente crescido, não era fácil para nós, vê-las voar. Mas, era necessário. 


Notas Finais


E aí, o que acharam?
O que será que nos aguarda?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...