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História Scorose: Magic of love - Who we are?


Escrita por: Potterhead1980

Notas do Autor


Aproveitem o capitulo <3

Capítulo 28 - Who we are?


Fanfic / Fanfiction Scorose: Magic of love - Who we are?

Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que importa é o lado o qual decidimos agir.Isso é o que realmente somos.

Sirius Black, Harry Potter e a Ordem da Fênix

 

POV do Alvo:

Quando meu pai disse que iríamos resolver um problema que já era arrastado para baixo do tapete há anos, imaginei que ele falava sobre as brigas constantes com o Tiago. Mas tecnicamente, a culpa não era minha. Desde que eu nasci Tiago implicou comigo. Na nossa infância isso só piorou, pois ele mostrou poderes bruxos desde os seis anos e eu só mostrei poderes bruxos com nove anos. Sempre fui o esquecido da família e Tiago o queridinho. As únicas que me defendiam era tia Hermione, Rose, mamãe, Lily e ás vezes meus avós maternos. Ou seja, sempre foram sete contra o restante da família e isso não era muito favorável.

Eu sempre fui o motivo de piadinhas nos jantares e almoços da família, principalmente depois que entrei para a Sonserina, foi quando as coisas só pioraram, ainda mais em relação ao Tiago. Ele resolveu me chamar de Sonsorino e outras coisa relacionada á casa a qual fui selecionada. Sempre fingi que aquilo não me atingia, que eu era forte e que eu não ficava magoado, mas aquilo machucava. Machucava saber que seu irmão mais velho, quem tem o mesmo sangue que você, quem deveria te tratar bem, te amar e proteger quando os outros tiram sarro da sua cara na escola, a pessoa que deveria ser sua amiga querer tanto te ferir e te deixar mal. Eu não queria que minha família fosse assim, toda desregulada, onde a mãe protege um filho e o pai protege o outro. Mas eu não poderia fazer nada quanto a isso.

E ainda tinha minha relação com meu pais, que sempre foi um tanto difícil. Na verdade, já era difícil ser filho DO ELEITO, o cara que matou o Lord Voldemort, ganhou o torneio Tribruxo, matou um basilisco, salvou a mulher da sua vida da câmara secreta, destruiu as sete horcrux do Voldemort com a ajuda dos dois magníficos melhores amigos- Hermione Granger e Ronald Weasley-, que sobreviveu a dois avadas kedavras, que viu sua melhor amiga sendo torturada, que criou a Armada de Dumbledore, que fez parte da ordem da fênix e que tem uma cicatriz de raio na testa. Enfim, tudo o que eu faço vira noticia. “O filho do menino que sobreviveu com a brilhante jogadora de Quadribol compra materiais para o primeiro ano de Hogwarts”, “Filho de Harry Potter e Gina Weasley vai para a Sonserina, a casa rival da Grifinória”. Eu odeio ser um Potter, ser o centro das atenções do mudo bruxo é um saco, e quando você é filho do Harry Potter, tudo piora.

Eu e meu pai nunca nos demos bem, nunca fomos o exemplo perfeito de relação perfeita de pai e filho. Brigas atrás de brigas somos muito diferentes, ou muito parecidos, não sei. Na verdade, eu sempre fui diferente do que os Potter costumam ser, nunca fui o menino mais corajoso, não que eu seja medroso, mas não sou corajoso como os integrantes da minha família. Sempre quis provar que eu era capaz, principalmente para Tiago. Mas quando meu pai me falou aquelas coisas, meu modo de enxergar as coisas mudaram e pela primeira vez eu me senti bem por ele ser meu pai. Eu quero fazer realmente da família e quero resolver minhas desavenças com Tiago, mas isso não depende apenas de mim.

Papai reuniu toda a família na sala. Eu sentei na ponta do sofá, Lily sentou ao meu lado e mamãe sentou no meio de Lily e Tiago papai ficou em pé para que todos o vissem.

-Eu reuni vocês aqui para resolvermos alguns probleminhas- ele começou e todos prestavam muita atenção nele- Na verdade, nós já deveríamos ter resolvido isso a anos, mas como deixamos passar, as coisas pioraram e a situação está inaceitável.

-Papai, sobre o que você está falando?- Lily perguntou com um olhar desconfiado.

-Estou falando sobre as diferenças e brigas constantes que temos presenciado aqui nesta casa- ele falou, deixando mais que claro que se referia sobre eu e Tiago.

