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História Scared and Lonely - Adeus?!


Escrita por: misskekebs

Notas do Autor


Sei que devem estar querendo me bater, mas trouxe esse capítulo pra amenizar essa raiva KKKKKKKKKK Boa leitura.

Capítulo 6 - Adeus?!


Ele respira fundo antes de começar á falar e o desespero, toma conta de mim por completo.

 

- O Senhor Weller teve uma lesão vascular na região cervical. – ele diz.

- E o que isso significa?! – Eu pergunto com medo da resposta e Patterson se coloca ao meu lado pra ouvir a resposta do doutor.

- Vou explicar melhor. – Ele diz. – A bala atravessou uma veia que bombeia sangue pro coração dele, por isso ele teve uma parada cardíaca na ambulância, ele teve uma hemorragia intensa na sala de cirurgia e houve uma nova parada cardíaca. – Quando o doutor diz isso minha cabeça começa a girar, sinto uma tontura muito forte, minha visão escurece e minhas mãos ficam geladas Patterson teve que me segurar pra eu não cair. – Tivemos que reanimá-lo com o desfibrilador desta vez e conseguimos conter a hemorragia, mas ...

- Mas o que?! – Eu falo mais alto com o desespero tomando conta de mim.

- Mas.. o senhor Weller perdeu muito sangue, estamos fazendo uma transfusão agora, mas ele entrou em um coma profundo.

- Não! – Eu grito, e começo á chorar descontroladamente.

- Calma Jane! – Patterson diz ainda me segurando. – E se sabe quando ele vai acordar? – Ela pergunta pro doutor.

- A senhorita não entendeu, nós não o induzimos ao coma. Ele entrou em coma profundo, seu próprio cérebro fez isso. Nós estamos injetando morfina pra dor, mas tudo depende dele agora. Eu sinto muito senhora Weller. – Ele diz olhando pra mim. – Nós o transferimos pra UTI a senhora pode vê-lo se quiser, mas só a senhora pode entrar. – Ele diz e volta pela porta de onde ele saiu.

- O que eu vou fazer Patterson?! Ele não pode morrer. – eu a abraço e choro em seu ombro.

- Vai dar tudo certo Jane você vai ver, ele vai acordar. – ela tenta me consolar.

- Estou com medo Patterson! Eu nunca senti tanto medo na minha vida.

- Jane, ele é forte e já passou por coisas piores. Ele vai passar por mais essa. – ela diz e dá um sorriso forçado.

Neste momento Reade e Tasha chegam e nos olham assustados.

- O que houve? – Tasha e Reade perguntam ao mesmo tempo.

- Weller está em coma.  – Patterson responde sem exitar.

- Ai meu Deus! – Tasha balbucia cobrindo a boca e Reade somente abaixa a cabeça respirando fundo.

- Jane você está se sentindo bem? – Reade pergunta preocupado.

- Eu estou um pouco tonta, mas já vai passar. – Eu falo apertando os olhos com a mão na cabeça.

- Venha Jane, sente-se aqui. – Patterson me puxa pra sentar no banco da recepção.

- Eu quero vê-lo. – eu falo me sentando de má vontade.

- Eu sei Jane, mas primeiro você vai tomar uma água e tentar se acalmar, você está muito nervosa. – ela diz.

- Eu preciso avisar a Avery ela pediu caso eu soubesse notícias. – falo e já vou pegando meu telefone pra ligar pra ela.

Na quarta chamada ela me atende. Eu expliquei tudo o que o médico me disse. Ela queria vir pro hospital, mas eu disse que não por que ele não pode receber visitas somente eu que sou a esposa posso entrar. Ela disse que tudo bem, mas assim que acordasse viria até o hospital mesmo assim. Eu fiquei um pouco alegre e confusa, o que ela faria aqui sendo que ninguém pode entrar, mas resolvi não argumentar. Reade, Tasha e Patterson se despediram de mim e foram embora, eu não ia prender meus amigos ao meu lado a noite toda então eles concordaram e eu disse pra eles voltarem no dia seguinte. Levanto da cadeira tomando coragem de ir a UTI onde ele está não quero vê-lo ali de olhos fechados sem se mover, me deixa impotente não sei o que fazer.

