História Screamin' - SEXGOTT EM AÇÃO?

Acordei sentindo certo peso em meu peitoral. Estava bastante quente também e eu sentia meu corpo soar embaixo desse peso. Era Jessie que dormia apoiada em meu peitoral. Ela tinha o semblante calmo. Sorri agradecido por aquilo tudo não ter sido só um sonho.

Olhei para o relógio que estava em cima da cômoda, marcava exatamente cinco e meia da tarde. Ouvi minha barriga roncar e pensei em um palavrão, minha barriga roncou de novo de um jeito muito escandaloso e Jessie acordou assustada.

–O que foi isso? – Ela disse meio sonolenta, sua voz soava rouca.

–Minha barriga! – Respondi envergonhado.

Ela olhou para o relógio e arregalou seus olhos, saiu correndo para o banheiro onde ficou um bom tempo. Percebi que ela estava tomando banho e fazendo toda sua higiene matinal. Ela voltou para o quarto com uma toalha enrolada ao corpo e começou á se vestir rapidamente.

Enquanto ela se maquiava, fui ao banheiro fazer minha higiene matinal e lavar o rosto. Assim que saí do banheiro, já todo arrumado, peguei a mão de Jessie e a puxei para fora do quarto. Corri para o elevador, arrastando Jessie comigo. Lá dentro, nos beijamos como dois adolescentes, e quando as portas de metal se abriram, Sai correndo para a cantina, ainda puxando Jessie pela mão. Nunca corri tanto na minha vida, a coitada da Jessie quase não agüentou.

A cantina estava vazia, assim como toda a recepção do hotel, só vimos o gerente que nos olhou com um sorriso amarelo, desviei meu olhar dele e continuei indo adentrando a cantina. Jessie começou á rir da minha cara.

Assim que chegamos lá, um banquete de café da manhã estava servido e o melhor de tudo... Sem Tom pra dividir a comida! Tinha a Jessie, mas não ligaria, ela comia pouco. Olhei pensativo para a mesa e Jessie gargalhou.

–Não vai se sentar, senhor Kaulitz? – Ela falou rindo e me puxando para uma cadeira.

–O gerente ficou legal de uma hora pra outra, foi? – Perguntei sem graça.

–Não, é que eu paguei ele para servir um café da manhã decente e fechado ás 17hs  somente para você e o Tom, mas pedi pra ele servir 4 lugares caso outra pessoa decidisse acordar com vocês.

–Quando você fez isso?

–Ontem, assim que cheguei de Munique.

–Você é perfeita, sabia? Eu mereço mesmo isso? – Falei maravilhado, ela sorriu sem graça e vi um rubor em seu rosto que me deixou encantado. Percebendo que ela estava meio sem jeito, resolvi mudar de assunto.

Nos sentamos e começamos á nos servir.

–Por onde você andou? – Perguntei.

–Fui até Munique, buscar a Lori, aí nós andamos um pouco pela cidade, fomos num shopping e voltamos para cá. Eu queria ter passado esses seus dois dias de folga com você, mas...

–Sei. Não vamos falar sobre coisas ruins, ok?!

Conversamos por mais algum tempo.

Quando terminamos de tomar nosso café da manhã, eu a levei para passear e tomar sorvete.

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P.O.V TOM

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Eu estava com ódio mortal do Georg por ele ter cortado o “Hair Sedution” dele, nem quis ouvir suas desculpinhas esfarrapadas. Como ele pôde?! Aquele cabelo marcava a nossa amizade. Eu nunca permiti que Georg cortasse mais que dois dedos das pontas. O fato é que eu não chorei... talvez uma lágrima ou duas, mas não chorei! Sério, não chorei, é só cabelo, cara...

Aquele cabelo tinha história...

 Depois de desistir de tentar falar comigo, Georg e David saíram para falar com o cara que cuidava de nossos figurinos. Meu irmão havia desaparecido, Jessie também,  então fui bisbilhotar a vida dos outros, já que eu estava sozinho.

Lori, a garota nova, eu ainda não tinha ido conhecê-la melhor. Ela era bastante bonita, tinha a pele bronzeada, cabelos cacheados e pretos que caiam por seus ombros, seu corpo era bastante magro, não tinha as curvas bem acentuadas e os seios e traseiro fartos como a Jessie, mas ela era atraente. Andava de maneira comportada demais, roupas que a cobriam demais e um ar elegante e misterioso. Não que eu tenha me sentido atraído por ela, mas ela passava um ar de superioridade e mistério que me fazia querer desvendá-la.

Ela tinha saído do hotel para usar o escritório do Jost no ônibus que estava estacionado no estacionamento coberto do hotel em que estávamos. Fui até lá.

Passei o dia todo correndo atrás de Lori, me oferecendo para ajudá-la e me fazer útil, Gustav também, não sabia o que ele queria com ela, mas esperava que não fosse o mesmo que eu. Bem, não que eu queira.

