História Say Something ( Em correção ortográfica) - Everything about you.

Emily on

— O que? — Como assim, o que? Ele me chama de babe, pra depois colocar a mão na minha cintura e me dar um beijo no topo da minha cabeça, mas se ele não quer responder, ele que se rale. — É que não parecia você, foi tão humano.

— Desde quando é curta e grossa assim? E a propósito, de nada por ter cuidado da sua queimadura. — Ele bufa e coloca quase um pedaço inteiro de pizza na sua boca.

— Você vai se engasgar.

— E iria morrer, não ficaria feliz? — Ele pergunta convencido como se já soubesse a resposta.

— Morre amanhã, porque ai não vou precisar acabar o trabalho sozinha. — O lho séria pra ele, que me olha da mesma maneira.

— Tanto faz. — Terminamos de comer em silêncio.

— Vou indo, amanhã por favor não esquece a sua parte pra gente terminar.

— Por que vou levar pra aula? Voltamos e fazemos aqui depois do castigo.

— Por que não pode ser lá em casa?

— É que aqui eu, bem… Me sinto mais a vontade? — Ele coça a nuca e eu suspiro, hoje tirando a parte que eu me queimei, a tarde não foi tão ruim.

—Ok, como quiser… Só vou no quarto trocar a blusa.

-Pode ficar com ela… - eu não acredito que estou realmente achando isso, mas o Zayn parece mesmo fofo depois de falar isso.

— Malik, o meu...

— Malik não, Zayn.

— Pensei que não gostasse quando te chamassem pelo primeiro nome. — Cruzo os braços e sorrio, tentando entender o que se passa com ele, e o porquê de ele ser tão bipolar.

— Bem, Zayn, o meu pai não vai gostar muito da idéia de eu voltar com a camisa de um menino , ainda mais se ele tem a mesma rotina que você. — Tento rir, o que não dá muito certo.

— Seu pai? Você quer dizer o pai do Louis? — Ele bufa, olhando pra mim. Não entendo o porquê de ele ter se irritado de novo agora.

— É, isso. — Tenho que mentir de novo por causa do meu estúpido irmão. Louis. — Bem, já volto. — Vou pro quarto dele e sorrio, eu tenho a constante mania de sempre observar tudo a minha volta, principalmente o lugar aonde eu entro, e assim que pus os pés aqui, gostei na hora. Parece muito confortável e por mais que eu odeie admitir, parece muito Mal… Zayn. Tenho que me acostumar a chamar ele assim, pelo primeiro nome. Assim que coloco a minha camisa manchada, eu inalo o cheiro da dele antes de dobra-lá. — Vou indo ent… Você também vem? — Ele estava com as chaves do carro na mão e com os sapatos de novo.

— Eu e o Louis vamos sair, e como vou pegar ele, eu te largo em casa. — E eu pensando que ele ia ser um cavalheiro e me levar em casa para eu não ter que ir andando. Assim que ele chama o elevador o medo entra no meu corpo de novo.

— Eu acho que vou de escada e nos encontramos lá embaixo, pode ser?

— Deixa de ser medrosa, garota. — Ele faz pra me irritar e eu ignoro ele. Eu tenho pavor que me chamem assim. Quando entro no elevador, já começo a rezar a minha ave Maria pra dar tudo certo e ele só cruza os braços e faz aquela cara que ás vezes chega até a me dar medo. Quando descemos, corro para o carro e ele vem atrás ainda sério, e dá a partida.

— Nunca sorri? — Viro olhando para ele, que relaxa um pouco os ombros.

— Se você for legal com todo mundo, eles se aproveitam de você, então prefiro me fechar do mundo que ai assim ninguém me machuca, e as meninas tem uma queda também. — Ele diz com um tom brincalhão.

— Sabe, eu li em um lugar que as pessoas duronas são as que mais precisam de atenção. E que a maneira que uma pessoa trata a outra é o reflexo direto de como ela se sente em relação a si mesma.

— Eu também li que você devia calar a boca. — Bufo e me viro para  a janela. Quando chegamos, o Louis parece impaciente na frente de casa e assim que vê o carro abre a minha porta.

— DESCE PORRA! — Eu olho pro Zayn pra agradecer ou algo, mas ele voltou ao seu normal, que é me ignorar. Saio e o Louis senta.

— O Josh pegou tudo.

— TUDO? — O Zayn grita e dá a partida, pegou tudo o que? Isso fica cada vez mais confuso pra mim. 

Assim que eu entro em casa, estão o John e o meu pai na frente da lareira conversando.

