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História Schools Life - Bang Bang


Escrita por: Cathriner

Notas do Autor


E quem é vivo sempre aparece! Desculpem a demora, mas eu tava meio sem criatividade, e quando ela veio quase explodiu minha cabeça. Espero que gostem do capítulo *3*
By: Leitora-Anonima

Capítulo 17 - Bang Bang


Fanfic / Fanfiction Schools Life - Bang Bang

POV Katherine Clarke ON:

   - Será que a gente ganha no boxe? – perguntou Amelia enquanto almoçávamos.

   - Bem, a Anne Hathaway tá no time das Revoltadas, então acho que me tacar de uma janela ia doer menos do que lutar com ela – respondeu Kaya.

   - Em outras palavras: já perdemos. – explicou Demi.

   - Meu Deus, suas vadias pessimistas! – gritei – Parem de dizer que vamos perder, ainda temos uma semana pra treinar.

   - Kath, linda do meu coração, nem se treinássemos um ano venceríamos! Esqueceu do que a Anne é capaz de fazer?! – gritou Amelia.

   - É, as coisas não estão saindo conforme planejamos ultimamente – disse Taylor – Estamos tendo um azar enorme. Pra começar, o Andrew agora tá namorando aquela tal de Clara...

   Olhei para Emma. O ódio que ela tinha por Clara antes aumentou em gazilhões de vezes. Se seus olhos fossem metralhadoras, ela já teria matado e ressuscitado a Clara umas dez vezes no mínimo.

   - Que se dane o que aquela puta desgraçada fez! – gritou Emma – Nós vamos ganhar, e eu vou socar tanto aquela carinha inocente dela que os seus hematomas terão hematomas!

   Nós olhamos para ela, espantadas. Emma sempre foi uma garota cruel, uma perfeita Devil-Queen – depois de mim, é claro – mas agora ela parecia uma psicopata.

   Emma nem deixava mais o Andrew sentar com a gente, por culpa daquela “humilhação humilhantemente humilhante”, como ela descreveu.

   - Quem vai lutar? – perguntou Selena Gomez. Ela começou a sentar com a gente desde que veio pra escola. Ela era perfeita para ser uma Devil-Queen.

   - Por enquanto vamos eu, a Emma, a Demi, a Kaya e a nossa queridíssima Rose – apontei para Rose. Mal tínhamos notado sua presença.

   - Acho que a Anne disse que precisávamos de sete em cada time. – falou Taylor – Pena que a sétima não serei eu.

   ­- Claro que não vai ser você – disse Selena – Se quiséssemos ver quem fosse a maior vadia, aí quem sabe você venceria.

   - Odeio ter que admitir isso, mas eu ficaria em segundo lugar, pois você ganharia, sua vaca! – gritou Taylor.

    - Ah é?! – gritou Selena. Ambas já se levantavam – Pois saiba que pelo menos eu não sou virgem!

   - Perdeu a noção do perigo, sua kenga recalcada?! – Sem hesitar, Taylor simplesmente pulou em cima de Selena, e ambas começaram a se bater.

   Eu, Amelia, Kaya, Demi, Alexia e Caitlin levantamo-nos, enquanto Taylor e Selena estapeavam-se em cima da mesa, chamando a atenção de todos.

   Suas roupas sujavam-se de comida, e o resto elas derrubavam no chão. Selena então chutou Taylor, que rolou até o chão. Taylor então se levantou e começou a puxar Selena pelos cabelos. Um círculo formava-se ao redor delas, e alguns garotos como Thomas, Zayn, Justin e Sam pareciam até gostar de ver as duas se matando.

   - Não acha melhor pararmos com isso? – sussurrou Amelia para mim.

   ­- Espera um pouco – falei – Espera, espera, espera...

   Selena então jogou Taylor no chão, sentando-se em suas costas. A loira esperneou-se, mas não conseguiu livrar-se da Selena.

   - Okay, acho que já vimos que as duas são igualmente vadias – falei. – Selena, gostaria de lutar pelas Rosinhas no boxe?

