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História Save me - Cap. 15


Escrita por: synystrona

Notas do Autor


Pessoal, cá estou eu me descupando com um cap ENORMEEEEEE!
Quem é cardíaco favor não ler, pois está sujeito a infarto hahahaha olha, eu não me responsabilizo.
Espero que gostem, eu esquevi com todoooo empenho do mundo, o note do meu sogro tava aqui, ele levou embora no meu do cap e mesmo assim eu continuei no meu pc lento, ufaaaa!
um xero, boa leitura.

Capítulo 15 - Cap. 15


Pov. Brian 

Estava tudo ficando mais difícil, eu fingia que não sentia falta dela e fingia que estava dando para levar a vida. A verdade é que eu sentia muita falta da gente. Tudo estava uma completa bosta. Não havia falado com ninguém desde que fui à casa dela e ela praticamente cuspiu na minha cara que estava bem sem mim, aquelas palavras foram como facadas. Mas, se eu precisava seguir, eu seguiria. Mesmo não sabendo como. Os pensamentos borbulhavam na minha cabeça e eu simplesmente tomado pela fúria de não conseguir controlá-los, levantei num pulo da cama e resolvi ir falar sobre o que estava sentindo com alguém, com a única pessoa que me entendia por completo. Eu respirava fundo a cada passo que dava, sentia vontade de fazer o caminho de volta para casa, mas eu já estava aqui, então iria. Bati à porta e mãe do Jimmy me atendeu, dona Bárbara sempre simpática. 

- Oi, Brian! Tudo bem? - ela estava sorridente e parecia feliz em me ver. 

- Olá, dona Bárbara. Estou sim e a senhora? - minha cara demostrava o quanto eu estava bem, suspeito que ela tenha notado. 

- Estou bem, veio atrás do Jimmy, certo? Pode entrar, ele está no quarto dele. - acenei com a cabeça que sim.  

Subi as escadas e fui em direção ao quarto do bonito.  

- E aí, mermão! - falei abrindo a porta sem bater. 

- Agradeço a educação, senhorita! - Jimmy disse com ironia. Respirei fundo sem nenhum pingo de humor. 

- A gente precisa conversar... - o fito sério. 

- Ih, quê que pegou dessa vez, mano?! - Jimmy me encarra com os olhos esbugalhados, ele estava sentado em sua cadeira perto de uma escrivaninha, eu me sentei em sua cama, respirando fundo mais uma vez. 

- Jimmy, eu sinto falta dela... - falei sem enrolação e automaticamente baixei a cabeça. 

- Eu preciso que você me conte algo novo, Brian. - Jimmy e eu nos olhamos assim que ele terminou de falar. 

- Sim... - ele me interrompeu. 

- Ela está com um babaca aí qualquer, e daí? Você acha que ela não sente sua falta?! - Jimmy parecia dizer o óbvio.  

- Bem, não foi isso que ela me disse. - eu falei seco. 

- O que merda ela disse? - ele me encarava sério.  

- Que tinha seguido a vida dela e estava bem sem mim. - lembrar das palavras dela me feriu tanto quanto, quando da primeira vez que as ouvi, eu não havia conversado disso com ninguém. 

- E você acreditou? - Jimmy gargalhou, eu o olhei confuso. 

- Porque eu não acreditaria? - meu humor parecia ter morrido e sido enterrado. 

- Ah, então foi por isso que você louco que nem um macaco, pulando janela e foi embora? - Jimmy ria mais ainda, eu apenas suspirei. 

- VOCÊ PULOU UMA JANELA DE PRIMEIRO ANDAR PORQUE ACREDITOU NUMA MENTIRA, BRIAN? - Jimmy continuava rindo e eu me sentia patético. Ele parou de rir quando viu que eu não começaria. 

- Não acho que a Michelle seja mentirosa. E além de tudo, esse cara estuda, é atleta, sem lá o quê... o pai dela deve amar ele... - Jimmy soltou uma risada abafada e eu não entendia a graça, fiquei olhando pra ele com minha melhor cara de cu. 

- Que papo de cuzão é esse, cara? ‘’Ain, vou deixar a Michelle ser feliz com esse cara, o príncipe encantado que agrada o sogrão’’ DEIXA DE FALAR BOSTA, BRIAN! - Jimmy agora parecia revoltado e eu olhava puto.  

- Cara, é apenas a realidade, mas se você não é capaz de entender, então deixa quieto. - falei seco e me levantei para ir embora, Jimmy me segurou e me jogou de volta na cama, eu estava totalmente de cara fechada.  

- Calma aí, senhor esquentadinho, vou te mostrar que você está errado. - apenas o encarrei ainda sério.  

- Lembra quando a Michelle disse a você que não se importava com você dois?  

