História Say Something ( Em correção ortográfica) - Mistake?

Meu pai segue em silêncio para um restaurante de frutos do mar e assim que estaciona, desce sem falar nada. Descemos também, com o John do nosso lado.

— Suponho que as coisas não tenham ido tão bem? — Eu só concordo e ele sorri, entrando. Seguimos eles até uma mesa, nos sentando enquanto o garçom vem anotar os pedidos.

— Eu vou querer camarão. — Meu pai fala.

— Eu também, por favor. — Olho para o Zayn, que também concorda e ele anota.

— Para mim pode ser salmão, e para todos acho que um suco de laranja. — O John pede educadamente e o garçom pede licença, se retirando com os cardápios. — Então… — O John começa e meu pai trava ele.

— Quando? — Ele olha diretamente para mim e eu não acredito que ele realmente quer saber disso.

— O que pai?

— Foi no Brasil ou aqui? Meu Deus Emily Fields, se a sua mãe....

— Minha mãe nada pai. A minha mãe morreu, e eu tenho você. Esperava o que? Que eu ficasse virgem até morrer? — Pareci exagerada, porém eu não concordo com ele ficando brabo.

—Até o casamento! Não que o primeiro namorado que você arranjasse já fosse e… — Ele gesticula com as mãos, não querendo terminar a frase.

— Querido, ela é quase uma adulta. Acho que se tudo for com proteção, está tudo bem. — O John fala, eu já falei que amo esse homem? Pois bem, amo mesmo, do fundo do meu coração.

— Tudo bem? John, ela tem 17 anos e eles fazem sexo quase 3 vezes por semana! — Meu pai berra e o seu marido tapa a boca dele enquanto eu escuto um risinho do Zayn, e dou um tapa na perna dele embaixo da mesa.

— Cala a boca, Malik. — Murmuro com os olhos cerrados e ele levanta a mão em sinal de rendimento.

— Nós também querido. — O John ri e o Zayn faz careta.

— Que nojo, eu vou comer pessoal. — Ele murmura e eu rio sem querer. Meu pai e o John fazem tanto sexo assim?

— Mas a diferença é que nós somos casados e eles são...

— Seres humanos. — O John completa.

— Não vamos discutir isso aqui Johnattan Tomlinson. — Meu pai fala sério e o John levanta as mãos da mesma maneira que o Zayn tinha feito a instantes atrás.

— Quem começou foi você. Eles são jovens e…. — Ele para de falar quando a comida chega, e continua assim que o garçom sai.

— Eles são jovens e estão no momento da vida de experimentar. Daqui a pouco eles até cansam de sexo. — John, acho que você não esta ajudando muito.

— Fala por ti. — O Zayn murmura alto o suficiente e eu enfio um camarão na boca dele, para ele ficar bem quietinho.

— Mas… Os riscos! E se ela engravidar, John? Ela ainda tem toda a vida dela pela frente, não quero que cometa o mesmo erro que eu e a Sus… — Ele para de falar na hora e eu me engasgo com a minha comida.

— Mesmo erro? Do que está falando pai? — Largo a comida, olhando para ele, que nega.

— Não mude de assunto, Emily Fields. — Ele fala ainda brabo e eu que começo a ficar braba.

— Quem mudou foi você, agora continua! — Falo e o John põem a mão em cima da do meu pai.

— Ele quis dizer que muitas pessoas cometem erro tendo filhos jovens demais sem querer, e que não quer que aconteça com você, só isso Emily. — O John termina e eu me irrito.

— Foi isso que aconteceu com você e com a mamãe? Eu fui um erro? — Sinto toda a minha pele arrepiada. Não, isso realmente não era verdade.

— Obrigada John. — Meu pai fala e o Zayn coloca  a mão em cima da minha perna, mas no momento nem isso me ajuda.

— Pai, fala agora.

— Não filha, isso é bobagem e estamos falando de algo sério no momento.

— Bobagem? — Praticamente berro.

— Não grita! — Meu pai consegue ser bem severo quando quer, mas agora isso realmente não importa.

— Não irei gritar somente se me explicar essa história. — Cruzo os braços, tentando não chorar. Não que eu esteja a ser dramática, mas… Meus pais não me queriam?

— Filha, eu...

— Fala. — Digo mais seca do que esperava, porém exatamente como queria.

—Eu e a sua mãe éramos como vocês, jovens e sem responsabilidade. Um dia… Antes mesmo de casarmos sequer, ela descobriu que estava grávida, então fomos obrigados a casar por nossas famílias para não passarem vergonha. — E nessa hora foi o maior soco no estômago que eu já levei em toda a minha vida. Basta ele falar isso para eu entender, eu destruí a vida deles. Se não fosse por mim, a minha mãe poderia ter trabalhado e seguido o sonho dela ao invés de ser a babá da filha dela, e meu pai teria descoberto antes que era gay ou algo do tipo… Eu fui um erro. É isso que eu sou, nada mais do que um estúpido erro.

