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História Say It - Jeon Jungkook - Capítulo 20


Escrita por: Camelias

Notas do Autor


Boa leitura anjinhos.

Capítulo 20 - Capítulo 20


 Capítulo 

 20 







 Algumas coisas mudaram. 











 Sabe a sensação de usar um entorpecente? Era como estar flutuando, oque eu sentia agora era a parte em que caiamos, o zumbido no ouvido, a visão embasada, e o quente do sangue escorrendo por minha testa. Mas o pior de tudo era a sensação de não saber oque estava acontecendo, não saber se estava inteira ou se tudo a minha volta estava inteiro. 

 Minha mente projetava duas sombras, subindo as escadas, era como se o golpe em nós fosse apenas para ter o caminho livre, e não para nós machucar. Sinto um toque quente em minha mão, fraco, mas perceptível. 

 - S/N? - meus ouvidos se regulam ao que estava acontecendo. 

 Parecia que eu estava novamente no dia do acidente. Era a mesma sensação. 

 - Merda. - ouvi seu praguejo. - Me responde. - um pequeno remexer em meus ombros me faz resmungar. 

 - Estou viva. - pude ouvir Jungkook soltar seu ar. Aliviado. 

 - Consegue se mexer? - talvez, mas doeria. 

 Com muito custo consigo levantar. Me sentar no chão, meus olhos percorrem toda a sala. A porta de vidro não existia mais, o abajur ao lado do sofá tinha virado pó, estilhaços jogas por todo canto, e tudo oque eu conseguia pensar era em quem eles eram. Jungkook tagarelava alguma coisa que eu não dava importância, quando finalmente meus olhos param nele, consigo ver que não é só a sala que está um caos. Ele tinha um corte grande na bochecha, e sua camisa branca tinha uma mancha vermelha na costela. Estava ferido. 

 - S/a? Ouviu oque eu disse? - perguntou me olhando atento. Neguei com a cabeça e ele suspirou mais uma vez. 

 - Eles subiram. Querem algo lá de cima. - me virei para ver as escadas. Tentei levantar, mas Jungkook me impediu. 

 - Onde você vai? - ele segurava meu braço. 

 - Ver oque eles querem. - Achei que isso era óbvio na situação em que estávamos. 

 - Não, nós vamos dar o fora. - falou convicto. - Vamos para a colônia. - ele se levantou me levando junto. 

 Ele só podia estar louco. Como iríamos fugir sabendo que tem dois estranhos no andar de cima da casa onde estávamos? E procuravam alguma coisa, eu sabia disso, não tinha outro motivo para estarem aqui. Não é como se eu fosse alguém corajoso, ou bom na desordem, mas não era para isso que treinamos todos esses dias? 

 - Eu não vou. - soltei meu braço do seu aperto. - Não vou deixar que entrem na minha casa, e façam oque quiserem. - me virei para as escadas. Logo o moreno apareceu na minha frente. 

 - Deixe eles, você tá machucada, ainda não sabe controlar a desordem direto. Vai por mim, eles são muito fortes. - era como se Jungkook conhecesse eles, como se soubesse de algo que eu não sabia. Mais uma vez. 

 Ouvimos passos mais pesados no andar de cima, e Jeon pareceu inquieto. Eu estava dividida, ele tinha razão, eu era fraca ainda, mas não poderia sair assim. Que tipo de pessoas seríamos se fugíssemos em todas as batalhas? 

 - Somos os guardiões. - dei dois passos à frente. - Não fugimos. Mesmo quando estamos em desvantagem. - ele fechou os olhos com força. 

 Passei por ele e fui até as escadas. Logo sinto a sua presença atrás de mim. A contra gosto, mas eu sabia que ele estava disposto a fazer oque fosse necessário para não deixá-los ir embora. A porta do quarto dos meus pais estavam aberta, e era possível ouvir duas vozes, conversando afobadas uma com a outra. 

  - Não está aqui! - a voz masculina dizia enraivecida. 

 - Como não? Tem que estar. - Foi a voz feminina que se manifestou. 

 Em segundos tudo ficou em silêncio. Perceberam a nossa presença. Meu coração disparou, o medo correu por todas as minhas veias, em cada gota de sangue. Senti o toque leve de Jungkook em meu ombro, o olhei e ele assentiu. Não estávamos prontos, mas agiríamos como se estivéssemos. Esse era o plano. 

