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História Save Me From Myself - Seis.


Escrita por: Carol_Trumper

Notas do Autor


Como eu sou mt legal, vou postar outro u.u Mentira que n sou legal e vou só postar pq demorei dms e.e KKK

Espero que gostem *O*

Boa Leitura.

Capítulo 6 - Seis.


Acordei sentindo alguma coisa pesada em volta de minha cintura. Tentei sair daquele aperto, mas em minhas costas alguma coisa estava encostada também. Virei à cabeça lentamente para o lado e vi que o que estava em volta de minha cintura era o braço de Tom, que estava com a cabeça apoiada em minhas costas também.

 

Arregalei os olhos e aos poucos as imagens da noite anterior invadiram minha cabeça novamente.

 

Tentei bloquear as imagens ruins, mas elas vinham junto com as boas, no mesmo momento. Via Thiago em cima de mim, mordendo-me e machucando-me, meu corpo totalmente invadido e meu psicológico devastado. Mas, logo após, pude ver como Tom cuidou de mim e de como enfrentou meu Tio. Sorri acariciando sua mão.

 

Tom se mexeu um pouco e acabou apertando-me mais contra seu corpo. Entrelacei nossos dedos e senti seu rosto com uma barba rala por fazer em minhas costas, causando-me arrepios. Sua respiração estava tranquila e quentinha, batendo contra minha pele, que estava coberta por sua camiseta.

 

Fiquei parado assim por bastante tempo, apenas sentindo o seu corpo perto do meu e sua mão junto a minha. Fiquei pensando em como as coisas estavam indo rápidas demais e de como nada daquilo estava parecendo-me precipitado. Certo, o conhecia a apenas algumas semanas e o conhecia pouco também, mas ele me conhecia como ninguém e entendia-me como ninguém. Ele me ajudou quando eu mais precisei.

 

–Está acordado faz tempo, pequeno? – Escutei uma voz preguiçosa falar e o rosto de Tom apoiar-se a curva entre meu ombro e meu pescoço.

 

–Não muito – Sussurrei envergonhado, encolhendo-me entre seus braços. Tom apertou-me entre eles.

 

–Dormiu bem? – Perguntou olhando-me nos olhos.

 

–Dormi sim. – Sorri para ele. – Você é uma boa companhia – Sussurrei vermelho.

 

–Digo o mesmo – Riu, pegando nos meus ombros e virando-me de frente para si. – Nós precisamos conversar – Falou seriamente.

 

–Não pode ser depois? – Perguntei fechando os olhos com força e apertando os seus braços. – Eu ainda não estou muito bem em relação a isso – Terminei tremendo levemente.

 

–Podemos falar sobre isso depois – Confortou-me puxando-me para seu peito.

 

–Obrigado – Passei a mão por seu peito e senti o calor que ela emanava.

 

–Não precisa agradecer – Riu, beijando minha testa. – Quer um café?

 

–Claro! – Respondi sorrindo largo.

 

–Vou fazer, espere-me aqui – Riu gostosamente e saiu do quarto, deixando-me ali.

 

Sentei na cama e quando fiz isso, senti um grande desconforto. Levantei rapidamente e tive que me segurar na cama, pois estava tonto. Fui caminhando até o banheiro e quando cheguei lá, tranquei a porta e me encostei-me à mesma, sentindo algo gelado em minhas costas. Fechei os olhos e sai dali. Não seria uma experiência boa me ver agora, digamos assim.

 

Fiz minhas necessidades ali, joguei uma água no rosto e sai dali. Tom já estava sentado na cama, com duas canecas grandes de café em suas mãos. Sentei na cama, ao seu lado, e peguei uma caneca, sentindo o calor de a xícara espalhar-se por todo meu corpo. Tomei um gole e sorri inconscientemente.

 

–Renovador, não? – Tom quebrou o silêncio.

 

–Totalmente – Concordei logo após tomar outro gole.

 

Ficamos novamente em silêncio e eu fiquei encarando Tom, pensando em como seriam as cosias depois de tudo isso. Como ficariam minhas consultas? Com quem eu desabafaria cotando que estava apaixonado por ele sem ser para ele? Eu não sabia e por Deus, aquilo estava se tornando sufocante.

 

Eu não queria perder, de qualquer maneira, Tom.

 

–Tom, sobre ontem, eu queria te agradecer – Disse deixando minha xícara – agora vazia -, em cima do criado mudo. – Eu realmente não sei o que teriam feito comigo se você não tivesse aparecido. Desculpe-me – Disse olhando para baixo, sentindo meu rosto ficar mais vermelho que o normal.

