História Scream and Legacies - Interativa - Teen Idle

Capítulo três – Teen Idle

I wanna drink until I ache
I wanna make a big mistake
I want blood, guts and angel cake
I’m gonna puke it anyway

— Marina

9:30 AM

A viagem dos jovens durou cerca de uma hora e meia, nesse meio tempo eles vinham conversando ou escutando músicas. O assunto principal era a festa, todos pareciam bastante eufóricos com isso. Os grupos já eram bem visíveis: Amora Stratford, Hope Lancaster e Lorenna Mills sentaram perto, Jacob Carter e Dylan Perazzolo foram sentar nos bancos da frente, assim como Angelo McNigth e Natasha Ruiz, Loriley Fontaine dividiu a cadeira com Simon Walsh, Lua Salvatore e Marcos Santiago dividiam outra, Matheus Ferreira e Nicolas Grey sentaram juntos no último banco, na frente deles ficou Caleb Foster e Adam Blanco, e ao lado Cassidy Foster se sentou com Sapphire Kairis. Os alunos já estavam começando a visualizar o acampamento greenwood, muitos deles vem desde quando eram crianças.

O ônibus parou, os alunos começaram a descer e pegar suas malas, algumas eram bem pesadas, lotadas de roupas e sapatos. Cassidy jogou tudo em cima de Caleb e foi para o pátio, onde a cerimônia de abertura começaria. Nicolas deu uma olhada em Adam, que arrastava sua mala no chão, Adam retribuiu o olhar com um sorriso tímido. Todos já tinham tirado suas malas do ônibus, a cerimônia foi breve, alguns avisos e o mais importante era que o camp estava sob nova direção, antes era administrado por Hayley Blake e Jacob Blake. O novo proprietário se chamava Justin Hankiss, o homem já administrava negócios nas regiões de Greenwood e Maryville, ele se apresentou e desejou que os estudantes tenham boas semanas no camp. Os alunos foram divididos em três equipes: roxo, verde e amarelo. Alguns participantes eram:

Roxo — Adam; Angelo; Nicolas; Caleb; Jacob e Natasha.

Verde — Simon; Matheus; Lorenna; Loriley e Hope.

Amarelo — Cassidy; Dylan; Amora; Marcos; Lua e Sapphire.

Depois do sorteio, teve reclamações e burburinho, algumas equipes não gostaram dos parceiros, e pediram a troca, mas isso foi negado pelos instrutores do camp. Os jovens teriam que trabalhar em equipes, gostassem ou não da equipe. Os chalés também eram divididos pelas cores, o grupo verde foi o primeiro a sair, seguido pelo amarelo, sendo essa equipe uma grande surpresa em sair sem reclamar, já que Sapph e Amora estão nela. O roxo ficou no pátio discutindo as possibilidades de trocar de grupo. Caleb não queria ficar na mesma equipe de Nick, o restante do grupo roxo, foi levar as malas, enquanto Nicolas, Caleb, Adam, Angelo, Natasha e Jacob continuavam no pátio.

— Para com isso — Adam disse, e puxava Caleb pelo braço — Foi um sorteio, ninguém pode fazer nada.

— Mas eu não quero estar na mesma equipe que ele — Caleb estava furioso — Vai ficar contra mim agora Adam? Pensei que você também não queria ele.

— Não é isso, também não quero — Adam olhou para Nicolas — Mas não tem como ser refeito, todo mundo já saiu.

— É só sair cara, ninguém está te impedindo — Nick debochou — Estou cagando para esse seu showzinho aí.

Caleb parte para cima de Nick, mas é impedido por Adam, que ficou no meio dos dois. Angelo e Natasha estavam bem calados, só analisando a situação.

— Gente não precisa disso — Jacob interviu — Tudo mundo já foi, inclusive a nossa equipe toda, falta só a gente.

— Só você está reclamando Caleb — Angelo deu sua opinião — Vê se cresce, vem Nick, vamos sair daqui agora.

Angelo e Natasha levaram Nick, Jacob foi com eles. Deixando Adam e Caleb sozinhos.

— Que porra foi essa? — Caleb perguntou — Não me diga que você quer dar para ele?

