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História Scars Of Talent - Chapter Thirteen


Escrita por: LordsBabe

Notas do Autor


OI GENTEEEEE
Primeiro eu queria agradecer a todas as lindas que vem comentado aqui, sempre me mandando palavras de apoio. Sei que são poucas, mas guardo cada uma com carinho. Esse é um dos fatores que me incentiva a continuar escrevendo, fora meu amorzinho por essa história.
Obrigada mais uma vez, vocês são incríveis.
Agora, boa leitura :)

Capítulo 13 - Chapter Thirteen


-Bom te ver, garoto. - disse o loiro, antes que o menor pudesse dar meia volta e fingir que não o havia visto.

-O que faz aqui, Wang? - perguntou Mark, incrivelmente calmo e, até mesmo, doce.                                

O antigo Mark estava voltando, pensou Jackson.

-Vim falar com o seu chefe, não é óbvio? - respondeu o maior, com sua maneira de falar habitual.

Mark não disse mais nada. Não estava disposto a aturar grosserias vindas do loiro e não queria alimentar uma conversa com ele. Então apenas ficou ali parado, sendo observado por Jackson, que não fazia a menor questão de disfarçar ou desviar seu olhar.

-O que tanto observa em mim? - o bailarino perguntou, visivelmente irritado.

-Estou vendo se está bem. - o menor suspirou.

Nunca se acostumaria às respostas curtas de Jackson. Nunca se acostumaria ao jeito dele de falar, de pensar, de agir. Ele era uma incógnita. Mark nunca imaginaria estar envolvido com um homem desse jeito, sempre se viu com um relacionamento muito romântico e clichê, igual aos dos filmes que ele assistia.

Nunca, nem em seus sonhos mais loucos, ele imaginou ter um envolvimento com um homem como Jackson Wang.

A porta foi aberta por Jaebum, que arqueou a sobrancelha ao ver o loiro no local. A sobrancelha das pintinhas recém-descobertas por Mark e ele novamente se pegou prestando atenção àquele detalhe do rosto do chefe. Logo, o empresário chamou o bailarino para sua sala. O atenderia primeiro, pois sabia que o assunto a tratar com Jackson seria longo.

-Senhor Jaebum, eu não quero tomar muito do seu tempo... - o menor estava hesitante e com medo.

-Diga o que quer, Mark. - o empresário sorriu de lado, numa tentativa de deixar o mais novo mais à vontade.

-Eu queria saber se tem alguma sala disponível para eu treinar para o teste. - o Tuan disse de uma vez, orgulhoso de si mesmo por conseguir dizer a frase completa sem gaguejar ou vacilar.

Jaebum achava Mark doce. O modo como ele falava e agia perto dele o fazia querer abraçar o menor, que parecia se encolher a qualquer movimento mínimo que fizesse.

 Por achar Mark Tuan gracioso, Jaebum sorriu.

-Tem sim, você pode usar a sala ao lado da sua. - o moreno mais velho abriu uma gaveta em sua mesa, tirando de lá uma chave e a entregou ao bailarino. - Ninguém pode saber que eu te dei essa chave, ok? Fica sendo um segredo nosso.

Os olhos de Mark brilharam. Ele teria uma chance. Uma chance de mostrar que era bom em alguma coisa. Uma chance de mostrar que era capaz, que não era o que ouvia sempre seu pai dizer sobre ele.

Ele era muito mais.

Agradeceu imensamente a Im Jaebum, que o olhava satisfeito. Saiu da sala, mas nem a visão de Jackson o observando foi capaz de tirar seu foco ou sua alegria. Ele iria ensaiar naquele mesmo instante. Em poucos minutos chegou à sala e girou a chave na maçaneta, ainda com certo receio de não ser a sala certa.

Mas era.

Mark adentrou a sala, observando tudo calmamente. Viu que ali havia um rádio e, estranhamente, um cabo que servia perfeitamente em seu celular, o que facilitaria muito na hora de ensaiar, pois a música que usaria no teste estava no aparelho.

