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História Se Imagine - 06 - Thoth


Escrita por: mrrdgs

Notas do Autor


Yo!
Eu sei, demorei bastante, mas gostaria de avisar que já tem outro capítulo pronto, então dentro de uma ou duas semanas eu posto o capítulo 07.

Quero agradecer de montão os comentários que venho recebendo e agradecer também aos favoritos. Obrigada mesmo e espero que eu continue agradando vocês.

Então, hoje finalmente chegamos no nosso lindo professor egípcio e como é um enredo de professor × aluna, gostaria de reforçar que a S/N está na FACULDADE, ela já é maior de idade.

Então é isso, nos vemos lá em baixo.
Boa leitura♡

Capítulo 6 - 06 - Thoth


— S/N-san? Thoth-Sensei está te chamando na sala dos professores. - Um aluno me avisou quando eu estava prestes a subir para minha sala e revirei os olhos de maneira irritada. O que ele queria agora?

Sabia bem como o Deus da Sabedoria - como era conhecido entre os alunos graças à sua fama de sempre corrigir qualquer um - ficava irritado quando não lhe obedeciam, por isso fui diretamente a sala dos professores, que se parecia mais com uma grande biblioteca do que uma sala comum.

Dei uma batidinha na porta e empurrei a porta, adentrando a sala, que para minha surpresa estava vazia.

— Ele é maluco? Manda me chamar e não fica na sala? - Pergunto para mim mesma, cruzando meus braços na altura do peito.

Fechei a porta e comecei a andar entre as prateleiras, observando os livros que os professores usavam para aplicar trabalhos, testes e provas. Seria fácil para mim gabaritar provas sabendo a existência e localização daqueles livros, coisas que os outros alunos não sabiam.

— Thoth-Sensei? - O chamei quando observei alguns professores num canto afastado. Acabariam me mandando embora se soubessem que eu estava ali à toa.

Bufei baixo quando passou-se algum tempo e ele ainda não havia aparecido. Me virei para voltar até a porta e reprimi o grito de susto quando o vi me observando, encostado numa das estantes.

— Mas que inferno! Estou te procurando a meia hora e você estava me olhando esse tempo todo?! - Pergunto e ele não diz nada, apenas se aproxima mais de mim.

Fixei meus olhos nos dourados dele que me deixavam em transe e tive que, mais uma vez, segurar o grito de susto quando ele bateu a mão na estante, bem ao lado da minha cabeça e me deixou prensada entre a estante e seu corpo.

— Você ficou maluco? Tem professores ali atrás! - Sussurro, apontando para trás da estante enquanto ainda olhava nos olhos de Thoth.

— Me deixou esperando ontem, S/N. - Ele ignorou tudo o que disse e soltou a frase que me fez revirar os olhos.

— Não vou até seu apartamento enquanto não modificar minha nota. - Eu disse e dessa vez, ele foi quem revirou os olhos.

— Eu já te disse, o sistema de notas está fechado temporariamente. - Ele justificou e eu sorri, encostando minhas mãos em seu peito e empurrando-o.

— Nos encontramos quando eu ver minha nota modificada. Até mais, Sensei. - Disse saindo de perto dele e correndo para fora da sala quando o vi andar apressado em minha direção.


[...]


Uma semana antes...


Semana de recuperação. Para variar, eu estava de recuperação em línguas estrangeiras e tinha feito um trabalho ferrado para poder agradar o insuportável professor da matéria.

Seu nome era Thoth, mas havia ganhado o carinhoso apelido de Deus da Sabedoria ao sempre insinuar que nós, alunos, não sabíamos de nada, nem mesmo os denominados nerds.

Ele era prepotente e, por mais que todos entrassem em acordo e dissessem que eu era extremamente inteligente, ele me colocou de recuperação.

Aquele maldito!

Está tentando manchar minha reputação, mas eu vou me livrar dele e dessa recuperação tosca.

Quando entrei dentro de sala, senti meu ego ser pisoteado com ainda mais força quando notei que era a única aluna presente.

— Onde estão os outros? - Perguntei sem nem mesmo cumprimentar o professor.

— Provavelmente em casa. Pensei que soubesse que apenas os alunos abaixo da média participam das recuperações. - Ele disse cínico e eu abri minha boca em sinal de choque.

O desgraçado me colocou de recuperação. Sozinha. Insinuando que eu era a única que não era boa em sua matéria.

Desgraçado!

O olhei por algum tempo de forma prepotente, o vendo trincar o maxilar ao não gostar de minha expressão.

Me sentei num dos lugares da frente, nunca tirando meus olhos de Thoth e ele retribuía a fixação, olho no olho parecia o agradar.

