História Scared and Lonely - Escuridão

Não acredito no que meus olhos estão me mostrando não pode ser verdade eu pensei que estava tudo bem, que estivesse tudo resolvido com a CIA que eles iriam me deixar em paz, mas pelo visto eu estava enganada eu já deveria imaginar que eles viriam atrás de mim novamente, eles fizeram isso com Cade ele tinha um acordo com a NSA, mas foi capturado pela CIA. Eu devia saber que Keaton viria atrás de mim, mas o que me deixa mais surpresa é o fato de que Nas está ao lado dele sorrindo pra mim Nas é nossa amiga ou eu pensava que era.

- O que está acontecendo? – eu pergunto desesperada. – Por que vocês me prenderam?

- Acho que não preciso dizer o porquê de você estar aqui Jane. – Keaton diz sorrindo e vindo em minha direção.

- Nas me ajude! – eu peço. – Você é nossa amiga, nós confiamos em você.

Eu forço meus pulsos tentando me soltar, mas é impossível eles apertaram as amarradas.

- Eu nunca fui sua amiga Jane, eu me aproximei de vocês por que era conveniente pra mim. – ela diz.
- Por que era conveniente ou por causa do meu marido? – eu pergunto entre os dentes.

- Não preciso mais mentir não é? – ela debocha. – foi por causa de Kurt sim.

- Sua vadia paquistanesa! – eu solto.

- Hey! Hey! – Keaton impede meu chingamento. – Chega de papo furado e vamos ao que interessa.

Eu preciso sair daqui Kurt deve estar desesperado atrás de mim, Avery precisa de mim. Não! Não pode ser verdade, não agora que as coisas estavam indo tão bem entre Avery e eu, agora que eu e Kurt nos entendemos, agora que podemos finalmente ser uma família.

Keaton se aproxima de mim e me dá um tapa forte no rosto.

- Desculpa Jane, não é pessoal. – ele diz e dá outro tapa em meu rosto. – É o trabalho, já a minha amiga Nas aqui levou pro pessoal.

- Isso eu posso perceber. – eu falo sem emoção.

- Ah Jane! Não fica assim. – ela diz. – Eu vou cuidar muito bem do Kurt.

Eu sorrio debochadamente para ela.

- Se ele não te quis antes, agora ele não vai te querer mesmo. – eu falo. – Aliás, você não tinha voltada para NSA?

- Na verdade eu fiz vocês acreditarem nisso. – ela diz agora andando de um lado para o outro. – é muito fácil enganar vocês.

- Reze para que eu não consiga fugir, por que se eu conseguir eu vou te matar com minhas próprias mãos. – eu falo entre os dentes.

- Não seja tão otimista Jane. – Keaton se mete novamente. – Desta vez você não vai fugir.

Ele se afasta de mim e vai em direção á sua mesa de equipamentos de tortura, pega um alicate pequeno e volta em minha direção, eu fico observando o que ele vai fazer ele vai para trás de mim o sinto segurando meu dedo, eu já estava me preparando para a dor, mas quando ela veio não consegui segurar meu grito, ele segurou a ponta da minha unha e a arrancou de uma vez.

Gritei somente na primeira vez, quando as outras unhas foram arrancadas uma á uma eu agüentava a dor mordendo meu lábio. Encarei Nas e ela ficava sorrindo pra mim debochadamente parecia se divertir com meu sofrimento, meu estômago se revira e me dá uma ânsia muito forte eu não consigo segurar e com meus braços e pernas amarrados me inclino para frente e jogo para fora o que tinha em meu estômago.

- Está na hora da nossa amiga Jane ficar um pouco no escuro. – Nas diz se aproximando de mim e injetando algo em meu pescoço.

Fico sonolenta cinco segundos depois de ela injetar, minha vista embaça e minhas pálpebras ficam pesadas demais e depois só tinha escuridão.

(...)

- Eu não sei está bem! – Tasha diz nervosa para Kurt ao telefone. – Eu preciso te contar algo importante, precisa ser pessoalmente.

- Venha para cá imediatamente, estou te esperando. – ele diz estressado. – Vou chamar Patterson e o Reade.

(...)

Uma hora depois o team estava reunido no apartamento de Kurt, Tasha contou para eles tudo que havia conversado com Jane antes dela desaparecer. O tempo estava passando e não tinham notícias de dela, e isso estava deixando todos no limite.

- Eu já disse que não sei onde ela está! – Tasha grita com Kurt. – Trabalho na CIA, mas não sei de tudo.

- Eu devia ter percebido que Keaton não ia desistir. – Kurt diz. – Isso é minha culpa, eu não a protegi.

- Não é sua culpa Kurt, ninguém poderia imaginar que Keaton a queria de volta. – Patterson diz. – Precisamos procurá-la o quanto antes.

- Quando eu desconfiei dele eu a avisei, mas era tarde demais. – Tasha diz. – Me desculpe não ter percebido antes.

- Não é sua culpa também Tasha. – Reade diz. – Patterson procure nas câmeras do estacionamento e dos prédios vizinhos.

- Já estou nisso. – ela diz.

A cabeça de Kurt está á mil, as coisas estavam entrando nos eixos eles haviam se reconciliado, Jane está se dando bem com a filha. Sempre que eles estão felizes acontece alguma coisa para abalar a vida deles.

- Avery! – Kurt diz. – Eu esqueci totalmente de avisá-la, preciso ligar pra ela.

Kurt se afasta do team para ligar para Avery, ela atende no terceiro toque.

- Kurt? Está tudo bem? – ela pergunta.

- Não Avery, eu preciso conversar com você é sobre sua mãe. – ele diz cansado.

