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História Scooby-Doo: Apocalipse - Convergência (Parte 3)


Escrita por: EBFTS

Notas do Autor


Desculpa o atraso gente, estava lavando o cabelo.

Capítulo 12 - Convergência (Parte 3)


Fanfic / Fanfiction Scooby-Doo: Apocalipse - Convergência (Parte 3)

Não era um bom dia para se sair às ruas como um ser humano normal. O frio batia nas pernas de Daphne, o arrepio era inevitável. Shaggy preparou as armas enquanto fumava mais um Marlboro. Velma colocou comida e outros itens de sobrevivência no furgão. Fred controlaria o volante.

Confiar um ao outro era um risco, mas há riscos que devem ser corridos. Um facão de meio braço bem afiado, dois rifles bem carregados, três granadas, um machado e, claro, o bravo e corajoso Scooby garantiriam a viagem, assim acreditavam.

Shaggy não tirava os olhos de Velma, parecia ter dúvidas quanto à sua união ao grupo. Ela tinha o mesmo sentimento. Esperança ao bolso e faróis ligados, era hora de partir enquanto o sol ainda iluminava através da névoa branca.

O furgão tinha exatas quatro portas. A traseira, onde Velma ficaria encarregada de eliminar quem os perseguisse; a lateral, onde Shaggy observava os lados com bastante cautela; e as de motorista e passageiro, a qual Daphne, Fred e Scooby tinham uma visão panorâmica do que estava a frente.

O barulho do virar da garrafa fez Velma olhar.

Velma: — Não acredito que está bebendo. Aqui não é um parque universitário seu idiota.

Shaggy: — A bebida me ajuda a ter mais coragem. — Argumentou.

Velma: — Então você sabe o que é isso?

Shaggy: — Sei muito bem, por isso me chamam de ‘rei de Londres’.

Velma: — Quem disse isso?

Fred: — Ele mesmo.

Velma deu uma risada e continuou olhando o caminho andado.

Shaggy: — Esse império é meu.  

Daphne: — É... pelo visto seu império não anda tão bem habitado assim.

Fred freou o furgão. Eram centenas andando lentamente além da neblina, pareciam não ter notado a presença do automóvel.

Scooby latiu.

Daphne: — Silêncio doguíneo, precisamos ter calma agora.

Shaggy: — Porra de doguíneo o quê?! O nome dele é Scooby.

Velma: — O que vamos fazer?

Shaggy: Que tal voltar e fazer uma janta bacana? — Shaggy já não estava tão animado com a viagem.

Fred: — Não. Temos que passar enquanto há sol. — Colocou marcha-ré e tomou proximidade.

Daphne: — O que está fazendo?

Fred: — Já brincaram de GTA?

Velma: — Claro.

Fred: — Dessa vez será em 4D.

Fred colocou a primeira e acelerou. Segunda, acelerou ainda mais. Na terceira marcha, os zumbis se viraram e começaram a ser atropelados.

Shaggy: — Você é louco!

Eles eram atropelados e logo se recuperavam. Velma pegou o rifle e começou a atirar. Sua mira tinha melhorado, mas não era o bastante para matar todos eles. A perseguição havia começado.

Fred fez a curva ao leste e seguiu pela rua, multidões seguiam atrás. Era assustador ver que eles estavam rápidos e violentos como animais ferozes.

O azar surgiu com um bloqueio de avenidas que impedia o caminho.

Daphne: — Mas que porra é essa?

Velma: — Eles estão vindo. O que vamos fazer?

Fred: — Teremos que pegar o outro caminho. — Novamente colocou ré, dessa vez não era pra pegar impulso. — Preparem as granadas.

Daphne: — Elas irão explodir perto do furgão, isso vai atrair mais deles.

Shaggy: — Tive uma ideia. — Shaggy abriu a mala de necessidades e tirou um estilingue. — Vamos despistá-los.

Shaggy colocou uma das granadas no lançador do estilingue, levou-o até a boca e tirou o pino de segurança com os dentes. Atingindo um prédio a cem metros do automóvel. A explosão foi certeira.

Velma: — Até que você tem um porcento de esperteza Shaggy. Usou maconha?

Os zumbis começaram a seguir o calor da explosão.  

Shaggy: — Pra você é majestade Shaggy. E não, apenas um bom uísque.

Velma puxou a garrafa, deu dois goles e pegou o rifle de Shaggy, posicionou ambas armas em mãos e começou a atirar. — Deveria ter pego um clássico, não esse uísque de mocinha.

Fred pegou a outra estrada e acelerou. Dessa vez, mais zumbis seguiam o automóvel. — Segurem-se. — Vários iam sendo atropelados pelo furgão em movimento.

Um dos infectados se agarrou à parte frontal do veículo. Aquilo atrapalha a visão de Fred, mas de qualquer forma, ele não poderia parar.

Daphne: — Deixa comigo. — A dama de violeta puxou o volante para seu lado e fez com que o furgão desse um rodopio na estrada. O zumbi não conseguiu se segurar e se soltou. Daphne pegou o machado e aproveitou a virada do automóvel para acertá-lo na cabeça, abrindo rapidamente sua porta. — Prontinho, por sorte não batemos naquela casa.

Fred olhou pelo retrovisor e viu que quase havia chocado com um muro residencial. — Uau, obrigado.