- Claro que lembro. - eu o olhava confuso. 

- Brian, o que ela estava fazendo? - Jimmy esperou que eu entendesse o óbvio, pensei por alguns instantes e finalmente concluí. 

- Mentindo. - Jimmy estalou os dedos em minha direção como se nós tivéssemos a eletricidade. 

- E então... - ele esperou que eu fosse concluindo mais coisas. 

- Não estou para charadas hoje, meu caro. - eu ainda estava super mal humorado. 

- Meu querido, é o seguinte: você é fácil de enganar. - Jimmy me deu um sorrisinho sarcástico. 

- Te fode! - Jimmy deu uma risada e eu continuava com cara de poucos amigos. 

- Veja só, a Michelle é a mulher que você ama, certo? Então, tudo que venha dela pode te ferir ou te deixar muito feliz... - dessa vez foi minha vez de interromper. 

- Ela falou olhando nos meus olhos... 

- E da primeira vez que mentiu, olhou pro chão, por acaso? Brian deixa de ser babaca, aquele cara não deve nem provocar orgasmos nela, ele é um cuzão chato do caralho! - eu passei a mão na cabeça estressado. 

- Você acha que ela transou com ele? - eu disse puto ao imaginar isso, não tinha parado pra pensar na possibilidade.  

- Óbvio, Brian. Estão juntos já fazem uns meses, ou você queria que a Michelle se guardasse pra você pra sempre? - Jimmy acendeu um cigarro ainda sentado me olhando, eu fervia por dentro. 

- Não gosto de pensar na possibilidade... - travei minha mandíbula de ódio que sentia. 

- Relaxa, ele nem faz ela gozar, já disse. - Jimmy parecia sereno. 

- Como você tem tanta certeza disso, seu filho da puta!? - esbravejei. 

- Ei, calma lá. Veio na minha casa xingar minha mãezinha? - às vezes parecia impossível conversar com Jimmy sério. 

- Brian, é só olhar nos olhos da Michelle pra ver que ela é louca por você... Assim, como você é louco por ela. - Jimmy me encarou nos olhos como se fosse a coisa mais sensata que ele já houvesse dito e me olhava como se eu soubesse sobre.  

- Jimmy... - fui interrompido novamente. 

- Aquelas mulheres importam pra você? - fechei os olhos forte e Jimmy parecia ter penetrado minha alma. 

- Você sabe que não. - respondi sem coragem de o encarar. 

- O babaca não importa pra ela, não seja inseguro.  

- Eu não sei, cara. - eu pus a mão na cabeça em meio a minha confusão mental, eu achava, às vezes, que de fato, o cara estava fazendo ela feliz. Ele é o tipo de cara que o pai dela aprovaria, com toda certeza. Ela teria muito menos problemas sem mim. 

- A Michelle te ama, Brian!  

- Eu gostaria que isso fosse verdade.  

- Ela te perdoou quando você aparentemente pegou ela por causa de uma aposta, mano!  

- Eu só vacilo, mano.  

- Ela vai te perdoar. Quando o destino quer unir duas pessoas, nada pode impedir, Brian! Nada pode... - ficando ali nos encarando em silêncio. 

(...) 

Pov. Michelle 

Eu estava tentando seguir minha vida, teria de arcar com minhas escolhas, e a escolha chamava: Tyler. Não havia apresentado ele aos meus pais ainda e ele parecia cada dia mais chateado com isso, eu não me sentia preparada.  

A Valary hoje estava em casa, eu estava sentada em minha cama pensativa, em tudo que havia feito, escolhido, no dia com o Brian... Estava tão distraída que não a vi entrar no quarto falando comigo. Até que ela me sacudiu pelos ombros de um modo muito ‘’sutil’’ tal qual, Valary. 

- Ai, o que é? - eu resmunguei a olhando desnorteada. 

- Criatura, te chamei umas 300 vezes, tá drogada? - ela ria. 

- Que foi? - a olhei irirtada. 

- Michelle... - ela suspirou. 

- Oi, Valary! - eu disse meio impaciente. 

- O que tá pegando, tu tá aérea há um tempão, Michelle o que tá acontecendo?  

- Nada, nada Valy! - bufei sem paciência. 

- Nada? E tu tá com essa de cu, por nada? - Valary cruzou os braços em encarando. 

- Ai, Valary, para de me encher o saco. - bufo novamente e me deito virando de costas para ela, escuto a porta do quarto ser fechada e trancada, mas permaneço imóvel. 

- Pode me contando, eu nasci da mesma barriga que você, no mesmo dia e eu não saberia quando você não está bem? - sinto ela se sentar ao meu lado e ela começa a afagar meus cabelos caídos nos ombros, parte de mim quis chorar naquele mesmo instante, mas eu me contive. 