— Então… — Minhas lágrimas começam a cair e o Zayn faz um ato que eu não esperava. Ele cola a sua cadeira e me abraça, ficando bem quieto.

— Filha, eu e sua mãe não queríamos que você soubesse, porque… 

— Porque se não fosse por mim, vocês não teriam sido obrigados a casar.Vocês nem teriam casado eu aposto, você… Você ia descobrir que gostava de homem e ia abandonar ela exatamente da mesma maneira que fez. — Eu me altero furiosa, levantando da mesa e todos na nossa volta me olham, mas nesse momento não dou a mínima.

— Filha, se senta e....

— Filha? Por que já não me chama de erro direto? Pode falar, se não tivesse acontecido você não teria sido obrigado a passar 9 anos infelizes toda a sua vida! — Meu corpo todo treme sem saber o que fazer. Minha vontade é de pegar a jarra de suco ou o prato e simplesmente quebrar jogando no chão.

— Amor… — O Zayn me toca e eu me afasto, olhando nos olhos marejados do meu pai.

— Filha, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Eu nunca mudaria nada nela, deixaria igual, pois assim teria você comigo. — Ele fala mais calmo do que eu esperava e eu rio, limpando ás lágrimas.

— 4u não acredito que fui simplesmente um erro. Eu… Vamos Zayn. — Olho para ele, que levanta sem entender nada, porém se mantém em silêncio.

— Emily vamos para casa e vocês podem conversar com calma para… — Olho para o John.

— Você sabia, não é?

— Esperava que eu fizesse o que? Te falasse para deixar você exaltada assim? — Eu rio furiosa.

— Não me esperem. — Murmuro puxando o Zayn pela mão até lá fora e seguimos andando.

— Eles tão te chamando. — O Zayn aponta para trás da gente e eu nego com as lágrimas, seguindo reto.

— Aonde estamos? — Pergunto parando ainda chorando e ele me abraça no meio da rua. — Zayn, aonde nós...

— Relaxa, shh… — Ele passa as mãos pelos meus cabelos devagar e beija minha testa.

— A gente ta perto da minha casa.V ou te largar ali e vou caminhando pegar o carro da escola ta? — Em outra situação iria com ele, mas o que eu mais quero fazer agora é sentar e chorar. Sigo ele pelas ruas de Londres, que para mim estavam mais frias e distantes que o comum, em silêncio. Chegamos na entrada do deu prédio e já estava escurecendo. — Baby vou ali pegar o carro, aqui tá a chave. — Ele me estende e eu concordo, ainda com as lágrimas que não pararam de cair. — Hey… — Ele levanta o meu queixo, secando minhas lágrimas e me olhando. — Eu te amo. — Ele me dá um selinho e eu fungo, acenando com a cabeça.

— Eu  também te amo. — Ele me da outro beijo, esperando eu entrar e indo caminhar. Não cumprimento o porteiro devido ao meu ótimo estado. No elevador fico normal só querendo chegar e me jogar em algum lugar.

Abro a porta e depois de fechar a mesma, jogo a minha bolsa com força no chão, chutando a mesma.

— Eu sou uma… URGH! — Berro me encostando na parede e me deslizando até o chão e chorando. Eu não sei como me sinto. Nem como lixo, eu só… Me sinto um peso a mais.

Fico sentada olhando para o nada por alguns minutos, esperando que algo aconteça, que eu possa falar com alguém, mas o Zayn ainda não chegou e estou sem o meu celular… Levanto devagar, indo até o estúdio dele que estava aberto e tiro os calçados. O Zayn sempre diz que vem aqui para pichar o que está sentindo. O que eu estou sentindo? Ódio, traição… Solidão. Pego a lata azul e começo a fazer alguns rabiscos sem forma concreta, mas realmente era uma ótima maneira de me acalmar. Só que era muito calor aqui e eu não acho o controle do ar condicionado. Tiro a minha blusa a pousando no chão, e continuo a desenhar. Quando termino nem ao certo sei o que pintei, só sei que tudo o que eu sentia estava exatamente ali. Tudo o que...

— Sweet? — Me viro olhando o Zayn, que entra no estúdio com algumas sacolas e logo as pousa no chão. — Você….

— Desculpa, eu… Eu devia ter pedido, mas eu só… Desculpa. — Ele sorri para mim, se aproximando e ficando atrás de mim, pousando suas mãos na minha cintura.

— Ta foda. — Ele fala pousando a cabeça no meu ombro e eu sorrio.

— Sério? — Ele concorda e eu sorrio. — Eu….

