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História Say Something ( Em correção ortográfica) - It all falled.


Escrita por: stealmyziall

Notas do Autor


Bom pessoal, eu tinha outra conta e postava Hope por ela, então criei essa para me dedicar especialmente para Say Something! Eu espero do fundo do meu coração que vocês gostem e opinem nos comentários se estão ou não gostando! Muita gente que lia Hope sabe como eu adoro fazer concurso e colocar leitoras na fic, principalmente como pares românticos para os meninos! Mas bem, boa leitura e não me matem se estiver uma merda! Aceito críticas!!!!!

Capítulo 1 - It all falled.


Fanfic / Fanfiction Say Something ( Em correção ortográfica) - It all falled.

    

Quando se pensa em uma vida relativamente normal, eu não sei ao certo se me encaixo neste contexto. Não que eu faça o estilo dramática, mas vejamos do meu ponto de vista. Sou obrigada a acordar todos os dias ás 5 horas da manhã para treinar meu nado, sendo que a minha mãe é a minha treinadora. Logo depois de 2 horas de treino, vou direto para a escola ter minhas aulas, as quais também devo ser a primeira da turma, caso contrário minha mãe acha que não terei um futuro bom. Quando volto á tarde, eu almoço ás 15 horas e estudo mais 2 horas, logo depois me dedicando 1 hora ao violão e mais 1 hora ao piano, que para ser bem sincera é a minha hora favorita do dia. Tomo meu banho e de seguida janto antes que sejam 20 horas, porque minha mãe diz que se jantar mais tarde do que isto, a minha digestão será muito devagar e então irei engordar. Sim, ela se preocupa mais com o meu físico do que comigo mesma. Logo em seguida leio um capítulo do meu livro favorito e adormeço, me preparando assim para o dia seguinte e a mesma rotina de sempre. Prazer, me chama Emily e isso que eu descrevi acima, é o que eu chamo de vida. 

– BIP BIP…  –  Bato no meu despertador com esperança de que o tempo pudesse simplesmente ser pausado e eu pudesse dormir mais um pouco, porém quando olho para a janela, percebo que seria somente um belo sonho se isso realmente acontecesse. Me levanto e vou em direção ao meu banheiro, de maneira sonolenta com os olhos fechados, péssima decisão, pois bato de cara com a porta que estava fechada. 

– Ugh  –  É o grunhido que eu solto ao ver o meu reflexo no espelho. Cabelos completamente descabelados, que na realidade parecem um belo ninho de rato, olheiras profundas e pele ressecada. Eu estava assim por causa dele, eu tive mais uma vez pesadelos, com ele. Se eu não tivesse esses malditos pesadelos, eu conseguiria ter uma noite de sono tranquila, porém não, e o problema é que mesmo depois de anos eles estão se tornando cada vez mais frequentes. 

– Filha? – Minha mãe grita do andar de baixo, me fazendo suspirar e fazer com que toda a calma que sequer estava presente no meu corpo, fosse embora. Apoio meus braços na bancada da pia, sentindo o mármore gelado com minhas mãos e penso bastante sobre o dia que teria pela frente. 

– Já estou de pé mãe!  –  Berro em resposta enquanto termino de escovar os dentes e me dirijo ao quarto, coloco meu maiô de treino, seguido por um shorts e uma regata simples, ao descer as escadas minha mãe me espera com uma banana nas mãos e sorri ao me ver. 

– Bom Dia flor do dia! — Ela fala animada, me dá um beijo na testa e nos dirigimos ao carro. O começo do caminho até o ginásio onde treino é feito em silêncio, e ela parece de certa maneira desconfortável com isso, mas é sempre isso. Fazem anos que o único tópico de nossas conversas são competições ou estudos. — Está nervosa pela competição semana que vem? – Pergunta me olhando de lado.  