-Pai...- Tiago começou, mas papai levantou a mão pedindo silencio.

-Estou falando agora Tiago, quando eu terminar, você fala- papai disse e ele concordou, se calando.

-O que estou dizendo é ir para Sonserina não torna ninguém uma má pessoa, como ir para Grifinória não te torna um herói. Pedro Pettigrew é um exemplo, ele era Grifinório e traiu seu melhor amigo, o avô de vocês. Severo Snape era da sonserina, teve algumas atitudes errada, mas isso não o tornava uma má pessoa, ele na verdade foi um herói e eu o admiro muito até hoje. Ir para Lufa Lufa não te torna um fraco, Cedrico Diggory era lufano e foi um dos campeões do torneio Tribruxo, mas ele foi morto covardemente por Pedro Pettigrew. O professor Lockhart era da Corvinal e usou sua “inteligência” para passar a perna nas pessoas. Casas não definem uma pessoa, o que define são suas escolhas. Qualidades, defeitos, essas coisas não importam, todos somos falhos, todos erramos. Não devemos tratar ninguém mal por ser de uma casa diferente da sua, ainda mais quando essa pessoa é da sua família. –papai encerrou seu discurso e todos olhávamos para ele impressionados.

-Isso mesmo crianças, cada um tem seu jeito de ser e não devemos julgar ninguém pela casa. Cada pessoa é uma e nossas diferenças só servem para nos unir- mamãe completou o que o papai disse segundos atrás.

-Ir para a sonserina não é nenhuma vergonha. Sonserinos são fieis aos seus colegas e fariam qualquer coisa para alcançar seus objetivos. São determinados e audaciosos e não há nenhum problema em ser assim. Cada casa é inovadora e tem suas qualidades. Lufanos são amigos e dedicados. Corvinais sábios e inteligentes. Grifinórios corajosos e Sonserinos determinados. Todas essas casas têm sua essência e nenhuma é melhor que a outra -papai disse.- Então, quero que os dois peçam desculpas por terem desrespeitado as respectivas casas.

-Desculpa Tiago, Grifinórios são corajosos e merecem respeito- eu disse e estendi a mão para Tiago apertá-la, mas o mesmo não fez.

-Tiago?- papai o chamou e ele continuou calado- Tiago, estou falando com você e quero que você peça desculpa ao seu irmão por ter desrespeitado a Sonserina.

-Eu não acho que eu estou errado, se eu pedisse desculpa estaria sendo um falserino.- Tiago disse do mesmo jeito de sempre e eu abaixei minha mão e fechei meus olhos com força, como se sentisse dor.

-Tiago!- mamãe disse indignada.

-Quer saber? Isso foi um erro, foi um erro pensar que o Tiago deixaria o orgulho dele de lado e que finalmente nós nos resolveríamos. Tiago nuca vai mudar e sempre vai ser um egoísta, mimado e exibido. Eu desisto de tentar me resolver com ele. Sinto vergonha em ser da mesma família que você, sinto vergonha por ser seu irmão e sinto mais vergonha ainda de um dia já ter te admirar e ter te amado você mesmo depois de tudo que você fez para mim- eu disse e Tiago estava com a boca aberta em um perfeito O.

-Eu não...- Tiago começou a dizer, mas eu o interrompi no momento em que ele falaria algo.

-Você é o pior Grifinório que eu já vi na minha vida. Eu sou um idiota por pensar que você mudaria e que um dia nós conseguiríamos ser amigos- eu terminei e sai correndo para o meu quarto.

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POV do Tiago:

Pela primeira vez na vida eu senti arrependimento pelo que eu fiz e disse a Alvo. Não sabia que ele se sentia daquela forma e muito menos que me amava mesmo depois de tudo o que eu fiz para ele. As vozes da minha família ecoavam em minha cabeça. Como Lily dizendo: “Tiago, você magoou o Alvozinho, coitado.” Ou papai dizendo pela primeira vez: “Estou decepcionado com você Tiago, muito decepcionado” e o que mais me afetou foi mamãe dizendo “Nós precisamos conversar, eu e você. AGORA.”

Me levantei do sofá ainda atordoado e segui minha mãe até o jardim.

-O que você disse a Alvo foi ridículo. Ele queria se resolver com você.  Vocês são os mais velhos e deveriam dar exemplo para Lily, principalmente você que é o primogênito. Você deveria demonstrar atitudes diferentes diante desse tipo de situação e agir com um grifinório agiria.