- Não é nada, eu já disse. - menti outra vez. 

- Michelle!!! - Valary me virou para ela, até eu encará-la, meus olhos estavam marejados. 

- Não é nada demais, não. - me segurei para as lágrimas não caírem. 

- Oh, Mich! Me conta, por favor. - Valy me abraçou da forma mais doce que conseguira. 

- Valary... porque eu não paro de amar o Brian nunca? - eu falei de uma vez por todas e Valary parecia não estar esperando por isso, pois arregalou os olhos. 

- Eu achei que você tivesse esquecido ele, nem que fosse por um tempo... - Valy agora havia colocado minha cabeça deitada em seu colo. 

- Não. - foi tudo que eu consegui dizer. 

- E o que você sente ainda, que te incomoda? - ela franzio o cenho tentando entender. 

- Falta dele. - disse tristonha. 

- Michelle, eu achei que você estivesse bem com esse tal de Tyler. - Valary realmente parecia estra confusa. 

- Ele e um cara legal...  

- Mas... não é o Brian, certo? - nos olhamos nos olhos. 

- Não é.  

- Mich, porque você começou a namorar esse cara?  

- Eu queria esquecer o Brian, seguir minha vida. O Tyler é legal, estudioso, simpático, bonito... eu achei que se eu seguisse minha vida com outro, eu superaria.  

- Mas não superou. 

- Eu sei. 

- Do que você sente falta? 

- De tudo. - eu ri pelo nariz, pensativa. 

- Tudo!? - Valary me olhou rindo. 

- Do cheiro de cigarro, das piadas sem graça, dele bêbado, ele cuidando de mim, do sexo... - baixei a cabeça quando mencionei o último item. 

- Hmmm, Mich, você chegou a ter algo a mais com esse Tyler? 

- Sim. - a olhei e ela estava me fitando. 

- E como foi? - Valy estava curiosa. 

- Ah, foi normal. 

- Normal? O que é um sexo normal? - Valary soltou uma risada. 

- Sei lá, não foi muito empolgante, pra ser sincera. 

- Ihhhh... - Valary levantou os braços brincando. 

- Sei lá, acho que me arrependi depois, mas eu já havia feito, né?  

- Porque se arrependeu, ele te machucou ou coisa do tipo? 

- Não, só que eu fui pelo impulso...Mas, não foi nada forçado. Eu só... 

- Eu só, o quê???  

- Eu acho que não tive muito tesão, sei lá. Eu transei com ele no dia que eu o Brian brigamos, aqui em casa. Eu estava com raiva, queria de todo jeito tirá-lo da mente, mas parece que foi pior.  

- Ai, Michelle! Não se transa com alguém com raiva da pessoa que se gosta, isso é uma bosta!  

- Agora eu sei. - nós duas rimos. 

- Ainda bem, né?  

- Foi muito estranho, ele queria que eu dormisse com ele, mas eu não quis. Ele ficou meio bolado, sei lá. - eu não estava muito certa das coisas, tudo parecia bem confuso. 

- E o que o Brian tanto tem pra você ter se encantado tanto? - Valary bateu no meu ombro querendo insinuar algo, e eu bati meu travesseiro nela, nós rimos.  

- Não sei, até hoje tô querendo saber. - eu dei de ombros. 

- Hmm, Brian gostosão, nunca imaginei. - gargalhamos. 

- Ah, é? E porque você acha que tem um turbilhão de mulher atrás dele?  

- Michelle! Um rockista que usa lápis de olho e pinta as unhas de preto, quem quer isso? - nós rimos mais alto ainda. 

- Ah, é? E seu ‘’armário’’ não é do mesmo jeito?  

- Tinha me esquecido! - rindo ainda mais. 

- Mas, sério... - Valary ficou séria. 

- O quê? 

- Você vai terminar com o Tyler, né!? - Valary afirmava, mais do que perguntava. 

- Não.  

- Como assim? 

- Valary, eu vou segurar as consequências, já fui longe demais, não posso magoar o garoto.  

- E você vai ficar com uma pessoa que não ama? - pra ela aquilo parecia absurdo, pra mim, eu teria de suportar.  

- Vou aprender a amá-lo, ele é uma cara legal. 

- Cê tá maluca? Estando com ele e pensando em outro? Michelle, você só vai se magoar. - ela me olhava incrédula. 

- Eu vou pensar no assunto, tá bom?  

- Pra mim, você terminaria agora mesmo. 

- Você às vezes parece que esquece tudo que Brian fez pra mim... 

- Não, eu não esqueço, mas é passado. PASSADO!  