   ­- Claro! – respondeu ela levantando-se.

   Taylor levantou-se rapidamente e correu para o banheiro, provavelmente para chorar por sua derrota.

   Eu e as meninas sentamo-nos novamente, mas desta vez não tínhamos o que comer – graças a Selena e Taylor.

   - Eu vou lá com a Taylor – falou Rose se levantando e saindo do refeitório.

   - Tão doce, e tão inocente – falou Kaya – Coitadinha.

   - Bem, agora só falta uma pro time – falou Alexia.

   ­- Mas não pode ser a Taylor – disse Selena – Além de não querer lutar, ela é fraca e inútil.

   - Tá bem, sem a Taylor – disse Amelia – Quem podemos chamar então?

   - Eu não. – falou Alexia – Posso acabar indo contra a Anne, e tenho outros milhões de motivos para não querer ir.

   ­- E um deles é que você prefere estar no banheiro se pegando com um professor? – indagou Selena.

   - Talvez – respondeu Alexia.

   - E se chamássemos uma das amigas delas? – indagou Kaya – Ela talvez saiba quem vai lutar, e podemos ganhar vantagem com isso.

   - Kaya Rose Scodelario, você nunca foi tão brilhante! – respondeu Emma.

   - Na verdade, eu prefiro ser gostosa do que brilhante, mas valeu mesmo assim – disse Kaya.

   - E quem vamos chamar? – perguntou Amelia.

   - Relaxem, pois eu já sei quem escolher – respondi.

***

   Mackenzie Monroe conversava com Will Poulter, a alguns metros de nós. Eu e Amelia os observávamos, aguardando o momento certo.

   - Está com você? – perguntei para ela.

   Amelia assentiu, ainda olhando os dois pombinhos conversando sobre nada em especial.

   Will então saiu, e Mackenzie começou a guardar algumas coisas no seu armário. Amelia olhou para mim, e assenti. Fomos até ela.

   ­- Olá, Mack – falei sorrindo amistosamente.

   - Ah, oi. – disse ela sorrindo – Katherine e Amelia, certo?

   - Sim, mas pode me Kath – respondi.

   - E pode me chamar de Amy – falou Amelia – É assim que nossos amigos nos chamam.

   - É, e espero que também possamos te chamar de Mack, e considerá-la uma amiga, já que as suas “amigas” não são lá muito verdadeiras. – falei.

   - Como? – perguntou Mackenzie, aparentemente confusa.

   - Nós ouvimos elas falando de você, e gravamos. – respondeu Amelia.

   - Veja só – falei tirando meu celular do bolso.

   “- A Mackenzie tá começando a me encher – falou Megan.

   ­- Pois é, ela vive indo atrás da gente, que nem uma cachorrinha – a voz era de Candice – Não que ela não seja uma.

   - Ela vive se jogando pra cima do Will, e não fui com a cara dela desde o início – disse Anne.

   - É, mas ela é boa de briga, certo? Precisamos dela pra ganhar – falou Linn.

   - É só continuar com o joguinho. – concluiu Megan”

   - E aí, o que você acha? – perguntei.

   Mackenzie cerrava os dentes. Seus olhos mostravam pura raiva.

   - Sem falar que o Will tá caidinho pela Taylor, que vai torcer pelas Rosinhas – completou Amelia.

   - Ainda vai com elas? – perguntei.

   - Quando começamos? – perguntou Mackenzie.

   Sorri maliciosamente. Meu plano começava a dar certo. E ainda não consigo entender como as excluídas conseguem ser tão burras.

   - Será um prazer tê-la em nosso time – falei.

   Mackenzie virou-se, indo para sua sala de aula.

   - Não acredito que ela nem pensou que é tudo falso – disse Amelia apoiando-se em um dos armários.

   - Menos a Anne – falei – Ela realmente disse aquilo.

   Amelia riu.

   - Agora nós vamos ganhar.

  

Uma semana depois...

 

   - Okay, nós treinamos duro durante uma semana... – comecei – Bem, não tenho nenhum discurso motivador. Não que precisemos de um, então apenas digo: vamos acabar com aquelas vadias!

