História Say Something ( Em correção ortográfica) - Still the one.

Acordo suando frio e com as mão tremendo, por que está tão frio aqui? Olho para o lado e a Bruna ta uma morta viva. 

Minha testa pinga suor e a minha respiração está muito acelerada. Mas o que? Levanto cambaleando até a porta, para ir pegar um copo de água… Desde quando o corredor parece tão comprido? E as paredes tão… Apertadas? As escadas sempre foram tão… Longas? Acabo tropeçando nos meus próprios pés e rolando escada a baixo, minha barriga dói de maneira intensa e eu não tenho forçar para tirar o meu corpo dolorido do chão duro. 

Zayn on

Mas que porra? To esperando a Emily na frente da casa dela a quase 30 minutos e nada dela, e pra melhorar, ela não atende o caralho do telefone! Qual é o problema dela? Se isso é um jogo dela, tudo bem, eu vou jogar, mas espero que ela saiba que eu nunca perco.

 Sigo até a maldita escola esperando ver ela com as amigas estúpidas dela, mas nada, os meninos estão no mesmo canto de sempre, menos o Louis… Penso em ir até eles, mas preciso ter a certeza que ela não ta se esfregando no caralho do Noel. Depois de girar a porcaria de toda a escola, nada, e para melhorar, o sinal bate.

Vou pra aula de biologia e assim que não encontro ela sentada no lugar de costume, tento pensar o que eu fiz de errado agora pra ela me ignorar. Tenho certeza que nesses últimos dois dias pelo menos estou sendo o menos idiota possível, será que foi porque eu segui ela ontem? Mas ela tava de boa, até pediu pra eu dormir com ela! Se eu tivesse feito isso, saberia aonde ela se enfiou.

— Senhor Malik, a turma aguarda a apresentação do trabalho. — Caralho Emie. Logo hoje vai me evitar por merda? Levanto largando a parte escrita na mesa da professora e me sento de volta. — Sabe que só vão ganhar metade da nota se não fizerem a apresentação oral, não é?

— Foda-se. — Ela em sã consciência não me responde, e deixa fazermos o que quisermos como é tecnicamente o último dia. Isso é escola? Isso é uma merda isso sim. Ao longo da manhã continuo catando ela e nada dela ou do Louis, será que estão de castigo ou uma merda assim? O Louis não obedece e mesmo assim não temos autorização da polícia pra faltar a aula quando queremos.

— Cadê o caralho do Louis?

— Nada dele, e ele não atende o celular. — O Liam bufa, jogando o cigarro no chão, na mesma hora escuto a voz irritante da amiga feia da Emily, na realidade as duas são, só não sei qual delas é a pior, a beleza da Emily ofuscaria até mesmo o corpo delas se elas estivessem nuas.

— Cadê a Emily? — Paro na frente das duas perguntando e a morena ri, me olhando.

— Agora fala com a gente direito?

— Eu não sou de repetir a pergunta, então pro seu bem, responde vadia. — Dou um passo pra frente e elas dois para trás.

— Não conseguimos falar com ela hoje. — A loira reclama e eu bufo virando as costas. Cowell. Ele deve saber o porquê de o Louis não ter vindo. Para faltarmos precisamos da autorização dele, que não é muito fácil de se conseguir. Pego o telefone ligando pra ele, depois de 4 toques ele me atende.

— Malik?

— Aonde o Louis tá pra não vir pra aula?

— Problemas pessoais.

— Do tipo?

— A irmã que apareceu do além está no hospital, e como os pais trabalham, ele teve que ficar com ela. — Na hora eu desligo o celular e tenho que parar e olhar na volta para perceber aonde larguei o meu carro. Foda-se o castigo, o que aconteceu com a Emily? Subo e o meu pé vai direto pro acelerador. Ela não saiu de casa desde ontem de noite, tenho certeza. Eu ia pegar ela pra tomarmos café e… E se ela foi no café pra me esperar e aquele puto do Sean fez algo com ela? Eu juro que quebro cada osso que o corpo dele tiver, um por um. 

Chego na bosta do hospital, que eu espero que ela esteja, e estaciono, descendo. Passo pela mulher de jaleco na entrada, ignorando a sua pergunta e vou até a sala de espera, encontrando o Louis dormindo em uma cadeira.

— Cadê ela? — Puxo ele pelo braço pra cima, e ele acorda assustado na hora.