— Não sei ao certo, ansiosa talvez. – Torço o lábio. Eu havia treinado tanto para A competição que não pensava na hipótese de perder, além disso, minha mãe ficaria uma fera e faria eu aumentar mais ainda a carga horária do treino semanal. — Medo? – Ela pergunta quase como um sussurro a me testar, e sei exatamente que resposta ela espera, abraço a mim mesma no intuito de me aquecer e penso bem no que vou falar a seguir. 

– Você me ensinou que medo não existe no nosso vocabulário.  – Ela da um sorriso de lado, orgulhoso eu diria. Respiro fundo encarando a janela e pensando se devo ou não trazer á tona o assunto que eu realmente quero debater com ela, porém que eu tenho um grande medo, devido a sua reação. 

– Minha garota!  – Percebo que o tom na sua voz é como se fosse de um quase entusiasmado, por conta da minha resposta anterior. Ela me olha sorrindo, mas logo volta os olhos para a estrada e paro para admirar a sua beleza por alguns instantes, mesmo com… Mesmo com câncer e estando com essa queda de cabelo ao decorrer dos dias á aumentar, ela continua muito linda. Tenho seus olhos verdes e  seus grandes cílios, herdei seu cabelo castanho liso e o ondulado nas pontas herdei infelizmente do meu pai. Odeio qualquer coisa que me faça lembrar daquele homem. O ser humano que ele é, me traz uma repulsa que não sei ao certo como descrever porque acho que não existem palavras capazes de descrever meus sentimentos por ele. O que me faz lembrar… Vamos lá Emily, você consegue, é uma simples pergunta e se ela aguentou o que o seu pai fez, ela definitivamente aguenta responder a sua curiosidade. 

– Você não tem medo mãe? – Pergunto receosa, nunca tínhamos discutido sobre o fato de ela partir, mas acho sinceramente que não tem como alguém se preparar ao certo para ver a pessoa que mais amamos no mundo  ir embora sem termos chance alguma de lutar contra isso.  

– Pensei que não existisse medo no nosso vocabulário filha. Medo do que? – Ela se faz de desentendida, sei que ela odiava falar sobre isso, mas eu não consigo, simplesmente não consigo agir no dia-a-dia como se absolutamente nada estivesse acontecendo. Como se eu não soubesse que posso acordar qualquer dia, ou sequer ir tomar um simples banho e ver que ela vai estar machucada ou sequer já vai ter partido para outra. 

– Estou falando sério. — Disse um pouco mais alto. 

– De morrer? – Ela solta um riso fraco, e logo o sorriso sai do seu rosto. 

– Sim, quer dizer... – Pausei por um instante, criando coragem. — Sim, de morrer mãe. Você é humana sabe? Eu sou sua filha e é suposto ter confiança em mim. Não precisa se fazer de forte na minha frente. 

– Eu não me faço de forte Emily, é só uma realidade que eu prefiro não tentar enfrentar… 

– Mãe, você é assim por conta dele, você sempre faz isso de me afastar quando vamos tocar em um assunto no qual você fuja da sua zona de conforto. Ás vezes eu sinto você tão fria. — Confesso e ela me olha de maneira estranha e completamente desconfortável. 

– Eu tenho medo do que possa acontecer com você filha. – Ela suspira. — Esse definitivamente é o maior de todos os meus medos. 

– Bem, eu já sou grandinha sabe, logo você vai começar a ter que lidar com as minhas crises existenciais. – Rio sem nenhum pingo de humor, tentando melhorar o clima no carro. Por mais que a minha mãe me faça ter essa rotina louca, eu sei que ela faz isso porque me ama e quer o melhor para mim, ela quer que eu tenha um futuro e não tenha que depender de ninguém. 

– 16 anos e se acha grandinha? – Ela ri discordando com a cabeça,  logo ela estaciona o carro na frente do ginásio e desço para mais uma sessão de treinos intensos e tímpanos quase estourados.  

 

{...} 

 

– Então como foi?  – Retiro meus livros do armário e tento ignorar o tumulto do pessoal no corredor, mas era praticamente impossível escutar a ruiva ao meu lado com esses sons altos. Céus, adolescentes e seus hormônios.  