— Você só pode estar de brincadeira, para de ser louco Caleb, só estava achando a situação desnecessária — Adam tentou parecer ofendido com o comentário do Foster — Nunca vou ficar com aquele menino, não sei  por que  esse estresse todo, é ciúme?

— De você? — Caleb riu — Julguei que Adam Blanco já tinha me superado, porque eu já superei há muito tempo você, uma coisa de seis meses, é bem fácil de esquecer.

— Pois não parece, e quer saber, é como seu primo disse mesmo — Adam começa a caminhar em direção do chalé — Vê se cresce!

Caleb gritou dizendo que Angelo não era seu primo, e ganhou um tchauzinho de Adam.

…

11:30 AM

O refeitório era grande, com capacidade máxima para 100 estudantes. Todos já estavam devidamente alojados em seus chalés, depois do almoço eles teriam a primeira atividade, que seria de arco e flecha. No final do acampamento, a equipe que tivesse mais pontos, levava um troféu, por isso os alunos davam tudo de si, em todas as provas que eram feitas.

Quando todos acabaram de comer, foram para a pista de competições, cada grupo tinha que escolher um representante por rodada, que eram três. Os representantes eram: roxo — Adam, Jacob e Natasha; verde — Loriley, Hope e Lorenna; amarelo — Sapphire, Marcos e Amora.

A competição começou, e os estudantes gritavam palavras de incentivo, Adam mirou bem, assim como Hope e Marcos, os três eram os melhores. Suas equipes vibravam a cada flechada nos alvos, os alunos da Maryville High School sabem fazer uma ótima competição.

O time verde levou a melhor, e garantiu o primeiro ponto da competição, as meninas foram erguidas, era ótimo vencer, e isso já deixava mais eles confiantes. Loriley se sentiu deslocada com toda aquela gente em torno dela comemorando, Matheus antes mesmo de chegar perto da garota com os braços estendidos para um abraço, foi acertado por uma tapa no rosto, Loriley mostrou o dedo do meio e saiu de perto do garoto.

A equipe amarela não ficou nenhum pouco satisfeita com o resultado, tinham feito a pontuação menor, Sapph dizia que era culpa da Amora e a garota falava o contrário, era a primeira vez delas competindo juntas, e é bem pior que separadas, elas só não partiram para agressão porque nenhuma queria ficar com as bochechas vermelhas para a noite, pelo menos ali deram uma trégua, mas só por conta da festa.

Caleb reclamou que os representantes eram para ter se esforçado mais, pois foi vergonhoso perder logo no primeiro dia, Angelo revirava os olhos, toda vez que ele falava. Logo depois disso os jovens foram liberados para curtir o restante da tarde, a festa continuava agendada, Caleb estava cuidando de tudo.

…

21:00 PM

Caleb Foster POV — ON

A festa estava pronta, e daqui a pouco a galera chegava, passei o restante ajeitando, quando se tratava de dar a melhor festa, sou o mais indicado. Consegui até trazer um DJ, não podia faltar, meus pais tinham estragado tudo no dia anterior, mas como não sou de desistir fácil, conversei com o senhor Justin Hankiss, ele concordou e ainda ofereceu dinheiro para os petiscos. Se fosse os antigos donos, com certeza teriam um infarto se eu pedisse, eles eram extremantes chatos e cafonas. Fui em direção do meu quarto, estava dividindo com Adam, Angelo e o babaca do Nicolas.

Necessito extravasar nessa festa, beijar muita gente, ficar louco. Nada de ficar com ex-ficante, isso eu não faço.

Cheguei no meu quarto e troquei de roupa, Angelo estava sozinho, folheando um livro que não conseguir ler o título. Quando ele me viu entrar, virou a cara, não éramos próximos, nossos pais que são, então não tem porque eu e Cassy sermos amigos dele, isso está fora de questão. Tomei banho e vesti a roupa que separei para essa festa. Angelo ainda segurava o livro, na hora que fui perguntar se ele não ia, Natasha entra correndo, e puxa o garoto para fora, claramente ele não queria ir, mas ela o obrigou. Fiquei sozinho, passei perfume, e tentei fazer um topete.