— Filha, vamos ver um filme, quer nos acompanhar? — Minha vontade é zero, mas vou ficar sem fazer nada aqui, então é melhor eu ir.

— Só vou tomar um banho rapidinho. — Subo e tomo minha ducha. Fico pensando o porquê dele ter agido tão estranho quando estamos só nós dois e a maneira que ele me ignora na frente dos outros, ou o porquê de ele ter feito aquilo na frente do Sean. Amanhã se der depois que sair da casa do Malik, eu passo no café pra conversar com ele.

Termino o meu banho e vou pra sala ter com eles. Vemos o filme do 007 e por mais que eu odeie admitir, o John tinha algumas piadas muito boas. Eu sinto falta da minha mãe e como, e eu ainda não perdoei meu pai, mas… A estadia aqui esta sendo agradável e interessante digamos assim.

— ANDA! — Batem na minha porta e eu olho o despertador, por que estão me acordando 4 horas mais cedo? Fecho os olhos voltando a dormir..

— ANDA EMILY… — O que estava acontecendo? Levantando e abro a porta, mas quando eu abro a porta, eu vejo o parque perto de minha casa no Brasil , entro nele e começo a andar até...

— Olha John, ela sempre vem. — Meu pai ri da minha cara com o John.

— Ainda bem que deixou ela e aquela sua mulher patética.

— Tal mãe, tal filha. — Desde quando o Louis está aqui?

— Pai… O que?

— Filha nós não te queremos, não percebeu que eu não te procurei? Só quando ligaram pra mim dizendo que eu tinha que cuidar de você até fazer 18?

— O que… Não é verdade!

— É sim garota, assim que fizer 18 eles vão te largar na rua e você que se vire, o que alguém ia querer com uma pessoa como você?

— LOUIS, PARA! — Ele sorri pra mim e os três se viram indo embora.

— NÃO, NÃO… NÃO. — Acordo suando frio e olhando em volta. Minha respiração está acelerada e eu tento achar alguma luz no quarto, mas nada. Esse pesadelo… Foi tão diferente dos outros. Geralmente é só o meu pai me abandonando, mas dessa vez o John e o Louis estavam nele, por quê?

— Aconteceu alg… — O John aparece na porta e eu tento secar as lágrimas. — Hum… Sei que não sou a melhor pessoa pra você, mas quer conversar?

— Eu… Eu passo. — Ele sorri e vai até a porta.

— Se quiser conversar, vou estar aqui.

— Obrigada. — Ele fecha a porta e eu não consigo voltar a dormir. Levanto e começo a estudar, já termino o trabalho de biologia guardando ele na minha pasta… Se bem que, amanhã eu e o Zayn íamos continuar ele , então caso ele pergunte, eu não fiz nenhuma coisa. Tomo banho e me visto, ainda faltava 1h para o meu horário de aula, então fiquei vendo televisão até o príncipe do Louis acordar e eu poder ir...

(…)

— Vai embora com o Zayn depois do castigo? — Concordo com o Louis e ele me dá tchau. Assim que me dirijo até a biblioteca o Zayn não está lá.

— A senhora sabe se o Zayn não vem?

— Não sei mesmo querida. — Sorrio para ela e entro, começando a arrumar os livros, uma hora se passa e nada dele. E o nosso trabalho? — A menina poderia avisar ele que como ele não veio, o castigo dele fica para mais um mês? — A senhora chega até mim e eu concordo. Por que será que ele não veio? Vi ele nas aulas, mas não chegamos a nos falar nem nada. 

Acabo tudo e sigo em direção ao meu armário para largar as minhas coisas, e na mesma hora a porta do laboratório abre e dela sai o Zayn com… DUAS meninas? Nossa, ele se superou agora.

— Z… Malik. — Falo e ele me olha, colocando a mão na bunda das duas meninas.

— Conhece essa garota? — A ruiva daquele dia, Cindy eu acho, pergunta.

— Ela é uma ninguém, não é Malik? — Olho pra ele esperando a resposta.

— Isso, uma ninguém. — Ele fala sem me olhar na cara e da a volta com ela, enquanto ambas riem. E a facada que ele acaba de dar no meu peito parece ficar cada vez mais e mais funda. Ele não disse isso… Não, ele disse sim Emily. Como pude ser tão estúpida e ingênua a ponto de pensar que ele seria uma boa pessoa? Bufo pegando as minhas coisas e saio andando , ou melhor, correndo. Essas lágrimas não vão cair. Não, não e não.

Quando me dou conta, já estou no café e sentada em uma mesa.