 Entramos no quarto e os dois nos olharam imediatamente, a ruiva apertou as mãos, e o moreno ao seu lado trincou a mandíbula. Estavam irritados, acho que não contavam que acordaríamos tão rápido. O garoto tinha um pendrive nas mãos, e eu conhecia bem, era onde estava o vídeo do casamento dos meus pais. Vimos e revimos muitas vezes o conteúdo daquele pequeno objeto. 

 - Manda o seu irmão largar essa merda agora Celine. - Jungkook sibilou entre dentes. Então ele os conhecia. 

 - Não é hora de me mandar fazer algo Jeon. - talvez ele seja o motivo de sua irritação. 

 Então ela era a Celina. A garota com quem ele me confundiu na manhã em que acordamos na praia. Talvez ela fosse uma ex namorada, um possível namorada. 

 - E nem hora de defender a sua nova foda. - foi o garoto eu disse. E pude ver os olhos de Jungkook se tornarem vermelhos. 

 - Larga essa merda e daí daqui. - o pequeno sorriso no rosto do moreno alto foi o motivo do primeiro ataque de Jeon. 

 Uma pequena, mas letal, bola de fogo passou raspando entre o rosto dos dois irmãos. Fazendo o garoto se distanciar da irmã.

 - Ficou louco? - mas foi Celine quem se manifestou. 

 - Você ainda não me viu louco. - ela riu, e em segundos vi seus olhos ficarem da mesma cor que os de Jeon. 

 Eu sabia oque ela faria, apesar de ser experiente e forte, ela era lenta, mostrava onde atacaria segundos antes de fazer o golpe. Bem no canto do meu rosto, entre o meu e o de Jungkook, esquentaria o do moreno, mas queimaria o meu. Apesar de saber onde seu golpe acertaria, meu sistema não pensou em ativar a desordem, e sim em desviar. E foi oque eu fiz, desviei do seu ataque, e mesmo errando ela sorriu. 

 - A boneca é rápida. - Ela riu. E aquilo me estressou. 

 - Saia da minha casa. - o irmão dela deu de ombros. 

 - Claro, já temos oque queríamos. - ele passou pela irmão e veio na frente. 

 Com o mesmo sorriso no rosto que eu odiava que Jungkook fazia. E a sua prepotência foi a gota d’água para mim. Antes que ele passasse por nós, o fiz parar. Sua mente era fraca, fácil de entrar, livre de muralhas, eles não sabiam a minha desordem, e essa foi a minha deixa. 

 - Não tão fácil. - andei até ele e peguei o pendrive de sua mão. 

 - Oque pensa que está fazendo? - a ruiva veio até mim e segurou meu braço. - Uma laranja. - seus olhos se arregalam ao constatar minha desordem. 

 Logo o grito de dor sai de sua boca, ensurdecedor. Jungkook tinha a queimado, no ombro. A fazendo me soltar, não se dando por vencida ela tentou contra atacar, mas tinha sido pega de surpresa e isso a deixou vulnerável. Jungkook era sua vulnerabilidade, e isso o deu vantagem quando queimou seu cintura, ele fazia apenas ao toca-la. Seria assustador, e eu não tivesse uma pequena noção de que ele poderia ser mil vezes pior do que aquilo. 

 - Vai embora Celine. - ele disse a olhando de cima, e logo a garota passou por mim, deixei que seu irmão fosse com ela. 

 Ambos assustados, acho que mais impressionados por saber que eu era uma laranja. E eu sabia que não demoraria para que os outros, seja lá quem sejam o seu grupo, descobrissem sobre mim. E tudo viraria uma grande guerra silenciosa. 

 Engoli em seco com a pontada em minha cabeça. Molhado, eu ainda sangrava, e o esforço só piorava tudo. Senti o toque de Jungkook em meu ombro, e me afastei. 

 Eu ainda lembrava de suas palavras. 

 - Precisamos ir para a colônia. 

 Foi a única coisa que ele disse. Indiferente, como sempre costumava ser . 



 [...]



 A sala estava em um silêncio sepulcral. Enquanto Rose e Jimin fazia os curativos em mim e em Jungkook. Apesar das mãos delicadas de Rose, Jungkook ainda retorcia o nariz, em compensação Jimin tinha toques leves, quase imperceptíveis. Namjoon batia oboé no chão, eletrizado, Jisoo mantinha seu olhar em qualquer lugar da sala, pensativa. E Jin estava perto da janela, olhando o bosque, calculista. 