- Ele apronta todas nessas viagens da banda e você quer que eu fique aqui, sendo a corna que recebe ele de braços abertos na volta? Voc~e tem muito mais tempo de acompanhar o Matt. 

- O que não significa, que ele nunca tenha aprontado... - arregalei meus olhos. 

- O QUÊ? - eu a olhei sem entender. 

- Eu não fui em todas as viagens... E quem me garante algo? Michelle, a única garantia que eu tenho é que ele me ama. E que é ele, ele é o certo pra mim e ele sabe que sou a pessoa certa pra ele. 

- Valary... 

- Michelle, são muitas mulheres em cima. O assédio das fãs. Todos já aprontaram ou você acha que o Brian é o único na história? Larga de ser boba, vocês se amam. Não se troca por uma mulher que não significa nada pra ele, não.  

- Mas, traição é traição. 

- Não é traição, se vocês fizerem um combinado... 

- COMO ASSIM? - arregalei ainda mais os olhos. 

- Combina com ele o que dá pra você e o que você considera inaceitável, tipo ele fica com outras, mas vocês estão juntos. Vocês sentem falta um do outro mesmo... 

- Valary, você tá maluca? 

- Não. Não estou, eu sei que independente de qualquer coisa, só eu estou no coração do Matt. E é isso que você precisa saber. 

- Eu não penso assim. 

- Então, continue com o Tyler. Case-se com ele, tenha filhos dele, um marido fiel... Mas, uma vida infeliz. - Valary me pegou em cheio. 

- A fidelidade é importante. 

- Não, a lealdade é. E independente, seu que meu coração é leal ao Matt como o dele a mim. 

- Eu não sou você, já conversamos sobre. Eu não sei lidar com essas coisas, e outra, as fãs me odeiam...  

- Mas, e o Brian? É isso que importa. 

- Valary, eu não sabia que o Matt ainda aprontava, você vai em quase todas... 

- Mas não em todas. 

- Sim, mas... 

- Pensa nisso. 

- Valary, você está fazendo traição parecer algo certo, eu não gosto disso... 

- Não falei que era certo, só disse que é uma coisa pela qual não vale a pena acabar uma relação que existe amor, e de verdade.  Valary saiu do quarto e minha cabeça parecia que explodiria em pensamentos. 

-Não era possível que ela pensasse dessa forma, mas algo na fala dela começou a fazer um pouco de sentido pra mim, apesar de eu estar relutante. Eu não me imaginava casada com o Tyler, nem construindo uma família, mas quando eu imaginava isso com o Brian parecia muito confortável. 

As horas foram passando e quando chegou o fim de tarde e início da noite, o Tyler me ligou me chamando pra ir à um bar na praia com ele, eu aceitei. Havia decidido que iria dar um fim nisso, e seria hoje. Mesmo que eu não voltasse com o Brian ou coisa do tipo, eu seguiria minha vida tentando ficar sem ninguém, focando em mim.  

Quando chegou perto do horário marcado, fui me arrumar, estava nervosa, mas era algo que devia ser feito. Por mim e pelo próprio Tyler, ele não podia ser enganado dessa forma. Eu também não devia me enganar, então estava decidida. 

Chegamos lá, nos sentamos, ele sempre sorridente e alegre por me ver. Eu estava meio tensa, e ele havia notado.  

- Está tudo bem, meu amor? - ele segurou meu rosto docemente para me olhar nos olhos e eu forcei um sorriso. 

- Sim, está. - tentei disfarçar. 

- Tem certeza? - ele estava desconfiado. 

- Sim, amor, porque não estaria? - eu indiquei uma mesa para que sentássemos. 

O Tyler começou a falar sobre alguns projetos que ele tinha na universidade e que ele pretendia morar fora de HB, queria ser jogador de beisebol profissional, e ele realmente era bom. Ele pretendia ir morar em Boston, pois achava que lá haveriam mais oportunidades. Gelei quando ele falou que gostaria muito que eu fosse com ele, e como eu estudava moda ele achava que eu teria uma brilhante carreira em NY, que era praticamente ao lado de Boston. Eu não soube o que dizer nesse momento. E depois dele ter afirmado tais vontades, eu não tive coragem de terminar. Decidi que faria isto outro dia, ficaria mais um pouco ali com ele e depois iria para casa, como eu queria ir para casa... 