Adam chegou e foi se arrumar, ele parecia preocupado com algo. Porém não fiz menção de perguntar, mandei ele se apressar, e sai do quarto, indo para a pista de dança. A festa era em um pátio coberto do camp, pois o tempo estava um pouco fechado e poderia chover. Encontrei minha irmã e Sapph juntas, às duas já estavam com copos nas mãos, as bebidas eram escondidas, Justin não me deixou trazer, mas que festa seria essa, sem bebidas? Tratei de esconder bem elas na mala, e os outros também.

— Você sabe mesmo dar uma festa em — Sapphire disse — Olha o tanto de gente chegando.

— Teve gente que veio para esse acampamento só por causa dessa festa — Cassy falou e improvisou alguns passos de dança — Quero ver a ressaca amanhã.

— Não olha agora, mas a Amora está olhando para você Caleb — Sapph falou aquilo com um certo tom de nojo na voz — Essa garota não se toca.

— Amora já é passado, quero conhecer gente nova — Falei com um sorriso no canto da boca — Caleb galinha está de volta.

— Nunca saiu de você — Cassy riu — Felizmente é só você que tem esses genes.

Praticamente todos tinham chegado, a batida eletrônica estava muito alta, era assim mesmo que eu queria. As meninas falavam sobre Ingrid não ter vindo e estar perdendo toda a diversão. Nem sinal de Adam. Fui cumprimentar algumas pessoas, a maioria era jogadores do time, vi de longe Marcos e sua namorada Lua, se agarrando, os dois praticamente estavam fazendo o ato sexual ali, no meio da galera.

Peguei mais bebidas, beijei algumas pessoas, essa festa estava saindo melhor que o planejado. Meu celular vibrou, nem lembrava que ele estava no meu bolso, geralmente deixo no quarto, já que no camp os celulares ficam sem área. Olhei a barra de notificação e era de um número desconhecido:

— Bela festa, espero que todos fiquem bem.

 

                                                                   — G

 

Olhei de novo, mas devia ser alguém brincando com minha cara, as vezes recebia umas pegadinhas sem sentido nenhum, só por ser filho dos sobreviventes do massacre.

POV — OFF

…

Jacob Carter POV — ON

Fiquei dançando alguns minutos com meu namorado, Dylan Perazzolo, vestimos roupas combinando, tudo ideia dele, me senti um pouco envergonhado, mas fazia de tudo para ver ele feliz. O som estava um pouco alto para meus ouvidos, mas Dylan amava aquilo, por querer ser do ramo da música, o garoto tem uma voz incrível, e isso foi uma das coisas que me atraiu nele. Estamos juntos a mais de 2 anos, e se dependesse de mim, isso vai durar para a vida toda.

Vi Loriley sozinha em um canto, deixei Dylan aproveitando a música, e fui em sua direção, talvez ela não me considera um amigo, mas eu sim a considerava. Conheço a garota desde criança e somos vizinhos. Teve uma época que ela se afastou completamente de todo mundo, até me surpreendi por ver ela ali, já que não é muito disso.

Ela parecia desconfortável com a festa, cheguei sorrindo e ela me olhou com cara de poucos amigos.

— Oi Lory, como vai? — Perguntei, chegando perto dela — Não sabia que você gostava de festas.

— E não gosto, mas meio que me obrigaram — Ela olhou nos meus olhos — Você deveria estar com seu namorado, não precisa se preocupar comigo.

— Vim te chamar para ficar conosco — Estendi a mão para ela — Vem, vamos dançar.

— Nem pensar — Ela recusou — Essas coisas não são para mim.

— Por favor, vem — Fiz carinha de cachorrinho — Só uma música, e não te perturbo mais, prometo.

— Só vou, para você deixar de me perturbar — Vi quando ela esboçou um sorriso de lado — Vamos logo.

Ela me puxou para onde Dylan estava, ele também gostava de Lory, e já tinha se acostumado com seu jeito meio durona em lidar com as coisas. Dançamos mais que uma música, era uma das primeiras vezes que eu via Loriley se divertir e sorrir, a bebida ajudava muito também, ela e Dylan faziam passos meio loucos, sem se importar com a opinião dos outros. Penso que ninguém se importava em como você dançava, todos ali estavam se divertindo e aproveitando as férias.