— O trabalho hoje é referente a sua menor nota. - Ele começou, se levantando e eu sorri de canto.

— O meu 9.9 que misteriosamente se tornou um 4.0? - Perguntei de modo debochado, porque era por aquela nota que eu estava ali.

Ele me olhou e concordou com a cabeça.

— Isso, seus 4.0. Agora foque ao trabalho. - Ele ordenou e passou a escrever no quadro.

Olhei fixamente para as costas largas de meu professor e, por mais que as achasse sexy, tudo o que eu queria agora era dar um forte soco ali.

Ele sentiu meu olhar fixado em suas costas, tanto que se virou e me olhou com os braços cruzados. As mangas compridas da camisa deixavam seus músculos mais delineados.

Quando foi que comecei a prestar atenção nisso?

— Vai ficar me namorando ou vai copiar? Já lhe adianto que não caio nesses joguinhos que alunos costumam fazer com professores por notas maiores. - Ele disse e eu trinquei o maxilar.

Seu tom denuncia que ele está zombando de mim.

Suspirei fundo e abri minha bolsa, pegando meu caderno e estojo, já começando a copiar. O homem pareceu satisfeito, tanto que voltou a escrever no quadro.

Horas se passaram, ele já havia apagado e reescrito textos umas duas ou três vezes. E foi na terceira vez que eu notei que os textos eram iguais.

Faziam duas horas que eu estava copiando o mesmo texto diversa vezes.

— Ei! - Gritei revoltada e o professor me olhou com um brilho de divertimento no olhar. — Qual é a sua?! - Perguntei raivosa e cruzei meus braços, largando a caneta.

— Como é insolente. - Ele disse e se aproximou de minha mesa, ficando a minha frente. — Você se acha tão inteligente e passou quase três horas copiando o mesmo texto. - Ele jogou na minha cara e eu endureci minha expressão.

— Eu só fiquei distraída. - Disse a primeira coisa que veio em minha cabeça. Eu nunca fui do tipo distraída, espero que ele não tenha notado.

— Ainda é mentirosa. Você é uma aluna atenta, S/N, está sempre observando tudo e todos, não cairia nessa...a menos que... -  Ele deixou a frase morrer conforme seu sorriso aumentava.

Eu começava a ficar ainda mais irritada.

— A menos que o quê?! - Me levanto da cadeira, batendo de frente com ele. O que ele iria insinuar agora?

— Eu te deixo nervosa, S/N? - Ele perguntou e inclinou o rosto em minha direção. Instantaneamente, recuei, me sentando na cadeira novamente.

— Que piada! - Solto um riso sem humor ao respondê-lo.

Eu? Nervosa por causa dele?

Tudo bem que bastava aqueles olhos dourados estarem fixos em mim para eu perder o raciocínio, mas não queria dizer nada. Ou queria?

— S/N, não seja mentirosa. - Ele disse e eu voltei meus olhos para seu rosto, o vendo próximo demais.

Seus olhos fixos nos meus pareciam ver minha alma e descobrir todos os meus segredos. Desviei os olhos rápido e escapei de minha mesa, ficando de pé.

— Vou ao banheiro. - Nem mesmo pedi permissão, apenas avisei e saí da sala atordoada.

O que estava acontecendo comigo? Eu nunca havia reparado no professor, então por que? Parecia que agora eu concordaca com tudo aquilo que as meninas assanhadas da escola costumavam a falar sobre ele: Jovem, bonito, olhos hipnotizantes e um corpo divino.

Pensamentos impuros vieram até minha mente e quando me olhei no espelho do banheiro, vi minhas bochechas vermelhas. Eu só não sabia se era de vergonha ou de outra coisa...

— Essa recuperação não vai prestar. - Resminguei chorosa e lavei meu rosto. Precisava do mínimo de estabilidade para poder entrar naquela sala novamente.


[...]


— É comum fantasiar com professores, meu amor. Sem falar que Thoth é um homem e tanto. - Minha mãe disse.

Eu fazia o trabalho de recuperação que havia sido passado para casa e conversava com minha mãe sobre o dia. Sempre conversamos sobre tudo e minha mãe era bastante mente aberta, mas não era bem isso que eu esperava ouvir dela naquele momento.

— Mãe, eu não estou fantasiando com ele. Eu só me sinto estranha. - Explico.

— Tudo bem, ou você está fantasiando, ou gosta dele. Qual opção te agrada mais? - Ela perguntou sarcástica e eu senti minhas bochechas pegarem fogo.

A resposta era: nenhuma das duas.

— Querida. - Minha mãe se sentou na cadeira ao meu lado e segurou minhas mãos. — Você já está na faculdade, já é de maior e é uma mulher responsável, mas me prometa uma coisa.

