História School 2018, Interativa. - Capítulo IX.

''Ai! que vale a vingança, pobre amigo. se na vingança, a honra não se lava?''

          Jiu caminhava para a saída, estava furioso e ao mesmo tempo arrependido pelas palavras duras que dirigiu ao YeongHo, sabia que tinha errado assim que viu as lágrimas se acumularem nos olhos do maior, e que o seu maior erro foi ter se deixado levar pelo calor da hora. Todavia não daria meia volta e se redimir, não tinha esse tempo e muito menos a cara para tal. 

       O coreano estava tão emerso na tempestade de emoções que nem percebeu quando trombou com o Hanbin assim que atravessou o portão. Hanbin poderia ter ido na frente, mas a preocupação com o amigo era maior. Ele queria saber o que estava acontecendo. 

– Cara, você tá bem? – Hanbin questionou segurando o pulso do Jiu que cambaleou para trás devido ao impacto. 

– Hanbin, pensei que já tivesse ido. – disse surpreso. 

– Estava preocupado contigo. – soltou o menor. – Você anda estranho esses dias. Até tentei fazer vista grossa, mas... – Hanbin riu sem graça, só para não manter um clima tenso. – Aconteceu algo? 

Jiu demonstrou a sua surpresa, achava que estava interpretando bem o “Jiu brincalhão” como sempre veio fazendo. 

– Não sei o que aconteceu, ou até mesmo o que vem aprontando, mas Jiu... – Hanbin levou o dedo indicador na testa do amigo. –

Cenho franzido envelhece as pessoas mais cedo. – riu irritando o Jiu que lhe deu um chute fraco na perna do jogador de basquete. Mas logo a descontração sumiu, dando ao lugar da preocupação. – Cadê aquele Jiu chato? Sinto falta das nossas zoeiras. 
Jiu balançou a cabeça aos lados afirmando que só estava cansado, mas o Hanbin sabia que não era somente o cansaço. Sem perder mais tempo o menor se despediu alegando que tinha coisas para fazer. Hanbin observou o Jiu sair, após alguns metros de distância Hanbin gritou: – Só não faça burrada! 

{...} 

4 de abril

Como a rotina que tinha criado nos últimos dias, Jiu continuou a seguir discretamente sua colega de classe, ele era bem cauteloso e habilidoso, parecia já estar acostumado com isso e a sua habilidade de conseguir apagar a sua presença ajudava-o nessa “tarefa”. O Jiu continuou seguindo a menina que um dia chamou de amiga durante os intervalos e por mais alguns dias. Se está tendo algum avanço? Sim, por mais que pequenas fossem as informações ele estava conseguindo os dados importantes, tudo que absorvia seria essencial de alguma forma. A única coisa que faltava era a resposta, pois a menina Nahee frequentava semanalmente os melhores restaurantes de Gangnam, a parte nobre de Seoul.  Como uma adolescente conseguiria frequentar o tal local com tanta frequência? E Jiu sabia que ela não vinha de uma família rica como a Soohye. Foi então que decidiu se aprofundar naquele detalhe.  Lá estava ele, em plena noite observando a Nahee adentrar o restaurante. Enquanto isso, no mesmo restaurante, na parte do fundo onde se encontrava a sala da dona do estabelecimento, estava YeongHo vestindo um terno de marca e seu cabelo estava todo arrumado e o jovem estava usando um perfume impecável, quem o visse com certeza julgaria ser alguém de classe social alta. 

– Minha sobrinha Soohye falou muito bem de você, e pelo jeito ela não errou, você também tem no currículo experiência em restaurante... – comentou colocando o currículo do YeongHo sob a mesa. – Mas eu me pergunto, por que um jovem como você trabalhou em um restaurante tão fajuto como esse? – questionou a mulher, que vestia roupa social branca de marca e que um semblante sério e até um pouco assustador como o da sua sobrinha. 

– Eu preferi começar no baixo, não achava que alguém sem experiência alguma fosse apto a trabalhar em um restaurante grande como esse, senhora. - YeongHo respondia firme e cheio de formalidades, nunca esquecendo de ser cordial.

