— Vem senão vamos nos atrasar. — Eu sorrio e ela enruga as sobrancelhas.
— Ah?
— Bem, estava nos meus planos a gente a foder mais tarde e não agora, se bem que sempre se pode repetir. — Eu rio com ela, que se levanta e se veste assim como eu.
— Vamos juntar… — Ela se inclina e eu puxo dela.
— Deixa ai. — Ela olha desconfiada, mas me segue. Eu praticamente tive que carregar ela durante todo o caminho até o fim da casa abandonada com o corpo dela a tremer de medo.
— Relaxa, babe.
Emily on
Relaxa, babe? Por acaso ele faz alguma idéia de que estamos em uma casa abandonada no meio do nada? Assim que saio pela porta, respiro fundo e ele me puxa até o caminho para o carro.
Quando nos sentamos suspiro aliviada. Não que eu seja o tipo de menina estúpida que não gosta de natureza. Só acho lugares abandonados meio… Assustadores?
— Aonde vamos?
— Pra sua casa. — Ele pisca o olho e eu continuo a estranhar, porém esse dia com o Zayn anda a ser tão maravilhoso que eu não quero o estragar por nada. A nossa conversa no terraço foi tão importante para mim, porque realmente conhecemos uma parte um do outro que a maioria das pessoas não conhece e sinto que agora não há mais segredos ou dúvidas entre nós.
— Obrigada pela tarde de hoje. Está a ser maravilhosa. — Ele sorri para mim, cruzando os nossos dedos.
— Aproveita porque é uma vez em meses que tu vai ter um encontro e que eu vou te deixar ficar por cima ou ser romântico. — Eu mostro a língua para ele, que para em uma sinaleira já perto da cidade e o carro do meu lado abre a porta rápido demais, batendo na minha porta. O Zayn assim que escuta o barulho gira a cabeça olhando para o vidro do meu lado e eu engulo um seco. Ele cerra os punhos estacionando na frente do carro assim que a sinaleira abre. Por que acho que ele vai esganar o motorista? — Tu, fica no carro. — Ele fala furioso e eu como nada obediente ,tiro o cinto saindo atrás dele.
Vejo um menino que provavelmente deve ser ou menor de idade ou tem 18 anos a olhar nervoso para o Zayn, e quando olha para mim suaviza.
— Zayn… — Chamo quando noto que ele fica mais furioso ainda.
— Além de arranhar meu carro, ainda olha pra minha namorada, foda-se. — O Zayn ia avançar nele e eu seguro o braço dele, que se solta. Ele se aproxima do menino bem próximo e cerra os olhos.
No momento não existia Zayn, somente Malik.
E parece que realmente alguém conseguiu estragar essa tarde que andava a ser boa demais.
— Vem aqui o filho da puta. — O Zayn segura o menino pelo braço com força desnecessária, puxando ele até o carro em que estávamos. — Ta vendo isso? — O Zayn chuta o joelho do menino, fazendo ele cair de joelho para frente da lateral do carro e ver um belo arranhão na pintura preta do carro.
—Eu… Desculpa, eu juro que…
— Tuas desculpas o cacete. — O Zayn solta o braço dele bruscamente, dando um passo pra trás e eu tento segurar a mão dele para acalmá-lo, se bem que nesse momento nada parecia dar certo.
— Olha cara… — O menino levanta agora com uma postura melhor e as pessoas na rua parecem não dar a mínima para o que estava a passar aqui.
— Cara o que? Sabe que vai pagar né? P arranhão e eu ainda posso te processar por danos morais, filho da puta! — Sério Malik? Danos morais?
— Cara eu sou só um estudante. To saindo do trabalho e vou pra aula, eu juro que a minha intenção não era arranhar o seu carro.
— Pois é, mas arranhou. — Eu tenho certeza que o carro do Zayn vale muito pra ele, mas somente pela vestimenta do menino já sei que ele não vai ter condições de pagar, e se pagar vai ser com muito sacrifício que podia usar em coisas para ele.
— Amor, talvez ele… — Ele me lança um olhar mortal, fazendo eu entender que o melhor para mim no momento era calar a boca.
— E o que eu tenho que haver com a tua vida de merda? — O Zayn cerra mais os punhos e a voz do menino falha antes de falar.
— Eu não tenho dinheiro para te pagar, olha o meu carro. — Ele aponta pro carro dele que parece ser usado e é bem simples, não vejo nada de mal nisso sendo que ele é um estudante e deve se sustentar sozinho.
— O problema não é meu. Eu vou chamar o seguro e tu vai pagar, nem que tu arranje o dinheiro limpando o chão com a língua filho da puta.
— Mas…
— Cala a porra da tua boca. Quem sabe assim tu não aprende a tomar mais cuidado com o que é dos outros? — Ele zoa, indo para longe e discando o número do seguro. Eu sorrio como desculpa para o menino, indo até o Zayn.
