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História Scars - Capítulo 7


Escrita por: MissDramaQueen

Notas do Autor


Hey! Estou de volta, e só tenho uma coisa a dizer: a partir de agora, tudo é não planejado(não exatamente vai kkk eu sei pra onde vai, mas não sei o que vai aparecer no caminho), então tenham paciencia ok? Acho que teremos apenas mais alguns capítulos, segundo meus planos(que fique claro que eu mudei eles, arranquei parte desse capítulo e estendi a fic, então, sem apedrejamentos e linxamentos de minha pessoa ok? kkk) e logo logo vocês vão ver do que Caleb é feito... HM! Veremos... Shall we?;D

Enjoy'

Capítulo 7 - Capítulo 7


Ela não se sentia bem. Assim como não se sentira bem quando o ouvira dizer a ela para dormir e pensar em tudo o que ocorrera. Ela não confiava em si mesma para andar em linha reta com as pernas bambas como estavam, mas milagrosamente havia chegado bem em seu apartamento. A única coisa que havia feito fora tirar os sapatos com força, os jogando com um grunhido e se deixando cair no sofá, e observara a lua brilhante através das frestas da cortina na janela.

Assim ficara por horas, nem sequer havia cochilado quando percebeu que o sol estava nascendo. Se levantou apenas para tomar um banho, comeu algo mesmo sem vontade, colocou um moletom e se deitou na cama desarrumada e fria. Só sabia de uma coisa: em algum momento tinha que se levantar, ir até o seu celular e enviar a maldita mensagem para Caleb.

Ela não sabia o que pensar pois sua cabeça só conseguia dar voltas sem fim relembrando a cena que havia presenciado. Ela não sabia o que pensar, sua mente acondicionada a ter horror a violência parecia quebrar no meio do pensamento ao se lembrar do rosto contorcido e, mesmo com a dor insuportável, alguns gemidos da mulher, que não eram de dor. Emma não conseguia entender o porque dela permitir que tudo aquilo acontecesse, ela quase torcia para que, ao contrário do que havia acontecido, a mulher tivesse gritado, se levantado e ido embora do teste. Pelo menos faria mais sentido.

“O que pensariam de mim se eu andasse engraçado de pois de apanhar tanto com um chicote?!” a morena pensava horrorizada. Ela se sentia travada por tudo aquilo, confusa. Se levantou mais uma vez da cama horas depois, querendo comer algo, mas não achou nada na sua geladeira que lhe apetecesse. Deu de ombros e apenas tomou um copo d’água para enganar seu corpo. Voltou a se deitar, se enrolou nas cobertas e sentiu os olhos arderem pelo cansaço, mas não conseguia se deixar dormir. Toda vez que fechava os olhos, a cena anterior voltava a sua cabeça e se mesclava com a noite em que ficara com ele no hotel, a forma como ele havia sido cuidadoso não combinava com a atitude violenta que ela vira, as lembranças da noite em que ele cuidara dela depois do assalto não conseguiam deixar que ela o taxasse como alguém mau ou violento, mas ela não conseguia combinar as duas personalidades diferentes que havia visto dele. Apenas a maldade estava ali, a forma que ele manipulava a situação para conseguir o que queria, no caso dela, que ela se submetesse para que ele pudesse fazer o que quisesse com seu corpo, e no teste, a forma como usara sua voz aveludada e forte para fazer a mulher se manter onde ele queria.

Ela ficou assim, sua mente dando nós e mais nós, gritando por ajuda para resolver aquele mistério que a envolvia, e ela apenas conseguia se virar de um lado para o outro na cama e repassar tudo o que pensou e sentiu na noite anterior.

Só se levantou quando ouviu o escândalo que faziam na porta. A dor de cabeça martelava em suas têmporas e ela se levantou segurando a testa como se algo de dentro dela fosse cair se ela não o fizesse, e andou devagar pelo corredor, acendendo as luzes de tudo enquanto passava, e chegando à porta quando mais uma rodada de batidas começavam e ameaçavam derrubar a madeira para fora de suas dobradiças e trincos.