- Bem... Tudo bem, vamos ver o que você consegue! O emprego é seu e você começa amanhã, mas saiba que está em fase de testes, se você cometer um erro, chutarei você para fora sem a menor piedade, estamos de acordo? – indagou abrindo um sorriso desafiador. 

- Sim senhora. – curvou-se. – Muito obrigado, darei o meu melhor. - O jovem respondeu sorrindo e posteriormente se retirando da sala após receber autorização para tal. 

YeongHo então deixou o restaurante com um sorriso no rosto lembrando novamente da responsável por essa oportunidade, o jovem então seguiu ao shopping com um pouco do dinheiro que Soohye tinha lhe dado para comprar um presente para entregar a mesma no dia seguinte em forma de agradecimento. Enquanto vagava pelo shopping o rapaz foi surpreendido por um grito de longe de uma voz familiar 

– YeongHo! – Lisa gritou de longe após avistar o garoto, a mesma estava fazendo compras acompanhada de Eunji e Yuu, que foram junto da garota em sua direção. 
Aos poucos a Lisa estava deixando de ser aquela menina tímida e calada, estava se abrindo mais tudo isso graças a Eunji. 

– Wow YeongHoo, você está... Incrível! – Eunji comentou surpresa ao ver o terno que o mais velho usava.

– Por que tanta… Formalidade pra um shopping cara? Decidiu fazer cosplay? Ren e Riku estão aqui com você também? Eles tem cara que gostam desse tipo de coisa. – Yuu riu brincando com seu colega, recebendo um olhar desconfortável da Eunji que fez biquinho. 

– Eu aprecio cosplay, sabia seu bobo? – a garota respondeu um pouco chateada pela brincadeira sem graça do rapaz. 

– N-não é nada disso, eu só estou saindo do meu trabalho, e resolvi comprar um presente. – respondeu YeongHo rindo. 

– Pra namorada? – Lisa perguntou recebendo aceno negativo em resposta. 

– É para uma colega, seria mais um presente de agradecimento. – explicou. Mas quem disse que o trio ali acreditou no rapaz. 
Os três se entreolharam e sorriram cúmplices. Não demorou para a Lisa se prontificar a ajudar o rapaz a escolher algo, aproveitaria para jogar verde e descobrir quem seria a pessoa e se realmente seria somente uma colega. 

– Iremos te ajudar então, afinal... Nada melhor que duas mulheres pra encontrar um presente pra outra, não é mesmo Eunji? – Lisa perguntou animada. 

– Hein? eu também fui envolvida nisso? – Eunji respondeu, tentando fugir da situação, porém não podia negar que estava feliz em ver a Lisa animada. 

– Pelo jeito você foi pega Eunji, boa sorte, vou torcer por você. – Yuu debochou da situação em que a amiga foi colocada. 

– Ah, não se sinta excluído Yuu, vamos precisar de outro homem forte pra carregar as compras também. – Lisa respondeu olhando para o amigo que claramente mudou sua expressão de deboche pra uma de choque. 

– Não nasci para ser feito de capacho… – falou o de dupla nacionalidade, baixando a cabeça e suspirando em seguida. 
Os quatro jovens então começaram a passear pelo shopping, enquanto os dois rapazes acompanhavam Lisa na sua longa e cansativa aventura pelas compras de loja em loja, enquanto Eunji, Yuu e YeongHoo só tinham um único pensamento em sua cabeça: ''Quando que isso vai terminar?''. Todavia pela expressão de Lisa, aquilo ainda iria durar longas e entediantes horas para eles. 

{...} 

11 de Abril 

Na semana seguinte, após a aula, o sinal tocou para o almoço, e então todos saíram da sala, Yuu foi com a Eunji conversar sobre o teste, a Lisa decidiu espionar YeongHo pra descobrir quem era a dona do presente que o mesmo comprou a uma semana atrás com a ajuda dela. HwaYoung caminhou até a biblioteca para terminar de trabalhar em um cartão de boas vindas para entregar a Soomin quando a mesma ganhasse alta amanhã e voltasse a escola, e Taeshin a acompanhou oferecendo ajuda a mesma para terminarem o cartão. 

