História School? Is cool (Hiatos) - Segredos do Passado

 

Nana POV

 

Desde mais nova sempre tive interesse em Minho, isso se estendeu até hoje. Mas não era por ter interesse nele que eu deixaria de viver, certo?! Agora namorando ele, não nego ser a melhor coisa que me aconteceu, mas essas crises excessivas de ciúme me deixavam com raiva, será que ele não tinha um pingo de confiança em mim? Aish, não era atoa que o provocava de propósito. Agora estava indo com minha melhor amiga para o estúdio de dança.

 

— O que aconteceu pra você não sentar conosco hoje? — Enlacei meu braço ao dela.

 

— Eu estava envergonhada demais pra isso. — Eun sempre foi sincera comigo, das vezes que ela tentava esconder não dava muito certo.

 

— Envergonhada? Você?! — Franzi o cenho e ri. — Conta outra.

 

— Se você soubesse a burrada que eu fiz, de certo ficaria também. — Fez um bico.

 

— Aish… O que você fez? — Parei em sua frente.

 

— Eu disse para o Jaehyun Oppa que eu gostava dele. — Colocou as mãos no rosto. Parei estática, sem saber o que falar.

 

— Pera… Quê? — Tirei as mãos de seu rosto, vendo-a me olhar.

 

— Não me pergunte, ele queria saber porque eu queria falar com ele… Eu falei tudo muito rápido. — Foi gesticulando com as mãos.

 

— Mas… — Fui cautelosa. — Você ainda sente algo por ele?

 

— Não. — Choramingou. — Não, não. — Ela parecia mais se certificar disso do que me responder. — Eu amo o Johnny, você sabe disso.

 

— Eu sei, mas quando você foi pra Chicago, você gostava era do Jaehyu- — Parei assim que sua mão foi de encontro a minha boca.

 

— Não repita isso mais aqui, por favor. — Seu olhar era suplicante, apenas assenti.

 

— Eun, eu te disse que se ficasse nessa com ele de novo ia ser igual antes né? — Cruzei os braços, ela fez cara de choro falso e encostou a cabeça na parede, dando leves batidas.

 

— Como que eu não vou falar com ele, se ele sempre tá do lado do Minho? — Escorregou pela parede, arrumei a saia e sentei ao seu lado.

 

— Você pode evitá-lo, finge que nada aconteceu, você é boa nisso. — Falava olhando para a parede a nossa frente, e me lembrando de pequenos eventos.

 

Flashback ON

 

Mais um dia que os dois brigam sem parar, a cada dia piorava mais e mais, dessa vez eu tive que me meter e adivinhem? Estamos os três na diretoria.

 

— Sai de perto de mim. — Eun falou brava.

 

— É você que está perto de mim. — Jaehyun retrucou.

 

— Eu odeio vocês dois. — Falei tampando o rosto e respirando fundo pela milésima vez naquela manhã.

 

— Yah Nana, ele me xingou de patricinha sem educação e mimada. — Sim meus caros, eles brigavam por coisas bestas nesse tipo.

 

— Eu não menti. — Retrucou.

 

— Cala a boca Jaehyun. — Eun se voltou brava. — Eu estou falando com ela, não com você. — Apontou o dedo em sua direção.

 

— Tira o dedo da minha cara. — Puxou o dedo dela, torcendo sem machucar, conclusão, tomou outro pisão no pé. — Ai sua maluca.

 

— Maluca é sua mã- — Foi cortada quando eu gritei.

 

— QUE INFERNO PARA VOCÊS DOIS PELO AMOR DE DEUS!! — Levantei brava, os dois se calaram e emburraram.

 

— De novo? — A coordenadora saiu de sua sala.

 

— Sim, e dessa vez eu não saio daqui sem eles se acertarem. — Falei bem brava, eu já estava farta disso tudo.

 

Como eu me meti nisso tudo? Bom, ele ia empurrar ela, mas eu dei um empurrão nele primeiro.

 

— Seus pais foram chamados. — Ela avisou.

 

— Meu Appa? — Eun se levantou preocupada. — Eu não fiz nada, foi esse imbecil que começou.

 

— Tá vendo? Ela me xinga e quer se fazer de inocente. — Jaehyun se levantou.

 

— Cheguei. — Minho e Song apareceram.

 

— O que houve? — Minho falou olhando para a coordenadora.

 

— O que houve que esse projeto de gente tentou me matar. — Eun fez um drama exagerado.

 

— Se você controlasse melhor esse animal, estaríamos em paz. — Jaehyun falou para Minho.

 

— Quem você chamou de animal?! — Eun quase gritou.

 

— CHEGAAAA! — Gritei de novo. — Me leva pra casa Oppa. — Quase chorei. — Eu não aguento mais esses dois.