Assim que a mulher abriu, o moreno que batia desesperadamente na porta recuou, suspirando em alívio quando ela abriu por completo e ele pode analisa-la e ver que estava bem. Ele observou as olheiras aparecendo sob os olhos avermelhados, a roupa de moletom descuidada, a expressão confusa ao olhar para ele, e então entendeu que ela não havia ficado bem quando ele a deixara aqui.... Como temia. Queria ter ficado junto, mas reconhecia que ela precisaria de espaço para pensar.

-Pelo jeito o jantar foi pelo ralo- ele sorriu de lado, dando um passo sugestivo para frente para que Emma o deixasse entrar. A morena piscou atônita, dando vários passos para trás até conseguir vislumbrar o relógio da cozinha e ver que já era tarde. Muito tarde.

Voltou a encará-lo sem conseguir pensar no que dizer, tentando vasculhar a cabeça em uma desculpa para justificar a falta do telefonema para avisá-lo que não fosse “eu estava em estado de choque deitada na cama pensando em você”. Balançou a cabeça, realmente o vendo e observando o terno bem cortado, o cheiro tão perto de si, imaginando onde ele planejara leva-la. Fez um muxoxo, tentando afirmar para si mesma que não iria, não sem antes saber das respostas que ele devia a ela. Já não sabia mais se deveria confiar nele.

-Não faça isso Emma...- ele disse antes mesmo de ela abrir a boca, a morena mordeu a parte interna da bochecha, confusa, e arqueou a sobrancelha mostrando a ele que esperava que ele se justificasse- Eu já fiquei horas demais observando seu rosto para saber que está pensando algo ruim sobre mim. Você tem aquele vinco de julgamento bem entre as suas sobrancelhas, e a única coisa que eu te peço é que não me julgue como está fazendo agora.

Emma se remexeu nervosa, não conseguia desviar o olhar dele, parecia que a prendia entre as estrias claras em seu castanho escuro. Se perdia nos pensamentos e não sabia mais dizer o que realmente pensava por si mesma antes de ele chegar, o cheiro característico, a voz aveludada e com um sotaque leve a fazia sentir os mesmos calafrios do dia anterior, e não conseguia se decidir entre falar tudo o que havia pensado, ou correr e se trancar no quarto longe de toda a influencia dele.

- E-eu... Eu não sei o que... Não sei o que você queria que eu tivesse visto ontem, mas nada faz sentido Caleb- ela disse tentando se organizar, dando as costas para ele e indo até a cozinha, colocando o balcão entre os dois e lhe dando um pouco mais de espaço para pensar.

-O que você viu Emma?

-Eu vi você chicoteando uma mulher- ela sussurrou e fechou os olhos, desejando que as cenas não voltassem à sua mente, não quando ela já sabia por experiência nas últimas horas que ela as misturaria com o que vira no passado.

-E o que você sentiu?- ele perguntou dando um passo e se colocando ao lado do balcão, dessa forma a prendendo no espaço diminuto da cozinha, sem saída.

-Eu? E-eu...- Emma não sabia qual era a resposta certa, não sabia nem o que pensar.

-Seja sincera comigo Emma- ele advertiu quando ela estava prestes a desviar do assunto, e a morena bufou, tentando achar uma maneira de fugir do assunto, mas Caleb obviamente não a deixaria.

-Eu senti medo- ela disparou, abaixando o olhar por não querer ver a reação dele, e por isso não viu a expressão machucada do homem à sua frente. Ele se encaminhou para longe, se sentando no sofá, de costas para ela, a deixando curiosa e fazendo-a levantar o olhar para encarar fixamente o cabelo grande ao redor de seu pescoço e tentando se convencer que falara a verdade.