   Usávamos tops rosas e shorts da mesma cor. Mackenzie e Rose pareceram um pouco desconfortáveis com a vestimenta, mas isso pouco importa.

   Saímos do vestiário, indo em direção ao ringue, o qual se localizava no ginásio – mas não fiquei impressionada, já que nesse colégio só falta os alunos voarem. Todos os alunos que não fossem lutar – quase todo mundo – estavam nas arquibancadas. Os populares em uma, e o resto na outra.

   Como Jennifer Lawrence não podia lutar – já que quebrou o braço – ela decidiu ser a locutora da luta.

   Paramos um pouco depois de sairmos do vestiário, ficando na frente à porta, pois Jen queria que os dois times fizessem entradas triunfais – vá saber por quê. Ela então pegou o microfone e falou:

   - Deste lado, temos as garotas que quase todos querem pegar. As que chamam todos os olhares. As perfeitas... Rooooooosinhaaaaas!    

   Começamos a andar como se fôssemos as tais – e éramos mesmo – e os populares comemoraram.

   Sentamos em um banco, esperando Jen anunciar as Revoltadas.

   - Do outro lado, temos as garotas que nunca recusam um desafio sequer. As que, a seu modo, também chamam atenção. As fortes, as duronas, as... Reeeeevoltadaaaaaas!

    Elas entraram. Receberam palmas e gritos, mas não tanto quanto nós. Sentaram-se no banco do outro lado, e suas roupas eram que nem as nossas, só que os tops eram mais longos, elas usavam bermudas, e eram azuis.

   - Pois bem – disse Jen – Vamos começar!

 

   POV Emma Stone ON:

  

   Já havia se passado uns vinte e cinco minutos. A primeira luta tinha sido da Lauren e da Kaya, e a Lauren ganhou – não que eu esteja surpresa, já que a Kaya é tão fraca quanto a Taylor.

   A segunda foi da Nicolle e da Demi, e a Demi ganhou.

   A terceira luta era minha e da Clara. Meu sangue ferveu quando Jen me chamou. Eu nunca havia suado nem me dedicado tanto em uma semana só. Ela se arrependeria de ter me humilhado quando beijou o Andrew. Claro que ela não tinha a intenção e blá-blá-blá, mas quando o Andrew terminou comigo foi como facadas. Mas isso não se repetiria; ela irá implorar para que eu a apague antes mesmo da luta acabar.

   Subi no ringue, encarando Clara mortalmente. Mesmo que ela aparentasse mais forte e durona, ainda assim era a doce e inocente Clara Linner, que iria pagar.

   - Okay, vocês já devem ter escutado eu falando as regras, então me poupem de gastar saliva. – disse Jen – Cada assalto dura cinco minutos. Se alguém ganhar os dois primeiros, já venceu. Mas se cada uma vencer um assalto, temos um terceiro, entendido?

   - Entendido – falamos eu e Clara.

   - Ótimo. – Jen foi para o outro lado do ringue, sentando-se em uma das cordas que o cercavam.

   - Não deveria ter ficado com o meu namorado – falei.

   - Não deveria ter me humilhado – respondeu ela.  

   - Espere só até ver o que tenho guardado – retruquei.

   - Comecem! – gritou Jen.

   Começamos a andar em círculos, apenas esperando a outra dar o bote. A testa dela suava, e eu sorria, tentando intimidá-la.

   - Façam alguma coisa! – gritou Jen, e, como que por impulso, pulei na direção de Clara, tentando acertar-lhe um soco.

   Infelizmente, ela foi mais rápida, e desviou para o lado, fazendo-me cair no chão. Mas foi sorte, apenas sorte.

   E sua sorte estava prestes a acabar.

  

   Dez minutos depois...

  

   Terceiro assalto. O último. Clara ganhou o primeiro – por pura sorte - e eu o segundo. Quem vencer esse, ganha oficialmente, e eu garantirei que não seja ela.

   - Não cansou de ser humilhada? – perguntei para Clara enquanto ficávamos girando que nem duas sonsas. – Ainda precisa perder na frente de todo mundo?

