História Save me (camren) - She is my medicine

Bom aqui estou eu no fundo poço na reta final e a beira do fim também depois de tudo finalmente terei paz sossego algo que nunca consegui, quem sabe minha vida não toma um rumo melhor depois de tudo, pensei e repensei e sem duvida é a única saida, fui forte ou pelo menos fingi que era, tentei diversas vezes tentei ver o lado bom das coisa mas o problema é simples não tem, não existe e olha que procurei e não foi pouco e isso é necessário o único meio por mim encontrado de acabar se bem que já imaginava isso, e olha só, parece que acertei, to aqui agora, estou sentindo o vento batendo na minha face e meus cabelos esvoaçando na direção por ele soprada e os pés firmemente postos no concreto

Você não deve estar entendendo nada não é ?, é compreensivo, você deve está se perguntando quem é você ?, e diversas até milhares de outras dúvidas, calma vou te explicar, vamos primeiro pelos mais simples

Quem sou eu ?, meu nome é Lauren Michelle jauregui morgado, tenho 18 anos, sou alta de cabelos negros, pele pálida, lábios rosados e os olhos esverdeados, ja tem noção de como sou ?, ótimo, pela descrição pareço uma pessoa linda Não é, mas não, nunca fui, nunca me achei, nem eu, nem todos ao meu redor

Vamos começar contando o começo da minha engrandecente desgraça que como se não fosse o suficiente so tornou a ir aumentando mais de tantas acho que daria uma série com várias temporadas, um livro daqueles tão grossos que parece que são três, uma saga de filme que superava até a lançada por velozes e furiosos pra você que não conhece vou te dar o número 8, enfim é muitas e se ficar me queixando vou perder meu tempo em vão

Ok, deixa eu lembrar de tudo assim do começo sabe

Lembrei, hum tudo inicio desde antes da minha gravidez, nasci intersexual pra você que não tem conhecimento da uma pesquisada ou melhor vou explicar mesmo, na gravidez minha mãe sofreu complicações e eu nasci com órgão genital masculino em vês do feminino ou seja tenho um pênis, assim que descobriram na ultrassom meu papai tentou convencer minha mãe a tirar e ela não concordou a segunda tentativa foi força-lá ao aborto com remédios e coisa do tipo, que não deu solução a terceira e última ele entro em desespero agrediu - a e quase a matou fazendo ela cair da escada logo indo a o hospital para a cirurgia de emergência, eu nasci, sobrevivi mas clara não resistiu, me sinto culpada, veja eu mal cheguei ao mundo e já destruí uma vida e pior possivelmente da unica pessoa que me amou de verdade daí por diante o inferno começou, minha tia criou a mim bem mais só por um tempo ela aos poucos envelheceu e morreu pra proteger a mim quando ladrões invadiram a casa, tinha 6 anos, sem ter pra onde ir fui mandada pro orfanato

Flashback on

- o que faremos - dizia o agente responsável por colocar-me no orfanato

- eu não sei - disse a mulher e eu via tudo amedontrada os homens pondo minha tia num saco Preto e levando

- muito triste ela era o único parente vivo dessa criança

- as vezes esse trabalho é difícil, ela é apenas uma criança bonita e inocente sem conhecimento da crueldade que ocorreu, tão pequena tem a idade da minha filha

- é preciso - disse - ei meninha - estendeu a mão - venha - assim fiz

Flashback off

O que achavam ser minha salvação apenas destruiu a infância da pobre garotinha que eu era

Flashback on

- bom vinda ao orfanato - disse uma velha ranzinza é com cara de tédio - sua cama é aquela - apontou a beliche após apresentar o lugar completo

- obrigado - disse com mala em mãos

- vamos brincar garota - chamou uma menina de cabelos longos e castanhos, aparentemente latina

Nós divertimos e brincamos até cansar

- qual seu nome ? - perguntei a garota depois de encerrar as brincadeiras

- meu nome é cam...

- FILHA, VAMOS - chamou

- já mãe ?

- infelizmente mas você pode voltar depois

- ei por que ela vai embora ?

- ela não é daqui Lauren

- vou voltar pra casa é tenho que leva-lá - disse a mulher a agente que me trouxe

- ela vai voltar ?