-Você não viu o que deveria realmente ver, querida...

-Sage já me disse isso. Mas, como vocês sempre fazem, ela não me explicou nada, somente me deixou mais confusa- ela disparou irritada com o rumo da conversa. Isso o fez se remexer, mas não se virou. Permaneceu parado, aparentemente fixando seu olhar em algo.

-Ela apenas me deixou lidar com a situação.... Você não precisa ataca-la, se quer respostas, venha até mim- ele sussurrou e Emma ficou encostada no balcão, sem saber se o que ele dizia era literal ou não, e continuou sem saber já que ele nem ao menos se virou para encará-la- Pergunte Emma- ele disse e ela sentiu sua pele arrepiar por todo o corpo quando percebeu o tom de autoridade que ele usava.

-O que você esperava que eu sentisse? - ela jogou, tentando entender o que tudo aquilo significava, e Caleb suspirou fundo, seus ombros se mexendo com a expansão da caixa torácica.

-Eu queria que tivesse visto a confiança Emma.... Estar sob a dominância de alguém tem muito a ver com confiança. Ela teve confiança o suficiente em mim para me deixar cuidar de seu bem-estar, e eu confiei o suficiente nela para deixar que ela conhecesse os limites a mantivesse o controle de tudo- ele respondeu em uma voz certeira, como se tivesse repetido aquele discurso por longos anos, e Emma não duvidava daquilo, tinha certeza que não era todo mundo que, assim como ela, não via o que ele via naquilo tudo.

-Ela não me pareceu ter controle de nada naquilo tudo- a mulher sussurrou, se lembrando de como ela havia ficado ali, ajoelhada o tempo todo em que esteve dentro da sala.

-Oh... Aí é que você se engana- ele riu baixinho, amargo, balançando a cabeça e desabotoando o botão que prendia a gola da camisa, abrindo mais dois para livrá-lo da sensação de sufocamento que o acometia- Andrea era a que mais tinha poder ali- ele se obrigou a olhá-la quando ouviu um riso de desdém escapar pelos lábios finos.

-Ah é? E esse poder era o que? Pedir pra você bater mais?- ela disse sarcástica, e decidiu que fora uma péssima ideia quando viu a carranca fechada do Dominador à sua frente.

-Não, ela tinha o poder de parar. Ela podia parar aquilo a qualquer momento, mas não o fez porque buscava algo, ela tinha um objetivo, que não necessariamente você precisa entender- ele se levantou e virou em direção a ela, a deixando ver a tensão dos músculos em seus ombros- Agora, você não tem direito nenhum de julgá-la ou me julgar como está fazendo. Pare de ser preconceituosa e enxergue o que estou lhe mostrando. Eu suporto o preconceito de todos nesses 20 anos de prática, mas de você não. Não você Emma – a voz dele era firme, irritada, mas a morena conseguia ver o brilho magoado que ele tentava esconder em seus olhos- Se lembra de quando éramos nós? De quando você se deixou levar por uma única noite no hotel? Se lembra de como se sentiu?- ela engasgou com o ataque às suas lembranças, a obrigando a puxá-las do fundo de sua mente e, novamente ela as misturava aos comandos concisos e certeiros dele na noite anterior- Não sentiu nem um pouco do que teve naquele dia, ontem dentro daquele quarto? Seja sincera Emma.

Ela queria negar. Queria realmente dizer que se sentiu acuada e nervosa, que não via sentido na forma em que ele controlara a mulher, e que não associava nenhum de seus comandos com o que havia feito com ela. Ela queria odiar aquele lado dele, repudiar cada uma das facetas dominantes e dizer que era completamente independente, mas não podia. Então, ela simplesmente moveu a cabeça, fechando os olhos com vergonha por admitir, e ouvindo o suspiro que Caleb soltou há alguns passos dela.