   ­- Sinto muito, Emma, mas não sou eu quem vai perder – disse ela vindo em minha direção.

   Ao invés de desviar, dei um soco em seu queixo, fazendo-a cair no chão. Ela levantou-se rapidamente, já pronta para dar outro bote. Tentei um soco em sua barriga, mas ela aproveitou e deu um no meu rosto.

   ­- Parece cansada, Clara – provoquei – Por que não fazemos do jeito mais fácil e eu a poupo de mais humilhação?

   - Não sou muito de pegar o caminho mais fácil – respondeu ela, acertando um golpe no meu estômago.

   A dor espalhou-se por toda a região do meu abdômen, e abracei-o, tentando aliviá-la. Clara não atacou; apenas ficou esperando eu me recuperar. Essa inocência e bondade nela me davam nojo.

   Em um rápido golpe, acertei a parte esquerda do seu rosto, e ela cambaleou um pouco. Aproveitei e dei um soco na sua barriga, e ela soltou um gemido. E então, para terminar, acertei sua bochecha direita, e ela caiu no chão.

   Jen então começou a contar:

   - Um, dois...

   Os amigos de Clara gritavam para que ela levantasse, principalmente o Andrew – não mereço isso. Mas ela permanecia no chão

   - Três, quatro...

   Ela tentou levantar-se, ficando de quatro. Sua respiração estava acelerada, mas seus esforços não valiam a pena.

   - Cinco, seis...

   - É aí o lugar de cachorras como você, Clara – falei – Já sabia que ia perder. Não devia ter saído do pasto, vaquinha.

   - Sete, oito...

   - Não devia ter saído da água, piranha – murmurou ela.

   - Nove...

   E tudo que vi depois disso foi um punho, um punho do qual não fui rápida suficiente para desviar.

  

POV Lizzy ON:

  

   Dylan sentava-se ao meu lado, gritando que nem um retardado mental – não que ele não fosse. Acho que ele só não entrou no ringue por causa da Anne.

   A Linn tinha lacrado aquela luta com aquele soco fatal – pelo menos foi o que eu vi no rápido segundo em que olhei, pois estava concentrada demais jogando. Pareceu até Mortal Kombat. E tenho certeza que a Emma ficou mais puta da vida com ela depois disso.

   Depois delas a Charlotte e a Katherine lutaram. Também não prestei atenção, pois as lutas nem me interessavam muito, eu só fui porque o Dylan praticamente me arrastou até lá. Ele disse que queria ver a Megan – e acho que ele nem se deu conta que a Rose tava no outro time.

   A Katherine – impossível e milagrosamente – conseguiu ganhar, mas acho que foi só porque ela disse alguma coisa do Justin Bieber e da Ally enquanto lutava, o que pareceu ter provocado a Charlotte.

   E a Anne e a Mackenzie... elas só não morreram porque estavam de luvas; do contrário nem sobrariam restos delas pra usar de provas quando contássemos a história.

   A Anne tinha ganhado o primeiro assalto, e a Mackenzie pareceu um cão com raiva depois disso – ou, como eu já disse, foi o que ouvi o Dylan gritando.

   Já no segundo assalto, nenhuma delas poupava forças. Eu conseguia ouvir os estalos dos socos e os barulhos delas caindo no chão – se filmássemos, pareceria Mortal Kombat em vida real.

   - Lizzy, por que você não presta atenção? – gritou Dylan em meio aos outros gritos abafados pelos sons da luta.

   - Porque a luta aqui no jogo é muito mais emocionante – respondi – E qual a graça de ver elas se matando?

   - Qual a graça? – indagou ele, incrédulo – A graça é que, se pudesse usar as mãos, acho que já teria carne pra todo lado!

   - E você ainda pergunta por que eu não quero ver isso... – murmurei.

   ­- Larga logo essa merda de jogo e preste atenção na luta por pelo menos cinco minutos!

   ­- Tá bem – falei dando pausa – Façamos assim: se uma delas morrer, aí você me chama e eu desligo o jogo, okay?