–Gustav! Você viu a Jessie? – Ela perguntou. – Não a vi hoje...

–Não! – Respondeu o esquilo. - Nem o Bill... Que estranho!

–Talvez eles estejam... Ocupados! – Falei para ver se alguém notaria que eu estava ali. Lori pedia mais ajuda á Gustav do que á mim. – Bill estava com dois ingressos para o cinema. Nós iríamos juntos. – Comentei coçando o queixo. – Ei! Fui trocado!

-David comprou ingressos para mim e para Georg, mas eu não quis ir porque queria te ajudar á trabalhar. – Disse Gustav meio envergonhado. Muito gay.

–Oh, Gusti, obrigada – Lori sorriu para Gustav e continuou digitando no seu notebook. – Mas eles vão ficar o dia inteiro nesse cinema?

-Eles devem ter feito as pazes. – Eu disse para rever se alguém me notava.

–Pazes? Que pazes. – Lori perguntou confusa.

–Bill e Jessie estavam namorando, mas brigaram então... – Eu tentei explicar, mas Gustav me interrompeu.

–Sabe aquela história que o David te contou? Que ele falou que se você recebesse umas cartas anônimas de ameaças para a namorada do Bill, era pra você entregar pra ele pessoalmente e não deixar mais ninguém ver? – Disse Gustav todo animado, como uma dona de casa fofoqueira.

–Sei. – Lori respondeu interessada na história.

–Então... Uma fã conseguiu tirar uma foto do Bill e da Jessie juntos e ficou mandando ameaças para os eles. Na verdade, as ameaças eram para a Jessie, mas as cartas eram direcionadas ao Bill.

–Sério? – Lori olhou para Gustav assustada. – Mas ela fez alguma coisa com a Jess?

–Não! Ela nem sabe direito sobre a Jessie, e nós nem sabemos quem é. Só recebemos duas cartas até hoje!

–Nossa, que bom! Hey Gustav... Já que você sabe de tudo que corre por aqui, me diz, porque estava tendo aquela gritaria com o garoto cabeludo ontem? O... Sr. Listing? – Perguntou Lori meio curiosa.

Meu coração deu um salto e eu segurei as lágrimas, mentalmente. Ás vezes meu cérebro tinha essas crises gays. Influência do Bill. Acho que passo muito tempo com ele.

–Aah! – Gustav riu olhando para mim e continuou:- É que o cabelo dele era muito maior do que aquilo, e aconteceu um acidente com a chapinha que queimou parte do cabelo dele e a Jessie teve que cortar...

–Mas é o cabelo dele, porque ficaram tão bravos? – Ela perguntou inocentemente, Gustav riu mais ainda.

–Você viu o jeito que o cabelo dele é perfeito? – Perguntei, quase ofendido.

–Acho que já entendi... O cabelo dele era tipo que coletivo nesse caso, não é?

–É claro! – Falei.

–Mas o Tom é o dono oficial do cabelo do Georg! – Comentou Gustav, rindo.

–Ria, Gustav, ria á vontade! – Eu disse sério.

–Não fique assim, Tom, seu cabelo também não é feio... – Lori disse sorrindo, achando graça da situação.

–Obrigado. – Passei as mãos em minhas tranças e beijei as pontas, para fazer graça. – Jessie cuida muito bem delas.

–Gustav, você sabe onde tem outra caneta? Essa aqui tá falhando.

–Não sei, mas vou lá no meu quarto buscar uma pra você! – Disse Gustav sorridente.

–Obrigada! – Disse Lori sorrindo.

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–O senhor está me deixando sem graça. – Ela disse corando.

–Deve ser porque essa roupa está sem graça! – Eu disse reparando em suas roupas. – Mas elas ficam lindas em você. – Sorri meio sem graça. Bill também havia me passado esse jeito gay de dizer o que penso á respeito das roupas alheias, de vez em quando. Tudo culpa do Bill.

–Desculpe se não sou uma top model! – Disse Lori tranquilamente.

–Não estou dizendo que está feia! Estou dizendo que está sem graça! Você não precisa se vestir como uma assessora só porque é uma. Você é uma assessora do Tókio hotel! Vista-se como quiser! – Sorri.

–Obrigada pelo conselho! – Ela disse rindo.

Uma mulher ri quando se sente ofendida e não quer falar, não é? Droga!

–Mas qual é, você se vestia assim nos outros empregos? Não acredito que seus antigos chefes te obrigavam á usar isso, é tão... – Falava tentando concertar o meu erro.

–Social?

–Isso!

–Ah, mas eu só me vestia assim na Universal Music, quando meu trabalho era ser representante do empresário do All Time Low. Mas quando trabalhei para o Sammy Deluxe e Panic at the disc, eles deixavam eu usar o que eu quisesse, mas eu não uso roupas do tipo Rockstar, ou na moda. No máximo uso jeans, ás vezes shorts ou uma bermuda, camiseta... Só o básico. E aqui, eu quero causar uma boa impressão.

