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História Scream - Capítulo 18


Escrita por: pcychokill

Notas do Autor


Olá pessoal

Primeiramente desculpa pela demora, mas aqui está o capítulo para vocês! Quero agradecer a todos que tem acompanhado e me mandando incentivo, vocês que fizeram a fic acontecer.

Alguém morre nesse capítulo... Será? Vamos lá descobrir!

Capítulo 18 - Capítulo 18


O chão do quarto estava coberto por imagens, quase nem dava mais para ver o carpete, os únicos espaços vazios eram onde os rapazes estavam sentados. Os três estavam em uma roda enquanto repassavam as fotos que tiraram do esconderijo entre si, fazendo uma pilha das já analisadas de um lado – que não continha nem metade ainda – mas eles estavam determinados e não conseguiriam parar enquanto não vissem todo material que coletaram. Com o tempo, eles perderam completamente a noção da hora, toda sua concentração estava naquelas imagens.

Após mais um tempo, Minseok esticou os braços e decidiu que precisavam repassar tudo que tinham visto antes de continuar. Não podiam deixar passar nada, por isso deixou que Luhan os ajudasse, assim seria mais rápido e o loiro estava empenhado na tarefa para tentar não entrar em pânico pelo sumiço de Sehun.

— Tudo foi colocado de forma aleatória. – começou colocando as mãos sobre o queixo – Ele não colou como uma linha do tempo, mas de forma que só o mesmo entendesse.

O detetive sabia que não seria tão fácil, mas estava começando a ficar nervoso pelo fato de não ter conseguido nada naquelas horas. O assassino não os entregaria algo de bandeja, obviamente, que gostaria de vê-los desesperados para montar seu quebra-cabeça.

— São dezenas de imagens. – suspirou Jongdae observando o chão – Estamos levando todo esse tempo somente para olhar cada uma, depois ainda teremos que montar de forma que faça sentido. – franziu a testa – Tem recortes que não se encaixam aqui.

— Eu notei. – comentou Luhan – Páginas de livros que os textos não correspondem a nada. Tenho certeza que achei um trecho de Romeu e Julieta.

Minseok ergueu o olhar para cima pensando no que o loiro ao lado acabara de dizer.

— Justamente uma parte onde há apenas declarações de amor. – disse o mais velho – Talvez… – voltou seu olhar para as fotos no chão.

— Pode não ter sentido aleatoriamente, mas se juntar com outras… – continuou Jongdae começando a pegar todas as fotos que continham páginas de livros.

— Mas não há marcações nos textos. – comentou Minseok ajudando o moreno – Será mais difícil do que imaginei.

Empilharam todas as imagens no centro da roda e observaram frustrados o tamanho de possibilidades de combinações que continham ali. Teriam que colocar página por página ao lado e isso seria extremamente trabalhoso e cansativo.

— E se o assassino matar alguém enquanto estamos aqui? – indagou Luhan sentindo seu peito apertando – E se o plano dele for nos atrasar? – olhou desesperado para os outros.

— Não creio que seja isso. – respondeu Jongdae – Nesse caso, ele não teria indiciado o xerife. Se houver outro assassinato com o suposto “culpado” na cadeia, então ele seria liberado.

— E não teria sentido tê-lo mandando para a prisão por apenas algumas horas. – completou Minseok – O assassino quer que o encontremos. Por isso nos levou até o esconderijo. Seu “ato final” somos nós.

— Ele devia nos mandar encontrá-lo em algum lugar. – murmurou Luhan suspirando frustrado – Realmente odeio todo esse mistério.

— Isso é como um teste. – disse Jongdae enquanto pegava uma imagem nas mãos – Ele quer ver se realmente somos dignos de conhecê-lo. – franziu a testa tentando conter seu nervosismo.

— Isso é doentio. – suspirou Luhan.

Jongdae sentiu um peso enorme após Luhan ter dito aquilo. O loiro ainda não tinha sido avisado que o culpado realmente poderia ser um deles, e quando disse aquilo, o moreno teve vontade de chorar ao imaginar a possibilidade de descobrir que o autor de tudo poderia ser um de seus amigos. O quanto doeria a Luhan se ele descobrisse que era Sehun… Isso ficou na mente de Jongdae durante um tempo, mas decidiu evitar tais pensamentos e focar-se nos enigmas.

 •••

Passaram-se algumas horas frustrantes até que eles conseguiram sua primeira pista, finalmente. Tinham feito dezenas de combinações com as páginas, pensaram várias vezes que, talvez, não fosse aquilo, que estavam perdendo tempo analisando aqueles textos, mas no fim, conseguiram algo que os incentivou a continuar e apontou a direção certa.