-Desculpa mãe, eu não queria que nada disse tivesse acontecido- disse sincero e minha mãe me olhava em desaprovação.

-Mas aconteceu Tiago, e agora você vai ter que me ouvir- ela disse e eu percebi que uma longa bronca viria pela frente- Eu sou a mais nova de seis meninos-sim, ela ainda contava com Fred- que eram meus maiores exemplos, cada um de um jeito diferente. Gui, com suas característica rebeldes. Carlinhos, com sua coragem meio doida- ela sorriu- Percy com sua disciplina e inteligência, os gêmeos Jorge e Fred com o carisma e o bom humor. E por fim Ron, com seu jeito super-protetor e carinhoso. Eles são as pessoas mais importantes para mim. Irmãos são a melhor coisa que poderia acontecer e eles são amigos para a vida inteira. Eles estão com você do nascer ao morrer e sempre vão se preocupar com você- ela deu uma pausa e respirou profundamente.

-Eu perdi um dos meus irmãos e aquilo foi a pior coisa que poderia ter acontecido. Fred era o meu gêmeo preferido,não conte isso ao Jorge- ela disse e eu ri fraco- Ele me fazia rir quando eu estava triste, me ajudava nas minhas dificuldades e estava lá quando eu precisava. Mas ai, ele se foi, ele partiu e não tinha ninguém para me fazer rir e para estar lá para mim, era ele que cumpria esse dever. Jorge, Ron e mamãe estavam devastados e eu, papai, Gui e Carlinhos tínhamos que ser fortes por eles. A morte de Fred me fez mudar,  fiquei anos fechada e o único que tinha vontade de conversar era o seu pai. Eu não estava preparada para perder Fred, acho que nós nunca estamos preparados para perder quem amamos. Até hoje, quando lembro dos momentos que tive com Fred, eu choro, porque ele era... Bem, ele era o Fred.

-Mãe, eu sinto muito- eu disse a abracei.

-O que eu quero dizer com isso, é que irmão é a única pessoa que você sempre vai poder contar. Você e Alvo deveriam ser amigos e deveriam se amar. Isso acaba comigo, acaba comigo ver vocês brigando, eu me sinto culpada. E a culpa é minha. Nós não demos atenção o suficiente para você quando Alvo nasceu e você, como qualquer criança ficou com ciúmes. E depois demos mais atenção para você, e Lily nasceu e Alvo acabou sendo esquecido.-mamãe chorava-E ele não podia contar com o irmão dele, como eu podia contar com os meus, porque o irmão dele não gostava dele.

-Mãe, me desculpe. Eu fui um idiota com o Alvo quando ele mais precisava de mim- eu disse colocado as mãos no meu rosto- O que eu faço agora?

-Vai falar com ele. Fala o que você  me falou agora e diz como você se sentia quando era criança. Peça desculpas a ele e mude suas atitudes.

-Eu vou fazer isso- me levantei e beijei a bochecha da minha mãe- Obrigado.

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Subi as escadas correndo e parei na frente do quarto de Alvo, que tinha uma placa escrito: “Não entre sem bater ou sem ser convidado”. Eu bati na porta lentamente.

-Quem é?-ele perguntou com a voz embargada. Ele estava chorando? Sonserinos choram?

-Seu irmão, Tiago- disse e tudo ficou quieto de repente.

-Vai embora, eu não quero ver você- ele disse e eu pensei em algo.

-Não precisa me ver, só me ouvir- disse e ele suspirou- Vou considerar isso como um: “Tudo bem, vou te ouvir”. Olha, desculpa pelas coisas que eu te falei.

-Você não está arrependido de verdade. A mamãe deve ter te obrigado a vir aqui, não foi?- ele me perguntou.

-Não Alvo, ninguém me obrigou a vir aqui. Eu vim porque eu quis, porque eu estou arrependido de verdade e quero realmente me resolver com você- eu disse e ouvi barulho de porta sedo destrancada- Eu posso entrar?

-Se você quiser...

Abri a porta lentamente e Alvo estava deitado com um travesseiro na cara. Ri mentalmente da situação do meu irmão.

-Por que você está com esse travesseiro na cara Alvo?- perguntei .

-Porque eu estou chorando e não quero que ninguém me veja chorando, ainda mais quando se trata de você.