- Eu entendo que ficou chocada com tudo, entendo que foi uma ideia meio boba, mas eu juro que imaginei que, depois de tudo o que já havia te explicado, você entenderia melhor querida...- ele suspirou mais uma vez, se sentindo incomodado com o peso que se mantinha rígido em seus ombros. Andou mais um pouco, parando um pouco distante dela, porém perto o suficiente para tocar seu queixo pedindo em silêncio para que ela levantasse a cabeça e o encarasse- Farei a mesma pergunta que a semanas atrás, e dessa vez, eu quero que seja sincera e preste atenção no que irei responder, porque aparentemente, da ultima vez não funcionou... Do que tem medo, Emma?

-Tenho medo do seu lado violento- ela soltou baixo, apertando mais os olhos e dando uma passo atrás para se livrar das pontas dos dedos dele.

-Violento?- Caleb disse descrente, piscando várias vezes sem saber o que dizer- E-eu... Eu esperava tudo menos isso... O que te fez pensar que sou violento Emma?

-Tudo- ela respondeu e se virou, as mãos tremendo enquanto ela a enfiava debaixo da pia e depois passava em seu rosto, sentindo a água fria lhe ajudar a pensar enquanto afastava os fios rebeldes de cabelo que se grudavam ao seu rosto- A forma como invadiu meu escritório, como agiu com Luke, e-eu...

-Eu não suporto vê-lo te tocando, sabendo que esteve meses onde eu morria para estar- ele sussurrou e ela sentiu seu corpo quente a centímetros de si, a prendendo contra a pia- Você lhe dá muita liberdade, e eu morra para tirar isso dele.

-Você bateu nele Caleb- ela atacou colocando as mãos firmes na pia e fechando os olhos.

-Não. Eu me defendi- ele respondeu- Pelo amor de Deus, eu sou um advogado, ele deveria saber que usaria muito bem as palavras. Perdeu o controle, você queria o que? Que eu continuasse deixando que ele me batesse? Enquanto você não fazia absolutamente nada para deixa-lo saber que não suportava aquilo?- o moreno bufou, levando as mãos à cintura dela e apertando de leve- Eu entendo sua aversão com tudo isso, mas aparentemente ele não. Foi a pior dor do mundo vê-la paralisada, ali a poucos metros de mim, seus olhos pareciam tão... Mortos. Não Emma, aquilo doeu mais em mim do que qualquer soco que ele poderia ter me dado, e me enfureceu que ele te causasse aquilo...

-Você bateu nela- ela voltou a lhe responder quando viu que ele havia se perdido em pensamentos.

-Não também. Eu a testei. Deveria ter entendido isso já que leu a ficha que estava em suas mãos. Eu me recusei a testar todos os limites. Tenho certeza que viu a parte sexual daquele teste, o que eu não faço, nem farei- ele respondeu mais firme, deixando a voz quase embargada de antes de lado, voltando a lutar contra o grande preconceito da mulher que tanto lhe fazia se sentir em uma montanha russa de emoções- Eu não sou sádico Emma. E eu sei que percebeu isso da última vez em que ficamos, sou um dos poucos Dominadores masoquistas, mas isso não quer dizer que me submeto a dor ou a faria me chicotear como fiz com a mulher. Existem níveis, e eu nunca a submeteria a nada antes que me dissesse que estava no nível mínimo de curiosidade com isso Emma...

- E se ela dissesse a palavra segura? Você iria ficar irritado não iria? Eu não sei se usaria, as consequências...

-Não Emma- ele a interrompeu imediatamente- A palavra segura serve para isso, literalmente te deixar segura. Uma vez dita, a cena para e não há consequências, não há punição, apenas iria cuidar de você, conversaríamos para descobrir porque a cena ficou insuportável e, se você quisesse, voltaríamos a tentar... Emma, não somos um bando de malucos se batendo e fodendo por aí, há uma carga emocional enorme em uma cena, algumas pessoas dependem delas para conseguir deixar a emoção fluir, alguns casais a usam para se sentir mais próximos... Oh Emma, você não se lembra o quão íntimos estávamos? Como eu conheci seu corpo por cada arrepio e contorção de seus músculos... Ah Emma- ele parou assim que a viu sacudir com um arrepio, precisando mover o pescoço, jogando o rosto para o lado para se impedir de avançar sobre ela e causar-lhe mais arrepios deliciosos como aquele- O que mais Emma?