– Do que está falando Emily? – Ela me olha confusa. 

– Você sabe... — Falo e ela ri toda boba me olhando e dando saltinhos no meio do corredor. 

– Foi perfeito! – Ela diz animada e consigo notar o brilho em seu olhar, era tudo o que alguma vez eu iria querer para mim ao sequer pensar na pessoa que amo. 

– Está falando sério, Bruna? – Pergunto incrédula para a minha melhor amiga, que acabou de perder a virgindade e fica agindo como se fosse a coisa mais normal do mundo, como se nem doído sequer tivesse.  

– Estou sim. – Ela fala com a voz mais fina que o normal devido a animação. — Ele foi carinhoso, selvagem, sexy, cuidadoso… Tudo ao mesmo tempo! Foi perfeito! – Ela suspirou apaixonada e eu só percebo o sorriso involuntário no meio rosto quando minhas bochechas começam a formigar. Fechamos os armários e começamos a andar em direção a saída. 

– Fico feliz, tenho certeza que eu teria estado completamente nervosa e faria tudo errado. — Confesso e ela ri. 

– Minha doce e inocente Emie, não tem maneira certa ou errada. Acho que quando encontramos a pessoa certa simplesmente acontece sabe? Era como se soubéssemos que estava na hora certa e simplesmente aconteceu. 

– Ah certo Bruna, pois todos os guris esperam a menina querer. Hoje em dia é uma competição para ver quem se relaciona com o maior número de meninas, e sinceramente essa é a competição que tenho certeza que a minha mãe não quer que eu ganhe. — Rio e ela me acompanha. 

– Acho que deveríamos arranjar um namorado para você. Podia ser um alto todo musculoso, olhos castanhos e incrivelmente sexy! Estou vendo tudinho já Emie! 

–- Ah, sim? Pois bem, fale como vê tudinho pra minha mãe, ela vai amar definitivamente! — Bufo realmente de certa maneira irritada por me sentir presa em uma gaiola que eu sei que nunca vai ter fuga, ou pelo menos não tão brevemente. 

– Então a senhora Collins anda a pegar muito no seu pé? Sério Emily, sua mãe tem que ter uma noção que você não é mais um bebê. 

– Você sabe como ela é e como ela funciona, se ela sentir algo fora dos eixos, eu nunca mais respiro esse ar aqui.  — Faço mais drama, inspirando o ar á nossa volta pesadamente e ela ri me acertando no ombro. 

– Ela tem que entender que você já tem 16 e em algumas semanas já vai fazer 17, se não se relacionar agora e tentar a sorte vai fazer isso quando? Com uns 30 anos Emily? — O que ela fala realmente me põe a pensar se devo ou não tocar nesse assunto com a minha mãe. O celular dela começa a tocar e vejo o nome “amor” no visor. 

– Parece que as coisas estão realmente sérias com o Chris... –  Sorrio para ela e vejo o seu namorado se aproximar de nós pelo meio das pessoas paradas na entrada da escola. 

– Posso roubar minha linda namorada uns minutos? – Ele pergunta ao chegar abraçando ela por trás. 

– Olá para você também, Chris. – Dalo irônica, e ele dá um sorriso falso. — E eu já estava a caminho de casa, se cuidem... – Eu me despedi dele com um sentimento estranho, ciúmes? Da minha melhor amiga? Eu tinha ciúmes da maneira como eles se amam, eu queria tanto um amor para mim... Mas segundo minha mãe, eu não tenho tempo para distrações quando o futuro está á um passo de distância. 