 

Saímos de lá, Omma veio nos buscar na escola, eu estava mais estressada por assistir do que participar daquilo tudo. Soube que Eun ficou de castigo mais uma vez e Jaehyun perdeu certos direitos.

 

Agora estamos tentando cometer um homicídio em massa, colocando os dois em uma sala trancada, ideia? Do amor da minha vida todinha, digo, Minho. O que adolescentes de 14-15 anos tem na cabeça não é mesmo? Na nossa mente seria algo perfeito.

 

— Eun, você pode me ajudar com uma lição? — Perguntei enquanto caminhávamos pelos corredores da escola. Ficamos à tarde para fazer algumas decorações do festival escolar, e agora com um pouco de folga, andávamos despreocupadas.

 

— Certo, mas eu acho que as salas estão fechadas… — Colocou a mão no queixo.

 

— Eu achei uma sala já. — Puxei a mão dela e a coloquei dentro. — Espera aqui que eu vou pegar o material.

 

— Tá bem. — Vi ela sentar em cima de uma das mesas e olhar para a janela. — Não demora!

 

— Pode deixar. — Agora eu estava nervosa com tudo isso. Dei o okay para os meninos e me escondi.

 

— Por que só eu estou carregando essas malditas caixas? Tudo bem que eu sou o mais forte e tal, mas é muita folga. Aish. — Ouvi voz de Jaehyun abafada e logo a porta se fechar com tudo. Sai do meu esconderijo -um dos armários inocupados- e fui ao encontro dos meninos.

 

— Você pegou a chave? — Perguntei para Song.

 

— Aqui. — Balançou o molho de chaves.

 

— Segura a porta comigo. — Minho fazia força.

 

— MINHO EU ESTOU ESCUTANDO SUA VOZ! PODE ME TIRAR DAQUI! — Ouvi o grito abafado de Eun.

 

— Sai da frente garota, deixa eu empurrar isso. — Jaehyun falou.

 

— Você é imbecil? Está trancada com chave. — Eu não sei se daria bom aquilo tudo, mas uma hora eles iam ter que se acertar.

 

— Vocês vão ficar aqui vigiando? — Perguntei sussurrando.

 

— Nana! Eu estou te ouvindo sua traíra! — Eun falou de novo.

 

— Que isso? Ouvido biônico? — Song riu.

 

— Eu sei, sou um máximo HAHAHA! — Ela riu, fazendo nós três cair na risada. — Podem me tirar já aprendi minha lição.

 

— Nem pensar irmãzinha, os dois estão de castigo. — Minho falou saindo, seguida de Song.

 

— Agora vou ter que ficar te aturando, porque você é uma chata que não me esquece. — Jaehyun falou.

 

— Isso tudo é porque eu te dei um fora né? — Arregalei os olhos, parece que se eu ficasse quieta um pouco iria descobrir muitas coisas.

 

— Você se acha, eu nunca pedi pra ficar com você, nem se eu fosse louco. — Jaehyun rebateu.

 

—  Não foi isso que você me disse. — Falou provocativa, ah eu conhecia bem essa menina. Começou a gritar. — COMO FOI MESMO? AH LEMBREI, EUN-AH EU TE AM- — E tudo ficou um silêncio, meu deus ele matou ela. Cheguei mais próximo da porta e coloquei o ouvido, pela fresta do chão eu podia ver que estavam ali.

 

— Ninguém precisa saber de nós dois. — Arregalei mais os olhos. — Você sabe que aquele beijo só aqueceu as coisas entre nós. — O QUÊ? BEIJO? QUE BEIJO? Meu coração parecia uma escola de samba por saber desse segredo.

 

— Aquele beijo foi um erro. — A voz de Eun saiu fraca.

 

— Foi é? — Ouvi uma risada fraca. — Então considere esse um erro também. — Silêncio. OH MY GOSH! ELES ESTÃO SE BEIJANDO. Afastei da porta com a mão na boca. ELES SE BEIJARAM! Desgraçados, me fizeram passar raiva, ATOA!

 

Sai de lá ainda pasma com tudo que eu tinha descoberto, mas ainda eu tinha um sorriso nos lábios. — Como eu não percebi isso antes? — Perguntei rindo muito.

 

— E ai eles já se mataram? — Song veio ao meu lado.

 

— Hm… Vai ficar tudo bem. — Confirmei, ele franziu o cenho sem entender o sorriso em meus lábios.

 

— Acho que já podemos tirar eles de lá né? — Minho apareceu, sorrindo. Ah esse sorriso que me mata.

 

— NÃO! — Gritei. — É, não… Deixa eles um pouco mais de castigo. — Eu evitava olhar meu irmão que ainda tinha um olhar julgador sobre mim.