— Como se sente? — Eu sinto as lágrimas de novo e fico sem palavras. Ele me vira, me abraçando. — Tudo bem… Vai ficar tudo bem. — Ele fala e eu continuo abraçada nele por alguns instantes, até sairmos da sala. — Tava planejando fazer um streaptease pra mim? — Eu sorrio para ele, jogando minha blusa nele enquanto entramos no quarto no seu quarto. — Eu vou tomar banho, me acompanha amor da minha vida? — Ele pergunta tão meigo que eu não posso negar.

— Não sei não… — Realmente ele estava começando a fazer o meu humor melhorar.

— É pra poupar água babe, e transformar o mundo em um lugar melhor.

— Tudo bem, mas eu entro primeiro… Bem. — Aponto para o meu útero e ele entende rindo. Encho a banheira enquanto tiro minhas roupas, me lavando e sim, minha menstruação mal tinha decido hoje. Me lavo e entro na banheira. — Entra amor. — Falo assim que ele bate na porta já todo nu e sorri pra mim. Ele se coloca atrás de mim e eu fico entre as suas pernas abertas e eu sinto um alto no meio delas.  — Zayn…

— A gente já não fode a dias, não pode me culpar. — Ele murmura beijando meu pescoço.

— Bem, então vamos foder. — Falo baixinho e ele arruma a postura.

— Não, tu ta mal e… — Eu me viro na pequena banheira, ficando de frente para ele.

— Eu quero esquecer o que aconteceu mais cedo. — Murmuro descendo a minha mão do seu tronco até o seu membro.

— Vai me usar pra esquecer os problemas? — Ele ri mordendo o meu lábio e colocado suas mãos na minha bunda. Ele aperta mais as pernas na minha volta e eu beijo ele rapidamente, enquanto a água parecia ficar cada vez mais quente. — Pode me usar como quiser. — Ele murmura e eu aperto mais os lábios dele entre os meus dentes. — Eu já to de pau duro, da pra… — Ele não termina quando eu aperto o seu membro com a minha mão.

— Pular as preliminares? — Ele concorda com os olhos fechados e eu concordo, enquanto ele me empurra devagar para o outro lado da banheira, fazendo minhas costas embaterem em algo duro. — Tem que ficar por cima até aqui? — Ele concorda, beijando o meu pescoço e colocando a mão por cima do meu peito, apertando ele fortemente e brincando com o bico extremamente duro do mesmo seio.

— Za… Zayn. — Não conseguia nem sequer terminar a frase, e antes mesmo que eu possa dizer algo, ele para se estendendo por cima de mim, pegando uma camisinha na gaveta do banheiro. — Até aqui você guarda? Por que Malik? — Falo séria ainda com a respiração irregular e ele me da um selinho, ficando de pé na banheira e colocando a camisinha no seu membro molhado.

— Aquela vez no chuveiro. — Ele ri, voltando ao seu lugar e eu puxo ele pelo pescoço, me aproximando dele e quando colo nossos lábios. ele entra totalmente em mim.

— Ah… — Murmuro e ele sorri, continuando o beijo e entrando e saindo de mim rapidamente de uma vez só, fazendo a água se mexer e sair para fora já molhando o piso.

— Caralho. — Ele murmura e continua a me beijar, assim como continua com os movimentos. E nesse momento eu não penso em mais nada, a não ser ele. Minhas costas batiam de leve na banheira enquanto eu mordia o seu lábio para abafar os gemidos, eu estava quase chegando, quando ele para e me olha. — A próxima vez que tu não gozar tu vai me falar, entendeu? — Eu suspiro.

— Sim, vai rápido. — Falo tentando mexer meu quadril para frente e ele ri.

— Devia te deixar assim por não ter me dito do orgasmo antes… — Me inclino, puxando ele contra os meus lábios, que sorri mordendo os mesmos. — Ta com pressa é? — Concordo e ele entra em mim de novo com força demais, fazendo eu chegar ao meu máximo na hora. — Ah… — Ele murmura gozando na camisinha e se deitando praticamente dentro de mim, enquanto eu dirijo as minhas mãos até os cabelos dele, os puxando os mesmo de leve.

— To com fome. — Ele murmura mordendo minha orelha e eu reviro os olhos.

— Zayn nós acabamos de transar e você quer mais? Você não...

— Estava falando de comida. Que mente suja a tua Emily, puta que pariu. — Ele ri para mim e eu empurro ele de leve, fazendo ele sair de dentro de mim sorrindo. — Sabe… — Ele estica a mão até a minha intimidade que ainda latejava e eu entendi na hora o que ele ia fazer, e fecho as pernas. — Não quer que eu te toque? — Ele sorri malicioso e olho para os seus ombros, que estão um pouco arranhados por culpa minha.