 

{...} 

 

– Acorde flor do dia! — Escuto á voz suave da minha mãe ao meu ouvido e sorrio, sorrio por saber que hoje tinha mais uma disputa. Ela abre a cortina fazendo a enorme claridade entrar pelo quarto, me viro olhando o despertador, e como hoje era a competição, ela desligou o despertador, e me deixou dormir mais 1 hora do que o normal. Sorrio e me levanto, indo até o banheiro para tomar um banho rápido, o que me ajuda a relaxar bastante. Assim que saio, vou ao quarto e me visto com bastante paciência, coloco a devida roupa, amarro o cabelo em um rabo de cavalo alto,  desço as escadas com a minha pasta na minha mão. 

– Mãe?  –  Chamo ao notar que os ovos na frigideira já estão queimados. Desligo o fogão e tiro os ovos, pondo os mesmos no lixo e antes de qualquer coisa, ponho água quente na frigideira para que não estrague mais tarde. Me dirijo até a sala, mas não a vejo, decido ir olhar no andar de cima, mas quando viro noto algo no chão. — MÃE!  –  O corpo dela estava jogado no chão da sala, e ela está pálida! O que? Eu me apresso para chegar perto dela e tento sentir a sua pulsação, mas parece que não está nada certo. O desespero bate no meu coração e simplesmente travo sem saber o que fazer, sinto meu coração se apertar e uma dor física se faz presente, como se estivessem esmagando meu coração. Levo alguns instantes, mas reajo e ligo para a emergência, meus soluços aumentam a cada instante.  — Mãe… Diz que é algum tipo de piada, por favor! NÃO TEM GRAÇA MÃE!  –  Berro na esperança que ela se levante e me diga para não perder o controle, pois uma menina de classe nunca faria isso. Ela nesse momento me faria simplesmente andar com a postura aberta, ou de alguma maneira que fosse me fazer parecer mais fina e menos desesperada, mas sinceramente, nessa situação eu simplesmente não sei o que fazer. Escuto as sirenes se aproximando e me ponho de pé, correndo para fora de casa, como se fosse adiantar muita coisa. Assim que eles avistam uma menina louca pulando pelo meio do quintal, acho que eles entendem perfeitamente que é aqui. Os paramédicos descem correndo e eu espero do lado de fora quase tremendo, os vizinhos saem de suas casas e olham para cá, só espero acordar e ver que isso não passe de um terrível pesadelo, o pior que eu já tive em toda a minha vida. Minhas mãos continuam tremendo e eu não sei se tenho coragem sequer de voltar para dentro de casa, pois tenho medo, medo de fechar os olhos e quando for abri-los, notar que continua a mesma coisa, que ela está da mesma maneira e eu simplesmente não poderei ter a chance de mudar absolutamente nada. 

– A menina vem junto? – Ao escutar isso, eu apenas ponho minhas pernas a correr, me colocando  dentro daquela ambulância apertada e olho para o rosto da minha mãe, parece tão sereno… Não, isso não é justo, não está acontecendo nada disso! 

  Os paramédicos abrem as portas e eu desço dando espaço para que eles tirem a minha mãe com a maca de lá e entrem correndo com ela. O que tinha acontecido? Não se morre assim com câncer! Isso é patético, não pode ser realidade! 

– Ela vai ficar bem não é?  –  Tinha passado por uma situação parecida com essa, quando ela teve uma parada cardíaca, mas dessa vez parecia bem pior, eu olhava em volta sem saber o que fazer, e as lágrimas a transbordarem dos meus olhos, por favor, eu só quero acordar! Meu celular começa a tocar e vejo o nome da Bruna na tela, desligo a chamada sem ter capacidade de fazer nada, a competição! Ela deve estar se perguntando o porquê de eu não estar lá! Eu simplesmente caminho para dentro do hospital e espero na que eu julgo ser a sala de espera, olho em volta e vejo pessoas doentes e outras chorando, por que eu tinha que estar aqui? Analiso o ambiente e penso, não sei se rezo, se durmo ou se choro. A única coisa que sei é que me sinto completamente abandonada, me sinto sozinha e sinto que quando eu receber a notícia que eu tanto temo, eu vou literalmente estar sozinha no mundo. Depois de quase uma hora o médico se dirige até mim, com... Aquele olhar de pena, eu não estava preparada par escutar aquilo, eu não estava preparada para o que estava por vir. 

