História Say Something ( Em correção ortográfica) - Go away.

— Emily, da para ir mais devagar? — Ignoro ele e os calafrios percorrem o meu corpo. Continuo andando na rua deserta, eu não aguento nem sequer olhar pra cara dele! Ainda não acredito que ele foi capaz! E aonde o Louis se meteu? Seu eu contasse ao meu pai e ao John o que aconteceu, tenho certeza que… Que ele ficaria sem as bolas dele! Logo depois eu chego em uma esquina qualquer e percebo que não fazia a mínima ideia de onde eu estava.

— Me perdi. — Saiu mais como um choro.

— Eu sei. — O inútil fala, fazendo eu me virar para ele, que continuava atrás de mim.

— Ainda aqui, Malik? — O ignoro e sigo na rua.

— É por aqui. — Ele segura o meu braço e dou um tapa no mesmo.

— Me solta! — Viro pro lado oposto e sigo até achar a minha casa.

— Em....

— Não. — Estou indo girar a maçaneta da porta, mas ele me puxa para trás

— O que quer que eu diga pra você não ficar chata como o caralho? O que eu tenho que fazer?

— O que você tem que fazer… — Eu rio. — Você tem que desaparecer da minha vida! Eu te odeio! Você não tem noção de quantas vezes já me machucou e eu não cheguei em Londres nem sequer á um mês! Vai por favor incomodar outra pessoa, porque sinceramente, eu acho que ser meia-irmã do Louis já é castigo mais do que suficiente.

— Eu…

— Desaparece! Eu nunca fui… — O nó na minha garganta aumentava e eu não sei por que motivo ridículo, mas o que eu mais queria fazer agora, era abraça-lo. — Eu nunca fui comparada a algo tão baixo como o que você fez comigo, eu não quero olhar para a sua cara, não quero ver você, não… Quero saber nada de você! — Eu crio coragem e olho pra ele, que até então estava boquiaberto, mas na mesma hora volta a sua postura de durão e cerra os punhos.

— Quer que eu desapareça? ESTÁ BEM ENTÃO! — Ele berra na minha cara e sai com passos firmes e fortes, eu só quero entrar e me jogar na minha cama. Abro a fechadura com os olhos já encharcados e assim que abro a porta suspiro de alívio por ver que todos já foram dormir. Solto os saltos no chão e subo correndo, travando a porta logo de seguida. Suspiro alto e respiro fundo, decido que uma única pessoa podia me ajudar agora, e não ligo para o fuso-horário ou na do gênero, eu pego o celular e ligo pra Bruna.

— Alô? — Ela fala com a voz de quem acabou de ser acordada.

— Br...runa.

—Oh meu Deus Emie, o que aconteceu?

— Eu… Ele… Ai… — Contei tudo pra ela a cerca dos últimos acontecimentos e ela me dá o conselho, ou melhor, manda que eu não fale com nenhum deles, porque eles só trarão coisas negativas para a minha vida, e eu acabo por concordar, porque desde que os conheci, a única coisa que sei fazer é chorar...

Acordo com o meu despertador irritante de sempre. Já se passaram dois dias do ocorrido e não preciso dizer que o Louis ficou batendo na minha porta dia e noite pra tentar falar comigo, o que eu não deixei acontecer. Fiquei trancada no quarto sem fazer absolutamente nada, sem ser tomar banho e dormir, e não estudei nada ou pratiquei algum instrumento ou nem sequer fui nadar. Estou me sentindo realmente culpada por isso, mas a minha vontade de sair era nula.

Após arrumar as minhas coisas para a aula, me apresso a sair pegando uma maçã e indo a pé para o colégio, depois de me perder 4 vezes e perder o primeiro período, eu chego. Mas nada disso é pior do que ter que estar trancada com o Louis dentro do carro.

— AONDE ESTAVA? PENSEI QUE TINHA SIDO ESTUPRADA OU SEI LÁ QUE PORRA! — Sinto o Louis me puxar e chamar a atenção das pessoas que caminham a nossa volta, para pegar seus materiais e se dirigirem á próxima aula, me solto lentamente dele e sigo andando.

— Não pode me ignorar pra sempre!

— Eu estou bem.

— O que? — Ele para na minha frente e eu dou o melhor sorriso que posso.

— Eu estou bem, foi infantilidade minha ter te ignorado, mas pelo que me lembre você disse que eu não era nada sua...

 —Emil...

— Por mais que você me odeie, estaria mesmo disposto a me deixar ir pra casa com o Josh?

— Eu não deixaria isso acontecer, caralho!

— Está bem, agora se me dá licença, tenho uma aula pra ir. — Continuo a andar e entro na aula em que o Malik, o Niall e o Harry estão sentados no fundo e me olham, mas eu logo me sento do lado da Laura, os ignorando.

— Aonde estava? Por que perdeu o primeiro período?

— Acabei caindo no sono. — Sorrio pra ela e presto atenção na professora de literatura, que nos conta sobre contos brasileiros, como já tinha visto, fiquei mais descansada, mas ainda sim focada na matéria. Ao longo da manhã eu não falei mais nada e só concordava com as meninas, sei que isso estava errado, mas ainda a idéia de que eles tinham me posto em uma aposta não me descia. — Tenho que ir para o castigo, meninas. — Só de pensar em estar sozinha com o Zayn em uma sala me dava calafrios por todo o corpo, e eu não sei se eram da maneira positiva ou negativa, mas não era algo normal.