— Será que toda vez que formos nos encontrar, você vai estar chorando? — Olho para cima e vejo o Sean, sorrio pra ele.

— É que eu sempre to na merda. — Sorrio para ele.

— Eu acho que não, acho que você é uma menina que talvez se meta com os meninos errados.

— Do que...

— O garoto. Quando eu fui fazer a entrega...

— Ele? Ele é um ninguém , acredite.

— Não foi bem o que me pareceu, ele...

— Vou querer um café. — Sorrio pra ele que entende que não estou afim de falar sobre isso.

— Só queria dizer que acho melhor não ficar com esse tipo de pessoa… 

— Conheçe ele?

— Ele é um bruto ignorante, vi só de o olhar, e talvez seja melhor ficar longe dele, ele é perigoso.

— Deduziu isso só de olhar pra ele? Bem e meu café?

— Só trago o café com uma condição...

— Posso perguntar qual seria?

— Aceitaria sair comigo?

— Em um…encontro? — Quase me engasgo de novo com a minha saliva.

— Não… Sim… Não… Apenas pra nos conhecermos melhor, você parece ser uma pessoa legal. — Suspiro de alívio, não que eu não queria um namorado, mas acho que agora não seja a hora certa.

— Tudo bem.—  Sorrio e ele sai, voltando logo em seguida com o meu café e um papel.

— O que é… — Abro e vejo o número dele. — Me dando seu número?

— EU? Jamais! Aonde conseguiu isso? Aposto que foi o Mac, o cozinheiro. Vou lá falar com ele… —Ele pisca o olho e sai, uma coisa que eu adoro no Sean? O seu senso de humor. 

Quando estou prestes a me levantar, vejo uma menina com os cabelos loiros queimados, com as bochechas vermelhas e os olhos a praticamente jorrar água

— Manu? — Ela me vê e na hora me abraça chorando. — O que aconteceu? Por que você está chorando? 

— Entrou uma coisa no meu olho..

— Se tem uma coisa que eu aprendi, é que uma menina não chora porque alguma coisa entrou no olho dela , ela chora porque alguma coisa entrou no ouvido, chegou ao coração e machucou. Machucou muito 

— Eu… Eu…

— O que acha de ir comigo pra minha casa? Podemos tomar um café e você me conta o que aconteceu? — Ela concorda na hora e pega minha mão. Seguimos em silêncio até a minha casa, e lá fora estavam os carros dos amigos queridos do Louis, bufo só com a idéia de ter que passar por ele… Eles.

— Eu não aguento mais Emie, ele foi tão… Tão… — Abraço ela.

— Agora você me conta. — Abro a porta e graças á Deus, sem nenhuma fumaça na sala.

— Sim cara, eu to falando sério, eu tinha as duas naquele laboratório por quase 1h e meia! — E foi nessa hora que o meu estômago todo revirou, peguei a mão da Manu e assim que passamos pela sala, todos eles ficam quietos e só a nos olhar. A Manu chorando, e quando vê eles, ela se assusta, mas segue comigo até a cozinha.

— Pode começar a me contar enquanto eu preparo os cafés.

— Depois de 3 anos, eu peguei ele na cama! Na cama com aquela…! Com… Com… Com… Aquela vad… Menina. — Ela assim como eu odiava os palavrões.

— Se quiser xingar ela tudo bem, ela é exatamente isso que você ia chamar ela.

— Vadia! — Ela cruza os braços e vai me contando a história de como o seu ex-namorado, que é um idiota, a traiu. Quem trocaria a Manu por uma menina de uma noite só?

 Subimos para o meu quarto e ela me contou sobre o Travis, o ex-namorado dela.

— Por que não  consigo esquecê-lo ?

— Porque você é uma idiota. 

— Ou porque ainda estou apaixonada por ele.

— Ou porque você é uma idiota, tudo bem que é recente, mas se o meu namorado me traísse, eu ia odiar ele na hora!

— E ele ainda teve coragem de dizer que me amava! Eu to com vontade de dar na cara dela! Aquela vadia!

— Relaxa… A vida já deve ter judiado muito com a coitada para ela sair ficando com os namorados das outros. — Falo pensando alto enquanto brinco, a Manu ri e me abraça.

— Você é demais! Ainda bem que não tem nada haver com o Malik ou o grupo dele.

— É, ainda bem… — Mal sabe ela que o que eu mais queria era me afastar, mas acho impossível, porque o meu sentimento pelo Malik não é mais o mesmo ódio de antes...

CONTINUA...LEIAM AS NOTAS FINAIS