   Ele me encarou, sério.

   Continuei a jogar, ignorando quaisquer comentários que Dylan dissesse.

 

   POV Autora ON:

 

   Mackenzie e Anne olhavam-se com total ferocidade nos olhos. Se seus olhos fossem metralhadoras... os delas seriam bazucas.

   Ambas estavam cansadas, exaustas, na verdade, mas a adrenalina as fazia continuar a lutar/se matar. Mackenzie investiu contra Anne, que lhe deu um soco na lateral da cabeça, fazendo-a recuar.

   - O assalto tá acabando! – gritou Jen – Acabem logo com isso porque eu tô agoniada!

   Então, em um gesto de pura e total raiva, Anne gritou tão alto que sentiu como se suas cordas vocais rasgassem, dando um soco certeiro no rosto de Mackenzie, derrubando-a, inconsciente.

  

   POV Lizzy ON:

 

   - Meu Deus! – gritou Dylan – A Mackenzie morreu!

   - O quê?! – gritei, pausando o jogo – Mas eu não tava falando sério!

   Uma multidão ficava em pé, querendo ver o que aconteceu com Mackenzie. A meu ver, ela realmente tinha apagado, e permanecia imóvel.

   Levantei-me, indo até o ringue, junto de alguns outros alunos. Anne nem parecia importar-se; ela apenas foi para o canto oposto do ringue e sentou-se, exausta.

   Todos rodeavam o corpo de Mackenzie. Eram murmúrios para todos os lados. Olhares preocupados, outros surpresos, mas o que mais parecia desesperado era Will – ele tinha uma expressão como se tivesse visto seu melhor amigo morrer – o que provavelmente ele estava pensando – e depois ido ver o assassino dançar em seu funeral.

   - Meu Deus, o que houve?! – gritou uma garota.

   - Você é cega ou só tá fingindo que não viu?! – respondeu outra.

   - Ela tá respirando?!

   - Ela não tá se mexendo!

   - Será que vamos presos como cúmplices?!

   - Eu não quero ir pra cadeia!

   - É culpa da Lizzy! – gritou Olivia.

   - Oi? – questionei, confusa.

   - Você mesma disse que, quando uma delas morresse, você prestaria atenção na luta! – respondeu ela como se isso fosse completamente natural.

   - Ah, claro! – respondi ironicamente – Eu fiz uma macumba que matou a Mackenzie e ainda sou responsável pelo caso das Torres Gêmeas!

   - É isso ou eu bati nela com força, e ela apagou – respondeu Anne enquanto caminhava até nós, ocasionando um estranho silêncio.

   - É, essa teoria é mais provável – admitiu Olivia.

   - Eu vou levá-la pra enfermaria – falou Will pegando o corpo apagado, porém vivo, de Mackenzie, e saindo do ginásio

   Todos permaneceram em silêncio, provavelmente pensando se as lutas deveriam ou não continuar.

   - A não ser que algumas das que ainda não lutaram tenham se ferido emocionalmente, acho que devemos prosseguir – disse Jen.

   Os que estavam em pé – todo mundo, pra ser mais específica – voltaram às arquibancadas, e as restantes pra lutar foram até seus bancos.

 

   Quinze minutos depois...

  

   Depois de ter visto a Selena arrancar os cabelos de Taylor na semana passada, eu não tinha dúvidas sobre o que aconteceria; Hayley voltaria cheia de hematomas pra casa.

   No primeiro assalto, Selena a derrubou sem dó nem piedade – e só não bateu mais ainda porque a Jen a arrastou pra longe.

   Já no segundo Hayley teve aquele momento estranho de adrenalina, onde você soca tanto uma pessoa, mas tanto, que nem chega a sentir.

   Mas no terceiro, infelizmente, Selena a derrubou com um belo golpe no queixo, mandando Hayley pra enfermaria.

   Selena descia do ringue, indo se vangloriar com as Rosinhas, que comemoravam e diziam que ela mereceu e blá-blá-blá.