-Qual o seu fetiche?- ela disparou a pergunta que lhe rondava por tempo demais na cabeça.

-O que?- Caleb a olhou confuso, não entendendo onde queria chegar com aquela pergunta, e revirando sua cabeça com as possíveis respostas para uma pergunta vaga daquelas.

-Do que você gosta? Eu não sei se entendo plenamente o que está me pedindo quando quer que eu entenda e entre nesse mundo, vo-você quer que eu ande por ai com um plug na bunda? Andando de 4? Com uma roupa como se tivesse 12 anos de idade?- ela voltou a ficar nervosa ao se lembrar de todas cenas inusitadas que havia visto se desenrolando naquele salão.

-Eu sou um Mestre Emma, tenho meu próprio clube, é impossível que eu consiga fugir de qualquer uma das facetas desse mundo, como você chama. Já tive submissos, já tive pets, já fui Daddy... Eu já experimentei cada um deles Emma, e não me orgulho disso. Acredite, sou muito mais tranquilo do que a maioria dos praticantes. Eu gosto dos jogos Emma, eu gosto de vê-la querer me agradar, se isso acata você querer se fantasiar de um animal ou se comportar como uma criança, eu não me importo desde que esteja confortável em se submeter a mim- ele a olhou fixamente, seu olhar brilhando com aquela investida deliberada, e Emma se sentiu atingida pelas palavras firmes.

-Não acho que me sentiria confortável com um plug em forma de rabo na minha bunda- ela replicou com um muxoxo, a voz tremendo em vergonha, o que fez Caleb rir baixinho.

-Isso porque é baunilha. Vai aprender que é muito agradável ter algo em sua bunda, minha querida...- o homem deixou a voz baixar vários tons para ver sua reação, e não pode conter a risada quando a viu ficar completamente vermelha diante do olhar dele- Será um prazer te mostrar isso...

-Então não gosta de bater nem nada do tipo?- ela recuou quando ele quis tocar seu rosto, e Caleb sorriu de lado, cansado antes de suspirar e voltar a responde-la.

-Outra coisa que irá aprender Emma, é que há uma diferença entre uma surra para te punir e uma surra que te fará gozar- Caleb responde e os olhos dela se abrem bem quando ele lhe diz isso, as pupilas dilatadas em curiosidade desta vez- Você quer saber porque Andrea não disse a palavra segura ontem?- ele se aproximou em um passo rápido e, pela primeira vez na conversa, se permitiu tocá-la da forma que queria, a prensando na parede, sentindo os pelos do braço esguio se arrepiando sob as pontas de seus dedos- Sabe porque ela suportou as chicotadas?- ele sussurrou contra o pescoço da morena, deslizando uma mão pela cintura dela, descendo-a perigosamente e deixando a mulher atenta ao que ele fazia ali- Porque como Sage disse, eu sou especialista... Como em muitas outras coisas, então eu sei reconhecer quando ela precisa de um golpe mais forte ou um mais calmo... Sabe Emma, eu percebi rápido que, como muitas outras subs, ela adora chicotadas mais ao centro das coxas- ele disse enquanto deixava a mão deslizar, colocou os dedos dentro do elástico da calça de moletom e riu da tentativa dela de segurá-lo, empurrando a cintura contra a parede para segurar a mão dele já que suas mãos estavam presas à sua frente pela mão livre do Dominador- O que acha Emma? Acha que gostaria de sentir algo aqui?- ele deslizou, deixando os dedos deslizarem por cima da calcinha até alcança-la, fazendo um gemido escapar da garganta sob seus lábios e o fazendo sorrir- um tapinha não seria má ideia, huh?