O Tuan calçou novamente suas sapatilhas pretas. Se alongou um pouco e ficou na ponta dos pés, sentindo uma pontada em seus dedos, mas ele permaneceu firme. Sabia que a dor não passaria mesmo que quisesse, então a solução era enfrentá-la e saber lidar com ela.

O som do piano logo invadiu seus ouvidos, fazendo-o fechar os olhos e tentar se imergir na melodia musical. A voz do cantor começava calma, o que o fez pensar que a primeira parte seria focada no cisne branco. Violinos preenchem a harmonia em seguida, suavemente, o que fazia Mark ter a sensação de quase flutuar.

Essa era uma das coisas que ele mais amava na dança. Ele amava criar.

Depois do primeiro refrão, a música ganhava mais peso, o que o fez pensar que aquela parte seria a aparição do cisne negro, forte e imponente. Depois vinha a ponte da música que possuía o contraste que ele tanto queria, o conflito interno entre os cisnes negro e branco. No final a música se acalmava novamente, o que fez Mark concluir que terminaria novamente com a interpretação do cisne branco.

Em momento algum durante a música ele abriu os olhos. Estava ofegante, mesmo que não tivesse criado muita coisa durante a primeira vez que ouviu a música. Mas ele havia sentido completamente. Sua mente sabia exatamente o que faria, mas não sabia como fazer.

Mark sorriu.

Sorriu como não fazia há tempos, um sorriso pleno e verdadeiro. Não tinha noção de que a música poderia leva-lo tão longe, tão alto. A última vez em que se sentiu assim foi no dia em que seu pai descobriu que ele dançava.

O sorriso sumiu de seu rosto.

Mal sabia Mark que a pessoa que o observava pela porta queria ver aquele sorriso mais vezes.

O bailarino foi até o aparelho de som, programando seu celular para repetir a música quando ela acabasse. Fechou os olhos novamente e respirou fundo, procurando concentração. Começou com alguns movimentos tímidos, nada muito elaborado. Seu corpo se movimentava com leveza e isso era natural para ele. Chegou até a pensar que o cisne branco se adequaria perfeitamente a ele.

Mas ele não sabia como interpretar o outro lado. O cisne negro. Não saberia ter passos mais marcados e firmes, ele era delicado demais. Mark sabia que teria que trabalhar muito naquilo para que ficasse perfeito, mas ele estava determinado e confiante de que poderia conseguir. Era a sua chance.

Ele só parou depois de completar a primeira parte. Sempre que errava qualquer passo, por mínimo que fosse, se obrigava a parar e repeti-lo até que estivesse impecável. E recomeçava a música, atentando sempre para onde tinha errado.

Ele estava convicto de que conseguiria. Era tão capaz de fazer aquilo quanto qualquer um. A esperança havia se acendido no coração de Mark Tuan e ele havia se agarrado à ela com todas as suas forças.

Do outro lado da porta, Jackson Wang pensava em como havia sentido falta de ver Mark dançar. Desde quando o mais novo deixou a companhia de sua mãe, não conseguia pensar em outra coisa quando via os novos dançarinos pelo palco do Teatro.

Jackson achava o jeito de Mark dançar esplêndido e único. Ele era delicado em toda a sua essência, aquele era um dos pontos que mais chamava a atenção do loiro. Observava com um leve sorriso, se sentindo, de certa forma, agraciado por poder vê-lo de tão perto e de uma maneira tão fantástica.

E então o bailarino virou o rosto, fazendo seus olhares se encontrarem.

Ao contrário do que o Wang esperava, Mark não parou o que estava fazendo para discutir sobre o porquê de ele estar o observando. O Tuan apenas sorriu. Novamente. Daquele mesmo jeito de antes e voltou a dançar.

E Jackson se sentiu estranhamente bem com aquela situação.


Notas Finais


Eu falo tanto desse detalhe das pintinhas do Jaebum porque eu sou muito trouxa e reparo nelas sempre. Como eu disse, vou dizer qual é a música que o Mark vai dançar pra vocês quando for o capítulo da audição dele. Mas eu já dei a dica do nome, então se alguém quiser procurar... fica aberto aí.
O que acharam do capítulo?? Me digam suas lindas


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