— Comida. — Me levanto e ele bufa, fazendo o mesmo.

— Só ia fazer tu gozar e aprender a sempre me dizer quando não acontece. — Ele ri me puxando para ele, e fazendo nossos corpos que pingavam se encontrarem. Sorrio o beijando e saindo da banheira, pegando uma toalha e envolvendo na volta do meu corpo e sinto as mãos dele na minha bunda, dou um tapa nas mesmas indo até o quarto dele. Minhas pernas ainda estavam meio fracas, porém andando normal.

Ele me joga uma camiseta e a cueca, eu sorrio colocando e indo com ele, que estava só de boxers e uma calça de pijama, até cozinha.

— O que quer que eu....

— Eu cozinho. — Dou um selinho nele, indo até a cozinha e ele se senta no balcão, me olhando e sorrindo. Eu pego alguns ovos e descasco a batata.

— O que vai fazer? — Faço sinal para ele ficar quieto e ele concorda,  enquanto eu corto a batata em quadrados começando a fritar elas.

— Eu… Posso ficar aqui alguns dias? — Pergunto e o sorriso dele abre.

— Você perguntando se pode ficar na minha casa? Tipo você e esse seu corpinho dormindo algumas noites na minha cama? Deixa eu pensar… — Eu pego um limão, jogando nele que ri. Quando as batatas estão quase prontas, ponho o ovo mole e frito, mexendo os dois juntos. Assim que ponho no prato, ele faz cara de nojo.

— Como disse Shakespeare "É melhor ser rei do teu silêncio, do que escravo das tuas palavras” então te aconselho a calar a boa e comer. — Quando ele põem na boca fica bem quietinho, apreciando a comida.

— Shakesquem? — Ele come mais e eu arregalo os olhos.

— Você não sabe quem é Shakespeare? Romeu e Julieta, Zayn!

— Ah… Aquele cara que mata a mulher né? — Eu olho séria para ele que ri. Estúpido. — ele também falou que "é preferível suportar os males que temos, do que voar para aqueles que não conhecemos", por isso que tu continua comigo. — Ele pisca o olho e eu fico impressionada.

— Não sabia que era fã de literatura. — Sorrio.

— Como já falei e vou repetir, tem muitas coisas que não sabe sobre mim. — E de novo, aquele maldito arrepio passa por toda a minha pele. Eu tinha medo de não saber tais coisas sobre ele, ele percebe, por isso decide mudar de assunto. — Até que além de tu ser boa pra eu foder, tu cozinha bem. Devia namorar contigo. — Ele passa as mãos nas minhas costas, fazendo todo o meu corpo se arrepiar.

— Obrigada por estar comigo nesse momento. Digo eu… Eu nunca pensei que… — Paro de falar para não chorar e ele seca a única lágrima que caiu.

— Eu to aqui pra ti, quer conversar? — Concordo enquanto ele me puxa para o sofá e eu me sento no seu colo.

— É egoísmo eu me achar traída? — Ele nega, passando as mãos devagar pelo meu cabelo.

— Só acho que talvez devesse escutar o que ele tem a dizer. A vida dele não foi fácil por sempre ser alguém que ele não era. — Eu paro para pensar.

— Então, já pensou que isso é culpa minha? — Ele nega me acariciando mais.

— Não, tipo, ele ia descobrir no tempo certo. Eu vi como ele ficou mal com o que aconteceu. Só escuta ele. — Ele pede e eu nego.

— Não agora...

— Acha que ele ia chegar e te falar isso do nada? Não muda nada na vida dele e agora o que importa é que ele ta feliz contigo, com o John e com o puto do Louis. — Eu paro para pensar concordando e levantando.

— Vamos dormir porque estou exausta e já é tarde. — Ele concorda, indo comigo até o quarto, mas parando na frente do estúdio.

— Quase me esqueci. — Ele estende uma sacola e eu tiro de lá dois telefones novos.

— Malik! — Bato o pé e ele ri.

— Eu tava precisando ai comprei e lembrei de ti. — Ele pisca o olho, ligando o dele e eu o abraço.

— Obrigada de novo, mas da próxima que for algo caro, eu compro. — Ele revira os olhos, me puxando para o quarto e deixando o celular na cama enquanto ia escovar os dentes. Eu vou colocando algumas coisas no meu, quando escuto um bip do celular dele. Mas… Ninguém tinha o número dele ainda, eu acho. Caminho devagar destravando o celular e a mensagem era de um número anônimo, porém foi só ler o nome no final que todo o meu estômago se revirou. Mas que merda era essa?

"Deveria cuidar melhor da sua menina. Keegan já foi meu colega no primário, talvez não devesse deixar sua namorada abrir as pernas pra qualquer um. — Josh.”

CONTINUA....