– Eu lamento senhorita. – Ele pousa a mão nos meus ombros. 

– Não.  – Eu balanço a cabeça negativamente, e sinto as lágrimas descerem dos meus olhos para o meu rosto sem parar. 

– Fizemos o que estava ao nosso alcance, mas as suas chances não eram muitas…  – Ele diz calmo, estava tentando me confortar.  

– Eu quero ver ela, eu preciso ver ela…  – Falei com um pingo de esperança na voz, meus olhos faziam as lágrimas caírem cada vez mais, ele pode ter me deixado confusa, ela está viva... Eu tenho certeza. Eu só… Eu só a quero aqui Deus, é a única coisa que eu peço. Eu sei que posso parecer uma mal agradecida por reclamar, mas eu juro que nunca mais reclamo! Farei todas as tarefas sem sequer suspirar de cansaço ou algo do gênero, mas eu preciso dela, preciso de alguém aqui comigo. 

– Lamento, mas ela agora está… — Ele pausou, e logo retornou a falar. — O cadáver está sendo analisado. — E essa foi a facada mais forte que algum dia já me deram na vida, perdi as forças nos meus joelhos caindo com tudo no chão. 

– Não, minha mãe não! Traz ela de volta! Ela… Ela é forte!  — Eu queria acreditar no que eu falava, mas quando ele respirou fundo com um olhar triste, eu tive a certeza que eu estava errada. 

–  Ninguém é forte o suficiente para aguentar uma parada cardíaca do nível daquela. — Eu estava me preparando pra perder ela, psicologicamente e com o tempo, mas não assim de repente, eu simplesmente me senti sem chão, sem rumo, sem nada. O que vai ser de mim agora? Eu não tinha nada a não ser ela. 

— A senhorita precisa de alguma coisa? — Ele pergunta, me ajudando a levantar e me sentar na cadeira com as minhas lágrimas ainda á cair. 

— EU PRECISO DA MINHA MÃE! — Berro, chamando a atenção de todos á nossa volta, me sinto como uma garota mimada, mas sinceramente qualquer um no meu lugar conseguiria agir ainda pior. Levantei me soltando do braço dele e corri para fora desse lugar o mais rápido que pude. Não... Isso não é real! Eu vou chegar em casa e ela vai estar lá para me obrigar a estudar, ou... Ou para me escutar enquanto eu ensaio o piano, ou ela irá comigo ao ginásio e mandará eu treinar mais 2 horas, ou... 

– BI BII. — Olho assustada para o lado quando percebo que estou no meio da rua e quase fui acertada por um carro. Por que o céu está tão escuro e chove sem parar? A chuva se mistura com as minhas lágrimas, e eu saio correndo novamente, eu prefiro morrer. Morrer do que ter que viver com a dor de que a minha mãe se foi para sempre, eu não sabia onde estava até... 

– NÃO! — Berro quando chego aquele parque, fazendo todos me olharem torto. Aqui foi quando tudo começou! Meu pai me abandonou e eu continuo seguindo as memórias dele, foi nesse parque que ele viu aquele estúpido! Se não fosse por ele, a minha mãe continuaria bem, ela continuaria viva. Desde que ele se foi ela se tornou essa pessoa obcecada por vencer e estar sempre acima de todos, ela ficou doente e mesmo assim não queria que os outros soubessem! A culpa é 100% dele por ter me feito com ela e simplesmente me abandonado depois. Ele traiu a minha mãe com aquele homem! Ele virou gay por causa daquele homem! Eu odeio ele e aquele homem! Eu tinha nove anos e ele simplesmente decidiu dar essa reviravolta tanto na vida dele, como na minha e na da minha mãe ao fugir do dever dele e se mudar para a Inglaterra com aquele estúpido! Que direito ele acha que tinha para fazer isso? Por que estou pensando nisso? Por que eu sequer vim até aqui com essa chuva? Já não basta meu sofrimento, eu venho para esse parque para sofrer mais ainda! Corro em direção a minha casa, quase arrombo a porta e me dirijo até o quarto dela. Um ódio surgiu no meu peito e o sentimento parece simplesmente aumentar cada vez mais e mais. 