- quando poder a trago

- tchau lolo - se despediu em abraços e acenou

- tchau camz - retribuiu

Flashback off

Até ai tudo bem nas minha vida tornou a desabar quando as crianças do orfanato descobriram a minha condição 

Flashback on

As crianças corriam por todos os lados, as garotas brincavam de bonecas, pulavam corda, dançavam os garotos Jogavam bola entretidos no esporte

- eh, licença - chamei, e tomai as atenções - eu posso brincar também - falei receiosa

Todos riram

- qual é a tua garota ? - disse uma menina

- é, sai pra lá - disse uma garoto e outros se prontificaram

- não, ninguém quer brincar com você sua esquisita

- some daqui estranha - me empurrou e cai na lama

Flashback off

É crianças podem ser muito cruéis quando querem acredite, tempos, anos depois meu pai surgiu das profundezas do inferno e ganho minha guarda pois provou ser meu pai legítimo e você deve imaginar que as coisas desandaram mais, acertou apanhei sucessivamente e fui espancada inúmeras vezes

Flashback on

Estava no meu quarto chorando e encolhida na posição fetal e de olhos fechados escutado os passos pesados

- lauren - chamou firme - LAUREN - gritou

E eu chorava mais parecia um filme de terror ou mesmo um pesadelo

- CADÊ VOCÊ GAROTA - aproximava - VENHA CÁ SUA PESTINHA, SUA MISERÁVEL

Só puxada pelos braços com força, o sangue nem circulava do aperto tamanho que dava e de certamente ficaria roxo

- QUANDO EU TE CHAMAR VOCÊ APARECE, OUVI ? - assenti - SE ESCONDER É PIOR - ele ficava ainda mais agressivo sobre efeito de álcool ou drogas, ele me bateu a te seu braço cansar, chorava e implorava para parar, com o corpo completamente dolorido - VÁ FAZER ALGUMA COISA SUA IMPRESTÁVEL - me jogou numa direção qualquer

Flashback off

A dor era muita não só corporal mas moral e psicológica pois meu pai não me via como filha no máximo como uma empregada ou mesmo um animal de estimação, sofri por anos e principalmente quando voltei a estudar

Flashback on

Entro no meio da multidão de estudantes se desepando pelos corredores com direções distintas e os barulhos de conversa, dos calçados que derrapavam no piso liso e dos armários sendo abertos ou fechados, e andava um pouco desengonçada e com pressa ajeitando os óculos e segurando os livros contra o tórax para que não caissem

- desculpe - disse ao me bater em uma garota

- tudo bem - disse levantando - quer ajuda ? - referiu-se ao amontoado de livros

- não precisa - respondi sincera e corando , não converso com muitas pessoas então isso acontece frequentemente quando tenho esse tipo de interação

- ah esqueci de me apresentar, me chamo Camila

- Lauren - disse cumprimentando ela - err... sinto muito mais eu preciso ir - não queria ser rude porém tenho que sair e rápido

- sem problemas eu entendo - saí olhando pros lados acelerando os passos

- olha só quem eu achei - "droga" ouvi a voz grossa atrás de mim

Me virei vendo os "famosos jogadores de futebol da escola" ou também os populares riquinhos e metidos típicos do estereótipo escolar, e lá estava eles shawn, Austin e o resto dos brutamontes

- vê se não é quem procurávamos rapazes - riu cínico

Mendes se aproximou derrubou os livros no chão

- ops caiu - riram - segurem ela - eles fizeram, prendeu meus braços - Não tem escapatória nerd - senti os socos no estômago e nas costelas sucessivamente e ele cansar sendo substituído por Austin

- minha vez de surrar a aberração - e continuou - ninguém gosta de você, faz um favor pra humanidade e morre - pegou os óculos e quebrou jogando ao chão - nós vemos de novo em breve, monstro

Agachei pelo piso atrás dos pedaços do objeto

- lauren ? - uma voz conhecida sooa "camila" pensei, instantaneamente levante e corri pra fora dos murros do Centro educacional

Cheguei em minha casa que se encontrava vazia, aposto que o demônio do Mike foi beber, como de costume subo as escadas, no banheiro vasculho as gavetas logo tendo a gilete em mãos e a vozinha interior sussurrando coisa como "vai, se corta", "será melhor pra aliviar ", "a dor sessara, ", rasgos os pulso forçando a lâmina a afundar, o líquido vermelho se faz presente pingando na pia e em filete escorrendo no ralo e junto a ele as gotas transparentes e salgadas, lágrimas, o soluço era o único som do imóvel, no espelho o reflexo vazio e triste e os pensamentos invadidos por ofensas, e os atos de seus agressores vagando sobre si e a decisão final "quero por fim nessa dor" "suicídio" a razão dispara firme e convicta

Flashback off

E aqui estou eu no último andar de prédio de mais ou menos 6 andares, no térreo dele pra ser exato, lá embaixo os carros e as pessoas tocavam suas vidas e o embaralhado de algumas se forma em frente do local, ótimo me notaram, mas não é atenção que quero, nestante a Polícia ou os bombeiros surguem...e foi só falar, por que simplesmente ignoram e fingem que não viram uma garota no Alto de um prédio prestes a se jogar, bando de curiosos e desocupados, argh tô demorando muito pra por o objetivo em ação, basta de enrolação

- ei garota pare - diz o homem fardado

- Não, pare você

- não faça isso

- por que dê 3 motivos convincentes

- pense...na sua família - chutou esperançoso, eu ri da tentativa falha, tolo acha que com isso mudará minha decisão ?

