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História Screamin' - PERDIDO


Escrita por: The_Yssah

Notas do Autor



Capítulo 36 - PERDIDO


Assim que ela ia fechar a porta, olhou para mim, que estava ali parado feito um bobo, ela sorriu.

–Algum problema? – Perguntou.

–Não e nada, eu só... Queria me assegurar de que você estaria entregue em segurança... Sabe?

–Ah, sim. Ok então. Até o jantar!

–Até. – Fechei a porta e me encostei na mesma – Burro, Burro, Idiota, estúpido, Burro de novo, jumento, imbecil! – Murmurei para mim mesmo. – Bill, você é o cara mais estúpido que já existiu!

Eu ainda estava sem blusa e olhei para meu abdômen imaginei como se ela estivesse ali, fechei os olhos e foi como se eu sentisse seus dedos me acariciando e massageando meus músculos. Abri os olhos novamente e suspirei fundo, tirei minha calça e minha boxer as atirando em algum canto qualquer do quarto, peguei minha toalha e fui até o banheiro, coloquei a toalha de lado e liguei o chuveiro entrando debaixo do mesmo.

Pensei no passado, quando ela era minha. No dia que ela estava só de lingerie implorando para eu matar uma barata, comecei á sorrir do pensamento, mas de imediato me lembrei das mãos dela percorrendo meu corpo. A imagem do corpo bem definido dela preencheu minha mente. Era um corpo perfeito, cheio de curvas, a lingerie realçava mais ainda. Me lembrei da nossa primeira noite, assim que abri os olhos, minha mão já estava a caminho do meu membro que ia se levantando aos poucos. Eu o segurei firmemente e comecei á fazer movimentos de vai e vem, me lembrei de quando ela estava me provocando, e me masturbou, comecei á movimentar minha mão mais rapidamente e foi como se eu sentisse a textura de sua boca quente e molhada em minha glande, me enlouquecendo aos poucos.

 

 

Assim que saí do banho, me arrumei rapidamente e fui ao quarto do meu irmão. Bati na porta e assim que ele abriu me puxou para dentro.

–E aí, como foi? – Ele perguntou.

–Legal. - Me limitei á responder.

–Você não está falando sério! Eu a vi passando as mãos em você lá na praia e...

–Ah Tom, ela estava passando protetor solar em mim. Só isso!

–Mas vocês conversaram pelo menos?

–Sim.

–E ai?

–Eu pedi desculpas e agradeci.

–SÓ ISSO?!

–Não faça escândalo, Tom!

–Mas... Só?!

–É, eu ia falar tudo o que eu realmente queria, mas bem na hora o Lucas apareceu e... Você sabe, eu parei de falar e ele me chamou pra jogar!

–Ah... E o que ele é dela?

–Ela não te contou?

–Não.

–Não sei, Tom. Ela não me falou nada sobre ele... Na verdade nem precisa, toda hora ele vinha dar um abraço nela e eles só se desgrudaram quando o Lucas saiu pra jogar.

–Você tem razão, infelizmente.

–É. – Sorri fracamente. - E você e a Lori?

–O que tem?

–Não sei, ontem quando eu vim no seu quarto tinha uma presilha de cabelo dela no chão...

–AAAHH Na verdade eu agarrei ela e dei uns beijinhos também, mas ela não gostou, me deu um tapa na cara e foi embora... Mas é claro que eu já me desculpei, e já está tudo resolvido. – Tom sorriu sinicamente.

–Que bom! Vê se a respeita mais, Tom. Eu sei que talvez isso não seja sua culpa, pois você nunca teve que insistir muito com uma mulher, mas talvez você realmente não seja o tipo da Lori e se você forçar muito,vai acabar estragando tudo ou pior: Acabar como Jessie e eu. – Olhei-o seriamente e ele apenas assentiu com um sorriso natural. - Vou voltar para o meu quarto, estou cansado. – Falei saindo e indo direto para o meu quarto.

Já no meu quarto, me deitei na minha cama e dormi imediatamente.

Quando acordei, olhei o relógio ainda eram 9 horas da noite. Me olhei no espelho, eu estava horrível, troquei de roupa, lavei o rosto e dei uma “bagunçada” no cabelo. A Jessie adorava quando eu andava com os cabelos assim. Peguei meu celular e quando eu já estava saindo, alguém bateu na porta, era a Jessie.

–Oi, Bill! Tom me pediu pra te chamar, ele já desceu e nos espera lá em baixo.

–Tudo bem, obrigado por me avisar. Vamos?

Tranquei a porta e fui andando ao lado dela, entramos no elevador em silêncio.

Não deixei de reparar no que ela vestia, estava linda, como sempre. Usava um vestido lindo preto, curto e solto, por baixo de uma jaqueta jeans. Usava uma maquiagem forte e alguns assessórios que combinavam com ela. Seu salto preto de veludo a deixava bastante alta, mas ainda era bem mais baixa que eu.

–Tão linda. – Sussurrei, sem querer, para mim mesmo, mas ela acabou ouvindo.

–O que disse?

– Ahh... Er... V-você está muito bonita.