– Tenho certeza que ela vai amar o cartão! – Taeshin afirmou e HwaYoung sorriu. 

– Claro que ela vai, sou eu que vou fazer! – ela disse cheia de si fazendo o outro rir. 

– Só quero repetir que você a cada dia está mais parecendo a Soohye… Não… Tlavez pior! – comentou rindo da expressão irritada da HwaYoung.

– TaeShin... Se eu lembro tanto a Soohye, por que não vai ficar com ela então e parar de me atrapalhar, hein querido? – ela encarou para o mesmo com um sorriso perigoso esperando o mesmo responder corretamente. 

Riku e Ren estavam no terraço, Riku sentado em uma cadeira velha e o Ren julgando o amigo por ter pego uma banca antiga e levado até o telhado, HanBin seguiu ambos e ficou observando o céu, se um tempo para cá o Jiu andava distante de si. Areum estava observando os três garotos escondida olhando pela brecha da porta que dava ao terraço, YeongHo apenas comia tranquilamente no refeitório e o Jiu não tinha ido para a aula hoje. 

– Esses meninos... Qual o problema deles, parecem até crianças... – Areum comentou, balançando a cabeça de um lado pro outro em negação enquanto ria. 

– Acho que vou usar isso aqui de base secreta... – Riku comentou. 

– Riku, você sabe que isso aqui é área fora do permitido para os alunos... – Ren reclamava enquanto fazia biquinho como se fosse um aluno exemplar. Não que não fosse, já que prestava atenção nas aulas e tinha notas boas. 

– Como se alguém não soubesse disso e viesse aqui mesmo assim. – Hanbin retrucou, claramente por se sentir à vontade no local e não querer sair dali. 

– Dois contra um... – Hayden suspirou. 

– Eu acho que você perdeu essa. – Riku riu vendo o loiro concordar. 

– Mas o que eles estão falan– Areum tentou aproximar um pouco o rosto encostada na porta que abriu fazendo a garota cair enquanto todos notaram a queda da mesma, ela levantou-se com uma expressão séria como se não tivesse sido nada. 

– O que o clube dos abobados está fazendo aqui? Deveriam ir embora antes que alguém os denuncie, humph. – a mesma disse, arrumando sua saia e seu cabelo, então indo embora em seguida tentando esconder a vergonha no seu rosto. 
Eles continuaram ali sem entender nada do que acabou de acontecer. 

{...} 
 

O dia passou. No final das aulas, todos como sempre seguiram suas rotinas. Finalmente o roteiro da vingança perfeita de Jiu estava pronto. Só faltava o grande-finale. Jiu seguiu a Nahee, como havia planejado para hoje à noite. 8 horas da noite, ali estava Jiu no restaurante que tinha visto ela entrar. Ele estava disfarçado, claro. Não poderia deixar ela saber que estava perseguindo-a. Como esperado a Nahee estava com um homem mais velho qual possuía uma aliança. Poderia ser pai? Talvez, mas não... O Jiu sabia que não, afinal qual pai ficaria segurando a mão da menina e encarando o decote que ressaltava o peito? Não seria um pai descente. Aproveitando a oportunidade, Jiu tirou as fotos discretamente, porém foi interrompido ao ser puxado bruscamente para fora, especificamente até o fundo do restaurante do lado de fora. 

Por um momento o medo instalou no Jiu, devido a recordações desagradáveis de sua infância, porém esse medo sumiu ao perceber que era o YeongHo ali lhe puxando. 

– Yah! Me solta! – exigiu o menor se soltando. – O que faz aqui? – questionou contendo a sua irritação. 

– Então é esse o seu grande plano Chae Jiu? Tirar fotos da menina? O que você vai fazer, expor ela na internet? - YeongHo questionou ignorando a pergunta do outro, olhando para o mesmo. 