— Zayn, para… — Seguro o braço dele, que se vira furioso para mim.
— Zayn para? Tu deve ta brincando com a minha cara! Sabe, esse carro não foi nada barato Emily! Eu não sei ele, mas eu suei muito pra conseguir o dinheiro e comprar ele! Cuido dele como um filho e não vai ser esse marginal que vai simplesmente arranhar o meu bebê e sair sem nada. Filho da puta do caralho. — Ele bufa olhando para o menino com os olhos cerrados e o menino continua quieto a olhar para os próprios pés.
— Sabe você tem razão, mas pelo menos resolvam entre vocês! Se você colocar o seguro irão processar ele se ele não pagar.
— E quer que eu faça o que? Já te falei que tu é boa como o caralho pra todo mundo e te usam por isso Fields, tu não sabe quando uma pessoa quer tirar proveito da situação!
— Mas sei quando uma pessoa está a ser idiota! Zayn, abre os olhos e olha para ele! Ele é somente um estudante que trabalha para poder se sustentar ou algo do gênero.
— E o que eu tenho haver com isso? Ta defendendo esse fedelho? Puta que pariu né Emily! — Estou extremamente furiosa pela maneira que ele está a falar comigo, mas não irá levar a lugar nenhum eu discutir com ele de cabeça quente, então vou acalmá-lo e ele que me aguarde em casa.
— Não Malik, estou a tentar ser justa! Nada mais do que isso! — Bufo na esperança que ele perceba.
— VEM CÁ O PUTO. — O Zayn berra para o menino e olha para mim furioso. Espero que pelo menos ele me escute e não ponha a companhia de seguros no meio.
— Eu… — O menino vai falar e o Zayn para ele, levantando a mão.
— A tua sorte é que a minha namorada tem uma irritante mania de ficar me enchendo e tu se salvou. — Ele suspira olhando para mim como quem agradece e estica a mão para me cumprimentar. — Se tu aproximar mais essa mão dela, eu mesmo enfio toda ela dentro do teu cu e depois corto. — Ele fala tão sério que o menino deve ter dado uns 20 passos para trás.
— Como quer fazer?
— Tu tem 2 meses pra me pagar. — Eu cutuco ele pelo braço, que rola os olhos. — 4, e se atrasar um dia já sabe o que vai acontecer contigo. — O Zayn olha furioso para mão do menino, que entende.
— Eu… Meu número é… — Ele fala o número dele enquanto o meu querido e fofo namorado anota. — Pode me ligar, a cada mês eu dou 1 quarto do dinheiro pode ser? Porque vai sair bem cara.
— Eu vou pagar amanhã no concerto e tu vai pagar pra mim, e um segundo de atraso no pagamento tu vai ter juros.
— Juros? — O menino engole seco, olhando para o Malik.
— O juro por 1 segundo é pagar o triplo do preço normal, então é melhor não atrasar nada. — ele bufa me puxando pela mão depois de anotar o número do menino que se chama Eric e me coloca no carro, fechando a porta do pendura de seguida com muita força logo subindo no carro dando a partida sem se importar com os carros que estavam a vir.
— QUER NOS MATAR. — Ele simplesmente aperta o volante me ignorando. — Sabe, quando esta tudo sempre a ir muito bem eu me lembro que sempre vai acontecer algo pra você voltar a agir COMO O MESMO IDIOTA DE SEMPRE! — Ele para o carro na frente da minha casa, se virando para mim.
— EU SOU O IDIOTA? POR CAUSA DA PORRA DA TUA BOA EDUCAÇÃO EU VOU LEVAR 4 MESES PRA RECEBER O QUE IA RECEBER EM UM DIA EMILY! CARALHO, PARA DE PENSAR NOS OUTROS E COMEÇA A PENSAR EM MIM PORRA! — Ele berra e eu tremo toda, abrindo a porta e saindo do carro a tremer. — TU NÃO ME DEIXA FALANDO SOZINHO, CARALHO! — Ele fala vindo atrás de mim e eu entro rápido em casa prestes a fechar a porta, mas ele põem o pé.
— Sai.
— Não. — Ele fala sério demais e eu engulo seco, me virando com lágrimas nos olhos me preparando para ir para o meu quarto, quando vejo na sala de jantar uma mesa toda feita com velas e um garçom a… Nossa espera?
— Mas o que? — Seco algumas lágrimas olhando e vejo que tem rosas distribuídos pelo chão da sala de jantar indo até a escada e subindo os degraus. Malik. Me viro para ele ainda braba e assim que seus olhos encontram os meus, vejo que ele ainda está com raiva, mas muito provavelmente tinha organizado esse jantar desde cedo. — Meus pais e o Louis? — Pergunto olhando ainda para a mesa.