–Ah, obrigada, você também! – Ela respondeu sorrindo.

–Obrigado. – Assim que o elevador se abriu, Lori e Tom estavam sorrindo, pareciam entretidos em algum assunto conversa.

–Então, vamos? – Perguntou Jessie indo para a saída do hotel.

–Espera! Tom e eu queríamos conversar... Ér... Sei lá, a gente tava... – Lori começou á gaguejar.

Eu já tinha entendido tudo e me adiantei.

–Jessie, você quer jantar comigo? – Perguntei evitando encará-la.

–Bem... Mas... – Ela olhou confusa para Lori que fez uma cara muito estranha e sorriu abertamente demais. - Está bem, quero sim.

–Ah, e em que restaurante nós... – Eu ia perguntar, porque eu não conhecia nada no Rio de Janeiro, então Lori se apressou em responder:

–A Jessie conhece bem aqui. Ela pode te mostrar o caminho.

–Obrigado. – Agradeci.

Jessie e eu entramos em um dos carros que o Nathan havia alugado para mim e Tom, e fui conduzido pela Jessie até o restaurante.

–Bem, aqui não tem uma bela vista e o restaurante não é dos mais chiques, mas eu achei que aqui fosse melhor porque nós somos vegetarianos, não é? Quer dizer... Você ainda é?

–Sim, sou sim. – Respondi sorrindo. – Espera aí. – Falei saindo do carro.

Ela ficou, dei a volta no carro e abri a porta para ela.

–Ah, Bill, não precisava. Se soubesse que você ia fazer isso, teria abertoo a porta eu mesma! Obrigada. – Ela sorriu gentilmente.

–De nada, senhorita. – Rimos e entramos no restaurante que era bastante confortável.

Logo o garçom nos serviu uma mesa e nós nos sentamos, fizemos os pedidos e esperamos até que nossos pratos ficassem prontos.

–Gostei do cabelo. – Ela disse sorrindo.

–Ah é, você sempre gostou dele assim meio bagunçado. – Sorri. - fiz pra você.

–Valeu.

–Me responde uma coisa?

–Sim, claro!

–O que aquele cara que me acertou com a bola falou hoje lá na praia?

–Ah, ele estava pedindo desculpas, perguntou se você estava bem e se estava a fim de jogar.

–Obrigado pela tradução.

–De nada.

–Gostei daqui, é bem legal, e apesar de eu não entender o que as pessoas dizem, elas parecem bem simpáticas.

–Sim, Com certeza! Eu sempre amei o Brasil por isso, as pessoas são bem legais quando elas querem...  

O garçom chegou com a nossa comida e nós começamos a comer.

–E você já foi ver a sua família? – Perguntei meio receoso.          

–Ainda não, na verdade quando eu falei pro meu pai que eu estava vindo ao Brasil de férias ele nem quis falar comigo direito, então acho melhor eu nem dar as caras por lá. – Ela sorriu sem graça.

–Nossa. Mas porque esse medo da sua família? – Perguntei, mas logo me arrependi, esperando que ela ficasse nervosa e gritasse “Não é da sua conta!”, mas não. Na maior calma ela me respondeu:

–Não é medo. É só que eu não quero voltar á vê-los. Eu sei que é estranho uma garota como eu não querer ver a família, mas não sou eu, são eles. Eu me prendia muito á eles, eu demorei muito tempo pra sair de casa e conseguir realizar o meu sonho que era realmente me livrar deles. Talvez se eu voltar, eles vão jogar na minha cara que eu fui covarde e os deixei sem nem ao menos dizer a verdade de onde eu fui parar. Eles me mimavam e me prendiam muito, ficaram ressentidos quando eu quis seguir minha própria vida. Tenho medo de que eles consigam me prender lá de novo. Eles são bem dramáticos.

–Entendo agora.

–E o que você pensou que fosse?

–Pensei que... Ah, deixa pra lá.

–Não! Eu quero saber, pode dizer.

–Tá bem. Eu achei que você tivesse medo de enfrentar os seus problemas, não que sua família seja um problema, mas... Não sei, eu... Pensei que talvez eles quisessem que você fosse advogada e não uma maquiadora que viaja o mundo com um bando de caras estranhos... Ou que você simplesmente... Não sei...

–Pensou que eu fosse covarde.

–Não. Eu...

–Eu não perguntei Bill, eu afirmei. Tudo bem, não pense que eu vou ficar com raiva porque é essa a imagem que eu dou, da menina covarde que tem medo de enfrentar a família. Até eu me vejo assim. – Ela sorriu e voltou á comer.

Enquanto ela comia eu não consegui dizer mais nada, apenas continuei á comer a minha comida.

Assim que terminamos, fomos embora ainda em silêncio.

Entramos no elevador, e ela quebrou o gelo:

–Olha, Bill, me desculpe pelo o que eu disse, não quis te ofender nem ser rude, me desculpe!

–Não, está tudo bem.

–É que você ficou calado depois daquilo.

–Mesmo? Eu só fiquei sem assunto.

–Ah.

–E você já me desculpou? Sabe, aquela conversa que tivemos essa manhã?

