História Scarlet Riddle and the Chamber of Secrets - Chapter fourteen

O diário misterioso

  Na manhã do dia seguinte, todos encaravam a Scarlet, mas eles não desconfiavam dela, eles desconfiavam de Harry, todos sussurravam e quando ele passava, as pessoas se afastavam. Scar estava a caminhar pelo corredor quando avista uma criança alguns centímetros menor que ela e de cabelos ruivos, era Gina Weasley, ela estava a ir para alguma sala que sempre ficava vazia e parecia que carregava algo em seus abraços. A Riddle decide a seguir, a ruiva adentra na sala e a loira entra depois de uns minutos sem a mais nova a notar, Gina se senta em um canto e fica a encarar o caderno.

- Por que veio aqui sozinha? – a menina se levanta rapidamente assustada e esconde o caderno

- Não te interessa, você não sabe que é feio seguir as pessoas?

- Sei – Scar dá de ombros – Mas eu não me importo – ela começa a andar na direção de Gina – E então, o que faz aqui sozinha?

- Não estou sozinha, você está aqui!

- Você me entendeu, Gina – a loira para de andar ao ficar alguns centímetros da ruiva – Que caderno é esse que você esconde atrás de si?

- Já falei que não é da sua conta! Qual é o seu problema, em? me deixa em paz! – a menina fala grosseiramente

- Sua mãe não te deu educação, em? Ah, não, seus irmãos são maravilhoso, então o problema aqui é você mesma! E você havia me falado que não era do meu interesse e não que não era da minha conta! Então você não havia falado coisa nenhuma! – Scarlet cruza os braços – Eu só estou preocupada! Então seja mais legal! – a menina do primeiro ano abaixa a cabeça um pouco corada, ela estava envergonhada

- Olha, me desculpa, é que eu tenho inveja de você, sabe, tenho ciúmes, eu queria ter o que você tem com o Harry

- Uma amizade? Mas você já é amiga do Harry – Scar fala confusa, Gina ergue a cabeça e encara os olhos azuis como o céu da mais velha

- Não, vocês não são apenas amigos. O Harry te encara com os a brilharem, até parecem estrelas de um céu bem escuro – a Riddle revira os olhos, novamente alguém a falava isso – Você não vê! – a menina Weasley afirma espantada – Como pode não ver? Ele é apaixonado por você! Sempre que vocês estão juntos parece que uma luz de felicidade está envolta do Harry! E quando ele te vê com o Malfoy, ele fica com raiva, com ciúmes!

- Tá bom, vamos trocar de assunto – ela dá uma pausa a pensar no que Gina e Pansy falaram – Que caderno é esse?

- U-um diário – a ruivinha fala nervosa

- Diário? por que você está tão nervosa, Gina?

- Nervosa? Acho que você está a ver coisas – ela engole em seco

- Ah, então não se importa se eu vê-lo, não é?

- Não, claro que não – a mais nova estende o diário e a loira o pega e o abre, mas ele estava branco – Viu, nada de mais – dá de ombros

  Scar o fecha e o virá, seus olhos se arregalam ao ver o que estava escrito no final da contracapa desbotada, em uma letra bastão dourada estava escrita um nome que a menina do segundo ano conhecia muito bem, Tom Marvolo Riddle.

- Aonde você encontrou este diário? – pergunta sem tirar os olhos do nome

- Ahn...

- Não, esqueça, eu já sei a resposta – ela fala ao se lembrar de ver Lucius Malfoy a colocar o diário no caldeirão de Gina – Posso... posso ficar com ele emprestado? Só por hoje?

- Tá... acho que tudo bem – a menina fala confusa e sem intender

- Obrigada, Gina, até mais – Scar já se virava e começava a andar na direção da porta

- Até mais

  Scarlet caminha até a sala comunal da Slytherin e vai até o seu dormitório sem que ninguém a visse, o quarto estava quase vazio, o único ser que ali estava além dela era a Raibow, sua cobra estava enrolada em sua cama. A garotinha pega uma pena preta, um tinteiro e se senta em sua cama, se encosta na cabeceira da cama, cruza as pernas, abre o diário em uma das folhas que ficava no meio.