— Conseguimos! – exaltou-se Jongdae enquanto observava as páginas com alívio.

Minseok leu a frase várias vezes, era evidente ao que se referia. Os livros dos quais as páginas foram retiradas não importavam, ele via isso agora, o assassino estava tentando mandar uma mensagem juntando algumas frases aleatórias. Tinham que colocar cada página ao lado da outra e analisar se havia algum trecho que se completava entre ambas.

 

“Sua morte era necessária como um abate de um porco. Eu encontrei, finalmente, prazer em minha necessidade depravada.”

 

— Claramente um trecho sobre a morte do professor. – comentou Minseok sentindo sua mente voltar a trabalhar arduamente – Mas essa foi a segunda morte, precisamos achar o início.

Jongdae assentiu e apanhou um marca texto para que não perdessem as linhas que encontraram e que encontrariam.

Após a pista, eles tiveram mais facilidade em conseguir juntar as outras peças do quebra-cabeças. Conforme iam encontrando, colocavam em uma fileira pelo chão.

— Temos as primeiras mortes. – comentou Minseok enquanto colocava mais páginas na fileira – Faltam muitas? – olhou em direção a Jongdae.

— Metade. – respondeu com um sorriso de canto – Parece que estamos chegando em algum lugar. – sentia-se satisfeito por ver seu trabalho caminhando.

— Certo. – assentiu o mais velho – Posso estar enganado, mas acho que as páginas não acabam nas mortes da festa. – observou – Creio que temos uma continuação.

— Eu também. – concordou Jongdae olhando para o restante da pilha de imagens – Então o assassino vai nos contar seu plano final? – o moreno não queria criar expectativas, mas sentiu seu coração acelerar pensando na possibilidade de tudo estar tão perto de ser resolvido.

— Possivelmente. – respondeu o detetive – Mas esse é somente seu plano. Talvez, quem ele seja não esteja aqui, e sim, nos recortes de jornais.

— Pensei nisso também. – o moreno franziu a testa – As páginas são sua história sobre os crimes e os recortes sua história de vida antes disso. – ele segurou o impulso de rir por estar orgulhoso de seu trabalho.

— Isso ainda é muito doentio. – murmurou Luhan que se manteve quieto durante aquele tempo.

— Ele deve ter levado anos montando tudo. – comentou o detetive – É um nível ainda maior que doentio.

— Deve ter dedicado sua vida toda a isso. É assustador, mas brilhante. – admitiu o moreno tentando imaginar como alguém teve paciência para pensar em tudo aquilo.

Após um tempo, conseguiram montar todas as páginas. Cada trecho que completavam, os incentivava mais em procurar com mais afinco pelos outros. Observaram atentamente a fileira e arrumaram na linha temporal correta. Finalmente, tinham resolvido a primeira parte daquele imenso quebra-cabeças.

Releram todas as frases com marca texto várias vezes, sem acreditar que realmente havia dado certo.

 

“Belos e formosos eram seus traços joviais, tanto que nem os filetes escarlates por seu corpo lhe roubaram isso. A despedida é uma dor tão suave que te diria boa noite até o amanhecer…”

“Sua morte era necessária como um abate de um porco. Eu encontrei, finalmente, prazer em minha necessidade depravada.”

“Minha alma contaminada pela cólera me cegava. Mil vezes lhe perfuraria a pele da mesma forma que perfurou meu coração.”

“Observava o mar de sangue formando-se terrivelmente a sua frente. Jamais esperei encontrar tamanho deleite perdido na multidão.”

“Eu iria tirá-lo do reinado. Hoje eu sou o culpado, então colocarei minha culpa nos que me feriram.”

“Um vilão não se torna cruel por não sentir nada, mas sim, por ter sentido mais do que pode suportar. O olhava enquanto esperava que bastasse para sua compreensão.”

 

— Então nossa pista é o último trecho. – concluiu Jongdae analisando a frase várias vezes – É impressão minha ou soa como um pedido de desculpas? – ergue a sobrancelha.

— Não. – respondeu o detetive olhando para o moreno – Parece mais uma justificativa. Talvez para alguém que ele seja muito próximo. – o olhar aflito de Jongdae fez o peito de Minseok apertar.

Prontamente, o mais novo pensou em seus amigos que estavam desaparecidos. Sabia que o assassino não iria se explicar para qualquer um, ele não parecia querer se vangloriar de seus atos como nos filmes de heróis. Havia escolhido ele e Minseok para isso, o que só poderia significar que era alguém próximo de ambos que gostaria que entendessem o motivo dele ter feito tudo aquilo.