— Bom dia pra você também, Zayn.

— Não to com tempo pra brincadeiras.

— Ela ta no quarto e não pode receber visitas por enquanto, então relaxa. — Ele passa as mãos nos olhos, como quem quer acordar.

— Por que ela ta aqui? Desde que horas? E por que porra não me ligou?

— Porque vocês são só amigos, e se fosse ligar pra você, ia ligar pro puto que você odeia, e calma com o interrogatório. — O Louis ta realmente me tirando do sério.

— Devia ter me ligado, caralho, e foda-se aquele escroto.

— Ela ta com intoxicação alimentar.

— Ah?

— Ela comeu alguma merda que não fez bem, e pelo o que o médico falou, o organismo não reagiu bem e essas merdas.

— E os sintomas?

— Desde quando é médico?

— Porra Louis, eu juro que te soco o cu daqui a pouco.

— Ele falou que depois 2h a 6h depois de comer, a pessoa fica com febre, sente tontura e desmaio que foi o que aconteceu com ela. — Atrás do Louis vejo o cabelo ruivo da Brenda e me irrita saber que ela sabia antes de mim.

— Ela desmaiou? Quando?

— Meu pai foi tomar água umas 5h da manhã e ela tava no chão da escada, ela ficou tonta e caiu, por isso ta roxa na barriga e tal.

— Foda-se. — era muita coisa pra mim agora. Me sento na cadeira do seu lado puxando os cabelos para trás. Se eu tivesse dormido com ela, como ela pediu, eu teria visto ela se levantar e cair, ou algo do tipo. Caralho Zayn, ainda fiquei pensando que ela me ignorou de propósito, qual o meu problema?

— Veja quem está vivo. — Não to com paciência pra Brenda, então ignoro e sento na cadeira, batendo os pés e esperando.

— Familiares de Emily Fields?

— Sim? — Nós três nos levantamos na hora.

— Só para avisar que ela já vai sair, ela está bem, só a mantemos esse tempo para fazer o raio-x e ver se ela não quebrou nada com a queda, dei os remédios para ela, e dentro de alguns dias, uns 2 ela já estará bem melhor.

— Obrigada. — A Brenda fala, enquanto eu e o Louis só nos sentamos de novo. Depois de alguns minutos, vejo a minha menina vindo pelo corredor. Ela ta tão pálida, fraca e triste? Ela parece nem se aguentar nos próprios pés, e o pior é que caminha até nós bem devagar.

— Hey… — Levanto, ficando na frente dela que não consegue nem me dar um bom sorriso.

— Amiga, ainda bem que você ta bem. — A Brenda abraça a Emie e a minha vontade é de jogar ela contra aquela parede até o sangue dela ser a cor prevalente na parede branca do hospital. Amiga o teu cu.

— Zayn, desculpa ter faltado o trabalho.

— Ta tudo bem. — Falo me segurando muito pra não agarrar ela aqui na frente de todo mundo, não podia dar tão na cara em público. Nunca fui muito de demonstrar… Afeto? Quem dirá em público.

— Vamos para o carro. — Falo segurando delicadamente o pulso dela, com medo que fosse quebrar ele, logo ela estica a mão e eu faço o mesmo, entrelaçando os nossos dedos. Podia ficar assim por horas, definitivamente era uma sensação maravilhosa.

— Louis, veio de carro? — Pergunto pra ele, que já sorri pra mim.

— Sim, a Emily vai com você?

— Sim, leva essa ai com você. — A amiga dela se faz de ofendida, mas não responde. Abro a porta do carro e a Emily entra, logo encostando a cabeça na janela quando eu fecho a porta. — Como se sente?

— Com dor. — Ela ri baixinho e eu ligo o carro, dirigindo e colocando uma mão na sua perna, mas ela nem sequer se mexe.

— Aposto que foi a comida que aquele puto te deu pra comer ontem, eu devir ir e quebrar os dentes dele pra ele aprende! Quer saber, eu vou. — Me preparo para virar o caminho e ela me toca no braço, tentando me acordar do meu transe de pura raiva.

— A culpa não foi dele, você tinha razão em não gostar do lugar. Só não entendo porque só eu fiquei mal.

 —Você é a mais fraca. — Ela ri, colocando finalmente a mão dela em cima da minha e eu sorrio. O resto do caminho é quieto e eu fico feliz com isso. 