— Ainda?

— Sim, não posso fazer nada.

— Sabe, o Malik foi um idiota por te botar nesse castigo.

— Na realidade eu que o botei primeiro. — Sorrio de leve.

— E quanto tempo mais? Precisamos sair ás compras! — A Laura exclama, o que me faz até rir.

— Ontem você gastou 500 euros naquela jaqueta nova! — A Manu sempre com o seu olhar reprovador, o que me faz pensar como duas meninas tão diferentes podem se dar tão bem, pelo que elas me disseram, elas se conhecem a uns 12 anos, e desde sempre foi assim.

— Não foi 500!

— 499, perdão. — A Manu pisca o olho e eu rio.

— Quanto tempo mais?

— É a última semana.

— Então na semana que vem nós vamos para o shopping! — Concordo, acenando e indo até a biblioteca, e para a minha felicidade, na frente da biblioteca encontro o meu companheiro de castigo aos beijos com uma menina de cabelos vermelhos, eu rio. Pelo visto ele não tem preferência por meninas, alta, baixa, peituda, bunduda ou até mesmo cor de cabelo. Ah, a não ser eu, que não faço o tipo dele.

— Te espero ás 4h. — Ela pisca o olho pra ele e vai embora, o mesmo que não sorri ou fala nada, só entra para a nossa querida hora de castigo.

 —Bom dia. — Digo a senhora do balcão e entro direto para as prateleiras do fundo, começando a organizar por ordem alfabética. O Zayn não trocou nenhuma palavra ou olhar comigo, ele parece mesmo ter seguido o que eu pedi pra ele e eu não sei se isso me deixa feliz ou triste.

— AONDE ELE ESTÁ?

— Fodeu .— Após escutar ele falar isso, me viro para a entrada e vejo o diretor entrando furioso na biblioteca, e vindo em nossa direção.

— MALIK, NA MINHA SALA. AGORA ! — Ele continua imóvel e ficava colocando os livros em seus lugares.

— Estou terminando o castigo. Ele diz com o sorriso debochado de sempre.

— NÃO INTERESSA! A menina pode continuar o trabalho sozinha.

— A Emily não pode terminar sozinha, e ah, caso o velho aqui esteja interessado, não fui eu.

— MINHA FILHA FALOU QUE FOI VOCÊ!

— Senhor, por que seria somente eu a ter as fotos dela nua? — Ele se senta na mesa, cruzando os braços e olhando pro diretor… WTF? Como ele fala assim com ele? Eu tento fingir que estou arrumando os livros, mas não é fácil com tudo isso que está a acontecer.

— MINHA SALA, AGORA!

— Você vai me arrastar para lá, pra me acusar e me ofender, eu passo.

— ESTÁ SUSPENSO!

— PELAS FOTOS QUE A SUA FILHA TIROU PELADA E FEZ QUESTÃO DE MANDAR A TODOS OS ALUNOS DESSA ESCOLA?POR FAVOR! SE ELA É UMA PUTA VARRIDA A CULPA NÃO É MINHA! — Eu olho pro diretor, que está vermelho, e agradeço aos deuses por não ter nenhum aluno presente, só a secretária, que olha a cena horrorizada. O diretor olha pro Malik com raiva e eu sinto que ele vai ir até ele e bater no Malik, eu não sei porquê diabos, mas me coloco na frente dele, pois sei que ia rolar uma briga feia e ele seria expulso, porque ele não hesitaria em bater no diretor de maneira alguma.

— Hum senhor… Com todo o respeito, o Mal… Zayn não quis dizer isso. — Ele coloca a mão na minha cintura, me colocando de lado.

— Quis sim! — Eu me ponho na frente dele de novo e piso no pé dele.

— Não quis não, o que ele quis dizer é que realmente, sua filha mandou a foto pra todos os alunos… Incluindo a mim. — Eu odeio mentir mais do que tudo e não sei porque estava tentando livrar o Malik dessa, ainda mais depois de ontem.

— Como você ousa mentir na minha cara garota? — O diretor fala mais rude do que nunca, mas não o julgo, afinal se estivessem falando da minha filha eu faria o mesmo. Mas a culpa não é minha de ela ter tirado as fotos. O Zayn.. Malik, tanto faz, solta um gemido de raiva e eu sei que ele vai bater no cara.

— O nome dela é Emily, PORRA.

— E desculpe senhor… Mas como em uma escola com milhares de alunos o senhor ousa vir acusá-lo? — A cara dele fica branca. — Acho que pode suspendê-lo quando tiver provas. Senhor, com todo o respeito, mas sabe que não pode o suspender porque você simplesmente quer. — Ele bufa e sai enraivecido de lá. Eu suspiro de alívio, só gostaria que alguém me explicasse porque acabei de mentir por um idiota. E que para ele mesmo idiota, eu não tenho valor nenhum.

CONTINUA….