Jongdae tentava a todo custo não pensar em Chanyeol, mas sentia que era a única pessoa que quereria fazer aquilo. Não chegava a ser tão próximo assim dos outros meninos.

— Precisamos reunir os recortes. – o moreno desviou o olhar de volta ao chão – É a última parte do quebra-cabeças. – não queria perder seu foco pensando no culpado.

— Jongdae. – o detetive segurou levemente o pulso do rapaz, que voltou seu olhar ao mais velho – Eu estou aqui com você. – dito isso, envolveu o outro num abraço que foi retribuído.

Luhan permanecia quieto sem conseguir tirar sua mente de Sehun. Não sabia quanto tempo mais suportaria ficar sem notícias do namorado.

Não haviam notado que o dia amanhecia do lado de fora, somente se deram conta disso quando ouviram alguém batendo na porta do quarto. Os três deram um salto pelo susto e depois se entreolharam desconfiados. Minseok ia pegando a arma, mas então escutou a pessoa falar do outro lado.

— Jongdae? Sou eu, meu filho.

O moreno respirou aliviado e levantou-se, indo até a porta e a destrancando. Quando abriu, sorriu ao ver seu pai lhe receber com um abraço apertado. O rapaz sentiu vontade de desabar e chorar ali no ombro do homem, mas não queria que o vissem daquele estado. Teve tanto medo de perder sua única família, logo, se sentiu culpado por não ter perguntado muito a seu pai como ele estava ou se estava seguro.

— Pai! Você está bem?

— Estou. – sorriu o homem se soltando gentilmente do abraço – Mas vocês não. – olhou atentamente para o rosto do moreno – Precisam dormir e comer um pouco antes que desmaiem.

— Não podemos. Estamos muito perto. – negou o rapaz com a cabeça.

— Não vão conseguir lutar contra ninguém nesse estado. Por favor, meu filho. – seu olhar era extremamente preocupado e sentia-se culpado por ter deixado o moreno chegar naquele estado.

— Pai… – Jongdae ia argumentar, mas foi interrompido por Minseok.

— Senhor Kim está certo. – assentiu o mais velho – Sabemos que o plano final requer nossa presença, então acho que podemos descansar ao menos um pouco.

— Eu não sei mais quanto tempo consigo aguentar. – confessou Luhan demonstrando seu cansaço.

— Mas… – novamente Jongdae foi interrompido.

— Não quero prejudicar sua saúde. – Minseok se aproximou do mais novo e, inconscientemente, pegou em sua mão, mas logo a soltou quando se lembrou que estava sendo observado – Só algumas horas não atrapalharão.

Jongdae pensou em argumentar, mas desistiu vendo que o detetive o fitava de forma séria. Não entendia o motivo dele permitir uma pausa justamente naquele momento, onde estavam tão perto, mas também tinha que admitir que sua cabeça estava pesada e sua barriga doía pela falta de alimento. Talvez isso que o tenha atrasado durante aquele tempo que ficaram só analisando.

Vendo que Luhan também estava implorando por uma pausa, decidiu apenas aceitar. Não teria como contrariar seu pai e Minseok ao mesmo tempo.

— Venham vocês dois também. – convidou o homem olhando gentilmente aos outros – Isso deixará meu filho mais calmo.

— Tudo bem. – assentiu Minseok – Ajudarei a vigiar a casa.

O detetive recolheu cuidadosamente todas as imagens do chão e colocou dentro de uma caixa de papelão que tinha ali. Não deixaria aquilo tudo sem que estivesse presente, e aproveitaria o tempo de descanso para continuar analisando mais.

Luhan deixou avisado aos seus pais que passaria o dia com o amigo, mas eles não relutaram muito em permitir.

Tendo arrumado tudo, eles foram em direção a casa de Jongdae. O caminho até lá foi curto e silencioso, era como se o cansaço os tivesse vencido, finalmente.

 •••

O pai de Jongdae cedeu seu quarto para Luhan, o mesmo era o mais cansado e o homem sabia que seu filho possuía uma relação diferente com Minseok, por isso deixaria o loiro mais confortável. Não demorou muito para que o rapaz pegasse num sono profundo enquanto os outros dois conversavam no quarto ao lado.

Espalharam as fotos pelo chão novamente, mas se permitiram deitar na cama por alguns minutos antes de continuar. Minseok sentiu que o moreno estava muito pressionado e ficou preocupado de ter problemas por isso.

Permaneceram abraçados todo o tempo. Jongdae se culpou por, naquele momento, ainda ter calafrios quando próximo ao corpo do mais velho. Deixou que sua mente fosse tomada pelas lembranças da noite que tiveram juntos e sentiu seus músculos relaxarem um pouco.