Vi Adam conversando com Nicolas Grey, não era a primeira vez, parecia que eles tinham algo a esconder. Nick deve estar enchendo o bolso, com a venda de drogas nessa festa. Quando Dylan soube que Adam estava na minha equipe, ele teve um mini surto, Namorei o Adam no primeiro ano do ensino médio, e ele não aceitou bem o termino, me ligava todos os dias, fazia escândalos na escola, o garoto só me queria para posar e sair bem nas fotos, nunca me amou, quando comecei a sair com Dylan, ele tentou de tudo para separar a gente. Felizmente eu acho que ele superou agora, mas na época foi horrível principalmente para o Dylan.

Continue a dançar com Dylan e Lory, essa noite estava só começando.

POV — OFF

…

Natasha Ruiz POV — ON

Angelo definitivamente não era a pessoa mais apropriada para dançar em uma festa, acho até que ele nunca tinha ido em alguma. Impedi várias vezes dele voltar para o quarto, a desculpa era que ‘’não se sentia bem ali’’, fiquei implorando para ele ficar, minhas súplicas estavam dando certo, e já fazia meia hora que ele não reclamava. O garoto ficava olhando para os populares, parecia até uma segregação essas festas deles. Eu tinha trago uma garrafa de vodca, Angelo não bebia muito, mas tomou alguns goles comigo, fiz ele dançar e extravasar todo o estresse dessa semana. Ele ainda era deslocado, se mudar assim de repente não é fácil, se fosse eu, já estaria louca.

O McNigth não queria mais ficar na festa, ele não estava sóbrio, tinha bebido pouco, mas só os copos que ele tomou, já o deixaram meio zonzo, ele me disse que era fraco para bebidas, comecei a rir dele. Decidi levar Angelo para seu quarto, coloquei meu braço em volta do pescoço dele, e comecei a caminhar. Não era muito pesado, mas eu tinha bebido um pouquinho além da conta, quem era para estar sendo carregada era eu, isso sim. Escutei vozes perto do chalé roxo, do lado dos meninos, Angelo murmurava algo, mas mandei ele calar a boca. Fiquei escondida em uma árvore, bem a tempo de ver Adam e Nicolas Grey aos beijos, os dois estavam se beijando como se o mundo deles fosse acabar, fiquei chocada, e Angelo que tinha melhorado um pouco também. Peguei meu celular e tirei uma foto, isso seria um furo de reportagem, pena que aqui não pega sinal, lembrei. Imediatamente veio uma ideia louca na minha cabeça, perguntei se Angelo estava bem, e ele me confirmou que sim, não tinha como ir para o quarto dele agora, Adam e Nick ainda estavam aos beijos perto de lá.

Voltamos para a pista, mas passei direto e fui à secretaria do camp, a porta não estava trancada. Foi uma maravilha, peguei a impressora e comecei a imprimir as fotos dos dois garotos se beijando. Minha fama de fofoqueira não era comprada, precisava falar isso para a galera, e tirar um pouco da onda ‘’Olhem como sou perfeito, não tenho nenhum defeito’’ de Adam Blanco.

Angelo chegou perto de mim, e tomei um susto, deixando cair as fotos das minhas mãos.

— Você não vai fazer isso! — Ele protestou — Isso pode acabar com eles.

— Eu não me importo, essa foto é uma mina de ouro — Mostrei a foto para ele — Você pensa que Adam ia se importar com alguém, se tivesse uma coisa dessas?

— Não, mas pode machucar ele — Angelo disse — E outra coisa, não pensa no Adam, pensa no Nick. Aquele menino sofre tanto, os olhares e xingamentos que ele recebe, imagina se um negócio desses vaza?

Fiquei analisando as informações por uns segundos.

— Você tem razão — Mostrei meu celular para ele e apaguei a foto — Pronto, agora só precisamos nos livrar desses papéis.

O garoto me ajudou a jogar os papéis fora, depois disso voltamos para a pista de dança, não passou nem dez minutos que estávamos ali, vejo luzes de celulares, as pessoas estavam erguendo os celulares em direção do rosto, sinto o meu vibrar no bolso, mas antes de pegar, Angelo mostra o dele, era a foto de Nick e Adam se beijando, uma não, várias, com ângulos diferentes, até na escola tinha foto deles.

— O que você fez? — Angelo me perguntou assustado — Que mais fotos são essas?