   Só restavam agora duas pessoas, e eu não veria aquela luta nem que me pagassem.

   Rose e Megan.

 

   Dez minutos depois...

  

   Aquela definitivamente não era Rose.

   A Rose que eu conheço não socaria alguém como se ela fosse um cachorro esfomeado, e a Megan um prato de bife.

   A Rose que eu conheço não ficaria quase feliz ao bater em alguém – especialmente na Megan.

   Mas pra começo de conversa, a Rose que eu conheço nem sequer teria ido pro time das Rosinhas.

   A Rose que eu conheço não era aquela no ringue.

   Dylan estava mais doido do que nunca, gritando para Megan levantar – o que até que a incentivou e a ajudou a vencer o primeiro assalto, mas Rose foi mais rápida e ágil no segundo.

   Elas se socavam. Rose já não parecia com tanta raiva, e Megan não parecia ter a intenção de machucá-la desde o princípio. Era como se ambas apenas fizessem aquilo para que acabasse logo.

   - Pra mim já chega – falei levantando-me e saindo do ginásio.

***

   Enquanto eu andava pelo longo e vazio corredor – parecia até um corredor assombrado – ouvi uma voz atrás de mim.

   - Lizzy, espera! – gritou Dylan.

   Parei de andar, virando-me para ele.

   ­- O que foi? – perguntei, friamente.

   - Por que você saiu? – perguntou ele.

   - É sério? – indaguei.

   - Seríssimo – falou ele.

   Respirei fundo, aguentando-me para não gritar com ele.

   - Você por acaso viu quem está lutando lá no ringue? – indaguei.

   - A Megan, minha namorada e a Rose. – ele falou a palavra “namorada” com tanta naturalidade que senti como se estivesse cuspindo-a na minha cara.

   - Não foi assim que eu vi – falei – Eu vi a Megan e a Rose, uma das suas melhores amigas.

   - Tá, a Rose é minha amiga, mas a Megan é minha namorada! – ele gritou.

   ­- Que se dane, você gritava como se quisesse que a Rose fosse trucidada!

   ­- Tá, preferia que eu dissesse pra ela matar a minha namo...?!

   - Para de chamar ela assim! – gritei – Para de usar essa maldita palavra para descrevê-la antes que eu te dê um soco!

   - Nossa, Lizzy, o que foi? – perguntou ele calmo - Tem algum problema?

   - O problema, Dylan, é ela – falei – Olha, desde a primeira vez que eu te vi com a Megan, desde o primeiro segundo em que eu vi você olhando pra ela, o Dylan que eu via não era mais o meu melhor amigo!

   - Você só diz isso porque não vai com a cara dela...

   ­- Mas eu tô tentando, Dylan! Eu tô tentando por você, meu melhor amigo, a gostar daquela garota! Mas! Não! Dá! Não sei se notou, mas ninguém tá feliz desde que você e ela começaram a namorar! Nem eu, nem a Rose, nem ningu...

- Que se danem vocês! – gritou ele – Que se dane o que você, a Rose ou qualquer um pensa sobre nosso namoro! Eu amo a Megan! Eu tô feliz com ela! Qual o problema com a minha felicidade?!

   - O problema, Dylan, é que você namora uma garota que mal conhece e nem se importa com o que os seus amigos vão pensar! Por que não me avisou?! Por que não chegou e simplesmente disse “Lizzy, eu vou chamar a Megan em namoro, tudo bem? Tchau”?!

   - Você me deixaria pedir ela em namoro?! – indagou ele.

   - Não! – gritei – É claro que não! Mas pelo menos eu saberia! Pelo menos eu conseguiria ir dormir sem saber que meu melhor amigo não confia em mim o bastante para me contar algo que pode mudar sua vida para sempre! Por que acha que a Rose foi pro time das Rosinhas, hein?! Por que acha que ela não fala mais com a gente?!

   - Eu sei lá! Mas o que ela faz ou deixa de fazer não é da minha conta, assim como as decisões que eu tomo não são da su...