 - Oque faremos agora? - Taehyung se levantou do sofá. - Estão atacando, e sabem sobre ela. - Apontou para mim. 

 - Não faremos nada. - Namjoon tomou a frente. 

 - Como não? - Hoseok, sempre calmo, mas era óbvio sua preocupação. - Se quisessem, poderiam ter matado os matado. Sabemos que eles levaram sorte. - ele se referia a mim e a Jungkook. 

 - Jungkook é experiente, e S/N é forte. Garanto que não seria tão fácil assim. - Jisoo voltou seu olhada para o dourado. 

 - E você acha que eles estão preparados para enfrentar os rebeldes? - Olho no olho. Faíscas não olhos de ambos eram visíveis. 

 - Não faremos nada. - Jin se voltou para nós. - Se atacarmos sem motivo iniciaremos uma guerra. E eles não foram lá para isso. - andou até o centro da sala. 

 - Nada garante que não estão se preparando para atacar. - Yoongi estava com os braços cruzados, mas seus olhos reluziam o vermelho. 

 - Não disse que não vamos nos preparar. Eu disse que não vamos atacar. - Um plano. Jin tinha um plano inteiro planejado nos mínimos detalhes. 

 Henry tinha acabado de chegar, segundo mamãe, Liana e papai ainda estavam fora de casa. Jin ligou para ele, que fez questão de nós questionar até o mínimo detalhe de como só dois eram e de como tudo aconteceu. Jungkook fez questão de ocultar algumas partes, ele era bom em não contar as coisas. 

 Basicamente o plano de Jin consistia em treinar e sai em busca informações, diferente de como vínhamos fazendo, agora cada um de nós iríamos atrás de respostas específicas, eu e Tae éramos peças chaves, trabalharíamos junto de um dos vermelhos, por sorte a minha dupla era Yoongi. Iríamos conseguir o máximo de informações que conseguíamos, de quem eram, quantos eram, oque planejavam, e oque sabiam. Outro ponto importante, nada de deixá-los ir embora, faríamos uma pequena investigação quando pegarmos um deles, não seriam reféns, mas nós dariam informações. 

 Logo Rose e Jimin terminam os curativos, os machucados foram maiores do que imaginávamos. Jin nos disse para dormimos ali aquela noite, e tudo oque eu queria era voltar para a minha casa. Não queria permanecer no mesmo lugar que Jungkook, sim estou chateada, não por sua indiferença em relação a suposta transa, mas por ele não ter contado. Mais uma vez ele toma decisões por nós dois, decisões que ele não tinha o direito de fazer. Isso me sufocava. 

 Estávamos bebados, ambos, não tínhamos consciência de nossas ações. E não sei se isso é errado, talvez seja, mas sei que se aconteceu foi porque ambos queriam, não éramos tão imprudentes assim, mesmo bebados. O fato de não me lembrar de nada daquela noite me nocauteia, e eu não queria perguntar a ele oque aconteceu. Porque não queria que ele descrevesse. Não seria confortável, não sóbrios. 

 Me pergunto se sua reação quanto acordou aquele dia foi porque se lembrava de tudo, talvez tenha sido, ou talvez não tenha sido nada de mais. Como ele fazia tudo parecer, apenas mais uma coisa sem significado. E algo em mim se remexia com isso, se incomodava com a ideia de não ser nada de mais para ele, quando claramente não era nada de mais para mim, ao mesmo tempo em que não era grande coisa. A ideia de estar gostando de Jungkook passa por minha mente, e isso me cega. 

 Eu não poderia me apaixonar por ele. Não era uma opção, não poderia ser real. Nunca seria real. 

 Por sorte todos foram dormir cedo, e a casa estava quieta, isso me ajudava a manter minha mente ficada no teto branco do quarto. Porque as mentes pensativas nos quartos ao lado faziam um barulho alto de mais, algo me chamou a atenção, um barulho diferente de uma das mentes. Como um chamado. Foi fácil deixar minha mente se conectar aquilo. 

 “Não sabia se daria certo.” 

 A voz que tanto eu queria esquecer por essa noite, estava agora na minha mente. Jungkook era persistente demais quando queria. 

 “Oque está fazendo?” Era impressionante como minha mente respondeu rápido de mais de uma maneira extremamente nova de comunicação. 