— Eu não sei, você me viu apagar a foto, só tirei aquela, e aqui tem de outros dias — Peguei meu celular e fui analisar as fotos, todo mundo tinha parado de dançar por conta disso — E agora?

— Eles nem estão aqui — Angelo olhava em todas as direções — Isso não é nada bom, e essa legenda ‘’O popular e o drogado — G’’. Quem é ‘’G’’?

— Não faço a mínima ideia — Para onde eu olhava, as pessoas ou estavam rindo, ou não tinham processado a informação ainda — Talvez a festa acaba por aqui.

Até a música tinha parado, agora era esperar os dois garotos aparecerem, vi Caleb com ódio nos olhos, falando com Cassy e Sapph. Adam tinha quebrado a regra dos populares que era: não andar com más influências.

POV — OFF

…

Um casal estava bem longe de toda aquela confusão, curtindo a noite o melhor possível, os dois rolavam pelo chão procurando uma posição confortável para ficar. Lua não parava de beijar seu namorado Marcos, em nenhum momento, os dois praticamente se encontravam sem roupas, naquela escuridão e sozinhos. A garota usava suas roupas como um lençol para suas costas e não se sujar, seus gemidos eram baixos, Marcos pediu para ela não fazer muito barulho, tendo em vista a situação que eles se encontravam. Suor descia da testa do garoto e caia em seu pescoço, Lua queria muito gritar de prazer, mas estava tentando ao máximo se conter, ela sabia deixar seu namorado louco, arranhava suas costas e mordia seus lábios, ela sussurrou para ele ir mais rápido, Marcos assentiu o pedido de sua namorada. Um barulho de galho quebrando foi ouvido. O casal virou o rosto para onde tinha vindo o barulho, rapidamente olharam para todas as direções, mas não viram nada.

— O que será que foi isso? — Marcos perguntou — Acho melhor voltarmos.

— Deve ser só algum esquilo ou um coelho, aqui tem vários nessa parte do camp — Lua disse e puxou a cabeça do namorado para um beijo — Vamos continuar, de onde paramos.

Eles continuaram o ato sexual, o barulho de galhos se quebrando, não foi mais ouvido pelo casal, os dois estavam em estado de transe, com todos os hormônios deles sendo liberados. Lua mantinha seus olhos fechados, a garota escutou um gemido de dor vindo do seu parceiro, antes de abrir os olhos para verificar, gotas caiam em seus peitos descobertos, seus olhos abriram rapidamente, ela olhou para as gotas em um tom vermelho, passou o dedo e levou para o nariz, tinha cheiro de sangue, Lua não se deu conta na hora que Marco estava sangrando e tinha caído para o lado, com uma flechada no meio do crânio. Ao perceber a garota começa a gritar, e tentar sair dali, mas suas pernas estão presas debaixo do corpo dele. Lua chutava e empurrava o corpo dele para tentar sair de qualquer jeito, o ser mascarado chegava em passos lentos, com um arco e flecha apontando para ela.

Quando conseguiu tirar Marcos de cima dela, pegou suas coisas e saiu correndo dali, mas deu bem de cara com o assassino, o choque dos corpos fez o mascarado dar dois passos para trás e a garota cair de bunda no chão.

— O que você quer de mim? — Ela perguntou gritando e com lágrimas nos olhos — Eu não conto para ninguém, me deixa sair daqui, por favor!

Lua estava pedindo misericórdia ao assassino, uma coisa bem improvável quando se tratava de Ghostface. Mais uma vez ela se levantou, e foi em outra direção, o encapuzado atirou a flecha no ombro esquerdo dela, a garota caiu no chão rolando e gemendo de dor, Ghostface chegou bem perto e puxou com tudo a flecha, Lua deu um grito agudo, e colocou a mão no ombro. O assassino não perdeu tempo e ajeitou a flecha novamente, mas dessa vez o local que ele estava mirando era o coração, Lua não sabia como reagir e se ia fazer algo, a garota não tirava da cabeça a imagem de Marcos morto, o rosto dela estava encharcado de lágrimas, o ombro saindo uma quantidade absurda de sangue. Ghostface mirou e quando atirou a garota ainda tentou impedir com a mão esquerda, a flecha a atravessou e se alojou em seu coração, fazendo ele assim ir parando lentamente, enquanto ela dava seus últimos suspiros de vida.