   ­- ELA TÁ APAIXONADA POR VOCÊ! – gritei, deixando-o em silêncio. – Se você, uma vez na sua miserável vida, parasse pra olhar ao seu redor, perceberia o quão incômodas algumas das suas amigas sentem-se quando te veem com a Megan! Elas estão se escondendo, e abandonando a própria felicidade, só pra ver vocês dois todos apaixonados! Tem ideia do quanto isso deve doer?!

   - Você também, não é? – indagou ele, baixinho.

   - O quê? – perguntei, confusa.

   - Você também tá apaixonada por mim, não tá? É por isso que nunca foi com a cara da Megan, é por isso que se isola mais ainda quando a gente tá perto!

   Com os dentes cerrados, eu não me aguentei; dei nele o tapa mais forte que eu já tinha dado. A palma da minha mão formigava, e sua marca estava na bochecha esquerda dele.

   - Sabe, Dylan, o que me dói mais não é o fato de você não se importar com nada do que eu disse – falei, tentando não chorar – O que me dói não é o fato de você continuar com os olhos fechados e deixar que suas amigas sofram em silêncio, ignorando isso por completo. O que me dói mais é você não me conhecer o bastante a ponto de imaginar que tudo o que eu disse tenha sido um movimento egoísta apenas porque eu tô apaixonada por você... Mas eu não tô. Os motivos de eu me isolar são apenas da minha conta, e você não tem nenhum direito de justificar os meus atos.

   Fiquei um pouco em silêncio, dando uma fungada enquanto uma lágrima escorria pela minha bochecha.

   - Mas quer saber? Eu tô cagando pra sua opinião! Vou te deixar em paz, Dylan. Vou deixar que seja feliz, okay? Porque eu me importo com você, e me importo sim com a sua felicidade.

   - Lizzy, eu...

   - E o dia em que você se lembrar que nós, os seus amigos, ainda existimos; o dia em que você voltar a ser o Dylan que via o mundo ao seu redor, o Dylan que eu conheço, aí quem sabe eu volto a falar com você. Até lá, finja que eu não existo, o que não deve ser muito difícil, já que você vai estar ocupado demais com a sua namorada.

   Virei-me e continuei a andar, enxugando meu rosto.

   - Lizzy, espera! – pediu ele, mas eu continuei a andar – Liz! Lizzy, por favor! – eu me aguentava para não virar – LIZZY!

   Tudo o que eu fiz foi simplesmente estender o braço direito para cima e mostrar o dedo do meio, fazendo-o se calar.

  

   POV Autora ON:

 

   Rose e Megan estavam muito cansadas, mas mesmo assim continuavam a lutar – ou ao menos tentavam.

   Faltava menos de um minuto para acabar o terceiro assalto, e ambas estavam sem fôlego e sem força.

   - Rose, você sabe que não é certo estar com elas – tentou Megan – Volte a ser nossa amiga.

   ­- Pra quê? Ver vocês dizerem que gostam de mim? Não, obrigada.

   - Olha, se for por causa do Dylan...

   ­- Dylan o cacete! – gritou ela – Pensei que fôssemos amigas.

   - E somos! Somos mesmo!

   - Você só diz isso porque sabe que eu posso te vencer! Porque sabe agora que eu sou forte!

   ­- E você é! Você pode muito bem me vencer!

   - Pare de fingir que vai perder! – gritou ela – Pare de fingir, porque isso já tá me enchendo!

   - Fingir o quê? Eu não tô entendendo!

   - Ah, eu ouvi a grava...

   - Terminem logo isso! – gritou Jen. – Dez, nove, oito...

   - Eu ainda sou sua amiga, Rose – disse Megan.

   - Sete, seis, cinco...

   - Eu não sou fraca – disse Rose para si mesma.

   - Quatro, três, dois...

   E aí, em um golpe rápido e certeiro, Rose acertou Megan no abdômen, derrubando-a. O próximo som foram as Rosinhas gritando e comemorando.

   Rose respirou, ofegante. Tinha vencido, mas a que custo?


Notas Finais


E aí? Gostaram? Espero ter compensado a demora com o tamanho dessa capítulo


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