 “Taehyung me disse que em um dos livros dizia que descendentes conseguem se comunicar através de telepatia. É como um túnel de comunicação, mesmo se Tae entrar em sua mente agora ele não poderá nos ouvir. Somos apenas eu e você.” 

 Sua explicar faz sentido, porque era diferente, eu conseguia sentir seu corpo aquecido de baixo das cobertas, conseguia sentir sua mão passar pelo cabelo. Eu conseguia sentir mil sensações a mais do que apenas entrando em sua mente. 

 “ é diferente, e estranho.” Pude ouvir seu riso com a minha frase, e sentir seu peito estremecer com a risada. 

 “É estranho, mas interessante. É a nossa forma de comunicação, como um WhatsApp particular nosso.” Ele me fazia rir, e me fazia esquecer de tudo que me atormentava antes. 

 Inclusive sobre sua mentira. Acho que no fundo ele sabia que eu estava chateada com tudo aquilo, não era de seu feitio se comunicar. Talvez o silêncio tenha sido longo de mais, ou ele percebeu a sensação de confusão dentro de mim, e como sempre, a resposta nunca veio de forma clara.   

 “Eu quero ir aí.” Sua voz tinha desejo. E isso me intrigou. 

 “Não acho uma boa ideia. E não quero.” A minha já não tinha a mesma intenção que a sua. 

 E de novo o silêncio. Era como desligar a chamada. 

 “Não entendo as suas sensações.” Fechei meus olhos, não queria que ele entendesse. 

 “É porque não são suas. Então não deve entendê-las.” E assim eu desliguei o túnel. 

 Queira dormir, e sua voz na minha cabeça não era a melhor forma para isso. Não me importo se fui grossa, se ele tinha ou não entendido o recado, acho que era a primeira vez que eu me importava não me importando. Não estava em um bom dia, em muitos sentidos, e ele não estava ajudando, em muitos sentidos. 

 Ele tentou nos conectar de novo, então eu aprendi algo, tinha como bloqueá-lo no túnel, era só não me conectar ao barulho. E segundos depois da segunda tentativa ele parou, talvez tenha ido dormir, ou não, não era importante. Oque importava agora era eu, e meu sono, eu precisava dormir. Amanhã com certeza será um dia cheio, e cansativo. 



 [...]



 O fato de nenhum deles respeitarem as ordens mais básicas de Jin me irritava. As duplas eram pré-definas, e foram claras para todos, não tinha uma margem Lara troca, mas como sempre ele não entendiam o simples do básico. E aqui estamos nós, ambos de cara fechada dentro de seu carro, indo até uma lanchonete. Era para ser Yoongi aqui comigo, e não Jungkook. Taehyung me paga. 

 Teoricamente, dois dos rebeldes se encontrariam na lanchonete que ficava a cinco quilômetros da estrada principal, e nos teríamos que conseguir alguma informação. Aparentemente não era um lugar muito movimentado, então seria fácil saber quais eram as nossas opções. Minha cabeça ainda doía, e meu pé latejava, aparentemente eu o torci ontem, mas ainda conseguia nadar sem muitos impedimentos. 

 As duas mãos segurando firme no volante, isolais fixos na estrada, e a mandíbula marcada, Jungkook parecia uma cena de filme americano. E aquilo em deixou inquieta, ele também tinha sido pego de surpresa com a troca de duplas, possivelmente um plano ridículo de Taehyung para ficar com a tarefa mais fácil, observar o bosque. Mais uma vez, ele me paga. 

 Quando finalmente o carro de Jungkook estacionou em frente à lanchonete, pode perceber o porquê achar nossos alvos não seria um problema, havia duas únicas motos no estacionamento e um carro. Dentro do estabelecimento não estava diferente, tinha o total de sete pessoas lá dentro, isso seria bom, não chamaria tanto a atenção estar apenas nós dois lá dentro quando os rebeldes chegassem. Tão silencioso quanto o nosso trajeto até aqui, adentramos e escolhemos uma mesa, todas ficavam ao lado de uma janela, isso nos permitiria uma bolsa vista de quando alguém chegasse. Nos sentamos um pouco afastados da porta, mas o suficiente para que eu conseguisse entrar na mente de alguém se fosse preciso. 

 Segundos depois de nós sentarmos na mesa, uma garçonete, mais velha por volta de quarenta anos, veio nos atender, sorridente e alegre.