- pensaria se tivesse

- amigos 

- ninguém

- você não quer isso, pense em si, está se exaltando

- está enganado é o que desejo sim e tenho absoluta certeza as chances se esgotaram - respiro fundo pus um pé a frente pronta para desce-lo no ar ocasionando a queda

- ESPERA - "o que é agora?" escuto o grito da alguém correndo subindo os degraus de trás do oficial da lei surgi a Latina - calma lauren

- camila ? - Digo surpresa - o que faz aqui ?

- estou tentando te impedir de fazer uma loucura, por favor pare

- por que ?, é o único jeito

- não

- ninguém se importa comigo nem sentirá minha falta farei bem a mim e todos saíram ganhando

- Não, eu me importo, eu sentirei - a esse ponto ela já chorava, sinto a sensação ruim ao vê-la chorar

- POR QUE ? - pergunto em Voz alta tomada de desepero

- POR QUE EU TE AMO - grita

Arregalo os olhos com a declaração

- como ? - perguntei sem crenças de que fosse verdade

- eu te amo - confecou - desde de que te conheci, de pequena lolo -

"lolo" me recordo do apelido de criança, do qual uma garota havia me chamado, "camz ?" Relembro - nunca te esqueci, te procurei muito e o sentimento continuou a crescer conforme o tempo se adiava e tive certeza de que era algo verdadeiro, sua personalidade encantou-me e mesmo distante e disfarçadamente te observava e quando descobri ser você, Interessei mais ainda

- o que pode ter visto de bom em alguém como eu ?

- vejo em você o que poucos vem, a fofura, a forma que joga os cabelos, como cora fácil, os olhos ou melhor dizer as esmeraldas ?, são mais lindas que já vi, sua inteligência e timidez, sempre quis tirar o sorriso triste do seu rosto, você precisa de alguém que te entenda em vês de te julgar e culpa como se pedisse pra ser como é, precisa de alguém que possa novamente te fazer feliz e voltar a acreditar que amor existe e é real e farei isso, se me der uma chance ? - estendeu a mão

Eu só sabia chorar com as palavras ditas, devagar afastei os pés do parapeito, agarrei sua mão, e cai de ajoelhos no concreto da cobertura e ela acompanhou logo sou revestida com seus braços, prendei o rosto na curva do pescoço de camila que acariciava as mechas de meus cabelos demostrando total compreensão ao momento, ergui a cabeça e ela limpa as lágrimas com o polegar

- eu permito - disse com Voz embargada 

- o que ? - pergunta curiosa

- te dou essa chance - ela sorri

- sério ? - animada pergunta

- sim - ela eufórica acaba dando um selinho em mim

- desculpe - se arrepende do ato abaixa a visão "que fofa"

- pelo o que ? - recebo o olhar curioso e a cubana encara meus lábios - vai ficar só olhando ? - camz pareceu entender e em questão de segundos senti os lábios sedosos e macios dela

Rodeia com seu braço circulando meu pescoço saio do edifício junto a mila e os polícias nos escoltando dos flash e das pessoas da imprensa que lotavam a entrada

eu e camila nos demos muito bem e apaixonar foi inevitável como eu amo ela, nós namoramos e atualmente casamos, tivemos filhos lindos, que me orgulham muito

- lauren - grita camila

Opa a patroa ta chamando afasto a cadeira da mesa de madeira do escritório, deixando o computador e as folhas impressas lá mesmo

- oi amor - beijo

- aqui - entregou a xícara de café - como vai o livro ?

- obrigado - peguei o objeto de porcelana - bem to quase terminando - sim estou escrevendo um livro sobre minha vida 

- mama - ouço chamar e vejo meus dois tesouros me abraçarem com força

- oi meus anjinhos - beijei o topo de suas cabeças

- bom dia amores - disse a Latina - tomem café e vai pra escola pra não se atrasar - recebeu um ahh - sem ahh vão logo

É, essa é minha história, e com final feliz, o que posso dizer, que diria que tudo seria assim ?, estou casada com minha salvadora, camila, meu remédio, aquela curou e acabou com a tristeza que residia em mim, minha medicina, a mãe dos meus filhos e a mulher da minha vida