Antes que eu entre no quarto uma enfermeira me aborda e vem me entregar algumas coisas que estavam com o Kurt na hora que ele foi baleado. Uma delas é sua aliança, eu a seguro nos meus dedos e fico olhando pra ela tiro um cordão que está no meu pescoço e penduro a aliança dele como um pingente. Antes de entrar no quarto e fecho os olhos respiro fundo e torço pra que ele acorde logo.

Assim que passo pela porta eu posso ver ele deitado na cama, respirando com ajude de um aparelho, seus braços cheios infusão de medicamentos. Ele estava tão sereno deitado ali com os olhos fechados parece que estava somente dormindo. Sinto um aperto no meu peito e me aproximo dele pegando sua mão.

Vê-lo daquele jeito faz eu me sentir mal, não posso fazer nada para ajudá-lo por que sua recuperação não depende de mim depende dele mesmo.

- Hey.. hã.. só quero que saiba que estou aqui, e que não vou á lugar nenhum. – chego perto do seu ouvido sussurro e deixo um beijo em sua testa.

Puxei a cadeira que estava ao lado da cama pra ficar mais perto e me sentei segurando sua mão e apoiei minha cabeça em meu outro braço apoiando também na cama e fico observando-o.

Os dias foram passando e nada dele acordar, eu já estava ficando apavorada com a idéia de que ele não acordasse mais e eles me dessem a opção de desligar os aparelhos, eu jamais faria isso.

Eu não estava indo trabalhar, ficava com ele o tempo todo. Passava em casa trocava de roupa e voltava pro hospital, essa era minha nova rotina desde que ele foi baleado. Avery passou aqui algumas vezes, baixou um pouco a guarda e conversou um pouco mais comigo, eu pedi pro doutor autorizar que ela e os nossos amigos visitassem ele.

Avery disse que tinha um carinho especial por Kurt, que ele cuidou dela na Alemanha e ela não soube retribuir. O traiu e forjou sua própria morte para prejudicá-lo.

O team vinha sempre que podia Patterson e Tasha me obrigavam a comer, eu não queria nada só queria ficar com ele. Se fosse pra eu morrer eu morreria ao seu lado.

 

(...)

Cinco meses depois.

 

- Jane você tem que comer. – Patterson implora.

- Eu não quero nada, me deixe em paz. – eu retruco um pouco rude com ela.

- Eu não vou embora até você comer e não adianta bancar a durona comigo que não cola. – ela diz.

Eu reviro os olhos bufando e começo a comer de má vontade o almoço que ela trouxe pra mim.

- Boa garota. – ela diz divertida.

- Pronto eu já comi, satisfeita?!

- Não Jane, você não comeu nem três colheres de comida. Eu quero pelo menos a metade do prato vazio ou eu não vou embora. – ela insiste.

- Você me irrita às vezes Patterson. – eu digo com uma ponta de raiva. – Eu quero voltar pro quarto dele não quero comer.

- Jane se você não comer, vai acabar ficando aqui só que como paciente. Você está muito magra, não dorme, não come. – ela joga na minha cara. – quer que ele te veja debilitada quando acordar?

Ela pegou na ferida, se Kurt me visse assim com certeza ele me faria comer e dormir mesmo que tivesse que me forçar.

- Está bem Patterson você venceu. – eu reviro os olhos mais uma vez colocando uma colher cheia de comida na boca.

- Patterson. – eu a chamo e ela me encara séria. - eu estou desesperada, estou com muito medo. Você sabe que eu não sou de falar essas coisas, geralmente eu guardo pra mim, mas eu não agüento mais, eu preciso que ele acorde.