- Estou á caminho! – ela diz e já desliga.

A casa segura de Avery ficava á oito quarteirões do apartamento de Kurt por isso não demorou muito para Avery bater em sua porta.

- O que aconteceu com Jane? – Avery vai entrando e encontra o team reunido. – Onde ela está?

- Não sabemos. – Kurt diz. – Achamos que ela foi seqüestrada por Keaton.

- Tem certeza que ela não fugiu de novo? – ela pergunta aborrecida. – ela tem essa mania.

- Eu tenho certeza Avery. – Kurt diz chateado. – Ela não faria isso novamente.

- Então o que houve? – ela diz triste. – Agora que estamos nos dando bem acontece isso, e se foi Roman que a seqüestrou?

- Estamos investigando Avery, mas temos quase certeza que foi Keaton. – Patterson diz.

Eles contam pra ela toda a história que envolve Jane e Keaton, Avery se joga no sofá e bufa.

- O que eu posso fazer para ajudar? – ela diz.

- Por em quanto nada. – Kurt diz. – Mas fico feliz que queira.

- Ela é minha mãe. – ela diz triste. – E apesar de tudo não desejo nenhum mal á ela.

Kurt passa a mão pelo ombro dela á confortando, e ela sorri.

(...)

Abro meus olhos devagar, minha cabeça está girando e não sei onde estou está tudo escuro estou deitada no chão gelado e úmido, estico minhas mãos procurando alguma parede perto e de mim e acho logo á minha frente. Custo á acreditar que estou de volta ao Black site, minhas lembranças agora voltam com tudo para me assombrar, já posso até sentir as pancadas na costela, os choques, os afogamentos o ombro deslocado por ficar muito tempo pendurada. Tento imediatamente mudar meus pensamentos preenchendo minha mente com o rosto de Kurt e Avery, lembrando que agora eu e ela estamos nos dando bem, que Kurt e eu nos entendemos, não posso ficar presa aqui preciso voltar pra eles eu preciso deles e eles de mim. Meus olhos imediatamente se enchem de lágrimas teimosas, minha vida está virando de cabeça para baixo novamente preciso fazer alguma coisa para sair daqui logo.

(...)

- Vou ligar para a Nas. – Kurt diz. – Talvez ela saiba de alguma coisa.

- Sim! – Patterson diz animada. – Seria de grande ajuda.

- Vou falar com alguns contatos meus. – Tasha diz e se afasta para ligar.

- E eu vou falar com o diretor superintendente do FBI. – Reade se afasta também.

- E eu vou ficar aqui olhando vocês trabalharem. – Avery diz aborrecida.

Kurt volta minutos depois com a feição triste.

- E aí? Sua amiga Nas sabe de alguma coisa? – Avery pergunta.

- Infelizmente não. – ele diz.

- Então foi inútil ligar pra ela. – Avery debocha.

Kurt olha no relógio já passa das dez horas da noite e nenhuma pista de Jane, ele coça a cabeça impaciente e anda de um lado para o outro na sala. Ele pediu para o team o encontrar

no escritório manhã seguinte, Avery percebeu que não podia fazer nada e voltou para a sua casa, mas fez Kurt prometer que ligaria que houvesse alguma notícia. Ele foi para o chuveiro tomar um banho quente para tentar relaxar, mas foi inútil cada minuto que passava sem notícias dela ele enlouquecia um pouco mais. Voltou para a sala e pegou uma garrafa de wisky e um copo se sentou no sofá e começou a beber, já passava das onze e meia quando a campainha tocou, ele estranhou uma visita naquela hora, mas Fo abrir a porta.

- O que você está fazendo aqui essa hora? – Kurt pergunta a Nas. – Teve alguma notícia?

- Posso entrar? – ela pergunta.

- Sim, por favor. – ele dá espaço para ela entrar. – Alguma notícia? – ele pergunta novamente.

- Infelizmente não. – ela diz.

- Então o que faz aqui essa hora? – ele diz preocupado.

- Eu vim ver como você está. – ela vai em direção ao sofá e senta.

- Como vê, não estou bem. – ele se aproxima e pega seu copo de wisky.

- Você vai encontrá-la Kurt, eu já tenho alguns contatos de olho nisso pra mim. – ela diz.

- Obrigada, eu preciso encontrá-la. – ele se senta e encosta no sofá olhando pro teto. – Não posso deixá-la ser torturada de novo.

- Você tem certeza que foi o Keaton? – ela pergunta séria, descansando a mão no ombro de Kurt.

- Certeza absoluta não, mas depois do que aconteceu com o Cade não duvido. – ele olha para a mão dela em seu ombro e volta a mirar o teto.

- Vou investigar á fundo. – ela diz e sua mão desce para o braço dele o esfregando.

- Está tarde acho melhor eu me deitar. – Kurt levanta de supetão tirando a mão dela de seu braço, e ela levanta também pigarreando.

- Então eu vou indo. – ela diz sem graça. – qualquer novidade eu entro em contato.

- Obrigada Nas. – ele vai andando em direção á porta e abre, dando espaço para ela passar.

Ela para de frente pra ele sorri e se estica para abraçá-lo, ele retribui o abraço sem graça quando ele se afasta Nas agarra seu rosto e o beija á força, ele imediatamente á empurra e limpa a boca.

- O que diabos você está fazendo? – ele pergunta furioso.

- Eu não consegui te esquecer Kurt. – ela diz.

- Sinto muito por você Nas, mas eu amo a Jane mesmo antes quando tivemos um romance. – ele diz. – Quer saber? Agradeço pela ajuda, mas acho que melhor você não me procurar mais.

Kurt não espera ela falar e fecha a porta na cara dela.