Pov. Brian 

Meus pensamentos ainda eram invadidos pelas palavras de Jimmy, que droga! Tinha fumado um baseadinho e resolvi ir esfriar a cabeça na praia, dar uma caminhada. Coloquei alguns cigarros no bolso, junto com meu isqueiro. Sai em direção à praia que não era muito longe, meus pensamentos estavam distantes, andei um pouco e chegando lá, fui caminhando pela calçada, que ficava pouco antes da faixa de areia. Estava tudo tranquilo, até que eu reconheci a loira sentada em um dos bares da praia que ficavam na faixa da areia, não muito longe de onde eu estava. Ela não me viu, e eu me encostei em um coqueiro e fiquei observando a cena na minha ‘’frente’’. Eu sabia que era ela, eu a reconheceria em qualquer lugar. Ela estava linda, de cabelo solto, com um vestido confortável e de batom vermelho. Meu Deus, um cara se aproximou dela, eu não havia reparado que ela estava com alguém. Senti a raiva percorrer todo meu corpo, então esse era o babaca? Ele sentou junto dela e entregou a ela uma bebida, ele acariciou seu rosto e ela sorriu. Respirei fundo nesse momento e tentei não ir lá socá-lo, não por falta de vontade, mas eu a respeito e também respeito suas escolhas. Tudo estava muito difícil sem ela, mas ela parecia feliz, uma tristeza me invadiu depois desse pensamento... Eu teria de deixá-la seguir. Era o certo a ser feito. Eu decidi que iria embora, já havia visto o suficiente, mas não conseguia me mover. Fiquei ali e num movimento involuntário acendi um cigarro e continuei observando, a cada sorriso que ela dava com ele meu coração apertava. Aqueles sorrisos que um dia forma meus... Ele a beijou, e aquilo pareceu ser o fim pra mim, me sentia despedaçado. A Michelle não era mais minha, era de outro agora. Continuei ali, e mesmo quando estavam vindo em minha direção eu não conseguir me mover, quando eles passaram Michelle e eu nos olhamos, de uma forma tão intensa que, assim que eles passaram por mim ela virou a cabeça para olhar. A cena parecia estar em câmera lenta. Até que o namorado dela se sentiu incomodado, parou e veio tirar satisfação comigo. 

- Que é, mermão? Que tu tas olhando pra minha mina? - apenas fiz negativa com a cabeça, não queria confusão. 

- Vamos, Tyler! - Michelle segurava seu braço, assustada. Eu tinha vontade de arrancar ela dele. 

- Você conhece esse babaca? - ele gritava com ela, alterado. Meu ódio só aumentava. 

- Sim, nós estudamos juntos, mas só isso. Vamos embora, por favor! - Michelle implorava. 

- E porque você se virou para olhar pra ele? - ela franziu o cenho sem entender. 

- Cara, deixa ela em paz, fui eu quem olhei. - intervi. 

- Porque tu tava olhando pra ela cara? - ele se aproximou de mim mais ainda bravo e Michelle ficou entre a gente. 

- Calma, Tyler! - ela estava muito assustada. 

- Calma, nada! Esse babaca fica te secando e você acha que eu tenho que ter calma? - ele continuava a gritar com ela, meu sangue ferveu e eu dei um empurrão nele. Ele a empurrou pro lado e me socou, eu caí no chão com o nariz sangrando. Michelle saiu de perto dele e veio até mim. Ele a segurou pelo braço a puxando para irem embora. 

- Não vou, Tyler! Você o machucou, tá maluco? - Michele agora estava brava. 

- Vamos embora! - ele falava entredentes. 

- Não vou. - ela o encarou brava. Ele a puxou pelo braço mais uma vez e ela se soltou dele, quando ele foi pegar em seu braço novamente, ela o socou bem no meio da cara. Eu arregalei os olhos, segurando meu nariz que ainda sangrava. O tal garoto saiu furioso e sumiu da nossa vista, Michelle sacudiu a mão algumas vezes que parecia estar dolorida, acho que ela nunca havia socado alguém. Eu apenas a olhava, estava confuso, quando caí em mim, fiquei feliz pra cacete, ela havia me defendido. Bendito seja esse murro que eu levei, hahaha.  

- Você tá legal? - eu a questionei. 

- Tô. - ela finalmente se deu conta de que eu ainda estava ali, ela parecia ter saído de si e voltado, rapidamente. 

- Você tá legal? - ela veio em minha direção me ajudar. 

- Tá doendo um pouco. - eu quis rir, mas a dor não deixava. 

- Deixa eu ver. - ordenou. 

- E aí? - eu perguntei. 

- Acho que não quebrou, que sorte. - ela parecia aliviada. Eu apenas reparava em seus lindos olhos e sua boca tão perto de mim. 

- É, bravo aquele cara, né? 

- Babaca! - arregalei os olhos ao ouvir ela dizer exatamente o que eu pensava. 

- É...  

- Vamos lá pra casa, vou cuidar do seu nariz. - era tudo que eu queria ter ouvido.  