- Calma Jane. – ela aperta a minha mão me consolando. – ele vai acordar na hora certa. As ondas cerebrais estão normais o doutor mesmo disse que não tem nada de errado com o cérebro dele, ele fez milhares de exames durante esses cinco meses.

- Eu não entendo isso, se ele está bem deveria acordar. – eu falo chorosa.

- Seja um pouco mais paciente. Eu sei que deve estar desesperada, sei que ama seu marido. E posso te entender. – acho que ela deve ter se lembrado de David por que ficou triste imediatamente e abaixou a cabeça com os olhos marejados.

- Me desculpe. – eu digo com sinceridade. – não tive a intenção de.. de

- Está tudo bem Jane. – ela sorri. – você não me fez nada.

- Acabei. – eu falo olhando pro prato. – eu comi tudo, nossa nem acredito.

- Está vendo como você estava faminta! – ela diz apontando pro prato. – comeu tudo mesmo.

Em quanto estávamos ali conversando uma enfermeira me chama e diz que o doutor quer falar comigo com urgência. Meu coração palpita e na hora o almoço que acabei de comer tenta voltar pela minha garganta. Respiro fundo e acompanho a enfermeira deixando Patterson lá, antes de passar pela porta eu olho pra trás e Patterson sorri pra mim.

Quando chego ao quarto o doutor está checando Kurt e quando ele me vê dá um leve sorriso.

- O que houve?! – eu digo afoita.

- Calma senhora Weller, ele está bem. – ele diz.

- Então por que o senhor me chamou com urgência?! – eu pergunto preocupada.

- Temos uma boa notícia! – ele diz sorrindo.

Quando o doutor fala que tem boas notícias sinto meus lábios se movendo acho que eu estava sorrindo. Faz tanto tempo que não dou um sorriso que sinto minha mandíbula doer um pouco.

- Qual notícia?! – eu pergunto sorrindo e indo pro lado de Kurt na cama.

- Nós vamos remover o tubo de oxigênio. 

- O quê?! Mas por quê? – eu pergunto ficando preocupada novamente. – e como isso é boa notícia?

- Calma senhora Weller deixe-me explicar. – ele diz. – o senhor Weller já pode respirar sem a ajuda do tubo de oxigênio, estamos removendo por isso.

- Sério?! – eu pergunto sem acreditar no que acabei de ouvir.

- Sim, muito sério e se ele continuar com essas melhoras acho que logo ele irá acordar, estamos muito esperançosos. – ele conclui.

Eu aperto a mão de Kurt e levo sua mão até os meus lábios e dou um beijo suave e me abaixo para encostar meus lábios em seu ouvido.

- Está vendo meu amor, você já está melhorando. – eu sussurro. – logo você vai voltar pra mim.

Conto aos meus amigos as novidades e eles ficam tão felizes quanto eu, Avery até me deu um abraço. Senti-me bem pela primeira em muito tempo, minha filha está aqui comigo meu amor está se recuperando sinto que a nuvem negra já está indo embora.

Volto para o quarto e fico ali em pé o encarando e sorrindo boba, só de imaginar que ele pode acordar á qualquer momento faz meu coração palpitar e uma lágrima solitária cai dos meus olhos.

Aproximo-me mais dele e deito minha cabeça em seu peito ouvindo as batidas do seu coração, sinto uma vontade louca falar pra ele o que eu sinto e não me contenho, chego mais perto do seu ouvido e sussurro.

- Eu te amo Kurt, sinto muito por ser tão cega e não enxergar que você queria me proteger. Me perdoa meu amor, me perdoa. – eu aproximo meus lábios dos dele e lhe dou um beijo casto e suave.

Acaricio sua mão e fico olhando pro seu rosto bonito. Meu coração está cheio de esperança. Em quanto eu acariciava sua mão sinto seus dedos se movendo. Meu coração para e eu fico boquiaberta, olho imediatamente pro seu rosto e o que vejo me tira o fôlego, um par de olhos azuis me encarando.


Notas Finais


Vejo vocês no próximo beijos e até.


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