 

–O que eu disse sobre isso? – Tom perguntou, sentando um pouco mais perto de mim. – Você não precisa agradecer, Bill. Eu fiz isso ontem e faria mais quantas vezes precisasse. Eu me importo com você. – Disse pegando minha mão e fazendo um carinho nela.

 

–Mas mesmo assim Tom – Disse olhando-o. – Eu não gosto de incomodar, você sabe – Disse frisando as palavras. – Na verdade, eu não estou acostumado com ninguém se preocupando comigo. Nem cuidando de mim. E, de verdade, você não precisa fazer tudo isso apenas porque eu sou assim.

 

–Assim como? – Tom desafiou-me, sem nunca deixar de fazer carinho em minha mão.

 

–Cheio de problemas, estranho, que é estuprado, que perdeu toda a família e que tem que ir a um psicólogo porque não consegue resolver seus problemas sozinho – Disse com amargura, levantando da cama e parando em frente da janela, observando o dia nublado que se formava lá fora.

 

–Bill, como você pode ser tão teimoso assim? – Perguntou levantando da cama também e parando atrás de mim na janela. – Eu não cuido de você por pena, já disse isso. Eu cuido e preocupo-me porque eu gosto de você – Disse passando as mãos por meus braços nus. – Eu nunca me senti assim em relação a ninguém, entende? – Disse com um pouco de dificuldade e eu pude perceber como ele lutava com as palavras. – Eu nunca senti meu coração bater tão rápido assim quando abraço alguém – Sussurrou em meu ouvido, abraçando-me. Senti seu coração bater fortemente contra meu ombro e corei. – Nunca fiquei tão arrepiado apenas com um toque – Continuou, agora pegando meus dedos e passando por seu braço, fazendo seus pelinhos se eriçarem. – Eu nunca, em toda minha vida, quis proteger alguém como eu quero proteger você – Abraçou-me mais e eu pude sentir as lágrimas escorrerem por meu rosto. – E sabe, dói quando você duvida do que eu sinto – Virou-me para si, pegando meu rosto entre suas mãos e secando minhas lágrimas com seus polegares.

 

–Eu não duvido do que você sente, eu apenas tenho medo, receio – Falei de olhos fechados, sussurrando. Era melhor falar não olhando para seus olhos que me perturbavam. – Mas, como eu disse, eu apenas não estou acostumado com isso. Eu não me lembro da última vez que me senti, como se o mundo todo tivesse desaparecido. Eu estou desacostumado a amar. Tenho medo de machucar você – Terminei suspirando, sentindo lábios em minha testa.

 

–Você não precisa ter medo, meu menino. Eu estou aqui, não estou? – Assenti, olhando com meus olhos chorosos para os seus que estavam prestativos.

 

–Eu não estou pronto – Confessei sentindo meu rosto esquentar. Era a primeira vez que eu duvidava do que deveria fazer.

 

–Eu sei que não está, magrelo – Disse rindo levemente. – Não estou te pedindo em casamento. Estou apenas pedindo para que você deixe-me cuidar de você – Terminou com seus olhos risonhos.

 

–Você não vai desistir, não é? – Perguntei revirando os olhos assim que Tom sorriu sapeca. – Tudo bem, pode cuidar de mim – Disse sentindo-me um idiota. – Mas não me trate como um bebê ou algo parecido – Bufei, abraçando seu pescoço e rindo.

 

–Você é o meu bebê – Frisou as palavras, apertando minha cintura.

 

–Eu não sou seu – Respondi seriamente.

 

–Tudo bem, senhor mandão. O que quer fazer agora? – Perguntou soltando-me.

 

–Queria tomar um banho. – Falei olhando para baixo. – Eu estou dolorido.

 

Tom apenas assentiu e pegou minha mão, levando-me para o banheiro. Quando entramos, fechou a porta e tirou sua camiseta que estava em mim. Olhou para meu corpo e passou suas mãos quentes e grandes por todo meu tronco, repetindo o gesto da noite anterior. Tocou todos os meus hematomas e eu apenas respirava fundo, deixando as lágrimas caírem por meu rosto.

 

Tocou meus ombros levemente e eu pude sentir seu corpo se aproximando. Abraçou-me e eu tremi, sentindo as mãos ásperas de Thiago em meu corpo. Pude sentir suas mordidas e suas lambidas, seus apertos e suas selvagerias. Tremi nos braços de Tom e ele apertou-me, sussurrando que estava tudo bem. Que era ele que estava ali e que nunca me machucaria.

