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História Se Houver Amanhã (Nemi) - Criminosa desmascarada


Escrita por: demetrizando

Capítulo 38 - Criminosa desmascarada


Daniel Cooper já sabia qual o propósito da reunião daquela manhã na sala de J. J. Reynolds, pois todos os investigadores da companhia haviam recebido no dia anterior um memorando sobre o roubo de Lois Bellamy, que ocorreu uma semana antes.

 Daniel Cooper detestava reuniões. Era impaciente demais para ficar sentado a escutar uma conversa estúpida. Ele chegou ao gabinete de J. J. Reynolds com 45 minutos de atraso. Reynolds estava no meio de um discurso.

 - Foi muita gentileza sua aparecer - comentou J. J. Reynolds, sarcasticamente. Não houve reação. É uma perda de tempo, concluiu Reynolds.

 Cooper não compreendia o sarcasmo... nem qualquer outra coisa, na opinião de Reynolds. Só sabia como pegar criminosos. É nisso, ele tinha que admitir, o homem era um verdadeiro gênio.

 Três dos principais investigadores da organização estavam sentados na sala: David Swift, Robert Schiffer e Jerry Davis.

 - Todos vocês leram o relatório sobre o roubo Bellamy - disse Reynolds. - Mas uma coisa nova foi acrescentada. Acontece que Lois Bellamy é prima do comissário de polícia e ele está furioso.

 - E o que a polícia tem feito? - perguntou Davis.

- Tem-se escondido da imprensa. Chegaram a falar com a ladra, que surpreenderam na casa, mas deixaram-na escapar.

 - Então devem ter uma boa descrição dela - sugeriu Swift.

- Eles têm uma boa descrição de sua camisola - respondeu Reynolds, fulminante. - Ficaram tão impressionados com o corpo da mulher que seus cérebros se derreteram. Nem mesmo sabem a cor de seus cabelos. Ela usava uma touca e o rosto estava coberto por um creme escuro. A descrição que forneceram é de uma mulher de vinte e poucos anos, com um corpo fantástico e peitos maravilhosos. Não há uma única pista. Não temos qualquer informação em que nos basear. Absolutamente nada.

 Daniel Cooper falou pela primeira vez:

 - Isso não é verdade.

Todos se viraram para fitá-lo, com graus variados de aversão.

 - Do que está falando? indagou Reynolds.

 - Sei quem é ela.

 Depois de ler o relatório, na manhã anterior, Cooper resolveu dar uma olhada na casa Bellamy, como o primeiro passo lógico. Para Daniel Cooper, a lógica era a ordenação da mente de Deus, a solução básica para todos os problemas; aplicando-se a lógica, sempre se começava pelo começo. Cooper seguiu de carro para a propriedade Bellamy, em Long Island, deu uma olhada e voltou para Manhattan, sem descer. Descobriu tudo o que precisava saber.

 A casa era isolada e não havia meio de transporte público nas proximidades, o que significava que a ladra só poderia ter chegado lá de carro particular. E ele explicou seu raciocínio aos homens na sala de Reynolds:

- Como ela provavelmente relutaria em usar seu próprio carro, que poderia levar à sua identificação, o veículo tinha que ser roubado ou alugado. Resolvi verificar primeiro as agências de aluguel. Presumi que ela teria alugado o carro em Manhattan, onde lhe seria mais fácil cobrir sua pista.

 Jerry Davis não ficou impressionado.

- Você deve estar brincando, Cooper. Milhares de carros são alugados todos os dias em Manhattan.

 Cooper ignorou a interrupção.

 - Todas as operações de aluguel de carros são computadorizadas. Relativamente poucos carros são alugados por mulheres. Verifiquei todas. A mulher em questão foi à Budget Rent-a-Car, na Rua 23-Oeste, alugou um Chevy Caprice às oito horas da noite do roubo, devolveu-o às duas horas da madrugada.

 - E como sabe que foi o carro usado no roubo? - perguntou Reynolds.

Cooper sentia-se entediado com as perguntas estúpidas.

 - Verifiquei a quilometragem. São 51 quilómetros até a casa de Lois Bellamy e outros 51 quilómetros para voltar. Confere exatamente com o velocímetro no Caprice. O carro foi alugado em nome de Ellen Branch.

 - Um nome falso - disse David Swift.

 - O verdadeiro nome dela é Demetria Lovato.

Todos o fitavam atordoados e foi Schiffer quem indagou:

 - Como sabe disso?

 - Ela deu um nome e endereço falsos, mas tinha  que assinar o contrato de aluguel. Levei o original para a polícia e pedi que verificassem as impressões digitais. Eram as de Demetria Lovato. Ela cumpriu uma pena na Penitenciária Meridional da Louisiana Para Mulheres. Se estão lembrados, conversei com ela há cerca de um ano, a propósito daquele Renoir roubado.

 - Claro que me lembro - disse Reynolds. - Falou na ocasião que ela era inocente.

 - E era mesmo... naquela ocasião. Não é mais inocente. Cometeu o roubo na casa Bellamy.

 O filho da puta conseguiu novamente! E fez com que tudo parecesse muito simples.

 Reynolds, fez um esforço para não se mostrar relutante:

 - Foi... foi um ótimo trabalho, Cooper. Um trabalho realmente excelente. Vamos pegá-la. Entraremos em contato com a polícia e...

- Sob que acusação? - perguntou Cooper, suavemente. - Alugar um carro? A polícia não pode identificá-la e não há qualquer vestígio de prova contra ela.

 - O que devemos fazer então? - indagou Schiffer. - Deixar que ela escape impune?

- Desta vez, sim - respondeu Cooper. - Mas sei agora quem ela é. Tentará alguma coisa outra vez. E quando isso acontecer, eu a pegarei.

 A reunião finalmente terminou. Cooper queria desesperadamente tomar um banho de chuveiro. Tirou do bolso um caderninho preto e anotou com extremo cuidado: DEMETRIA LOVATO.


Notas Finais


Estou super sem criatividade para títulos masok


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