Assim que ela entra em casa, ela corre pro banheiro para vomitar, e quando eu ia atrás dela vejo a cabeça ruiva fazer isso, então prefiro ficar aqui.

— Eu vou dormir aqui, caso sei lá… Você sabe. — Não tem muita explicação pra isso.

— Sei? — O Louis ta muito engraçadinho pro meu gosto hoje.

— Ainda devia te bater por não ter me ligado, e por que não faz algo de útil como foder com aquela vadia ruiva ao invés de ficar enchendo o meu saco?

— Vocês são só amigos, relaxa. — Minha vontade é de enfiar a cabeça do meu melhor amigo na parede.

Emily on

— Sim, tenho certeza… Vai dormir. — Falo para ela, que me da um beijo na testa e sobe as escadas depois de encarar o Zayn com um olhar mortal.

— Finalmente ela foi embora. — O Zayn se levanta e senta do meu lado, passando a mão por cima do meu ombro e eu relaxo a cabeça no ombro dele. — Está melhor?

— Uhum. — Não to nem com forças para falar direito.

— Tem certeza?

— Minha cabeça parece que vai explodir. — O calor da pele nua dele faz com que as minhas bochechas se aqueçam. — Sabe, você está sem camisa e só com essas calças, vai passar frio. — Coloco meus braços em volta dele, que ri.

— E você calor me olhando. — Ele pisca e eu fecho os olhos, estou morrendo de sono, mas quero ficar mais tempo com ele.

— Podíamos ver um filme, ou algo. — Sugiro e ele sorri.

— Você já viu pornô? — Dou um tapa no peito dele na hora.

— Credo Zayn! Não pensa em mais nada? Minha companhia serve só para satisfazer as suas necessidades? — Ele bufa e ri.

— Que filme quer ver?

— 101 dálmatas. — Levanto para por o filme e ele me puxa pela calça, fazendo eu sentar em cima do colo dele.

— Foda-se, não, nem pensar.

— Sim John, eles realmente fiz… Filha! — Meu pai e o seu marido passam pela porta e na hora eu saio do colo do menino Malik, o John assim como o meu pai vem me abraçar.

— Demoraram para chegar hoje. — Me sento do lado do Zayn que só acena com a cabeça para eles.

— Quem sabe porque quando saíram do hospital alguém não pagou o quarto? — Eu rio na hora, o Louis é um cabeça de vento.

— Querem ver um filme? — O Zayn praticamente grita para mim calar a boca.

— Claro, qual é? — O meu pai se senta, tirando os sapatos e se esticando no sofá ao lado do nosso.

— 101 dálmatas.

— Não sabia que o Zayn assistia esse tipo de filmes. — O John pisca o olho para mim e eu levanto, colocando finalmente o Dvd e trazendo as pipocas com cobertores. Quando estão todos acomodados finalmente, coloco play e encosto a minha cabeça no ombro do Zayn.

— Não acredito que vou ver essa porra. — Pego a pipoca e coloco na boca dele para ele ficar quieto, ao longo do filme o Zayn, obviamente, que estava entediado, mas não esperava que ele fosse colocar a mão dentro do meu short, por baixo dos cobertores.

— Zayn. — Empurro a mão dele e o mesmo ri.

— Ta me obrigando a ver isso, agora vou te torturar e tu não vai poder nem sequer falar nada na frente do teu pai. — Ele fala com os lábios do lado do meu ouvido.

— Eu to doente, não pode.

— Isso nunca me impediu antes.

— Zay… — Não consigo terminar quando ele coloca a mão dentro da minha calcinha agora, e já sinto toda a minha intimidade começar a latejar, ele brinca, prestes a colocar um dedo dentro, quando me levanto correndo para ir vomitar, e junto com o vomito, se foi o meu prazer que estava prestes a acontecer.

— Não sabia que o meu efeito em ti era tão grande assim. — Ele ri, segurando o meu cabelo e eu dou um tapa nas pernas dele, para ele se afastar.

— Eu já vou para a sala, pode sair.

— Acredite, o teu vomito me interessa mais do que aquela porra de filme. — Por mais que esteja em um momento ruim, sorrio com as palavras dele. Logo me levanto e escovo os dentes umas 3 vezes.

— Acho que vou dormir, estou cansada. — Ele concorda, subindo as escadas comigo depois de darmos boa noite para os meus pais.

— Vai dormir com aquela cachorra?

— Zayn ela é minha amiga, para.