–Ora, mas David não te disse para se vestir como quiser?

–Não. E não precisa mesmo! Eu estou bem assim, Tom!

–Mas eu não... Uma gostosa se escondendo, mas que coisa! – Ela corou com meu comentário. Engoli em seco.

Falei merda de novo, não é? Pensei.

–Gustav está demorando com a caneta não é mesmo?

–Quer assistir um filme no meu quarto essa noite? – Perguntei casualmente.

–Não senhor, obrigada, mas tenho muito o que fazer ainda...

–Eu gosto que me chame de senhor, gosto mesmo, mas prefiro que me chame de “você”. Deixa que quando estivermos mais á vontade em um quarto escuro e uma cama no centro de quatro paredes você me chama do que você quiser! – Mexi no piercing.

Espera. Eu realmente quis dizer isso?

Acho que perdi a habilidade de conversar com mulheres sem estar flertando.

Lori riu e corou mais ainda.

–Foi mal. – Falei, mas pareceu uma pergunta. Lori ergueu as sobrancelhas e murmurou um “tudo bem”.

–Com licença, vou atrás do Gustav.

Ela estava bastante nervosa e envergonhada. Comecei á achar graça disso

Segurei em seu braço antes que ela saísse e sussurrei em seu ouvido:

-Te espero hoje á noite, quarto 469 – Assim que eu a soltei, ela saiu em disparada para fora do ônibus.

Fiquei rindo sozinho com a situação.

 

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P.O.V GUSTAV

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Maldita caneta que eu não encontrava! Procurei em todo lugar do quarto e nada da bendita aparecer! Foi aí que me veio um pensamento “Eu deixei a Lori sozinha com Tom Kaulitz o sexgott!” 

Ai Jesus!

–CANETAAA, CANEETTAAA, APAREÇAAA! MERDA! CAAANETAAAAA!!! – Gritei enquanto andava pelo quarto. “Estou chamando uma caneta? Sério mesmo, Gustav?”

Nossa, só o desespero mesmo pra me deixar lerdo desse jeito!

Alguém bateu na minha porta.

-Entra! – Exclamei.

A porta foi aberta e uma Lori assustada e ofegante entrou em meu quarto.

 

–O que houve? – Perguntei preocupado.

–N-nada. – Ela disse sem graça.

–Bem, posso desconfiar do que seja, mas me conte só pra eu ter certeza? – Pedi.

–Nunca mais me deixe sozinha com aquele rapaz!  

Comecei á rir.

–Eu sabia! Tom sempre foi assim, não liga não, é só você não dá bola pra ele.

–Mas é o que eu estou fazendo!

–Você está demonstrando o quanto está nervosa, e isso... Bem, isso excita Tom Kaulitz. – Eu disse sem graça.

–Mas ele é meu chefe, o que eu faço?

–Não, ele não é! Nós somos seus chefes: Bill, Tom, Georg, eu e principalmente o David! Vou te dar cobertura.

–Obrigada mesmo, Gustav! Esse rapaz é muito insistente.  Aposto como a Jessie só se safou desse aí porque namora o Bill.

–Bem... – Sorri.

–Espera, ela já ficou com Tom?

–Sim.

–Nossa! Ele não faz nem um pouco o tipo dela!

–É meio engraçado... Ela não resistiu ao Tom... Espero que você seja forte.

–Não vai ser difícil resistir á ele! Tom definitivamente não faz meu tipo!

–Poxa, isso é legal!

–Então, você achou a caneta? – Ela mudou de assunto rapidamente.

–Não... – Falei sem graça, Lori olhou atrás de mim, segui seu olhar e a maldita caneta estava bem em cima da cômoda. Sorri sem graça e lhe entreguei a caneta. – Achei sim.

–Obrigada! Você vem comigo?

–Claro!

Voltamos ao ônibus. Tom ainda estava lá sentado no escritório, olhei feio pra ele e me sentei em uma das cadeiras.

–Vocês estão muito sozinhos não é mesmo? – Lori perguntou.

–Porque diz isso? – Tom perguntou desconfiado.

–É que desde manhã que vocês me seguem para todo lado!

–Bem, eu é porque meu irmão sumiu, minha cunhada também, não estou falando com o meu melhor amigo que saiu com o David, o Gustav é porque ele só anda com a minha cunhada ultimamente e esta sumiu. E não é um desagrado fazer companhia á você. – Tom deu uma piscadela para Lori que corou, e mexeu em seu piercing.

Ainda arranco esse troço com um alicate!

–Não precisa ficar senão quiser, Tom. Deve ter alguma baladinha de seu agrado por perto! – Lori piscou para ele. – Gustav, você fica.

Ela sorriu para mim e voltou para os papéis que assinava.

–Parece que o “forever alone” aqui é você, Kaulitz! – Eu disse sorrindo triunfante.