Eu acenei para que ela continuasse a falar.

— Se beijar ele, me diga, por favor. - Ela diz.

— Aí mãe! - Reclamo e me levanto, a ouvindo rir.

— O que eu quero dizer é que você não precisa ter medo? Está tudo bem. - Ela disse e estranhamente aquilo me tranquilizou. Esse era um dos superpoderes de minha mãe.

— Eu vou ir dormir, tá legal? Amanhã tenho que olhar a cara dele de novo. - Resmungo e começo a catar meus livros de cima da mesa.

— Eu não vou dizer mais nada. - Ela diz com um sorriso e eu reviro os olhos.

— Boa noite, mãe.

— Durma bem, minha filha.


[...]


Depois da conversa com minha mãe e da boa noite de sono, eu me sentia mais tranquila para encarar mais uma aula de recuperação. Entretanto, tudo caiu por terra quando cheguei na porta da sala e vi o maldito vestindo uma blusa branca de mangas compridas que realçava não apenas seu lindo abdômen trincado como também sua linda pele beijada pelo sol.

Me apoiei na parede do lado de fora da sala e suspirei profundamente. Soltei um suspiro e pus a mão na boca, eu já estava pronta para chorar de nervosismo.

— Algum problema, S/N? - Ouvi sua voz sensual e neguei com a cabeça.

— Não senhor, com licença. - Nem sequer o olhei, passei pela porta e fui para o mesmo lugar do dia anterior.

Durante a aula, evitei ao máximo lhe olhar. Entreguei meu trabalho e já comecei a copiar o próximo, dessa vez mais atentamente do que no dia anterior. Copiei textos, fiz exercícios e anotei que a prova para melhorar minha nota seria no dia seguinte.

Eu estive atenta durante toda a aula, tanto que reparei nele me olhando. Estava encostado na sua mesa e me olhava como se estivesse procurando algum erro, alguma falha e para que ele não a encontrasse, mergulhei realmente nos estudos daquele dia.


[...]


A sexta-feira enfim chegou. Os resultados seriam dados hoje e por mais que eu soubesse que havia me saído bem, com minhas notas nas mãos do Deus da sabedoria, tudo era possível.

O dia amanheceu bonito, poucas nuvens e um sol radiante. Coloquei meus fones e fui para a faculdade. Andei pelos corredores cantarolando até chegar a minha sala e me surpreender com a ausência de Thoth.

— Ué... - Coloco minha bolsa no lugar de sempre e olho para o quadro, procurando por algum aviso. Me aproximo da mesa, procurando algo e suspirei surpresa quando vi uma pasta escrita notas.

Será que minhas notas estavam ali? Não custava nada dar uma olhadinha.

Olhei para trás, notando que o professor não estava mesmo perto, então abri a pasta devagar e soltei um grito quando uma mão agarrou a minha e fechou a pasta.

— Thoth-Sensei! - Digo assustada e me afasto, deixando a pasta em suas mãos.

— Tentando olhar as notas antes do previsto? - Ele perguntou, terminando de fechar a pasta.

— Sabe como é, em suas mãos tudo é possível. - Comento nervosa e me viro, indo até meu lugar.

Me sentei e o vi me encarando, por isso fixei meus olhos em minhas mãos que estavam em cima da mesa, mas fui obrigada a olhá-lo quando ele chamou meu nome.

— Nós dois sabemos que você não precisava fazer essa recuperação. - Ele disse, fechando a porta da sala. — Você quer saber porque a coloquei de recuperação, S/N?

Fiquei sem reação. Era óbvio que eu sabia que ele havia mexido uns pauzinhos para me puxar para aquela recuperação, mas não esperava que ele falasse isso na minha cara.

— É claro...claro que quero. - Respondo.

Um sorriso surge no rosto de Thoth, diferente de todos que já vi. Não era irônico, nem debochado, muito menos provocativo, era um...sorriso calmo e nostálgico.

— Eu gosto de te observar, S/N. - Ele disse simples.

Ele riu com minha expressão de dúvida. Como assim gostava de me observar?

— Você fica tão concentrada quando está estudando, é muito bonito de ver. - Ele começou a dar passos até minha mesa. — Ouvi sobre você desde que fui encarregado de cuidar da turma. Diziam que você era bastante respondona e muito inteligente.

Pensei que ele fosse ficar parado em minha frente, mas ao contrário disso, ele se sentou ao meu lado. Meus olhos o acompanhavam o tempo todo. Eu não queria perder nada daquele momento para não pensar que estava louca depois.