-A-acho que não...

-Você sabe que eu já reconheço sua voz quando mente para mim Emma- Caleb riu enquanto brincava com o tecido rendado na borda da calcinha, ameaçando puxá-la para o lado.

-Foi por isso que tirou o short dela? Pra poder acertar?- ela zombou alto, o fazendo enrijecer.

-Não Emma... Uma submissa sempre está nua, ela se sente mais vulnerável, e assim fica mais receptiva. É algo natural, sem artifícios e sem onde esconder. Um Dom não julgaria sua submissa pelo seu corpo, quando ela retira a roupa, é como se abrisse para o homem, e esse é o maior presente para um Dominador... Andrea estaria nua a partir do começo da cena, eu pedi para que ela fosse vestida para não causa-la uma impressão muito forte, mas uma vez dentro do meu “mundo” Emma, você irá se acostumar com a nudez... E isso nos deixa ver, é muito melhor para controlar as marcas e confesso que teria um pouco de satisfação em marcá-la...

-Você disse que não gostava de bater- ela deixou sair com a voz meio embargada, assustada com a forma como seu corpo reagia, as pernas tremiam por sentir os dedos dele sobre ela novamente, e ela se amaldiçoava por saber que, se ele o fizesse novamente, perceberia o quão molhada ela havia ficado de repente, com o cheiro e as ameaças baixinhas contra sua pele.

-Ah eu não gosto... Eu estou aquilo pelo jogo- ele riu baixinho, mudando de posição sem deixar que ela saísse de sua, enfiando uma perna sob as dela e a puxando mais para perto, pressionando a ereção recém formada contra o ventre dela, a fazendo engolir em silêncio- Estou aqui pelo prazer de submetê-la, meu prazer é vê-la se desmanchar entre meus dedos e depois me deixar cuidar de você como minha que é... Você vai ver como fomos feitos um para o outro, minha pequena gatinha- ele sussurrou baixinho, rindo divertido quando a viu tremer com um arrepio.

-Você diz como se eu já tivesse aceito- ela resmungou, as mãos se debatendo para tentar sair do aperto dele, mas em vão.

-Você irá... Seu corpo já me diz sim Emma- ele sussurrou antes de deixar os lábios passearem pela pele do pescoço até parar no espaço atrás de sua orelha- Eu vou adorá-la ver com uma roupinha Lolita... Ou talvez sem nada mesmo, para facilitar- ele riu grosso e Emma se arrepiou com o pensamento de mais alguém além dele a ver nua, como acontecera com Andrea.

-E-eu... Não quero ser testada por outro- ela choramingou, se encolhendo nas mãos dele quando a ideia a assolou.

-E não vai- ele sussurrou baixinho- Eu vou treinar você.

-Treinar?- ela repetiu como que testando a palavra na boca.

-Sim Emma. Nunca a soltaria em uma cena sem lhe instruir ou demonstrá-la cada uma das facetas que poderá encontrar... É meu dever como Amo e Mestre prepara-la para uma vida na comunidade, mesmo que a ideia de pertencer a outro, ou mesmo a ideia de achar que não se encaixa e sair de meus braços seja aterrorizadora...

-Você fala como se eu significasse algo. Sou apenas alguém inalcançável que você se diverte perseguindo- ela jogou novamente, e aquelas palavras o atingiram pior que um chicote com pontas de metal, era como se feridas ardidas e profundas tivessem se aberto em seu coração ao vê-la se depreciar de tal forma.