-Alvo, não há nada de errado chorar quando estamos tristes. Além do mais, eu sou seu irmão, eu já te vi chorando em outros momentos- eu disse e ele tirou o travesseiro da cara.

-Se você contar para alguém que eu estava chorando...- ele começou a me ameaçar, mas eu o interrompi.

-Fica de boa, não vou contar- disse o tranqüilizando- Eu já disse, quero fazer as pazes com você. Mamãe conversou comigo e eu vi o quanto a gente ta errado de brigar, nos somos irmãos e devíamos nos amar e nos ajudar.

-Não confio em você- Alvo foi seco, curto e grosso. Meu estomago revirou. Não o culpo, afinal, eu fui muito babaca durante todos esses anos, principalmente com Alvo.

-Eu também não confiaria em mim- fui sincero- Mas você tem que me dar um voto de confiança.

-Talvez... Só que eu não sei por qual motivo eu deveria fazer isso- ele respondeu e eu percebi que ele realmente é um Potter.

-Pelo bem da nossa família. Temos que dar o exemplo para Lily, ela e nossa irmãzinha mais nova e, acredite, ela te admira pra caramba- disse mesmo que isso machucasse meu ego.

-É, eu sei que eu sou demais-ele se gabou e eu ri, Alvo sabia ser engraçado.

-E ai? A gente vai tentar fazer nossa relação de irmãos dar certo?- perguntei e ele concordou. Estendi minha mão para ele apertar, mas ele ignorou e me puxou para um abraço.

-Então, temos que ser sinceros um com o outro né?- ele perguntou e eu assenti- Tenho que te confessar uma coisa então...- ele disse e eu fiquei até com medo- Bom, eu já cuspi no seu suco- ele disse e eu gargalhei.

-Tudo bem, eu também já fiz isso- ele parou de rir na hora e me encarou bravo- brincadeira, foi xixi de coruja- seu olhos se arregalaram- Desculpa, mas é que eu não gostava de você e eu só tinha nove anos.

-Relaxa, até que foi engraçado- nós dois rimos- Eu tenho outra coisa para te falar- ele disse e eu o olhei para ele prosseguir- Tenho inveja da sua relação com o papai.

-Você ta brincando né?- ele negou com a cabeça- Alvo, você é a cópia do papai, tanto em personalidade quanto em aparência! Você não tem o porque de ter inveja.

-Mas você é o queridinho da família e eu sou o Potter-Weasley que foi para a Sonserina, todos me odeiam- ele disse e eu ri.

-Ninguém te odeia Alvo, todos te amam. Você é super engraçado, é inteligente, é o segundo melhor apanhador de Hogwarts...-fui interrompido.

-E quem é o melhor?-ele perguntou e eu sorri de forma babaca e convencida.

-Eu, é claro- eu disse e ele revirou os olhos rindo.

Eu e o Alvo ficamos conversando por umas duas horas, nunca imaginei que conversar com ele fosse tão legal. Ele é um ótimo irmão. Estávamos conversando sobre Quadribol quando a porta foi aberta, revelando uma menina baixinha e ruiva na porta.

-Parem de conversar sem mim- Lily disse pulando na cama e ficando entre Alvo e eu- Eu sou a irmãzinha de vocês e quero participar também. Vocês são uns chatos que ficam me excluindo de conversas de irmãos!- Ela disse parecendo a nossa mãe. É, Lily realmente era a cópia da minha mãe.

-Eu já sei, vamos brincar de uma coisa- eu disse e ela me olhou animada- Eu e o Alvo vamos pegar nossas mãos, colocar na sua barriga e fazer muitas cosquinhas em você até você implorar para a gente parar.

-Atacar- Alvo gritou e avançamos em Lily e ela começou a rir e espernear.

Eu olhei para porta e papai e mamãe nos observavam sorrindo. Mamãe piscou para mim e eu sorri para eles e sibilei com os lábios a palavra OBRIGADO. É, mamãe estava certa. A melhor coisa que pode nos acontecer é termos irmãos, afinal, podemos contar com eles para qualquer coisa. São nossos amigos para a vida inteira, afirmo isso com toda certeza.


Notas Finais


Eu chorei escrevendo e relendo esse capitulo, pois me identifico muito com a Gina, eu tinha 3 irmãos, mas agora tenho apenas 2. É muito triste perder alguém que amamos, e quando se trata de um irmão, nem me fale.
Espero que tenham gostado. Comentem o que acharam(principalmente desse novo Tiago).


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