– YeongHo, por favor, não se meta mais nisso. – pediu controlando o seu tom de voz para não se exaltar que nem da última vez. Contudo YeongHo negou com a cabeça. 

– Não vou Jiu... Chega, termine com isso aqui. – pediu. – Vingança não traz nada, você só vai cavar a sua própria cova. 

– YeongHo, sério... Não me faça perder a cabeça novamente. – Jiu suspirou tentando controlar a sua irritação. 

– Desculpa. – YeongHo fechou os olhos suspirando. Estava determinado em impedir o outro, não pela menina, mas sim por aquele ser a sua frente. Por fim Jiu achou que teria a paz e poderia concluir o seu plano, entretanto teve a câmera roubada pelo maior. 

– Yah! Min YeongHo! Devolve a câmera! – ordenou já um pouco alterado. 

– Não é do meu feitio fazer isso, mas… – YeongHo respirou fundo. 

Ele tirou o cartão de memória e posteriormente jogou no chão e pisou, quebrando e consequentemente fazendo o mais novo perder tudo o que tinha salvado naquela memória. 

Pasmo Jiu caiu de joelhos no chão, não acreditando que perdeu todo o seu trabalho árduo ali de baixo de seu nariz. 

– Outro dia conversei com o Guardião e ele me disse para agir como uma mãe: não ignorar o erro da pessoa que ama, por mais que ela possa me odiar. – o menor olhou espantado para o YeongHo. – Toda ação causa reação. E eu não quero que você se afunde com vingança. Abra os olhos, olhe para frente e pare de se apegar no passado! – YeongHo se agaixou e entregou o lenço que o outro tinha lhe emprestado outro dia, quando foi demitido. – Viver na base de vingança, após ela ser realizada, o que vai sobrar de motivação para viver? Nada, não é? Então pense… Vale realmente a pena se vingar? 

Jiu pegou o lenço e a encarou… Era o lenço que sua mãe tinha lhe dado quando começou a frequentar a escola Hanyeang. 

{...} 

13 de Abril 

YeongHo estava na sala, Naeun assistia a algum vídeo no celular com a JaeHwa, ele olhou para Naeun e suspirou em seguida, Areum observava o mesmo um pouco confusa. 

– Agora o YeongHo está de olho na Naeun a um bom tempo… Primeiro a SooHye e agora ela? Ele é rápido mesmo hein? – Taeshin sussurrou rindo, HwaYoung sem paciência para as gracinhas do mesmo o acertou dessa vez atrás da cabeça com seu caderno. 

– Você calado é um poeta. – disse. 

O YeongHo mantinha o olhar na garota que não percebia nada, até a entrada nada discreta do Jiu e o Hanbin na sala, os dois basicamente gritaram junto um “bom dia” animado, como sempre faziam. Ambos os amigos estavam indo para os seus lugares, e sob os olhos do YeongHo, Jiu depositou suas coisas sobre a mesa e se dirigiu ao mais velho. 

– YeongHo, podemos conversar a sós? – Jiu perguntou recebendo aceno positivo do mesmo, porém diferente das outras vezes YeongHo mantinha olhar duro. 

Riku, assim como a Soohye observaram atentamente os dois saírem da sala. Algo neles os intrigavam, mas ambos Riku e Soohye resolveram deixar de lado, pelo menos no momento. 

A Areum observava com preocupação, sabia do crush do amigo pelo Jiu e também do fora que levou do mesmo, ela não queria que o Jiu ferisse mais o YeongHo, portanto seguiria-os, se não fosse pelo Hanbin lhe segurar pelo pulso e negar com a cabeça, pedindo silenciosamente que os deixassem a sós. 

Jiu foi acompanhado pelo YeongHo, até o ginásio da escola, mais especificamente falando no quarto de depósito do ginásio onde era guardado os colchonetes, bolas, redes de vôlei, todos os equipamentos de esporte. Por que YeongHo foi levado para lá? Não fazia a mínima, mas sentia receio de ser levado para um lugar sem movimento. Era algo de sua mente, mas se via naqueles personagens que era guiado para um lugar afastado e depois esquartejado. E para ajudar todo o percurso o Jiu seguia quieto e de cabeça baixa sem nenhum residuoos daquele Jiu há alguns minutos antes. No entanto não seria por causa disso que YeongHo se desfaria de seu olhar sério. 