 

— Se você acha melhor. — Minho ainda me olhava, senti um pouco de vergonha por seu olhar estar voltado só para mim.

 

— É bom que eles pagam por todas as vezes que nos deixaram com raiva. — Mordi o lábio inferior olhando para um ponto fixo na parede.

 

— Você me dá medo… — Minho falou. — Eu gosto disso. — Parei de olhar para o ponto fixo na parede e o olhei, surpresa. Ele pigarreou. — É… Vamos? — E se virou.

 

— Aish, eu me sinto uma vela a todo momento. — Song colocou as mãos no bolso. O que ele quis dizer com isso? Franzi o cenho e caminhei com eles.

 

[...]

 

Um tempo depois, estávamos os três com medo de abrir a porta. Na verdade eu estava mais ansiosa pra ver o que eles iam agir um com o outro, do que com medo por minha vida.

 

— Abre você. — Entreguei a chave para Song.

 

— Não, abre você. — Entregou para Minho. Que hesitou muito.

 

— Eu não consigo. — Riu de nervoso.

 

— Me dá, eu faço isso. — Peguei a chave de sua mão, nos olhamos pelo breve contato.

 

— Sai, eu faço isso. — Song entrou no meio de nós dois, pegou a chave e começou a abrir a porta.

 

— FINALMENTE! — Eun gritou e quase pulou nos braços de Song.

 

— Pior dia da minha vida. — Jaehyun saiu bravo. Olhei com os olhos apertados.

 

— Garoto, aposto que foi o melhor, ter minha doce companhia não é pra qualquer um não. — Falou, o que me surpreendeu, é que ela não atacou de volta.

 

— Eu não me lembro de ter te perguntado nada. — Foi grosso.

 

— Eu não me lembro de ter que pedir a sua autorização pra falar, querido. — Foi cínica.

 

— Chega, vamos pra casa. — Minho a pegou pelo braço. — Appa disse que temos um jantar beneficente para ir.

 

— Aish. — Emburrou e se foi no corredor com Minho puxando ela quando passou por Jaehyun quase o chutou.

 

— CONTROLA ESSA MALUCA! — Ele gritou.

 

— Ai esses dois… — Meneei a cabeça rindo.

 

Flashback OFF

 

Sua cabeça que estava em meu ombro se levantou.

 

— Quer saber, vem eu vou te mostrar os garotos dançando. — Levantou animada. Me levantei junto.

 

— Quero ver o Taeyong. — Eu sabia que ela queria só esquecer aquilo tudo. — Nossa, ele é um gato.

 

— É porque você não viu ele dançar ainda. — Pegou em minha mão e começou a correr comigo até lá.

 

— Sem correr, meninas. — Professor Namjoon avisou. Paramos de correr, mas assim que ele deu as costas, começamos a correr de novo e rir.

 

— Esse professor, é maravilhoso. — Ela falou assim que chegamos em frente a uma porta. — Sou sedentária demais pra correr assim. — Colocou as mãos no joelho, eu não estava diferente.

 

— Eu não sei qual o mais bonito, Seokjin ou Namjoon. — Falei recuperando o fôlego.

 

— Aquela famosa frase, faz muito sentido para os quatro. — Apontou para a sala. — Tanto faz. — Riu e abriu a porta.

 

Sabe a visão que eu tive, era de molhar qualquer calcinha. Sério! Maravilhosos dançando, os dois. Era sexy, pecaminoso. Fiquei ao seu lado até que nos notaram.

 

— Ah, achei que não vinha hoje. — Ten falou se limpando com uma toalha.

 

— Eu ainda não tenho uma roupa decente. — Apontou para o seu uniforme. — De todo caso, eu trouxe alguém. — Apontou para mim.

 

— Nana! — Taeyong chegou ao meu lado.

 

— Oii. — Falei quase babando. Em minha defesa, como que fica perto de alguém assim?!

 

— Faz tempo que não nos falamos. — Começou a beber em sua garrafinha de água, algumas gotas escorriam por seu pescoço suado. Senti um apertão na cintura, apertei os olhos.

 

— Aii sua… — Ela arregalou os olhos me alertando. — Linda, ha ha ha. — Falei massageando o local.

 

— Eu acho que devíamos sair um dia desses. — Eun começou. — Um barzinho quem sabe?!

 

— Boa ideia. — Ten falou batendo high five com ela.

 

— Por mim tudo bem, a gente combina. — Taeyong falou me puxando para um abraço de lado.

 

Eun apertou os olhos, a culpa não era minha. O sinal bateu.

 

— Certo, agora precisamos ir. — Eun falou me chamando.

 

Saímos uma ao lado da outra.

 

— Taeyong perdeu a noção do perigo. — Eun exclamou.

 

— Perigo bom esse. — Rimos juntas, queria só ver a cara do Minho quando soubesse.