-Não Emma. Eu gosto de você- ele sussurrou, se contendo para não dizer as palavras literais, e Emma fez sua famosa feição descrente, o fazendo soltá-la por um momento, a mão que antes a provocava havia sido esquecida devido a gravidade do assunto, e ao que ele a retirou ela se assustou, se lembrando de repente de que realmente estava sendo rodeada por todos os lados com ele.- Emma, pelo amor de Deus! Como pode se por tão em baixa conta que não acredita que eu posso estar loucamente apaixonado por você?!- ele atacou, as mãos se emaranhando no cabelo macio enquanto a encarava de perto, o corpo ainda a prensando na parede, mas sabia que se continuasse a envolvendo, iria apertá-la para descontar sua raiva, e isso não era nada bom depois de a convencer que realmente não era violento. Aquela mulher o causava reações tão extremas que mal se reconhecia, e não sabia como lidar.

-A-apaixonado?- ela gaguejou e depois sorriu sarcástica e abanou a cabeça em descrença- Assim que conseguir o que quer, vai perceber essa “paixão” ir embora- ela disse, deixando claro que não acreditava, e Caleb sentiu o sangue subir, tendo a certeza de que devia estar vermelho como um pimentão, e não era por vergonha do que estava prestes a falar.

-Pelo amor de Deus Emma, eu te amo!- ele gritou contra a boca dela quando se aproximou mais e segurou o rosto dela entre as mãos- Por que acha que fiquei esses 6 meses na miséria naquela merda de cidade? Por que acha que tenho tanto ciúmes de Luke? Por que acha que não consigo fazer sexo com alguém há mais de meses? Emma, é você, e não é porque eu a quero como submissa. Eu a quero como minha. Só. Minha. E essa é a melhor forma que eu conheço para resolver esse empasse, além do que... A noite em que se entregou a mim... Pelo amor de Deus Emma, você é perfeita- ele soltou tudo de uma vez, a voz alta, e não sabia se era isso ou as palavras que saiam sem controle que a faziam arregalar os olhos, mas não conseguiu deixar que ela o respondesse. Estava farto. Farto da forma como ela se via, farto do preconceito enrustido em sua alma, farto do medo que ela tinha.

E a única coisa que pode pensar em fazer foi aprisionar os lábios dela entre os seus antes que pudesse dizer mais algo. Não conseguia mais se conter e deixa-la pensar, muito menos tentar convencê-la com seus toques como há pouco havia tentado. Ele a queria, e enlouqueceria se não conseguisse.

O gemido que escapou dele quando ela retribui o beijo foi quase um engasgo quando ele se afobou a sentir seu gosto. As mãos desceram do rosto dela para seu pescoço, e como se fosse um encaixe perfeito, ele deslizou entre suas pernas e ela o recebeu. As mãos dela, antes apertando o tecido da blusa, assustada com a explosão dele, foram apertar a camisa dele, espalhando o blazer para os lados e subindo pelas costas até sair da cintura fina e chegar aos músculos grandes e macios dos ombros.

Ele gemeu grosso mais uma vez, puxando o rosto dela contra si e a fazendo arquear a cabeça para melhor recebe-lo. A língua tocou o lábio inferior e imediatamente rumou em busca da dela, desesperado, seu peito rasgava em satisfação, e ele queria arrancar o blazer pois sua pele queimava e só ela poderia aliviá-lo.

Em um movimento rápido ele a puxou para seu colo e a sentou no balcão à direita. Puxou o moletom pelos braços e quase chorou de felicidade ao vê-la sem sutiã, livre e macia contra as pontas dos dedos dele, o moreno deslizou uma mão pela barriga macia, ignorando os espasmos e o puxão desesperado dela para que subisse sua atenção. Ele sabia que estava insegura, não queria que ele visse que havia engordado um pouco nesses longos meses que ele não a via como queria, mas nada no mundo o faria se apressar.

-Pare, ou vai saber o que eu faço com meninas mal criadas Emma. Eu não estou brincando- ele levantou a voz, soltando sua mão da dela que o puxava, olhando fundo nos olhos bicolores, e Emma se retraiu, ele via a insegurança tremer no rosto dela, os olhos preocupados, o corpo tenso enquanto ele voltava a tocá-la, mas ela tinha que entender que a achava perfeita para si. Macia em todos os lugares certos para que ele se encaixasse.

