— Namjoon? O que faz aqui? — Jin franziu o cenho ao ver o amigo adentrar a igreja.
— Preciso da sua ajuda.
— Claro, diga. O que for.
— Jungkook está estranho. — Disse suspirando sentando-se em um dos bancos de madeira escura. — Sabe que eu não acredito nessas coisas mas estou com medo do que vem acontecendo, e tudo isso depois que Jungkook resolveu jogar aquele estupido jogo com seus amigos.
— Desculpe, não compreendo. Me explica direito por favor.
Jin franziu o cenho curioso e sentou-se ao lado de Namjoon.
— Jungkook comprou um tabuleiro ouija. — Disse o homem. — Eu não sei mais o que está acontecendo com ele, não entendo.
— Como ele está?
— Ele faz coisas estranhas. O vejo andar pela casa de madrugada, ouço ele falar algumas coisas estranhas. Ontem a noite quando desci na cozinha, Jungkook estava em frente a geladeira, comendo carne crua. Jin me explica o que ta acontecendo! — Pediu.
— E-eu não sei.
— Visite-o. Por favor. Eu estou com medo.
[...]
De frente ao padre Seokjin, Jungkook ria. O chamava de patético. Ele estava amarrado em sua cama. Namjoon avisou que era mais seguro não só para Jin e ele, mas também para o próprio Jungkook que arranhava seus braços frequentemente.
— Você pensa que não por ser um padre de merda, mas você vai pro inferno! — Kook gargalhava sem motivo. — Você vai queimar no inferno comigo!
— Jungkook!
— Sabe que é verdade padre Seokjin. — Sorriu cínico. — Afinal, padres não deveriam se masturbar pensando em seus melhores amigos, ou deveriam?
— Jeon Jungkook!
Namjoon havia cansado de gritar então puxou seu amigo para fora do quarto e então respirou fundo. O padre estava pouco atordoado.
— Desculpe, ele... Não sabe o que diz.
— Entendo. — Respondeu Jin. — Eu não acho que deveria leva-lo a um hospital. Isso não é normal, você sabe, e por isso me procurou.
— E o que quer que eu faça? — Exclamou Namjoon.
— Eu sugiro... Aish. — Suspirou. — Um exorcismo.
— Mwo? — Grunhiu. — Jin isso é maluquice!
— Eu não sou médico, ele não está doente e não precisa de remédios. — Disse Seokjin sério. — Você me pediu ajuda, e eu estou aqui ajudando. Ele precisa de um exorcismo, você pode não aceitar agora, mas depois se as coisas piorarem não vou pedir a sua permissão, vou fazer o que precisa ser feito.
— Jin, eu...
— Diga-me logo a sua resposta.
— Eu concordo.
O mais velho assentiu com a cabeça e ajeitou sua postura.
— Eu volto aqui amanhã, trarei dois amigos que já fizeram isso, não são padres mas, vão ajudar. — Falou baixo.
— E quanto a Jungkook?
— Não fale com ele, não dê nada a ele além de água, e o deixe trancado no quarto onde está. O mínimo que você pode fazer por ele é jogar um pouco de água em seu rosto, somente. E quanto ao tabuleiro, encontre-o, vamos dar um fim nisso antes que as coisas piorem.
Após isto, Seokjin deixou a casa do amigo e foi diretamente a casa onde seus amigos moravam.
Namjoon não conseguia dormir. Ele estava encostado na porta do quarto do filho e o ouvia chorar pedindo para ser solto. Namjoon estava com medo.
— Pai! Pai! Por favor me tire daqui. Está doendo! — Jeon suplicava. — Pai! Eu sei que você está me ouvindo! Por que está fazendo isso comigo?
Namjoon levantou-se e foi ate a cozinha para molhar um pano. Ele retornou e entrou no quarto do mais novo e logo o viu deitado sobre a cama, preso as cordas. Seus braços e pernas estavam vermelhos, assim como os olhos do menino que ainda chorava.
— Pai...
— Me desculpe. — O mais velho se ajoelhou a frente da cama e escondeu seu rosto com suas mãos. A cena de seu filho, amarrado, machucado, depressivo, jamais sairá de sua cabeça. Sentia como se fosse sua culpa.
Tratou de engolir suas lágrimas e então levantou aproximando-se da cama de Jungkook. O menino não disse nada, apenas se permitiu sentir-se refrescado com o pano úmido em seu rosto.
— Estou com medo. — Ele disse baixo, quase inaudível.
— Eu também estou. — Namjoon o respondeu ainda limpando o rosto do menino logo depositando um selar na testa de Kook.
— Eu vou morrer? — Perguntou tristonho deixando cair mais algumas lágrimas por sua face.
— Não! Você não vai morrer!
Jungkook tombou sua cabeça para o lado e riu debochado.
— Mas você vai.
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