– Sabe… Eu não deveria ter lhe entregando este lenço. – Jiu mostrou o lenço que tinha sido devolvida há dois dias atrás deixando o mais velho confuso.– Pensei no que você disse… – falou guardando o lenço no bolso de sua calça. – Não vou conseguir desistir da vingança tão rápido. 

YeongHo olhou decepcionado ao menor que lhe sorriu como nunca tinha feito… Era um sorriso sincero, sem maldade alguma e sem falsidade, e continuou: 

– Mas estou disposto a tentar desistir. – disse desta vez surpreendendo o YeongHo. – Mas pra isso preciso de sua ajuda, o único quem viu o meu lado podre e que pode me chantagear com isso e me impedir de fazer burrada. 

– Por que a mudança repentina? – questionou. Seria possível alguém mudar da noite para o dia? 

– E por que não? – arqueou a sobrancelha. 

Jiu se aproximou do YeongHo que parecia confuso retirando risada anasalada do menor, após sobrar centímetros de distância o mais novo encostou a testa no ombro do YeongHo fazendo-o entrar em pane. – Sei que estou sendo muito egoísta, afinal eu feri você com ações e palavras rudes, te decepcionei e agora quero te usar pra não me perder mais ainda.– YeongHo ouviu a voz do outro falhar e seu ombro se molhar. Jiu estava chorando. – Sei que sou patético e aos seus olhos bem pior, posso parecer ter desejado destruir a vida de alguém por coisa banal, mas… Ser traído por aquele que você depositava tudo é algo banal? 

YeongHo rodeou os braços em volta dele. Infelizmente não sabia da história completa, afinal só tinha ouvido a parte da Nahee. Mas e a do Jiu? A única coisa que o Min conseguiu fazer foi tentar de alguma forma confortar aquele que achava ser forte e brilhante como o sol. – YeongHo… Desculpa por te ferir, por mentir dizer que odeio você e a todos. – pedia entre soluços. Ao menos com o YeongHo e ali, Jiu queria ser sincero e se abrir um pouco. – Desculpa. 

– Somos humanos, todos nós cometemos erros... Podemos ser escravos do passado, mas dono do futuro. - ele falava calmo, enquanto afagava o menor para acalmá-lo. Isso se pendurou por alguns minutos e… Consequentemente acabaram perdendo a primeira aula. 

{...} 

Jiu estava no terraço vagando em seus próprios pensamentos esperando YeongHo voltar. O mais velho tinha dito que traria o Hanbin, por mais que o amigo não fosse entender Jiu queria pedir desculpas. Ele olhava para o céu com a brisa em seu rosto com a expressão serena até ouvir a porta abrindo e dela surgiu Yul-Hye estava com a cabeça baixa olhando para o chão e a mesma foi até o lado dele, encostando sua cabeça na grade enquanto o mesmo a olhava um pouco preocupado. 

– Você está bem YulHye? – ele perguntou, colocando a mão no ombro da mesma. – YulHye? – a chamou, mas ela parecia estar em transe, finalmente a mesma virou seu rosto o olhando com um olhar vazio. 

– Jiu… – chamou pelo garoto que abriu um sorriso incentivando-a continuar. – Eu sinto muito, Jiu... por tudo que você passou nas mãos dele. – ela falava com um tom triste. - Ninguém merece passar pelo o que você passou... Como aguentou? - ela perguntou, olhando para o mesmo que piscava os olhos confuso, mas logo raciocinando a quem ela se referia, Sowoo. 

– O Sowoo? – confirmou recebendo aceno positivo da garota. – Yah! Tá me chamando de molenga? É que tenho um coração grande, sabe? – Jiu abriu os braços demonstrando o quão grande era o seu coração rindo em seguida, ele pensou que conseguiria alguma risada dela, mas nada. 