- Que caderno é este? – a voz de Raibow invade os ouvidos de Scar

- O diário de meu pai – ela fala em um tom baixinho

- Mas ele está em branco

- É, eu sei – ela “acaricia” a folha – A-acho que é uma... Horcrux

- O que quê é uma Horcrux? – a cobra pergunta curiosa e sem entender

- Pelo o que eu li, Horcrux é um objeto criado por meio das Artes das Trevas, a qual guardaria um pedaço da alma do bruxo que a criou. Para partir sua alma, o bruxo deve cometer um ato que desafie a natureza, algo que corrompa a ordem natural das coisas, que seja capaz de mutilar a alma de seu ser: assassinar um ser humano. Uma vez que a Horcrux é feita, ela serve de salva-vidas, um seguro de vida para o bruxo, uma vez que, mesmo se seu corpo for destruído, sua alma não pode partir, então ele não morre – a menina resume o que leu

- Entendi, como você vai saber se é mesmo uma Horcrux?

- Escrevendo nele

  A cobra se desenrola e se rasteja até a menina, ela sobe na Scar e se enrosca no pescoço de sua dona e melhor amiga, a garota molha a pontinha da pena na tinta preta, a leva logo em seguida em cima da folha que era de um tom meio amarelado e começa a escrever com sua letra bem caprichada.

  Olá.

  Scar ficou a encarar a folha do lado direito em que escrevera, mas nada aconteceu, se passou alguns minutos e a garota já estava a começar a pensar que tinha errado e aquele diário não era nada além de um caderno em branco. Então, finalmente, aconteceu alguma coisa. A filtrar-se de volta à página, com a própria tinta que Scar usara, começou a surgir palavras em uma letra elegante e belíssima, que a garota nunca havia escrito.

  “Olá. Meu nome é Tom Riddle e o seu?”

  Essas palavras também se dissolveram, mas não antes que Scar começasse a escrever sua resposta.

  Meu nome é Scarlet Gryffindor.

  “E aonde você encontrara o meu diário”

  Gina Weasley me deu ele emprestado.

  “Você sabe por quê?”

  Eu pedi para ela.

  “Posso saber por quê?”

  Não sei se posso lhe contar agora... Talvez, se você me responder com honestidade, eu lhe falo.

  “E o que você quer perguntar para mim?”

  Em que ano a Câmara Secreta foi aberta?

  Scar espera ansiosamente pela resposta.

  “1942”

  Quem a abriu?

  “Se você quiser eu posso lhe mostrar”

  Não, muito obrigado, mas quero que você escreva.

  “Está bem, foi Rúbeo Hagrid, um meio-gigante e guarda caça de Hogwarts.”

   Eu falei que queria a verdade, sei que Hagrid nunca faria isso e que ele não é descendente de Salazar!

  “Tá, eu, fui eu quem abriu a Câmara Secreta”

  Ela dá um pequeno sorriso.

- Eu sabia – sussurra

  Ela estava pronta para fazer sua próxima e última pergunta, mas vira o rosto ao sentir Raibow a se mexer, ela encara os olhos de sua cobra, e então a sua própria voz, a voz de seu professor Binns, de Theo, de Dumbledore, de Salazar e a de Aragogue ecoam pela sua cabeça.

- Olha, a única coisa que eu sei é que a Câmara Secreta só pode ser aberta por um descendente de Salazar Slytherin, pois fora o mesmo que a criou

– Acredita-se que haja algum tipo de monstro, que somente o herdeiro de Slytherin pode controlar

- Canos, a criatura anda pelos canos

- Faz sentido, isso explicaria o porquê da água que havia no chão debaixo da Madame Nor-r-ra

– Ela foi petrificada

– Falam que os olhos são a janela da alma... se eles forem maus... todo o teu corpo está em trevas

- O que isso tem haver com o animal da Câmara?

-  Essa é uma dica para você descobrir qual é o animal... os olhos... eles são poderosos... em alguns livros os autores escrevem: “se o olhar matasse”... Você já imaginara se o olhar matasse?

- Uhn, Acho que todos já estariam mortos

- Sim, você está certa.  Essa é a dica, pequena cobrinha

  E então uma luz se acende na mente da garotinha, volta a olhar para o diário e começa a escrever a sua última pergunta.

  A criatura da Câmara Secreta é um basilisco?

  “Sim.”

  A resposta fora vaga, mas era somente aquilo que Scarlet precisava, ela suspira e começa a escrever.

  Pedi o diário emprestado, pois vi o seu nome na contracapa.

  “Sabe quem eu sou?”

  Sei melhor do que ninguém.

  “Por que? Como?”

  Porque o meu nome inteiro é Scarlet Gryffindor Riddle... E você é o meu pai.

  A resposta demora a vir, Scar começara a ficar nervosa e ansiosa, ela queria saber qual seria a resposta e a reação de Tom Riddle, isso era o que ela mais queria naquela hora. Se passa alguns minutos e, então, uma letra elegante e digna de alguém da realeza começa a aparecer e a formar uma frase em uma cor preta.