— A Brenda é um saco, não sei como aguenta ela.

— Não sei como te aguento. — Ele sorri para mim e se agacha pra ficar na minha altura. — Reparou que você estava sem camisa na frente deles? O que eles não devem ter pensado? — Minhas bochechas coram com o pensamento que deve ter passado na cabeça do meu pai.

— Eles ficaram me secando, eles devem ter pensando “que delícia”. — Eu dou um tapa nele, que me da um beijo rápido.

— Boa noite. — Me viro, indo para o quarto.

— Cuidado pra não ter pesadelos com aquele demônio da Brenda. — Rio e me viro indo abrir a maçaneta quando meu pulso é puxado e eu me viro, com o corpo sendo prensado na porta. — Chama isso de beijo de boa noite? Pensei que eu merecesse mais. — Ele faz um biquinho e eu rio, colocando os braços na volta do pescoço dele que inicia um beijo lento, mas logo pede espaço com a língua e eu cedo, querendo desesperadamente senti-lá em volta da minha boca. Ele baixa as mãos para as laterais do meu corpo e parando elas no meu quadril, sorrio me afastando o mínimo para descolar nossos lábios e não nossos corpos.

— Satisfeito?

— Não totalmente, mas to de boas. — Ele pisca o olho, me roubando um beijo rápido e nos separamos, eu entro no quarto que está todo escuro, tento catar a minha cama e me deito na mesma.

Zayn on

— Porra cara, já vamos. — Escuto essa voz no meu ouvido e levanto na hora.

— Quem era? — Acordo com a claridade no quarto do Louis. Porra cara, sei que ele não presta, mas o mínimo que ele podia fazer era fechar a porra da persiana.

— O Cowell quer nos ver, parece que aconteceu algo.

— Bom ou ruim?

— Eis o que ninguém sabe… — Levanto me trocando e socando pasta de dente na boca pra gaguejar com ela, quando o agente Cowell quer nos ver, quase nunca é uma coisa muito boa. — Vou ligar o carro. — Concordo e ele desce as escadas, olho na porra do relógio e vejo que são só 8h da manhã, porra Cowell. 

Caminho devagar até o quarto da minha menina, quando a porta é aberta bruscamente e a Brenda sai chorando de lá com o celular no ouvido… Eu até me preocuparia, se ela não fosse uma vadia e se eu realmente ligasse pros sentimentos de alguém sem ser os meus e… Os da Emily.

— Bruna? — Escuto a sua voz de dentro e entro no quarto.

— Hey… — Ela sorri, se sentando na cama e tentando abrir os olhos.

— Por que ela está chorando?

— Eu não sei, e acredite, não quero saber. — Levanto a minha mão até o seu rosto, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha.

— Que horas são?

— 8h, babe. — Ela bufa, deitando de novo a cabeça na almofada e eu sorrio pra ela.

— Por que está acordado agora?

— Tenho que ir, só vim pra te avisar. — Ela faz uma cara triste e eu me aproximo dela, colocando nossos lábios.

— Dorme comigo. — Ela me abraça, tentando me fazer deitar.

— É o que eu mais queria, mas não posso pequena… Se acontecer alguma coisa me liga, ta legal?

— Ta. — Ela faz um biquinho e eu me aproximo de novo, a beijando. — Onde vai?

— Não posso dizer agora.

— Agora? Você nunca me fala nada, só sai com os meninos apressado sem nunca me dar uma justificativa. — Eu me seguro muito para não dizer pra ela que a vida é minha e ela não tem nada que ver com ela.

— Quando chegar a hora eu falo, agora tenho que ir. — Beijo a testa dela rapidamente, e desço pra ir até o carro. — To nervoso… — Admito mais pra mim do que para o Louis, sempre que tinhamos uma reunião era para ou mudarmos de gangue, ou nos xingarem porque não descobrimos nada ainda, pelo menos esse é o último caso, o problema é que é com o porra do Josh, e ele é mais inteligente do que eu pensava.

— Vão estar todos na reunião. — Eu paro na hora e me viro para ele com os olhos surpresos.

— Todos? Inclusive o...

— Sim, inclusive o caralho do Peter. — A minha postura muda e consigo sentir o meu ódio ser mais alimentado só de imaginar o puto sentado a minha frente… Com certeza, essa era uma pessoa que eu conseguia odiar mais que o Sean, se é que isso era possível.

CONTINUA…