–Eu refleti muito sobre aquilo tudo que você me disse.

–E chegou á alguma conclusão? Se você refletiu muito é porque queria alguma conclusão. – Sorri convicto em levar aquela conversa para um rumo diferente.

Nós já estávamos no nosso andar, parados na frente da porta do quarto dela.

–Ah, não eu não quis nada, eu só pensei bastante.

–Mas de qualquer forma você quer me dizer alguma coisa. – Eu afirmei e ela me olhou surpresa.

–Você ainda me conhece como ninguém, não é, Bill?

–Se você acha... – Gargalhei e ela riu comigo.

–Eu estou evitando falar sobre o passado e até pensar nele, sabe... Tudo o que aconteceu, eu...

–Eu fui muito feliz.

–Nós fomos! – Ela sorriu, mas não me olhava nos olhos.

–Sim, Jessie...

–Eu também deveria te pedir desculpas... Eu te fiz sofrer muito!

–Eu sei e eu agradeço, porque foi por uma boa causa.

–Ninguém parte o coração de alguém por uma boa causa. Achei que você devesse saber disso. – Ela destrancou a porta do quarto dela e já ia entrando, mas eu a chamei.

–Jessica. – Ela parou e me olhou, ainda segurando a porta – Lembre-se que nós mesmos desenhamos o nosso futuro, do jeito que quisermos. Se quisermos que seja melhor que o passado, vamos nos basear no presente e construir o futuro perfeito.

–Porque está me dizendo isso? – Ela perguntou meio surpresa.

–Não sei. Eu só queria que você soubesse. Você evita o passado então... Faça um novo pro futuro.

–E isso quer dizer...?

–Quer dizer que... Não sei, mas filosofei, não foi? – Falei dando um sorriso travesso.

Ela pareceu meio desapontada com a minha resposta, mas logo disfarçou e sorriu comigo.

–É claro. Afinal você é Bill Kaulitz. – Ela respirou fundo e me encarou nos olhos. – Obrigada pelo jantar. Boa noite, Bill.

–Boa noite!

Ela fechou sua porta e fui de volta ao meu quarto.

Assim que fechei a porta, dei um tapa na minha própria cara e me xinguei de todos os nomes em alemão possíveis.

Alguém bateu na porta e entrou em seguida, era Tom.

–Meu Deus, seu rosto está com marcas de dedos! ELA TE BATEEU?! – Tom gritou.

–Não, claro que não, sua anta! Pára de escândalo. Eu que me bati!

–Por quê?

–Porque seu irmão é um idiota, Tom!

–Ah, disso eu já sei! – Tom riu sarcástico. - Sério Bill, eu ouvi a conversa de vocês aqui no corredor, mas que negócio é aquele de passado, presente e futuro? É de alguma música nossa?

–Não, seu poser! – Sorri e revirei os olhos. - Sei lá... Foi uma indireta, eu acho.

–INDIRETA?! Porra Bill, seja mais direto da próxima vez! O que você quis dizer com essa indireta?

–Que quero que ela esqueça o passado e seja feliz com o novo presente dela. Seja com esse cara, o Lucas, ou... Ou que ela volte pra mim.

–Eu estou disposto á te ajudar, você sabe disso, mas você também tem que se ajudar!

–Mas e o namorado dela, Tom?!

–Cara, eu ia perguntar isso pra Lori, mas se eu perguntasse ia ficar estranho e ela com certeza contaria pra Jessie.

–Até um cego vê que eles estão namorando mesmo! Você não viu o jeito carinhoso que ele trata ela?

–Você o viu beijando ela na boca, Bill?

–Eles deram um selinho lá na praia.

–Ah... – Tom parecia muito desapontado e se fosse um balão, teria murchado naquela hora, - Isso muda tudo.

–Você acha, Tommy? – Perguntei irônico. – O Fato é que ela está feliz com o carinha lá! E ela não o largaria só pra voltar á sofrer ao meu lado.

–Mas o que você quer, Bill? Você simplesmente vai chegar nela e dizer “E aí gata, ele ou eu?”? Isso é ridículo!

–Eu não disse isso.

–Mas pensou!

–Não pensei! Eu não quero mais falar sobre isso!

–Viemos pra cá por isso, Bill! Você não pode evitar! Caso o contrário, vamos embora! – Tom gritou.

–Vamos então! – Nos sentamos na cama um do lado do outro e ficamos em silêncio por algum tempo.

–A Lori me contou que... A Jessie vai pra outro estado amanhã. – Tom falou quebrando o silêncio

–Pra outro estado? ONDE?!

–Não sei, ela disse que a Jessie queria ver o irmão, e ia voltar pra lá.

–DROGA! E ela vai embora mesmo?

–Não sei, eu não perguntei pra Lori.

–O que eu faço?!

–A impeça!

–Quando ela vai mesmo?

–Amanhã.

–Ela não me contou nada!

–O que você quer fazer? – Tom perguntou me encarando sério.

Como eu queria ser um Power Ranger e resolver tudo com uma pose e um golpe final!

 


Notas Finais


E aí, lieben? O que acharam? *O*
Amanhã tem maaais! =*


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