– NÃO! — Gritei ao pegar os quadros e jogar todos no chão, fazendo eles se partirem em mil pedaços. Abro o armário dela e jogo todas as roupas no chão. Fui para a cama, desfazendo a mesma e jogo os perfumes dela contra o grande espelho, rasguei as cortinas e logo me joguei no chão, me encolhendo no canto do quarto soluçando, puxo minhas pernas para o meu peito abraçando as mesmas me sentindo uma pequena criança sozinha nesse enorme quarto. 

– Vamos mãe, por favor. – Disse entre soluços. — VEM ME XINGAR! ME CHAMAR DE MALUCA POR DESARRUMAR TUDO! Só volta... Por favor.  –  Eu sabia o quão patético isso podia parecer, mas precisava que ela me xingasse e colocasse a minha vida nos eixos como sempre, mas sem ela, a minha vida nunca entraria nos eixos novamente. 

 

{...} 

 

– Vamos querida  –  Minha tia segura o meu braço enquanto nós saíamos do enterro da minha mãe. 

– Quer que eu passe a noite com você?  –  A Bruna me pergunta e eu concordo entrando com ela, e com a minha tia no carro logo indo em direção ao que eu costumava chamar de casa. Assim que chegamos, eu joguei minhas coisas no sofá sem me preocupar em escutar um sermão por isso, porque isso certamente não iria acontecer.  

– Vou ajeitar a sua cama. –  A Bruna fala já subindo as escadas Eu escuto a campainha tocar e eu bufo, mais gente com pena de mim, eu não precisava da pena dele, eu não queria da pena deles, eu queria a minha mãe, eu precisava dela. 

– Eu abro. –  A minha tia pulou para atender a porta, o que eu acho realmente estranho vindo dela, pois ela estava mal assim como eu nos últimos 2 dias. No enterro ela abraçava as pessoas desesperadamente procurando por um refúgio enquanto eu simplesmente preferi ficar sozinha, olhando tudo o que acontecia a minha volta. 

– Onde está ela?  – Ao escutar aquela voz, eu congelo e parece que os meus batimentos cardíacos decidem parar por conta do susto que eu acabei de levar. O verdadeiro pesadelo acabou de começar. Se eu pensava que perder minha mãe seria o que mais doeria no meu peito, eu acho que estou começando a achar que me enganei, pois somente de escutar a sua voz, eu me machuco mais ainda e parece que a ferida que está aberta no meu coração a 8 anos está ficando mais e mais profunda. Me viro de maneira brusca, sentindo as minhas lágrimas descerem novamente e encaro o homem de terno na minha frente, paraliso e pisco algumas vezes para ter certeza de que o que está aqui na minha frente, e não é uma ilusão, e das piores sem sombra de dúvidas. 

– Pai? –  Falo em um tom de deboche, secando as lágrimas que ainda caiam dos meus olhos, porém que assim que escutaram a sua voz parecem ter entrado em choque assim como eu ,e terem parado de cair, eu certamente não estava preparada para mais que isso no momento. 

CONTINUA...


Notas Finais


Bom pessoal esse foi o primeiro capítulo!espero realmente que tenham gostado! Vocês vão ter uma grande surpresa com o meio-irmão que aguarda ela e a sua personalidade! De todos os meninos na realidade! Prometo não decepcionar e só quero que vocês deêm uma chance a fic! Por favor eu imploro que comentem me dizendo o que acharam e sei que esse capítulo está meio bosta, mas os seguintes vçao melhorar porque o Malik veêm logo logo!hahaha bem esperto ansiosa pelas opiniões de vocês!!!! beijos


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