Seguimos para sua casa, chegando lá, Chris, Valary e minha ex-sogra ficaram assustados ao me ver sangrando, Michelle disse que depois explicaria e me levou para o seu quarto e de Valary. Ela indicou para que eu sentasse em sua cama, assim o fiz, Val entrou no quarto e Michelle disse que iria pegar a caixinha de primeiro socorros. Eis, que Val quis saber sobre o que acontecera. 

- O quê que pegou, Brian? - ela me olhava tentando entender. Eu a encarei. 

- Bem, eu tava observando sua irmã com o namoradinho esquentadinho dela, ele me viu, deu um chilique, foi babaca com ela, me deu um soco e ela o socou, pra resumir. - Valary arregalou os olhos. 

- Ela o quê? - eu ri de canto sarcástico. 

- Isso mesmo que você ouviu.  

- Inacreditável! - nesse momento Michelle entrou no quarto, me deu as recomendações para que pudesse fazer um curativo, ela me disse que havia chamado o médico que costumava atendê-los, mesmo eu dizendo que não precisava, ela disse que ele viria e ponto, ela estava bem mandona, eu que não iria discutir.  

O médico me examinou e tava tudo certo. Só fora um susto mesmo. Apenas me passou uns analgésicos para que a dor cessasse, e disse que eu não baixasse muito a cabeça para evitar novos sangramentos.  

- Bem, muito obrigada, Mich! Eu acho que já está na hora de eu ir... 

- De jeito nenhum! - ela esbravejou. 

- Hã? - a olhei perturbado. 

- Você não vai ficar sozinho cuidando desse nariz. - eu adorava ela mandona, sorri malicioso. 

- É? E eu vou dormir aonde? - eu disse com meu olhar safado. 

- Na cama da Valary!  

- Queê? - Valary berrou e por um momento, tínhamos esquecido que ela estava no quarto.  

- Você dorme na casa do Matt. - Michelle parecia ter encontrado a solução. 

- Minha filha você vai dormir com seu ex, aqui em casa, estando com outro? - Valary parecia confusa e eu também estava.  

- Mamãe e papai nem sabem que eu tô com o Tyler, na verdade acho que ainda pensam que eu me enrolo com o Brian.  

- O QUÊ? MENINA, ISSO SÓ PIORA! - Valary gargalhou. 

- Gente, eu ainda tô aqui. - eu tentei rir, mas doeu e eu fiz uma careta.  

- Brian! Fica quieto. - ela deu um tapa no meu braço, Valary riu mais ainda, ficamos em silêncio por alguns instantes. 

- Bom, eu vou dormir no Matt. - Valary se retirou e ficamos só nós dois. 

- Brian, vou preparar um banho pra você!  

- Ué, e o que eu vou vestir?  

- Tem algumas camisas suas aqui comigo, e eu acho que tem umas bermudas do Chris que cabem em você. 

- Michelle, não precisa, eu pra casa, vai ficar tudo bem, não quero arrumar mais problemas pra você. - ela me olhou com uma sobrancelha arqueada.  

- Eu não estou pedindo, Brian. - ela disse convicta. Engoli seco. 

- Tá bom. - dei de ombros, ela em direção ao banheiro e voltou para pegar algumas roupas depois, deixou a porta do seu guarda-roupa aberta e eu notei que tudo que era meu que havia ficado com ela ou que eu havia lhe dado, ainda estava lá, meu coração se aqueceu, Michelle ainda me amava. 

- Você ainda tem as coisas... - falei quando ela estava vindo em minha direção saindo do banheiro, ela abaixou sua cabeça para não me encarar. 

- É. - ela disse e eu sorri sem nem ligar mais pra dor. 

Eu tomei meu banho, vesti uma das minhas camisas que estavam com ela e uma bermuda de Chris. Descemos para jantar e todos estavam na mesa, menos Valary, e sim, incluindo seu pai. Dei boa noite a todos e me sentei. Comemos e só houve um momento no jantar meio tenso, quando seu pai perguntou se eu dormiria lá. 

- Ele vai dormir aqui? - questionou ele, sem nem tirar a cara da comida. 

- Vai. - Michelle afirmou desafiadora o olhando, ele parou de comer a olhou sério por um instante e tornou a sua tarefa anterior.  

Terminamos o jantar e subimos, ela me deu os analgésicos que o médico passou e eu apaguei, completamente relaxado. 

Pov. Michelle 

Meu Deus, o Brian dormindo comigo sendo meu ex, com meu atual namorando furioso comigo. Que ironia, eu ria sozinha. Estava sentada na janela do quarto observando a lua minguante, e às vezes, o olhava dormir. Ele era tão bonito, até mesmo babando, eu ria de mim mesma pensando essas coisas. Eu estava tranquila por tê-lo ali perto de mim, mas me apavorava o fato de que daqui há alguns dias ele partiria novamente. E ele estaria longe, sem eu saber por onde ele andava e com quem estaria, enquanto eu viveria uma vida alheia à dele. Um nó se formou em minha garganta ao pensar nisto. Respirei fundo e decidi aproveitar a sensação de tranquilidade, deitei e depois de ter rolado um pouco, dormi. 