– Eu sinto muito por isso, de verdade... – ela disse curvando a cabeça uma vez para o mesmo. 

- Hey! Você não tem que se desculpar! – ele bateu no ombro dela em um pedido para que ela parasse com aquela tensão. 
Yulhye olhou para o mesmo e fechou os olhos por um instante. 

– Me sinto na obrigação…– disse. – Mas agora eu posso ao menos compensa-lo. 
Yulhye tocou no rosto do rapaz que lhe encarava confuso e em seguida selando os lábios com vontade deixando o Jiu em estado de choque. 

– Yulhye!!! – um grito foi dado, era o Sowoo acompanhado do YeongHo e dos outros rapazes, Hanbin, Hayden e Riku. O que os quatro faziam com o Sowoo, o “casal” não fazia a mínima, já que o Sowoo era o lobo solitário. – ...Você... Seu merdinha... – ele disse com um tom mais baixo porém com muita raiva. 

– N-Não é o que você está pensando Sowoo! – Jiu disse, se afastando da garota enquanto Sowoo seguia na direção do mesmo, até ter seus ombros segurados pelo Hayden impedindo que se aproximasse do outro. 

Era perfeito para o Jiu fugir de medo dali, no entanto ele era um ator nato. Se manteve firme e sorriu zombeteiro ao Sowoo que lhe encarava com raiva. Sem dizer nada o que foi beijado saiu dali como se nada tivesse acontecido. Porém YeongHo viu que ao passar pela porta o Jiu saiu correndo com a mão em frente aos lábios e o rosto pálido do mesmo. YeongHo saiu correndo deixando para que os três segurassem o Sowoo. 

– Yah! Volta aqui seu bosta! – Sowoo exclamou para o Jiu. 

– Você não vai a lugar algum.– Riku falou. 

– E quem vai me impedir? Você? Palhaço. – Sowoo respondeu segurando na gola da camisa de Riku. 

– Quer mesmo brigar aqui e agora? Ou não prefere fazer isso em um lugar mais apropriado...? - Riku retrucou, também segurando na gola da camisa do Sowoo. 

Ambos os rapazes trocaram olhares em silêncio, apenas esperando o primeiro movimento vir do outro, porém foram afastado por Ren e Hanbin. 

– Filhos da Puta.. eu cuido de vocês outro dia. – Sowoo se retirou, colocando seus fones de ouvido e deixando YulHye para trás na companhia dos três garotos. 

{...} 

Jihoon e Matt decidiram ir para casa mais cedo, eles aproveitaram para ir para a casa de JiHoon, que supostamente estaria sem ninguém até mais tarde, ambos os rapazes ficaram no quarto do menor conversando e rindo de piadas, até que o silêncio e a troca de olhares tomou conta do ambiente, e os dois rapazes começaram a trocar beijos e carinhos. 

JiHoon beijava Matt de modo gentil e carinhoso, que correspondia enquanto sentia seu rosto aquecendo e trocavam olhares entre eles nos intervalos dos beijos, até que Matt começou a se deitar em sua cama enquanto segurava na camisa de JiHoon o puxando sutilmente para cima do mesmo sem nenhum esforço ou resistência. 

Os dois se olharam por mais alguns segundos como se todas as respostas estivessem um nos olhos do outro, JiHoon começou a beijar o pescoço do mais baixo curvando um pouco seu corpo devido a sua altura enquanto o pequeno respondia alisando seu cabelo, os dois continuaram instintivamente até que antes que de perceberem, os dois já estavam prontos. 

O Mais novo começou a sentir então um calor em seu corpo enquanto o rosto de ambos ficavam vermelhos e suas respirações começavam a ofegar.

– Matt... – Disse.

– JiHoon... – Respondeu.

Os jovens se beijaram novamente e se deixaram levar pelo calor do momento por um bom tempo, até que do nada a porta do quarto se abriu e dela surgiu o pai do JiHoon, que observou o filho sem roupa alguma com o rapaz embaixo dele igualmente sem nenhuma roupa. 

Continua...