Sua língua passeou pelo cós da calça de moletom, chupando a pele com delicadeza enquanto subia para o umbigo, feliz com a maciez que encontrava e não sentindo nenhuma falta da barriga lisinha de antes. Agora ele podia morder, provoca-la e vê-la se contorcer involuntariamente, os músculos repuxando sob a pele, a respiração alta. Ele sorriu de lado, maroto enquanto deixava os olhos subirem para os dela e a língua afundar em seu umbigo. Ela tremeu visivelmente, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás enquanto ele continuava seu caminho até a volta dos seios pequenos.

-Você é deliciosa- ele sussurrou contra a pele enquanto apertava as pernas dela, forçando-a a envolve-lo com elas e se deliciando com a pele sedosa quando chegou ao mamilo sensível. Ela voltou a se ajeitar, projetando o tronco contra o rosto dele enquanto as mãos se emaranhavam ao cabelo macio e sedoso.

O som ao longe do telefone tocando o incomodou. Ele levou as mãos bolso, sentindo que não era seu celular a vibrar, então levantou o rosto, provocando um som obsceno ao largar a pele clara que antes chupava. Olhou ao redor, vendo um telefone sem fio a poucos passos de si, ao lado do micro-ondas.

-Espere ai- ele disse irritado, prometendo a si mesmo que, se fosse Sage, ou ainda pior, se fosse Luke, ele iria matar na segunda, “first thing in the morning” ele prometeu com um sorriso maligno enquanto se estendia mais um pouco, pegava o telefone na mão e rapidamente voltou para o abraço quente de Emma. Ele mesmo apertou o botão, atendendo a ligação e deixando Emma perplexa- Pois não?

-Hm... Por favor, senhorita Ludbrook está?- o homem soou com um sotaque estranho ao ouvido de Caleb e teve certeza que não o conhecia, e ele roçou os lábios nos de Emma antes de responder.

-Ela está um pouquinho ocupada... Pode falar, senhor, é o namorado dela- ele respondeu com um sorriso zombeteiro ao se esquivar da tentativa dela de pegar o telefone, e fez um gesto pedindo silêncio para ela enquanto ouvia.

Emma não suportava o sorriso convencido que ele exibiu ao dizer aquilo a qualquer que seja a pessoa do outro lado do telefone, mas se sentiu resignada quando ele pediu silêncio, se manteve estática, e um arrepio gélido passou por sua exponha quando, diante de seus olhos, Caleb deixou o sorriso morrer e engoliu em seco, pedindo um momento para a pessoa do outro lado da linha.

-Acho melhor você atender, querida- ele disse antes de passar o telefone para a mão dela.


Notas Finais


Ok... Sem me matar, aqui está a virada na história. Eu quero que entendam duas coisas: Emma entendeu, mas não aceitou o "estilo de vida" do Caleb ainda, ok? E... Bem, o Caleb não é do tipo "falso" Dom que iria forçá-la, então sem reclamar que não ia ser agora que vocês teriam uma ceninha BDSM verdadeira, de qualquer jeito.
Bem, e eu agradeço e fico lisonjeada com as meninas que vieram me perguntar as duvidas que tiveram no capítulo anterior, se mais alguém quiser saber algo, pode dar um alo nos comentários e nas mensagens que eu não mordo não ok? Eu não sou a experiente especialista, mas consigo respostas rápidamente, então... Perguntem! KKK Na vdd, as perguntas de vocês me dão muitas ideias(carinha de capetinha) kkk e peço que tenham um pouco mais de paciencia a partir de agora porque minhas férias estão se acabando e eu fiz a besteirinha de estender isso aqui, então não briguem cmg ok? Amo vocês
See you guys #soon ! ;D


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