Acordei, cerca de 6 da manhã, e o olhei, ele não estava na cama, levantei assustada. Olhei para todos os lados do quarto e meu coração se aliviou quando o vi sair do banheiro, ele coçou a cabeça sonolento, confuso. 

- Bom dia. - ele me olhava com a cara inchada, seu cabelo tava bagunçado e eu ri disso. 

- Bom dia! - eu falei rindo. 

- Qual é a graça? - ele me perguntava com ar de riso. 

- Você se olhou no espelho? - eu ainda ria. Ele se inclinou para ver em um espelho perto das nossas camas. 

- Meu cabelo... E o seu tá tão organizado, princesa disney. - ele disse irônico com a mão na cintura. Eu ri e estreitei os olhos em seguida, fingindo estar com raiva. Ele deu um sorriso lindo, e eu lembrei do quanto ele também me fazia bem. 

Me levantei e fui em direção ao banheiro. Fiz minha higiene matinal e arrumei meu cabelo e o prendi num rabo de cavalo. Voltei ao quarto e entreguei uma escova de dentes nova ao Brian e ele seguiu para o banheiro. Assim que ele voltara eu estava sentada em minha cama pensativa, ele sentou-se na cama de Valary onde ele dormira e ficamos nos encarando por alguns instantes. 

- Acho que nós precisamos conversar. - ele disse. 

- Talvez... - eu continuava pensativa. 

- Precisamos. - ele estava convicto. 

- Melhor evitarmos brigar, estamos tão bem... - eu o olhei distante. 

- Não quero brigar!  

- Tá bem... - ele se aproximou e sentou-se perto de mim em minha cama. 

- Chelle, eu sinto sua falta. Eu gostaria que você sentisse a minha também, mas se você quer seguir sua vida, eu vou respeitar. Eu quero que você saiba que é muito doloroso pra mim te ver me outros braços... mas eu quero que você seja feliz. - nos olhávamos nos olhos, meus olhos marejaram com sua fala, mas eu segurei as lágrimas. 

- Brian, eu não posso mentir eu também sinto sua falta... - não consegui encará-lo ao dizer isto. Ele segurou meu rosto delicadamente me fazendo voltar a olhá-lo nos olhos. Ele me deu um selinho longo e doce. Me afastei. 

- Brian, eu ainda tenho namorado. - o olhei triste. 

- Tudo bem. - no momento que ele ia sair de perto de mim em um impulso o puxei de volta e ficamos olho no olho.  

- Eu quero muito você. - ele sussurrou enquanto me observava. 

- Eu também quero. - eu sussurrei de volta. 

Ele me agarrou sem nem pensar uma vez, e eu permiti. Eu queria, não queria saber do Tyler, eu tava com saudade do meu Brian. Eu não pensei mais me nada, só fui. Eu poucos minutos eu estava a blusa do pijama e com os seios desnudos em sua frente. Brian abocanhou meu seio direito e apalpava o esquerdo suavemente, eu estava louca por ele, como em todas as outras vezes. Eu não conseguia entender o que ele tinha que me deixava assim. Ele tirou sua camisa rapidamente, batendo em seu curativo do nariz, o que o fez gemer de dor, nós paramos, eu olhei seu curativo e logo em seguida, estávamos nos pegando de novo. Quando notei ele estava só de cueca e eu de calcinha, ele retirou minha última peça e a sua também, decidi comandar dessa vez, subi em cima dele e mandei ver. Ele acariciava meus seios enquanto eu rebolava e me movimentava em seu membro, logo logo eu estaria chegando em meu ápice. Ele se contorcia de prazer embaixo de mim, gemia rouco e eu tentava intensificar o ritmo, pouco depois cheguei em meu ápice, mas não descansei até ele chegar no dele, quando ele chegou, cai em cima de seu peito ofegante e ele passou seus braços pelas minhas costas, ficamos um tempo ali, em silêncio, até recuperamos nossas respirações de modo normal. Nos olhamos e sorrimos, ele acariciou meu cabelo e me deu um beijo doce na pontinha do nariz, eu sorri largo como reação a este toque.  

- Eu te amo muito, Michelle! - ele disse sério e carinhoso. 

- Eu também te amo. - sorrimos juntos e ficamos em silêncio por alguns instantes. 

- Precisamos tomar café da manhã. - tornei a falar, olhei no relógio e já eram 7 da manhã. 