 

Consegui relaxar e Tom continuou tocando-me. Passou as mãos pelos meus cabelos e fez um carinho suave. Abri meus olhos quando senti seus lábios em minha testa, depois de minha bochecha, seguindo para a outra depois. Beijou meu queixo e encostou sua testa na minha, fazendo nossos narizes se roçarem. Ficamos assim, nos encarando por longos minutos, até que ele se aproximou mais um pouco e eu assenti, sabendo o que viria a seguir.

 

Encostou nossos lábios e olhou em meus olhos, ficando assim, parado. Sentir seus lábios grossos e quentes contra os meus finos e frios fazia com que todo o medo, toda a dor, virasse nada. Era quase como dormir. Era relaxante, anestesiante e gostoso. Ficamos assim por alguns minutos, até que Tom se afastou, fazendo-me soltar um gemido de desaprovação. Ele riu e foi até a ducha e a ligou, deixando a temperatura realmente agradável para aquele começo de manhã frio.

 

Caminhei até ele e entrei no Box, ficando em um canto onde não pegava água. Olhei suplicante para Tom e senti falta de seus braços em volta de meu corpo. Peguei sua mão e o puxei, fazendo-me olhar confuso.

 

–Vem – Sussurrei.

 

Tom atendeu meu pedido de imediato e tirou sua camiseta, depois sua calça e sua meia. Ficou apenas de Boxer e entrou no chuveiro, pegando minhas mãos e puxando meu corpo de encontro ao seu. O abracei e senti um arrepio forte correr por todo meu corpo. Entramos embaixo da água e ficamos assim, apenas curtindo o momento. Aquilo não era excitante, muito menos malicioso. Podia sentir nos toques de Tom tudo o que um dia procurei em alguém. Amor.

 

Tom pegou o sabonete e começou a passar por minhas costas, deixando-me ensaboado. Lavou-me e eu fiz o mesmo com ele, tendo o prazer de poder sentir seu corpo rijo embaixo de minhas mãos.

 

–Obrigado – Sussurrei em seu pescoço, sentindo a água bater contra nossas cabeças e escorrer por nossos corpos.

 

–Não precisa agradecer, eu já disse – Apertou seus braços em torno de minha cintura.

 

–Preciso sim. – Continuei, não o deixando me interromper. – Você me salvou ontem, sabia? Se não tivesse aparecido lá, sabe-se Deus o que aqueles dois teriam feito. Você viu o tamanho deles, sabe que apenas com um soco eu apago e acordo apenas no outro dia – Falei rindo amargamente. – Você cuidou de mim e sim, eu sei que minha reação não foi das melhores, porque eu passo por isso quase todas as noites, então deveria estar acostumado. Mas, mesmo assim, você foi o meu herói. Eu nunca pensei que meu psicólogo fosse ser tão importante assim para mim. Se soubesse, não teria relutado tanto em ir – Falei olhando em seu rosto e beijando seu nariz.

 

–Eu te juro, pequeno, eu nunca mais vou os deixar fazerem nada contra você. – Tom disse apertando-me contra seus braços. – E nossa, você não queria ir consultar-se comigo? – Perguntou em um falso tom de decepção. – Assim você me magoa – Disse fazendo um bico e rindo logo em seguida.

 

Ficamos mais alguns minutos no banho e apenas saímos quando minha pele começou a enrugar. Saímos e Tom embrulhou-me na toalha, fazendo o mesmo em si. Caminhamos até o quarto e ele entregou-me uma box preta, um pouco menor da que pegou para si. A coloquei e pude ver quando Tom pegou uma camiseta e uma calça preta e as jogou em minha direção. As coloquei também e claro, ficaram grandes, mas nada que não pudesse suportar.

 

–Eu tenho que ir para casa – Disse depois que nós no vestimos.

 

–Mesmo? – Perguntou-me triste. – Podia ficar aqui por mais uns dias, não? – Supôs, com os olhos brilhando.

 

–Eu queria mesmo ficar aqui, mas eu realmente não posso – Suspirei cansado.

 

–Mesmo, mesmo? – Perguntou fazendo um bico. – Sabe que depois do que eu disse para o seu Tio ele não ousaria me enfrentar, não é? – Sorriu sapeca.

 

–Eu sei – Ri com ele. – Bom talvez, eu posso ficar aqui, quem sabe. – Disse fazendo um suspense totalmente desnecessário.

 

–Ui, tem algum compromisso para essa tarde, senhor? – Perguntou vindo em minha direção e deitando em cima de mim.

 

–Acho que não – Sorri para ele, saindo de seu aperto e correndo porta afora.

 

Aquela tarde, com toda a certeza, seria uma das melhores de toda minha vida.

 


Notas Finais


E ae? Comentem, tá? Juro que n vou mais demorar tanto assim *O*


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