— Eles não vão passar a noite em casa, só pegaram o cachorro e mandei eles se mandarem. — Ele fala sério olhando para a parede atrás de mim e o garçom tosse. Eu caminho até a mesa e ele tira o meu casaquinho, fazendo ele receber um olhar tão furioso do Zayn que ele se afasta e eu termino sozinha de tirar o casaquinho me sentando na cadeira de frente para dele.
O garçom serve suco devido ao fato de eu não beber. Esse maldito tinha pensado em tudo. As pétalas estavam no chão e eu tiro minhas sandálias para as sentir com os meus pés. Sorrio para mim mesma com a sensação.
O garçom sai deixando só nós os dois e eu bufo olhando em tudo que parecia ser mais interessante do que falar com o Zayn, ou melhor, discutir. Depois de uns 5 minutos o garçom volta da cozinha com dois pratos. Camarão, bem Malik, pelo menos na comida acertou. Suspiro.
— Sabe, eu acho estúpido você ter programado tudo isso e nós os dois estarmos a nos ignorar, ainda mais da tarde de hoje. — Ele concorda, colocando um camarão na boca e eu espero ele falar algo, mas continua em silêncio.
— Pode ir embora. — O Zayn fala para o garçom, que cerra os olhos sem entender.
— Mas o senhor ainda tem a sobremesa na geladeira e...
— Sai. — O Zayn fala e o garçom atende, saindo porta a fora.
— Custava agradecer? Quando você quer, consegue ser bem idiota!
— Devo ter aprendido com a querida, não acha? — Ele cerra os olhos e eu rolo os meus, o provocando. — Tu sabe que eu odeio que me rolem os olhos.
— E eu não ligo. — Rolo eles de novo e ele se levanta, fazendo eu tremer .Ele segue até a cozinha e eu suspiro. Depois de uns 2 minutos ele volta com duas taças com mousse de chocolate e praticamente joga a minha na minha frente. — Obrigada. — Falo irônica e ele sorri da mesma maneira estúpida para mim. Mesmo quando tentamos ser um casal romântico estragamos tudo.
Como todo o doce devagar tentando enrolar mais para não termos que falar nada. Quando terminamos eu queria agradecer pelo jantar e por PARTE do dia, mas do jeito que estamos vou guardar as malditas desculpas para mim.
Depois de por tudo na cozinha e lavar enquanto ele estava sentado na sala no seu celular, eu sento na sala colocando no netflix. Ele rola os olhos apoiando as pernas na mesa e eu bufo procurando um filme quando vejo os recentemente adicionados.
— FROZEN! — Sai mais alto do que eu queria e mais animado também. Mas eu fui 7 vezes no cinema ver esse filme, eu amo o Olaf, meu personagem preferido!
— Tu me fez ver esse filme já 3 vezes online! E já sabe as falas, nem pensar. — Eu não escuto ele, colocando o filme e indo pegar algumas cobertas e me tapando. Ele levanta irritado e vai até a janela perto da porta, pegando os cigarros.
— Nessa casa não é para fumar, se quer é só sair. — Ele me olha sem acreditar e põem de volta no bolso se sentando do meu lado e fechando os olhos de seguida. Coloco o filme o ignorando e o olho todinho, chorando obviamente quando a Anna “morre", mas quando ela volta é a minha parte predileta!
— Sério que chorou nessa porra? — Ignoro o meu desejo de abraçar ele e chorar, logo suspiro e acabo levantando.
— Já está tarde. Obrigada pela janta e por essas lindas pétalas, mas acho melhor ir embora. — Ele ri me olhando incrédulo, o meu único desejo no momento é do corpo dele colado no meu.
— Eu não expulsei o Louis, o John e o teu pai… — Ele caminha até mim me encurralando na parede e colocando uma de suas mãos do meu lado, impedindo a minha saída.
— Expulsou eles por quê? — Mordo o meu lábio, tentando conter esse meu maldito desejo de o agarrar nesse momento.
— A gente nunca transou na tua cama, e eu to extremamente animado pra isso. — Ele cola os nossos lábios com violência e urgência e eu suspiro, mordendo os lábios dele com força suspirando ainda mais.
— Zayn… — Ele morde meu lábio e coloca sua língua na minha boca, invadindo todo o espaço lá existente. — Expulsou eles… Dizendo que… Faríamos sexo? — Ele morde o meu pescoço e eu gemo.
— Eu ainda to puto contigo. — Ele chupa minha pele e eu acabo por morder meus lábios.
— E eu estou furiosa com você. — Puxo de leve o cabelo dele, que geme em aprovação.
— Anda logo, babe. — Ele me pega pela bunda e pulo, colocando cada perna minha de lado na sua cintura quando ele anda comigo pelas pétalas escada a cima e eu atacava os seus lábios de uma vez só já os vendo inchados. Essa seria sem dúvida uma noite agitada e resolveríamos os nosso problemas como sempre da nossa maneira. Com sexo.
CONTINUA....
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