Daphne: — Eu quem agradeço amore. Não iria passar por outra plástica jamais.

Os zumbis seguiam o caminho percorrido.

Fred: — Estou me sentindo a Lady Gaga na Parada Gay.

Fred acelerou enquanto Shaggy e Velma recarregavam os rifles. Pegou a avenida à esquerda e permaneceu atento

Daphne: — Você gosta de Lady Gaga?

Fred: — Eu a amo. — Disse dando uma risada feliz, talvez por fazer parte da aventura mais louca que já tinha feito. — Vamos a um show dela se conseguirmos sobreviver.

Shaggy: — Claro, se ela estiver viva.

Fred: — Ela é imortal Shaggy. — Soltou uma gargalhada.

Velma: — Eles estão se aproximando.

Daphne: — Jogue mais granadas.

Velma entregou a granada às mãos de Shaggy. — Faça as honras seu babaca.

Shaggy: — Eu sei que você me ama sua feminista de telão. — Mais uma vez certeiro, o estilingue permitiu que outra explosão de granada acontecesse mais distante e chamasse a atenção de outros zumbis por conta do calor.

Uma confiança entre aqueles quatro jovens era fortalecida. Enxergavam a gravidade da morte e elegância de estarem ali, juntos e vivos.

Fred: — Oh não! — Carros amontoados tampavam a estrada para a saída de Londres. — Estamos presos.

Daphne: — Essa não! — Lamentou.

Shaggy olhou para os lados e coagiu. — Tirem a carne do freezer e deixe-a descongelar.

Velma: — O quê?

Shaggy: — Há uma passagem pela costa da pista, basta empurrarem aquela carreta de lixo. Vou despistá-los. — Shaggy saiu pelos fundos do furgão com seu rifle e uma granada ao estilingue. — Teremos um churrasco comemorativo hoje.

Fred: — Shaggy, não!

Daphne:  — Deixe-o ir, ele sabe o que está fazendo.

Shaggy: — Vai Fred, temos que estar no Coachella do ano que vem.

Fred considerou o risco, curvou as rodas e acelerou ao canto do asfalto.

Velma: — Mas nós não temos freezer seu hippie de merda.

Fred: — Nós somos a carne sua sapatão enrustida.

Shaggy posicionou a granada e apontou em direção aos zumbis. Puxou o pino e soltou.

Daphne, Velma e Fred empurravam com todas suas forças a carreta. Scooby saiu do furgão e correu para perto de seu dono novamente. A granada não parecia ter estourado, não havia ocorrido nenhuma explosão. Os zumbis chegavam em frente marcando Shaggy como alimento. O jovem olhou para seus três companheiros de viagem empurrando a carreta e os seus olhos encheram de lágrimas. Scooby se aproximou.

Shaggy: — Saia daqui Scooby, fique com eles. Dessa vez eu irei fazer o certo.

O cão abaixou a cabeça e se encolheu em suas pernas. Queria ficar ao lado de seu dono. Shaggy pegou o isqueiro no bolso, tirou o casaco ocre e colocou fogo. Queria atraí-los para si.

Fred parou de empurrar a carreta e viu o que Shaggy estava tentando fazer. Ele não poderia deixar que mais alguém morresse por ele, assim como Seth havia feito. — Garotas... — Fred olhou para Daphne e Velma, — quero que vocês saem daqui. Eu irei alcançá-las.

Shaggy tacou o casaco ao chão e permaneceu atirando com o rifle, receberia a morte como um presente. Scooby latia a frente, não iria abandoná-lo mesmo que o abandono fosse escolha dele.

Fred correu para perto de Shaggy com outra arma. — Vamos sair dessa juntos, eu, você e o Scooby. Certo?

A lágrima nos olhos daquele hippie boca suja encheu de lágrimas, ninguém jamais faria isso por ele em um apocalipse.

Fred: — Quero que diga!

Shaggy sorriu. — Certo!

Eles se revisaram atirando à multidão deles. A esperança era maior que tudo aquilo. E quando já estavam perto de virar refeição, uma roda pegando fogo atravessa à frente de Shaggy e Fred. Os zumbis são confundidos.

Era uma das rodas que estavam na carreta de lixo. Velma a molhou com uísque e Daphne a incendiou. — Venham rapazes! — Gritou Daph enquanto os zumbis perseguiam a roda afogueada.  

Shaggy agarrou Scooby com os braços enquanto Fred manteve os rifles na mão atirando. Daphne ligou o furgão e Velma abriu as portas para que eles entrassem.

Acelerando de leve para não chamar a atenção, os quatro jovens permaneceram unidos e conseguiram sair de Londres. Não era hora de acabar.

Daphne: — Nosso combinado não era matar os dois e dá-los de comida aos zumbis Vevel? — Ironizou.

Velma deu uma gargalhada enquanto os rapazes descansavam ao fundo do furgão rindo de tudo aquilo. — Dessa vez não Daph. Precisamos ouvir Born This Way juntos.  

 

 

 

 

 


Notas Finais


Mesmo com zumbis famintos, há um caminho lindo pela frente meus amigos. Quero que enxerguem isso e ajudem mais pessoas a enxergarem também.
#SetembroAmarelo: Precisa desabafar com alguém? Me chame.
Instagram/Snapchat/Twitter: @EduardoDecode

Próximo capítulo: 08/09/2018


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