— Quando fiz a chamada e você levantou o braço, eu não podia imaginar uma pessoa diferente para ser você. - Ele riu da própria maneira de dizer e me olhou. — Assim que passei por aquela porta e te vi conversando com suas amigas, soube na hora que você era S/N, porque senti que já tinha te visto antes.

A vontade de tossir descontroladamente surgiu, mas eu me segurei para ouvir o resto. Meu coração deu um super pulo e passou a bater mais rápido.

Thoth virou o corpo e apoiou o braço na mesa, se inclinando em minha direção.

— Me diga que não me vê somente como um professor, assim como eu não te vejo apenas como uma aluna. - Ele pediu e eu suspirei.

Ouvi a voz de minha mãe em minha cabeça, dizendo que estava tudo bem.

Aquilo poderia ser arriscado, mas eu fiz. Inclinei meu corpo em direção do meu professor e colei nossos lábios num selinho demorado.

Quando os separei, encarei Thoth, que sorriu e segurou meu rosto, me puxando de volta e selando nossos lábios mais uma vez.


[...]


— Você modificou minhas notas? - Perguntei enquanto desenhava linhas imaginárias no peito nu de Thoth.

Era sábado a noite. Ele havia me chamado para um jantar em seu apartamento e quando contei para minha mãe, ela profetizou a cena de agora: nós dois nus, deitados na cama dele.

— É, mas não se preocupe, eu vou acertar tudo. Só não fiz ainda porque o sistema está temporariamente fechado. - Ele disse e eu sorri perversa.

— É melhor fazer logo, ou essa vai ser nossa primeira e última noite. - Sussurro em seu ouvido e me levanto, caminhando em direção ao banheiro.

Antes de entrar, olhei para trás e vi Thoth me encarando sem vergonha alguma. Seus olhos percorriam todo o meu corpo, enquanto um sorriso delineava seus lábios.

— Não pode fazer isso comigo, demorou muito tempo para eu montar esse plano, sabia? - Ele perguntou.

— Pobre coitado. - Fingi sentir pena e com um dedo fingi a trajetória de uma lágrima imaginária em meu rosto. — Seja esperto e faça logo. - Digo e entro no banheiro, trancando a porta por precaução.

Me olhei no espelho do banheiro e sorri ao ver cada uma das marcas que Thoth deixou em meu corpo. Eu me sentia estranhamente feliz.


[...]


Semana seguinte...


Depois de nosso encontro na biblioteca, Thoth não me procurou mais e nas aulas daquela semana, nem sequer me dirigia o olhar.

Ele estava bravo, isso era um fato. Mas minhas notas ainda vinham em primeiro lugar.

Dias se passaram até eu ouvir da boca de meu professor o que eu tanto queria.

— No semestre passado tivemos um erro, as notas da senhorita S/N foram trocadas com a de um aluno de outra classe. - Ele disse e os alunos soltaram murmúrios surpresos, como se dissessem certo, agora faz sentido. — A senhorita vai ser recompensada por ter feito uma recuperação que não precisava. - Ele diz para mim e eu sorrio convencida.

Eu vi quando o maxilar de Thoth travou. Eu sabia que ele estava me odiando naquele momento e por isso eu me sentia tão feliz. Eu estava o castigando por ter mudado minhas notas, apesar que se ele não tivesse feito isso, eu não me sentiria tão feliz agora.

No fim das contas, foi bom o que ele fez, mas ele não precisava saber disso.

Quando as aulas terminaram, eu fui direto para a biblioteca e num dos computadores eu comprovei que minha nota tinha mesmo sido modificada para a minha verdadeira nota: 9.9.

Finalmente estava satisfeita e Thoth deveria estar mais ainda.

Cheguei em casa e tomei um bom banho. Me arrumei e logo já estava me despedindo de minha mãe, que soltou um risinho malicioso quando me ouviu dizer que eu estava saindo.

Quando cheguei a casa de Thoth, não precisei nem bater na porta. Ele a abriu e me puxou para dentro de seu apartamento, já selando nossos lábios de maneira urgente.

— Isso tudo é saudade? - Perguntei quando ele abaixou a cabeça e mergulhou o rosto em meu pescoço, o marcando com os lábios e dentes.

— Calada! Eu tive o meu castigo e agora você vai ter o seu! - Ele agarrou minhas coxas e me pegou no colo.

Circulei minhas pernas em sua cintura e sorri provocativa, como ele costumava fazer comigo.

— Mal posso esperar.


Notas Finais


Eu pensei mesmo em fazer um hot, mas não estava preparada, então deixei apenas as insinuações.

Agradeço aos que chegaram até aqui :)
Então, me digam, quem mais vocês querem ver por aqui, hein?

Até mais, tchauzinho~


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