- Humrum. - ele concordou satisfeito.  

- Vamos tomar um banho, né? - olhei pra gente ainda pelados e suados, e rimos. 

- Sim, que tal se fosse juntos? - ele piscou e riu. 

- Pode ser. - concordei dando gosto à ele. 

Seguimos para o banho, Brian como sempre implicante me jogava água na cara e nós riamos, eu reclamava do barulho, e ele fazia:  

- Shiii! - com aquele ar de riso ridículo dele, o que me fazia rir mais ainda. 

- Brian, vamos acordar a casa toda, para com isso. - eu me fingia de séria. 

Terminamos o banho, vestimos nossas roupas e descemos, minha mãe já estava acordada, comemos com ela à mesa. Ela o tratou muito bem, conversaram bastante. Brian era muito falante, especificamente quando estava feliz e se tratava de senhoras. Conversaram sobre uns filmes aleatórios e eu só conseguia rir com tal interação entre os dois. Quando terminamos nosso café, nos sentamos no sofá e assistimos, era por volta das 8 e quarenta. Ouvi um batido na porta, mas não me toquei, minha mãe foi atender.  

- Michelle, tem um rapaz procurando por você, ele diz ser o seu namorado... - eu e Brian nos entreolhamos e minha mãe ficou super confusa. 

- Er... já vou atender, mãe! Depois eu explico, tá? Fica aí, por favor. -beijei a bochechada minha mãe, olhei pro Brian pedi para ele ficar quieto e fui até a porta.  

- Oi, Tyler... - por um momento eu havia esquecido completamente da existência dele.  

- Tá tudo bem? - ele me encarava confuso enquanto eu olhava pra dentro de casa. 

- Sim. - eu balancei a cabeça rápido várias vezes.  

- Michelle, você me perdoa? - ele estava com uma caixa de chocolate e um buquê de rosas vermelhas pequeno, eu não havia reparado. Fiquei boquiaberta. 

- Tyler, eu perdoo você, mas eu não posso aceitar. - fui firme. 

- Porque não pode? - ele me olhava com o cenho franzido. 

- Não dá mais pra gente. - eu estava decidida. 

- Michelle, você vai terminar comigo por causa daquela briga de ontem? - ele começou a se irritar. 

- Tyler, quando saímos eu já ia fazer isso... - ele se irritou mais ainda e subiu seu tom de voz. 

- Eu não acredito! O que tá acontecendo?  

- Nada. Eu não amo você como eu deveria amar.  

- Depois de quase um ano você decidiu notar isso? - ele falou sarcástico, quando notei Brian estava do meu lado e Tyler o viu. 

- Brian, vai pro sofá, por favor. - eu tentava contê-lo. 

- Ah, esse babaca tem a ver com nosso término, eu vou quebrar sua cara seu moleque escroto, pra aprender a não mexer com a mulher dos outros. - Tyler tentou empurrar a porta e eu segurei. Brian havia se irritado, mas estava mais calmo, ele via o quanto eu estava assustada. 

- Sua mulher? Ela NUNCA foi sua. - Brian estava calmo, mas naõa perdia a oportunidade de provocar. 

- Michelle, quem é esse desgraçado? Vou acabar com tua raça. - Tyler estava exaltado, e eu ainda segurava a porta. 

- O cara que eu amo, Tyler. O cara que eu nunca deixei de amar. - Tyler murchou na hora, Brian estava com uma cara de convencido. 

- Michelle... - Tyler estava arrasado. 

- Me desculpa, de verdade. - fui sincera. 

- Mas você me amava, não passou quase um ano comigo por nada... 

- Tyler, eu não deixei de pensar nele nem sequer um dia, eu sinto muito. 

- Eu não vou desistir de você, você tem algum sentimento por mim, eu sei. - Brian quis passar na minha frente nessa hora e eu o segurei, o olhei e ele estava vermelho de ciúme. 

- Bri, por favor... - eu disse quase sussurrando, ele me olhou e entrou novamente.  

- Michelle, eu não vou desistir de você, eu te amo, você é a mulher da minha vida! - Tyler implorava. 

- Me perdoa, mas infelizmente eu não posso te magoar e nem me magoar fingindo que você é o cara pra mim. Eu sinto muito, melhor você ir. 

- Eu te amo. - Tyler disse com os olhos cheios de lágrimas. 

- Me perdoa, eu espero que você seja feliz. - eu disse com pena. 

- Quando você ver que esse cara não é pra você, me liga. Eu sempre estarei aqui pra você. - me irritei e fechei a porta na cara dele, ainda haviam muitas coisas para explicar, para o Brian e para minha mãe...  


Notas Finais


E aí bbres? Que acharam? Sobreviveram? hahahaha <3


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