— Você tem um poder estranho sobre mim. – a voz baixa de Minseok tão próxima fez o moreno se arrepiar.

— Que tipo de poder? – perguntou o mais novo fitando o rosto do outro.

— Você me acalma, mas, ao mesmo tempo, me deixa ansioso. É estranho? – levou os dedos até a bochecha do moreno, acariciando levemente.

Jongdae sorriu e se colou mais ao outro.

— É porque eu te amo. – respondeu fazendo o mais velho sorrir também.

— Eu nunca tive medo de perder alguém. – disse o detetive ainda acariciando o mais novo – Mas agora, sinto que não conseguiria te ver partir. Você é a primeira coisa feliz que eu tenho na vida. – deu um sorriso tímido.

Jongdae permaneceu sem palavras por um momento. Jamais imaginou que ouviria alguém lhe dizer isso, ainda mais alguém pelo qual ele sentia o mesmo. Era engraçado como entre tantas catástrofes, ainda conseguiu encontrar uma luz tão forte, que o dava forças para encarar tudo que viesse pela frente.

O moreno aproximou seu rosto do detetive e lhe beijou de forma calma. Um beijo cheio de sentimentos, como se estivessem dizendo em sua própria linguagem tudo que precisavam.

Jongdae tentava demonstrar ao máximo o quanto seus sentimentos eram fortes através daquele beijo. Não demorou para que as coisas fossem esquentando um pouco, mas o moreno se freou depois de lembrar que seu pai estava em casa e Luhan dormia no quarto ao lado. Sabia que não era a hora.

— Tente dormir um pouco. – pediu Minseok ao mais novo. Não suportava vê-lo com aquelas olheiras profundas e a expressão de cansaço.

— Só se dormir comigo. – sorriu para o mais velho – Nós dois precisamos. – olhava atentamente para o outro, deixando claro que não aceitaria um não.

— Tudo bem. Tentarei. – resolveu aceitar o pedido do rapaz. Não podia negar que precisava mesmo, nem que fossem só alguns minutos.

Não demorou para que ambos caíssem no sono. Não ouviram mais nada a partir daquele momento.

 •••

Jongdae esticou o braço dormente quando sentia seu corpo despertando. Apertou as pálpebras sentindo falta de alguma coisa, então se esforçou para abrir os olhos, e quando o fez, notou a ausência de luz no ambiente. Por um momento pensou ter fechado as janelas, mas não. Praticamente saltou da cama quando notou que estava de noite, de novo. Começou a se desesperar vendo que o dia todo havia se passado. Se perguntava como tinha conseguido dormir tanto, normalmente quando estava preocupado não conseguia, então como? E ainda sentia seu corpo um pouco mole, mas balançou a cabeça e despertou completamente. Olhou para o lado da cama e viu Minseok dormindo profundamente. Achou aquilo estranho também, o detetive nunca dormia mais do que quatro horas, no máximo, será que ele estava tão cansado assim? Mas o moreno sabia que não era isso.

Ouviu um barulho no andar de baixo da casa, mas logo relaxou lembrando que era seu pai, ou provavelmente Luhan. Esfregou as mãos no rosto e sentiu a barriga roncando. Não tinha comido muito antes de dormir, só tomado um suco e um lanche, assim como Minseok e Luhan. Precisava comer algo de novo.

Tentou acordar o detetive, mas o mesmo dormia tão bem que o moreno resolveu deixá-lo descansar por mais um tempo. Calçou seus tênis de sempre e saiu do quarto.

Notou que a porta do quarto de seu pai continuava fechada, então abriu levemente a mesma até ver a silhueta de Luhan ainda sobre a cama. Pelo visto não tinha nem se mexido ainda, então devia ser seu pai acordado no andar de baixo. Fechou a porta e deixou que Luhan dormisse também.

Desceu as escadas sem se preocupar em acender as luzes. Passou pela sala escura e não viu ninguém ali. Pensou que o pai devia ter ido a algum lugar, mas não lembrava onde tinha deixado o celular para lhe mandar uma mensagem. Continuou seu caminho até a cozinha, que também estava escura.

Estranhou aquilo. Então quem estava fazendo barulho? E onde estava seu pai?

Cuidadosamente, acendeu a luz. Seus dedos tremiam um pouco, mas não avistou ninguém ali. Porém, no momento que respiraria aliviado, alguém aparece vindo correndo da sala e lhe puxa o braço com força. Na confusão do momento, Jongdae tentou se afastar e revidou com alguns golpes no ar, mas parou assim que viu o rosto da pessoa que o agarrou.