 - Olá, oque o casal gostaria de pedir? - ela tinha uma caneta e um bloquinho de papel na mão. 

 - Só um suco, por favor. - retribuo o sorriso dela. 

 - Pra’ mim também. - Com sua típica cada de antipatia ele responde. 

 Ela logo se retira, ainda sorrindo. Lutei contra a vontade de revirar os olhos com a atitude do mais velho. Custava ser educado e gentil com ela? Seu mau humor me irritava. 

 - Custava ser gentil? - Ele suspirou e me olhou com os braços cruzados. 

 - Da mesma forma que você foi ontem? - provocou. Revirei os olhos, ele conseguia ser inconveniente. - Poderia ter me respondido quanto te chamei pele segunda vez. - reclamou ele. 

 - Igual me respondeu quando perguntei se se lembrava de algo? - arqueei uma sobrancelha. 

 - São assuntos diferentes. - sibilou entre dentes. 

 - Não são, e você sabe disso. - ele apoiou os braços na mesa, se inclinando para frente. 

 - Oque isso ia mudar na sua vida? Foi um acontecimento isolado. - Olho no olho, isso estava se tornando comum. 

 - Tudo Jungkook. - A resposta saiu rápido da minha boca, ficamos em silêncio enquanto a garçonete deixava nossos pedidos. - Isolado ou não, você deveria ter me contado quando perguntei. - ele passou a mãos pelo rosto, e permaneceu em silêncio por alguns segundos. 

 - Quer saber os detalhes? - Sorriu pretensioso, e a minha cara foi o suficiente para que ele entendesse l recado. Suspirando ele se encostou no banco. - Não contei porque você vai lembrar, uma hora ou outra, e não vai mudar em nada na sua vida, assim como não mudou na minha. - Incisivo, como um corte cirúrgico. 

 Aquilo causou uma estranha sensação no meu estômago, parecia que ele estava se rasgando. Era ruim saber que termos transado não tinha sido nada para ele, não é como se eu esperasse que ele disse que mudou tudo, mas também ao era como se eu esperasse que não mudasse nada. Eu queria que, pelo menos, uma pequena coisa tivesse significado paga ele, talvez um carinho, uma consideração. Qualquer coisa seria melhor do que isso, do que nada. Acho que não estou acostumada a significar nada para as pessoas, e ser isso para ele me irritava. Irritava meu interior, me incomodava. 

 Eu permaneci em silêncio, acho que ambos sabíamos que não precisava mais ser dito algo, já tínhamos dito o suficiente por hoje, e talvez pelo resto da semana. Será que algum dia, alguém significou algo para Jungkook? Alguém foi mais do que uma transa, um beijo, um sorriso? Eu acho que não, pelo menos não lembro de velo com uma namorada, ou com alguém que chegasse perto disso. Quem sabe Celine se enquadre nesse quesito, ele pelo menos lembrava o nome dela no dia seguinte. E não sei se ele se lembraria do meu se não me conhecesse a tanto tempo. 

 Acho que finalmente as palavras de Taehyung começam a fazer sentido em minha mente. Talvez eu realmente esperasse mais de Jungkook, talvez eu esperasse algo. Acho que muita coisa mudou em mim em relação a ele. Olhar para aqueles olhos, não era a mesma coisa de antes, não tinha o mesmo significado e muito menos a mesma intensidade. Era maior, mais forte, mais puro, mas não era recíproco. E quando essa fixa começou a cair, minha animação caiu com ela. 

 Não seria real. Nunca seria. Porque não fomos programados para sermos isso, não fomos criados para sermos algo, para sermos um “nós”. 

 O vento frio que passou pela porta quando ela foi aberta chamou a nossa atenção, duas pessoas, jovens e bonitas. Escolheram a mesa mais afastada que tinha, e se sentaram de uma forma em que conseguíamos ver seus rostos. E o frio se fez presente em minha barriga, Jungkook logo voltou a sua atenção para mim e passou as mãos pelo cabelo, praguejado por constatar o mesmo que eu. 








 Loren e Austin. Juntos. E as possibilidades do que faziam ali eram enormes, e nenhuma delas me agradava.


Notas Finais


As emoções estão à flor da pele hoje.

E mais intensas do que eles só as que nos aguarda nos próximos capítulos.

Me contem oque acharam!

Espero que tenham gostado e desculpe os erros ortográficos. Se cuidem.


Bye bye 💋🤍


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