— Baekhyun? – quase gritou de susto – O que está fazendo aqui? Onde estava esse tempo todo? – suas perguntas saíram mais apressadas do que pretendia e quase nem dava pra entender o que tinha dito.

O menor estava com uma expressão de pânico. Os olhos arregalados e vermelhos, indicando que não dormia por dias também. Suas roupas estavam amassadas, como se tivesse usado várias vezes, o cabelo todo despenteado, como se tivesse corrido uma maratona. O mesmo segurava o braço de Jongdae com firmeza e seus lábios tremiam enquanto tentava dizer alguma coisa.

— Ele… Ele… – repetia com a voz trêmula, ele parecia estar realmente desesperado e Jongdae entrou em pânico apenas por vê-lo assim – Ele… – se esforçava para falar.

— Pelos Céus, Baekhyun! – exclamou sentindo seu coração palpitando – Ele quem? – segurou os ombros do amigo tentando contê-lo.

— Ele está… Aqui… – falava cada palavra com cuidado como se elas fossem perigosas.

Antes que Jongdae pudesse perguntar mais, viu uma sombra gigante vindo da sala, entrando aos tropeços na cozinha. Rapidamente, Jongdae puxou Baekhyun para trás até que ambos encostassem as costas na parede do fundo do recinto. O moreno arregalou os olhos vendo a pessoa que acabara de entrar, e tudo que conseguia pensar, era o quanto queria que aquilo não fosse verdade. Sentia as lágrimas se acumulando em seus olhos e não conseguiu evitar que elas escorressem devido ao extremo nervoso que estava sendo imposto no momento.

— Chanyeol? – a voz de Jongdae saiu fraca enquanto encarava o amigo ali parado com as mãos a frente do corpo. O moreno sentia que despedaçaria a qualquer segundo. Não podia ser verdade…

— Não! – gritou Baekhyun e o moreno não entendeu direito, mas logo sentiu seu coração vacilar por um momento e sentiu o mundo rodando.

Tudo que conseguiu processar foi o som de um tiro alto e estridente.

Quando viu Chanyeol cair com um baque no chão da cozinha sentiu que sua cabeça explodiria. Baekhyun deu um grito agonizante e desabou ao seu lado. Ele chorava de forma angustiante e Jongdae não conseguia sair do seu transe. Seu corpo e mente estavam paralisados. Ele não conseguia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo…

Uma figura encapuzada e de máscara branca estava em pé a sua frente com uma arma na mão. Era aquela arma que acabara de ser disparada. Disparada em Chanyeol… Então…

Chanyeol não era o assassino.

Baekhyun se arrastou pelo chão até o namorado caído. Jongdae desviou seu olhar para os dois e soltou um sopro de ar quando viu que o amigo estava vivo. O tiro tinha acertado na perna. Sentiu um alívio enorme em seu corpo quando viu Chanyeol abrindo os olhos e gemendo de dor.

O moreno voltou seu olhar para o assassino. Finalmente, chegou a hora do ato final. Uma raiva subia por dentro de si, lhe tomando conta, enquanto olhava para quem acabara de atirar em seu melhor amigo. Quem quer que fosse, ele jamais perdoaria.

— Jongdae… – murmurou Chanyeol esticando a mão em direção ao amigo – Ele é… – outro tiro foi disparado, mas não acertou em ninguém.

O assassino apanhou um celular de dentro das vestes e colocou um áudio para tocar.

 

“Diga mais alguma coisa e alguém morre. Eu odeio que estraguem meus planos.”

 

Todos se mantiveram quietos após isso. Somente eram ouvidos os soluços de choro de Baekhyun.

Jongdae tomou um susto quando outra figura encapuzada surgiu. Seu coração acelerou. O mesmo segurava um Luhan assustado, assim que entrou na cozinha, atirou o loiro para o chão junto dos outros.

Eram dois.

Tinha dois assassinos.

O que trouxe Luhan, retirou um chicote preto de dentro da roupa e bateu com força no chão, fazendo o loiro dar um grito de pavor pelas lembranças. Em seguida, uma risada alta foi ouvida. Aquilo fez o sangue de Jongdae ferver e ele se segurou para não avançar nos dois.

O assassino com o celular tocou outro áudio.

 

“Desçam para o porão. Imediatamente, ou alguém morre.”

 

O ato final tinha começado. 


Notas Finais


E aí? Gostaram?

Eu disse que alguém morria, mas não morreu não. Vocês já podem tirar Baekhyun e Chanyeol da lista de suspeitos, então façam as teorias que o próximo vai revelar tudo. Quem será a dupla de assassinos? Porque eles fizeram isso? Eu amo suspense e também amo vocês!


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